segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cine Dica: Programação Sala Redenção - SETEMBRO


Cidade, cotidiano e poesia
Estamos tão mergulhados em nossas rotinas que pouco reparamos o quanto nosso cotidiano e nossa cidade estão imersos em poesia. Para pensar um pouco sobre o tema, Sala Redenção – Cinema Universitário e Sesc/RS, juntos, trazem quatro filmes apaixonantes e provocadores de uma certa epifania de celebração do instante vivido. Um dos pontos a destacar é o quanto esses filmes propõem uma relação de contemplação com a vida e estabelecem uma desconstrução do nosso olhar frente a um cotidiano em que a velocidade engole nossas percepções e esmorece nossa capacidade crítica e sensível do mundo. Paterson (2017), com direção de Jim Jarmusch, abre a mostra. Um filme sutil, delicado, de poucas palavras, mas que no seu conjunto imprime uma poética a ser desvelada. Todo ele gira em torno do personagem que leva o nome da cidade na qual habita. Paterson escreve poemas. Será da relação que ele estabelece com a cidade e com sua vida cotidiana – esposa, cão, trabalho e amigos – que nasce uma certa poética da cidade que leva o seu nome. Uma poética do banal. Do mínimo.  Do essencial. Paterson é um filme-haikai.
Sabor da Vida (2015) tem roteiro e direção da realizadora japonesa Naomi Kawase. No longa, três pessoas de gerações diferentes se aproximam em função de uma receita de dorakis (doce japonês recheado com pasta de feijão azuki): o dono de uma pequena loja, uma senhora que pede emprego, e uma estudante. O que os aproxima, no entanto, é aquilo que eles têm em comum: uma vida solitária e os desafios da geração de cada um. A trama é simples, mas pelo olhar sensível de uma realizadora como Kawase e pela fotografia de Akiyama Shigeki, cada elemento presente no filme – sejam os personagens, a cidade ou até mesmo as sementes do feijão – é repleto de poesia.
Da realizadora francesa Hansen-Love exibiremos O Que Está Por Vir (2016), longa que recebeu prêmio de melhor direção no Festival de Cannes. Novamente pessoas de diferentes gerações passam por crises, mudanças e redescobertas típicas do momento em que vivem e da cidade em que habitam. Sobretudo para a personagem central: uma professora de filosofia de 55 anos que acaba de se separar e, ainda, enfrenta uma turbulenta crise na universidade na qual dá aulas. Ao contrário do que se poderia esperar, o que assistimos é uma personagem reinventando a vida a partir dos conflitos, colocando em xeque a ideia de que pessoas precisam ter um casamento seguro, filhos e uma carreira somente de conquistas para não serem consideradas derrotadas. O roteiro e a direção de Mia Hansen-Love, somados à atuação de Isabelle Hupert flanando por Paris fazem com que o espectador acompanhe e sinta como a personagem, isto é, que rupturas, separações e partidas fazem parte de um processo natural da vida.
Columbus (2017) é o filme de estreia na direção do norte-americano de origem sul-coreana Kogona. Como nas três outras obras que compõem a mostra, Columbus também é um filme em que a cidade e a sua poética são personagens importantes. O que seria dos personagens sem a relação que cada um tem com a cidade que habita? Após o encontro inesperado entre dois personagens centrais, os dois vagueiam pela cidade, no caso, Columbus, no Estado de Indiana. É no contato poético com a arquitetura da cidade que os personagens refletem e questionam suas escolhas e trajetórias de vida.
Tânia Cardoso de Cardoso,
Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.

PATERSON
Dir. Jim Jarmusch | EUA | Ficção | 2017 | 118 min | Legendado
Além de dar nome à cidade em que se passa a história, Paterson é também o nome do protagonista. Ele vive com a namorada e com o cachorro. Ela é uma jovem que parece não saber muito bem o que quer da vida, embora tenha pretensões artísticas. Dirigido por Jim Jarmusch, de Estranhos no Paraíso e Flores Partidas, o longa é uma obra sobre rotina e melancolia.
03 de setembro | Segunda–Feira | 16h
06 de Setembro | Quinta–Feira | 16h
10 de Setembro | Segunda–Feira | 16h
12 de Setembro | Quarta-Feira | 19h

O SABOR DA VIDA
Dir. Naomi Kawase | Japão, França, Alemanha | Ficção | 2015 | 113 min | Legendado
Sentaro administra uma pequena padaria que serve dorayakis — panquecas recheadas com pasta de feijão azuki. Quando Tokue, uma velha senhora, se oferece para ajudá-lo na cozinha, ele aceita com relutância.
03 de Setembro | Segunda–Feira | 19h
04 de setembro | Terça-Feira | 16h
10 de setembro | Segunda–Feira | 19h
11 de Setembro | Terça-Feira | 16h
14 de Setembro | Sexta-Feira | 16h

O QUE ESTÁ POR VIR
Dir. Mia Hansen-Love | França, Alemanha | Ficção | 2016 | 102min | Legendado
Nathalie era uma mãe de família com dois filhos e professora de filosofia realizada, até que toda a sua vida começa a ruir.
06 de Setembro | Quinta-Feira | 19h
13 de Setembro | Quinta-Feira | 16h
17 de Setembro | Segunda-Feira | 19h
21 de Setembro | Sexta-Feira | 16h

COLUMBUS
Dir. Kogonada | EUA | Ficção | 2017 | 104min | Legendado
Jin, um coreano que já antes vivera nos EUA, encontra-se na cidade de Columbus (Indiana, EUA) para acompanhar o pai - um importante arquiteto -, que se encontra gravemente doente. No hospital conhece Casey, uma jovem local que, para cuidar da mãe, decidiu não perseguir os seus sonhos. Estreado no Festival de Cinema de Sundance (EUA), um filme dramático que marca a estreia na realização do norte-americano de origem sul-coreana Kogonada.
05 de Setembro | Quarta–Feira | 16h
14 de setembro | Sexta–Feira | 19h
17 de setembro | Segunda-Feira | 16h
21 de setembro | Sexta-Feira | 16h

O Lobo à espreita
Entre os dias 24 e 28 de setembro, a Sala Redenção – Cinema Universitário – em parceria com Sesc/RS – traz novamente, a pedido do público, a mostra Ingmar Bergman: o Lobo a espreita, em homenagem aos 100 anos do realizador sueco. Bergman é um dos grandes cineastas que surgiram após a II Guerra Mundial, e um dos maiores cineastas de todos os tempos. Sua obra é extensa, com mais de cinquenta filmes, roteiros e, ainda, trabalhos para a televisão e peças para o teatro. Aliás, para compreender obra do diretor é importante destacar a influência da tradição teatral sueca, nórdica, e nomes como de Henrik Ibsen, Soren Kierkegard e August Strindberg nos dão pistas para pensar a obra do realizador. Seus filmes exploram as angustias existenciais do homem moderno, por meio de narrativas densas e complexas utilizando ao máximo as possibilidades da linguagem cinematográficas. Bergman trabalha de forma única com temáticas densas e delicadas, de forte carga existencial, tais como: a solidão, a morte e, ainda, o erotismo e a religião. Todos esses temas explorados muitas vezes de forma violenta e beirando ao absurdo. Uma das características marcantes de seus filmes é o uso do flashback, como também a interação dos personagens com a câmera, em possível diálogo com o espectador. Aliás, Bergman é um dos realizadores que mais soube filmar rostos e expressões de pura angústia. O diretor foi premiado diversas vezes nos Festivais de Berlim e Cannes. O reconhecimento internacional aconteceu com O sétimo Selo (1956), que ganha o prêmio do júri do Festival de Cannes em 1957. Bergman foi um dos fundadores da Academia Europeia de Cinema, foi indicado ao Oscar nove vezes, vencendo como melhor filme estrangeiro três vezes.  Ingmar Bergman morreu no dia 30 de julho de 2007, aos 89 anos. Uma coincidência: nesse mesmo dia morria também o realizador italiano Michelangelo Antonioni. Na mostra serão exibidos nove filmes do realizador, em cópia digital de extrema qualidade: O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), Persona (1966), Vergonha (1968), A Hora do Lobo (1968), Face a Face (1976), Sonata de Outono (1978) e Fanny e Alexander (1982). Desta vez, exibiremos apenas uma sessão de cada filme e, no dia 26 de setembro, às 19h, na sessão de A Hora do Lobo, teremos a presença luxuosa de Marco Fialho, assessor em Cinema do Sesc Nacional, autor dos textos do catálogo Bergman, que serão distribuídos neste dia.

Tânia Cardoso de Cardoso,
Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.
O SÉTIMO SELO
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1957 | 96min | Legendado
Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.
24 de setembro | Segunda-feira | 16h
MORANGOS SILVESTRES
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1957 | 91min | Legendado
A caminho de uma cerimônia de premiação numa universidade, um médico é assediado por situações e personagens que o conduzem a um mergulho em sua vida pregressa.
24 de setembro | Segunda-Feira | 19h
PERSONA
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1966 | 85min | Legendado
Uma atriz teatral de sucesso sofre uma crise emocional e para de falar. Uma enfermeira é designada a cuidar dela em uma casa reclusa, perto da praia, onde as duas permanecem sozinhas. Para quebrar o silêncio, a enfermeira começa a falar incessantemente, narrando diversos episódios relevantes de sua vida, mas quando descobre que a atriz usa seus depoimentos como fonte de análise, a cumplicidade entre as duas se transforma em embate.
25 de Setembro | Terça-Feira | 16h
28 de Setembro | Sexta-Feira | 19h
FACE A FACE
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1957 | 91min | Legendado
A Dra. Jenny Isaksson é uma psiquiatra que apesar de seu sucesso profissional começa a sofrer uma forte depressão. Ela está à beira de uma crise nervosa, assombrada por imagens perturbadoras de seu passado.
25 de Setembro | Terça-Feira | 19h
VERGONHA
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1968 | 104min | Legendado
Para fugir da guerra, um casal de violinistas vive isolado numa ilha. Essa existência idílica acaba quando a casa deles é invadida por um grupo de soldados. Agora, eles terão de se defrontar com as misérias, a destruição e os horrores da guerra. Bergman reflete sobre os profundos efeitos da guerra no ser humano.
26 de Setembro | Quarta-Feira | 16h
A HORA DO LOBO
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1967 | 90min | Legendado
O pintor Johan e sua esposa grávida, Alma, retiram-se para uma ilha isolada. Johan é consumido por demônios do passado e por constantes alucinações. Alma tenta ajudá-lo a manter a sanidade e controlar sua obra. Mas durante a escuridão entre a noite e o amanhecer, a chamada "hora do lobo", os medos de Johan podem se concretizar.
26 de Setembro | Quarta-Feira | 19h
SONATA DE OUTONO
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1968 | 99min | Legendado
Uma pianista visita a filha, no interior da Noruega. Enquanto a mãe é um artista de renome internacional, a filha é tímida e deprimida. Esse encontro tenso, marcado por lembranças do passado, revela uma relação repleta de rancor, ressentimentos e cobranças.
27 de Setembro | Quinta-Feira | 16h
NA PRESENÇA DE UM PALHAÇO
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1997 | 118min | Legendado
Outubro de 1925. O engenheiro Carl Åkerblom, fervoroso admirador do compositor Franz Schubert, é internado em um hospital psiquiátrico em Uppsala. De seu quarto, ele alimenta o revolucionário projeto de inventar o cinema falado. Com a ajuda do professor “louco” Osvald Vogler, o diretor Åkerblom improvisa uma história de amor contando os últimos dias de Schubert.
27 de Setembro | Quinta-Feira | 19h
FANNY E ALEXANDER
Dir. Ingmar Bergman | Suécia | Ficção | 1982 | 188min | Legendado
Suécia, início do século XX. Fanny e Alexander, duas crianças de uma família burguesa, têm suas vidas alteradas radicalmente quando o pai morre e, pouco tempo depois, a mãe se casa com o bispo da cidade, um homem rigoroso e cruel.
28 de Setembro | Sexta-Feira | 16h


Parceiros da Sala Redenção
A Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS) comemora 10 anos em 2018 e lança a Sessão ACCIRS, ciclo de exibições comentadas com periodicidade bimestral e itinerância no circuito exibidor do Estado. O projeto inicia em setembro com uma seleção de filmes que estabelecem diversos olhares sobre o cinema, propondo uma reflexão sobre a linguagem nestes tempos de constantes mudanças nas relações entre a produção e o consumo de imagens. O filme de abertura é O Espelho, segundo longa-metragem de Jafar Panahi, é um dos mais emblemáticos do cinema iraniano dos anos 1990. A exibição será na Sala Redenção, no dia 04 de setembro, às 19h, com comentários da crítica Ivonete Pinto e mediação do programador da sessão, Leonardo Bomfim. 

Sobre o filme:
Uma menina espera pela mãe em frente à escola. As colegas vão embora. A mãe não chega. A menina impacienta-se e resolve ir para casa sozinha, aventurando-se pelas ruas próximas. Chega até mesmo a pegar um ônibus e, durante a viagem, fica observando as pessoas à sua volta. A partir de seu universo infantil, ela começa a desvendar o complexo mundo dos adultos, vivenciando encontros inesperados e descobertas inusitadas. E a narrativa do filme passa a caminhar sobre uma fina linha que separa a ficção da realidade. Dirigido por Jafar Panahi após seu aclamado filme de estreia, O Balão Branco, O Espelho radicaliza uma das marcas do cinema iraniano dos anos 1990: o desconcertante uso da metalinguagem na busca de uma compreensão mais profunda a respeito da relação entre a arte e o mundo. Vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno (1997).
Sobre o diretor:
Jafar Panahi nasceu em Minaeh, no Irã, em 1960, e estudou direção de cinema e TV em Teerã. Foi assistente de direção de Abbas Kiarostami em Através das Oliveiras e recebeu o prêmio Caméra d’Or para novos diretores no Festival de Cannes por O Balão Branco (1995). Dirigiu O Espelho (1997); O Círculo (2000), Leão de Ouro em Veneza; Ouro Carmim (2002), prêmio de melhor filme na mostra Un Certain Regard em Cannes; e Fora do Jogo (2006, 30ª Mostra), vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. Em 2010, foi condenado a seis anos de prisão e proibido de filmar ou sair do Irã por 20 anos. No mesmo ano, realizou Isto Não é um Filme, exibido na 35ª Mostra. Pardé recebeu o Urso de Prata de melhor roteiro no Festival de Berlim. Seus mais recentes filmes, Taxi Teerã e Se rokh, estrearam e acabaram premiados em Berlim e Cannes, respectivamente.
O ESPELHO
Dir. Jafar Panahi | Irã | 1997 | 95 min
Uma menina espera pela mãe em frente à escola. As colegas vão embora. A mãe não chega.
Chega até mesmo a pegar um ônibus e, durante a viagem, fica observando as pessoas à sua volta.
04 de setembro | Terça-Feira | 19h

MATHEUS SCHMIDT – UM CASO DE AMOR PELO BRASIL
Dir. Márcia Schmidt, Rogério Brasil Ferrari | Brasil | 2017 | 78 min
Narra 60 anos da história do Brasil através das vivências do político Matheus Schmidt (1926-2010), um dos protagonistas na luta pela democracia ao lado de Leonel Brizola. Pelo caminho, ele enfrentou duas prisões, um exílio, resistiu a um duro embate com a ditadura militar, denunciou prisões e desrespeitos aos direitos humanos, foi para a rua defender estudantes e trabalhadores nos confrontos com a polícia.
Após a sessão, debate com Nilo Pina Castro, professor de história do Colégio Aplicação e com Marcia Schmidt e Rogério Ferrari, diretora e co-diretor do filme.
05 de setembro | Quarta-Feira | 19h

Incluir - Núcleo de Inclusão e Acessibilidade

O CIPAS – Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Atenção à Saúde, vinculado ao Instituto de Psicologia da UFRGS, em parceria com o Incluir – Núcleo de Inclusão e Acessibilidade também da UFRGS, promovem na Sala Redenção um debate sobre o O Cérebro de Hugo. O filme é uma produção francesa, em forma de documentário ficcionado, que apresenta a trajetória desde a infância até a idade adulta de Hugo, um jovem com Síndrome de Asperger, e depoimentos de pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo, pais e profissionais que atuam na área.
Trazer este tema para o debate, no momento em que a Universidade implanta a reserva de vagas para pessoas com deficiência, em seu Programa de Ações Afirmativas, conforme dispõe a legislação, procura dar visibilidade a uma temática ainda com muitos desconhecimentos de diversas ordens. Essas lacunas e reflete na vida acadêmica, nas condições de permanência destes sujeitos, principalmente em relação aos aspectos pedagógicos e sociais envolvidos.
Conversar sobre aquilo que não se conhece pode reverberar, de forma esclarecedora, em uma das principais barreiras que as pessoas com deficiência encontram no seu dia a dia: as barreiras atitudinais. Convidamos a todxs para assistir ao filme e após participar do debate na Sala Redenção, que contará com a participação de profissionais que atuam na área e outros convidados.

O CÉREBRO DE HUGO
Dir. Sophie Révil | França | 2012 | 100 min
Hugo tem 22 anos e sofre de síndroma de Asperger ou "autismo altamente funcional". Excepcionalmente inteligente e dotado de uma memória impressionante, ele é um pianista notável, a par de alguns dos melhores. No entanto, vive trancado no seu quarto, prisioneiro das graves limitações emocionais e sociais que o afetam. Este documentário ficcionado, sensível e comovente, mostra a viagem caótica de Hugo desde o seu nascimento até à idade adulta.
12 de setembro | Quarta-Feira | 16h

O Brincar e a Infância

A infância é o delicado período no qual, com auxílio de adultos, a criança constrói a si mesma e também a forma como concebe o mundo que a rodeia. Qual seria o papel de um brincar livre, rotineiro, desapressado e espontâneo, no florescimento disso tudo?
A partir de diferentes perspectivas, essa mostra exibirá documentários que irão oportunizar diálogos e importantes reflexões a respeito da maneira como nós adultos podemos influenciar positivamente o universo infantil, quando oferecemos à criança tempo e espaço para que seu espírito lúdico potencialize seu desenvolvimento.
A mostra, com curadoria da Ludoteca Pulo do Gato. No dia 13 de setembro, o documentário escolhido é Ser e Vir a Ser (2002), de Clara Bellar. Fechando a mostra, dia 11 de outubro, véspera do dia das crianças, será exibido Criança: a Alma do Negócio (2008), de Estela Renner.

SER E VIR A SER
Dir. Clara Bellar | França | Documentário | 2014 | 99min | Legendado
13 de setembro | Quinta-Feira | 19h

O filme explora o conceito e, finalmente, a opção de não escolarização dos filhos a confiança de deixá-los descobrir livremente o que realmente lhes motiva A cineasta viaja entre os EUA, Alemanha (onde é ilegal não ir à escola), França e Reino Unido para conhecer famílias que estão vivenciando ou tenham vivenciado esta experiência.
Após a sessão, debate com Guilherme Schröder, mestre em Filosofia pela da Faculdade de Educação da UFRGS.


Cine AGRURB
Sequência de curtas 1
18 de setembro | Terça-Feira | 16h
O PODER DA ALIMENTAÇÃO
Dir. Philos TV | Brasil | Curta documentário| 2017 | 9 min | Português/Leg.
“O alimento pode ser um poderoso remédio ou um tremendo veneno”.
Açúcar vicia? Afinal, ovo faz bem ou mal? Você sabia que muito do que você consome é ultra processado? A alimentação é muito mais do que receita para boa forma. Faça uma reflexão com Ana Branco, Bela Gil, Bruno Negrão, Cynthia Howlett, Gabriela Chaves e Jorge Jamili e descubra que nossas escolhas podem transformar nossa compreensão do que significa ser saudável.
INTERPRETAÇÃO CULTURAL DO SABOR: ALEX ATALA
Prod. TED Campos do Jordão/ SP. | Brasil | 2012 | 20 min |
Alex Atala fala sobre a interpretação cultural do sabor. Ele defende que a aceitação de um aroma varia de acordo com a sociedade e a época e, de peixe cru a formigas, qualquer coisa que você não compreende na cozinha, provavelmente seria facilmente entendida se apresentada na sua primeira infância. Isso porque o principal elo entre a natureza e a cultura passa pela cozinha.
O ESPANTALHO
Dir. Brandon Oldenburg, Limbert Fabian | EUA | Animação | 2013 | 3 min | Legendado
Curta sobre nossa vida acelerada num mundo em que os valores de uma alimentação saudável se perdem a cada dia. Comemos mais e mais produtos industrializados, e o que é natural é considerado “ultrapassado”. Pensando sobre a forma como nos alimentamos e nos rumos da indústria alimentícia, a rede mexicano Chipotle lançou uma animação em curta-metragem para refletirmos sobre esse tema.
TRAZENDO A FLORESTA PRA DENTRO DA ROÇA
Dir: Ana Carolina Dionísio e Gustavo Türck | Brasil | Documentário | 2017 | 25 min | Português/Leg
Plantar, manejar, consorciar, integrar. Praticar uma agricultura sustentável com a floresta. Combinar produção de alimentos com conservação ambiental. Recuperar áreas degradadas através da agroecologia. Essas são algumas das práticas e princípios dos Sistemas AgroFlorestais Agroecológicos(SAFAs). Neste audiovisual, conheceremos algumas experiências em SAFAs da Região Sul do Brasil e seus atores: agricultoras e agricultores que os cultivam, pesquisadores e pesquisadoras que buscam melhorá-los, técnicos e técnicas que os assessoram.
Dia 18 de setembro | Terça-Feira | 19h
BRASIL ORGÂNICO
Dir. Kátia Klock e Lícia Brancher | Brasil | Documentário | 2013 | 58 min | Port/Leg.
Histórias de pessoas que têm na produção orgânica uma forte convicção de vida. O roteiro percorre os biomas brasileiros, apresentando a diversidade de ecossistemas, paisagens e culturas. Da pecuária no Pantanal à produção em larga escala em São Paulo, das frutas tropicais na Caatinga ao extrativismo na Floresta Amazônica; de empresas a agricultores familiares e cooperativas da região Sul.
Sequência de curtas 2
Dia 19 de setembro | Quarta-Feira | 16h
NASCENTES TAMBÉM MORREM
Prod. Digi2 Filmes | Brasil | Documentário | 2016 | 15 Min | Port/Leg.
As nascentes de água mineral no Brasil estão secando e a maioria das que restam está contaminada. Precisamos agir rápido e a favor da natureza, pois a água é um bem natural e de todos. Só depende de nós.

CINTURÃO VERDE DE PORTO ALEGRE: TERRITÓRIO EM DISPUTA
Dir. Tiago Rodrigues e Jefferson Pinheiro | Brasil | Documentário | 2014 | 28 min | Port/Leg
A cidade está em disputa. De um lado, construtoras e imobiliárias que enxergam Porto Alegre como uma mercadoria e querem transformar todos os espaços em lucro. De outro, mulheres e homens que veem a cidade como um lugar para se viver, onde se possa acolher dignamente todas as pessoas, tenham dinheiro ou não
REPENSAR O CONSUMO
Dir. TEDX Sudeste | Brasil | 2010 | 15 min | Port/Leg.
André Trigueiro fala sobre a necessidade de repensar o consumo e criar uma cultura de consumo consciente.


Tânia Cardoso de Cardoso
Coordenadora e curadora
Sala Redenção – Cinema Universitário
(51) 3308-4081

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