terça-feira, 15 de maio de 2018

Cine Especial: Curso DC x MARVEL: Parte 2



Nos dias 26 e 27 de Maio eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde acontecerá o curso DC x MARVEL, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista e crítico de cinema Matheus Bonez. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, eu irei compartilhar para vocês os principais filmes que deram um passo a frente para que esse gênero sempre continuasse vivo.

 
BLADE: O CAÇADOR DE VAMPIROS (1998)



Sinopse: Seu nome é Blade (Wesley Snipes, de U.S. Marshals - Os Federais). Um guerreiro que possui a força sobre-humana e os instintos demoníacos de um vampiro. Porem é capaz de andar à luz do dia como um ser humano normal. Seu passado esconde a verdade sobre sua origem. Ele é o mais temido e perigoso caçador de vampiros de todos os tempos.

Nem X-men, nem Homem Aranha, mas sim foi Blade: quando em 1997 Batman e Robin fracassou nas bilheterias por ter sido criado de maneira tão miserável, parecia que as adaptações de HQ para o cinema iriam para o limbo de vez, mas coube a um diretor desconhecido (Stephen Norrington) provar que essa teoria estava errada, pois se fosse feito de maneira séria e coerente, poderia sim as adaptações ser boas e de grande sucesso. Eis então que Blade, um semi desconhecido das HQ da Marvel se lançou ao estrelato com um filme que mistura ação e terror de uma maneira nunca antes vista e fez de Wesley Snipes o astro dos filmes de ação da vez. Com isso, a Marvel usou todos os meios para que seus outros personagens da casa de idéias fossem para o cinema, mas isso é outra historia.


X-MEN: O FILME (2000)

 
Sinopse: Eles são filhos do átomo superior, o próximo elo na corrente da evolução. Cada um nasceu com uma mutação genética rara, que na puberdade se manifestou em poderes extraordinários. Em um mundo cheio de ódio e preconceito, eles são temidos por aqueles que não podem aceitar suas diferenças. Liderados por Xavier, os X-Men lutam para proteger um mundo que os teme. Eles estão presos em uma batalha contra um ex-colega e amigo, Magneto, que acredita que os humanos e os mutantes não devem viver juntos.
Mesmo com baixo orçamento e com cronograma apertado, Brian Singer fez na época um filme que, não só soube respeitar a mentalidade dos fãs das HQ, como também soube atrair pessoas que nunca na vida leram uma HQ antes na vida. A grande sacada do roteiro foi tratar o assunto com pé no chão (algo que Richard Donner fez muito bem em Superman em 1978) e ser levado mais para o lado da ficção científica sério, mas ao mesmo tempo em que toca em assuntos espinhosos como o preconceito.
Apesar de um elenco semi desconhecido, cada um ficou muito bem encaixado em seus respectivos personagens, como no caso da dupla de veteranos Patrick Stewart e Ian McKellen, respectivos Charles Xavier e Magneto, amigos de longa data, mas que se tornaram inimigos devido suas idéias diferentes quanto ao futuro da raça mutante. As cenas em que ambos contracenam estão entre as melhores do filme.
Contudo o grande astro da trama fica mesmo nas costas de Hugh Jackman que parece que nasceu para ser o tão popular Wolverine. De um completo desconhecido na época, o ator virou astro da noite para o dia. Isso devido ao fato de, não interpretar somente um personagem tão querido pelo público, mas porque também soube tirar melhor proveito de cada momento que esta em cena, principalmente das cenas de ação em que participa. Visto hoje, o filme é uma espécie de prólogo do que estaria por vir nos filmes seguintes da franquia de sucesso.


Curiosidade: A produção de X-Men - O Filme foi recheada de problemas. Além da troca de Dougray Scott por Hugh Jackman no papel de Wolverine, a data de estréia do filme foi antecipada pelos executivos da Fox em quase 6 meses, o que fez com que o filme apenas fosse concluído poucas semanas antes da estréia oficial nos cinemas americanos. Além disso, as 500 cenas que utilizaram efeitos especiais foram encomendadas entre várias empresas, para que tudo ficasse pronto a tempo do lançamento.


Homem Aranha (2002)



Sinopse: Depois de ser picado por uma aranha geneticamente modificada, Peter Parker ganha super poderes e as habilidades da aranha para se agarrar a qualquer superfície. Ele promete usá-los para combater o crime e começa a entender as palavras de seu querido tio Ben: com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

Durante muitos anos, foi um verdadeiro parto levar as aventuras do popular herói Marvel para o cinema, mas graças ao sucesso de Blade, além do primeiro filme dos X-Men, os produtores da Sony viram o potencial desses heróis no cinema. O que levou então a produzirem adaptação que  seria o início da era de ouro das adaptações do inicio do século 21. Com a direção de Sam Raimi, acompanhamos o nascimento do herói gradualmente, sem pressa, para termos total simpatia por ele e compreender as suas motivações. Há primeira hora é a montagem do palco, para a criação tanto do herói como do vilão, que aqui é o Duende Verde, interpretado por competência habitual de Willem Dafoe. 
O filme se divide na ação, com o amadurecimento do personagem perante as adversidades trágicas que o fazem a se tornar um herói, com o amor impossível que ele sente pela personagem Mary Jane (Kisten Dunst). Embora seja um filme que possua ótimas cenas de ação, e efeitos especiais caprichados, os fãs habituais de Raimi podem se sentir um tanto que desapontados, por não enxergarem em nenhum momento do filme as marcas registradas habituais do cineasta, como movimento vertiginoso da câmera tão usado na trilogia Uma Noite Alucinante. Mas nada que comprometa o resultado final, que acabou se tornando tanto um sucesso de crítica, como de público e que alavancou a grande leva de super heróis para o cinema desde então.

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