sábado, 1 de dezembro de 2018

Cine Especial: Cine Iberê Camargo: BANG BANG (1971)


Sinopse:Nas palavras de um dos personagens “Era uma vez três bandidos muito maus. Dizia-se que um deles era a mãe dos outros, mas nada se sabia ao certo. Roubavam tudo, matavam tudo, comiam tudo. Mas isso também não se sabia ao certo”.

Experimental, confuso, desconexo, dinâmico, alucinado. O filme de Andrea Tonacci esbanja planos sequências de longa duração que, quase sempre, não estão diretamente relacionados com o plano anterior ou seguinte. Um espectador desatento poderia até pensar que não existe relação alguma, o que não estaria de todo errado. O grande segredo de Bang Bang, para mim, é justamente esse caos narrativo. A história é o que menos importa, e Tonacci deixa isso bem claro no final quando pela primeira vez a “mãe” dos ladrões começa contar a história do filme, mas é interrompida por uma torta sem remetente. O destinatário é claro: a todos aqueles que precisam e procuram uma narrativa transparente. Para eles o diretor manda uma torta, a la Gordo e Magro ou os Três Patetas. Sem dúvida um dos melhores representantes do nosso Cinema Marginal Brasileiro. 
 
Nota: o filme será exibido no próximo domingo (02/12/18) no Cine Iberê Camargo as 16horas. Fundação Iberê Camargo: Av. Padre Cacique, 2000 - Cristal, Porto Alegre. Sessões de cinema sempre aos Domingos às 16h.



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