quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Cine Especial: Cinema Queer – Identidade e Diversidade: Parte 2



Nos dias 10 e 11 de Novembro eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde participarei do curso Cinema Queer – Identidade e Diversidade, criado pelo Cine Um e ministrado pela professora de cinema Rosângela Fachel de Medeiros. Enquanto os dias da atividade não chegam eu por aqui irei destacar os principais filmes desse cinema ousado, diversificado e colorido. 
 

A Lei do Desejo (1987)



Sinopse: Um diretor de cinema homossexual conhece um belo jovem, e os dois passam a noite juntos. No dia seguinte, está convencido de que foi um encontro casual e diz ainda estar apaixonado por seu namorado. O amante não entende e revela seu lado possessivo.

Lançado no Brasil, quase dez anos depois de seu lançamento, este é o filme mais radical, ousado e pessoal de Almodóvar. Ele quebra quase todos os tabus, sexuais, religiosos e morais, realizando mais uma de suas assumidas odes á estética kitsch. O filme é ácido e combina em doses equilibradas de tragédia e humor rasgado. Amantes de Almodóvar consideram este o seu melhor filme. Já os demais espectadores podem se divertir com o universo surreal e hedonista do roteiro. 

 

Filadélfia (1993)



Sinopse: mostra o drama de Andrew Beckett (Hanks), um advogado que é sabotado e mandado embora de seu emprego devido ao preconceito de seus chefes ao suspeitarem que ele está com AIDS.

O filme ganhou dois Oscar em 1994, um de melhor ator para  Tom Hanks e outro de melhor canção original por “Streets of Philadelphia”, do Bruce Springsteen e realmente trata-se de um grande filme. Hoje em dia, as novas gerações não tem a real noção do que foi o vírus da AIDS no seu início, pois as informações eram limitadas e não era sabido como se dava a transmissão do vírus. Além disso, muitas verdades eram desmentidas de tempos em tempos no que diz respeito à doença, tornando até certo ponto compreensível a posição dos que temiam a convivência com portadores da doença. Vale lembrar que como o tratamento era pouco eficaz na época, os remédios davam apenas uma sobrevida aos enfermos, sendo que um resultado positivo para o vírus HIV era o mesmo que uma sentença de morte. Dessa forma, o filme ajudou a humanizar os portadores da doença e fazer com que o preconceito fosse reavaliado por muitos.
O mais estranho é que parece que o tempo esqueceu esse ótimo filme, pois há quanto tempo não vemos o longa passando em tv aberta, ainda mais se tratando de atuações fantásticas de Tom Hanks e Denzel Washington, dois dos grandes atores da história do cinema do norte americano.




Ligadas pelo Desejo (1996)



Sinopse: Violet (Jennifer Tilly) está cansada de ser maltratada pelo seu marido, Caesar (Joe Pantoliano), um chefão da Máfia. Ela acaba se envolvendo em uma relação homossexual com uma ex-presidiária Corky (Gina Gershon) e, ambas acabam se apaixonando. Com o objetivo de ficarem livres, armam um plano para matar Caesar, ficar com seu dinheiro e fugir.

Primeiro grande sucesso de critica da carreira das irmãs Wachowski (Matrix), onde elas criam um elegante clima noir contemporâneo, enlaçado com um intenso relacionamento entre as protagonistas que deu o que falar na época. Atenção para a primeira noite de sexo entre as duas protagonistas, sendo ela muito bem filmada e excitante. 



Meninos Não Choram (1999)


Sinopse: A história da vida de Brandon Teena, uma mulher que escolhe se passar por homem. Ela começa um caso de amor com uma mãe solteira da zona rural de Nebraska e sofre trágicas consequências como resultado da descoberta de sua transexualidade.
Adaptação da vida de Brendon Teena, que em 1993 decidiu viver como um homem, mantendo o fato em segredo e sofrendo severas consequências por isso. Lançado em 1999, ano considerado como um dos melhores para o cinema, consagrou a atriz Hilary Swank com um merecido Oscar, pois sua atuação nos fascina, incomoda e nos faz chorar diante do seu terrível destino nas mãos do preconceito.
 
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