sexta-feira, 20 de julho de 2018

Cine Especial: Storytelling: Os Fundamentos da Narrativa: Parte 2



Star Wars

Nos dias 28 e 29 de Julho eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso Storytelling: Os Fundamentos da Narrativa, criado pelo Cine Um e ministrado pelo roteirista Cris Derois. Enquanto os dias da atividade não chegam destaco aqui os principais filmes que serão analisados durante a atividade e sobre o que eles tem em comum um com o outro.   
 
Star Wars: Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977)

Sinopse:HÁ MUITO TEMPO, NUMA GALÁXIA MUITO, MUITO DISTANTE...Os Cavaleiros Jedi foram exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de ferro. Um pequeno grupo de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo dos Rebeldes. Aprisionada, a líder dos Rebeldes, Princesa Leia, envia um pedido de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Luke Skywalker. Seguindo seu destino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides R2-D2 e C-3PO.

E lá se vão mais de quarenta anos desde que no dia 25 de maio de 1977 que Star Wars (ou Guerra nas Estrelas para os mais íntimos) estreou nas nossas terras e depois disso o mundo do entretenimento jamais foi o mesmo. E pensar que, infelizmente, não tive o privilégio de ver esses filmes no cinema, pois eu era muito pequeno e o último da trilogia original que estreou no cinema foi em 83 (Retorno De jedi), tinha apenas três anos. Fui assistir somente na telinha, e cada vez que o filme era exibido era sempre com enorme empolgação de assistir.
Usando a ideia simples, das antigas aventuras matinês de ficção científica, George Lucas criou um universo tão rico de personagens e detalhes que não coube somente em seis filmes que formam as duas trilogias. A saga da família Skywalker e companhia viraram séries, desenhos, livros, gibis, jogos e por ai foi e por consequência acabou por influenciar os outros estúdios a  fazer outros filmes de ficção como foi no caso do retorno de Star Trek nos cinemas em 79.
Mesmo com as novas trilogias não cheguem  a perfeição da original, Star Wars jamais perdeu o brilho e tão cedo jamais deixara de ser lembrada como o pai das super produções atuais que sempre chegam no verão americano.

O Sexto Sentido (1999)

Sinopse: O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.
 
A maior obra prima do diretor, sucesso absoluto de 1999 e sempre está entre os melhores filmes realizados nos últimos anos, mas não é pra menos.  O diretor aqui, no seu melhor momento, conduz o espectador numa trama de suspense sem efeitos especiais ou jatos de sangue, mas sim num suspense psicológico onde se explora um mundo além desse através dos olhos de uma pequena criança (Haley Joel Osment extraordinário) que busca ajuda de um psicólogo (Bruce Willis em um bom desempenho).
Difícil dizer qual é a melhor cena do filme, pois são muitas que acabaram virando clássicas, graças, não somente ao bom empenho do diretor na direção, mas pelo ótimo elenco que se entregaram aos seus personagens como se fossem os últimos. Destaco a atriz Tony Collette que interpreta a mãe de Osment e que gera um estupendo desempenho no penúltimo ato da trama onde ela transmite toda a emoção ao ouvir as palavras do seu filho sobre uma fantástica revelação e sem dúvida, devido a essa cena, merecia ter levado o Oscar na época. E por falar em revelações, O Sexto Sentido se tornou inesquecível para muitos devido também seu final inesperado que pegou boa parte dos espectadores desprevenidos, mas M. Night Shyamalan havia deixado ao longo da proteção pistas que levariam a grande revelação mas para muitos que assistiram a primeira vez nem se deram conta, mas assistindo a segunda vez dai se nota as dicas que o diretor havia deixado o que foi uma prova do seu brilhantismo na direção. Um belo começo para um grande diretor.

 
O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel (2001)

Sinopse: Numa terra fantástica e única, chamada Terra-Média, um hobbit (seres de estatura entre 80 cm e 1,20 m, com pés peludos e bochechas um pouco avermelhadas) recebe de presente de seu tio o Um Anel, um anel mágico e maligno que precisa ser destruído antes que caia nas mãos do mal. Para isso o hobbit Frodo (Elijah Woods) terá um caminho árduo pela frente, onde encontrará perigo, medo e personagens bizarros. Ao seu lado para o cumprimento desta jornada aos poucos ele poderá contar com outros hobbits, um elfo, um anão, dois humanos e um mago, totalizando 9 pessoas que formarão a Sociedade do Anel.
 
Não tive a experiência mágica de ver pela primeira vez o lançamento de Star Wars no cinema, já que faltavam três anos para eu nascer, mas ao assistir a primeira parte da trilogia O Senhor dos Anéis, talvez tenha tido uma experiência similar daqueles que assistiram pela primeira vez a saga espacial de George Lucas. Comparações a parte, A Sociedade do Anel foi o início de uma experiência incrível que eu tive no cinema e que se estenderia até final de 2003 com O Retorno do Rei, numa forma de nos desligar completamente do mundo real e embarcamos num tempo em que a nossa terra ainda era fresca e desconhecida.
A saga do jovem Hobbit Frodo (Elijah Wood) na sua cruzada em tentar destruir “o anel” ao lado da sociedade que prometeu que o protegeria, é cheia de inúmeros perigos e cenas espetaculares que até hoje muitos se perguntam como elas foram feitas, sendo que a batalha de Moira é um belo exemplo para ser citado. Surpreendentemente, mesmo que a trama se passe num mundo mágico, é incrível como o diretor Peter Jackson nos faz acreditar que aquele mundo realmente existiu. Talvez isso se deva que nada que é mostrado é de forma gratuita, sendo que os efeitos especiais não estão ali para nos distrair, mas sim para tornar tudo mais real, o que até então era algo raro de se ver se comparado aos anos anteriores que o cinema nos apresentava. 
Jackson por fim criou o que parecia, para muito impossível, de nos fazermos acreditar que a Terra Média existe, sendo que o país da Nova Zelândia, que serviu de cenário para trama, acabou se tornando para os fãs a própria terra longínqua imaginada pelo escritor Tolkien. E embora o primeiro filme tenha terminado de uma forma melancólica, os fãs de carteirinha sabiam que aquilo seria somente o principio e que retornaríamos para a terra média nos anos seguintes para mais novas aventuras ao lado de Frodo, Gandaf e companhia.


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