A Chegada
Nesse último final de semana
ocorreu na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre o curso Narrativa
Cinematográfica, criado pelo Cine Um e ministrado pela pesquisadora e
professora de história de cinema Fatimarlei Lunardelli. Em dois dias,
Fatimarlei nos convidou para embarcarmos nas inúmeras maneiras de se contar uma
história na tela do cinema e de como alguns títulos nos pegam desprevenidos na
sua maneira de apresentá-las. Curiosamente, títulos clássicos, por exemplo,
foram revisitados durante a aula e fazendo a gente se dar conta de como
construtivos e a frente dos seus tempos eles foram com relação apresentação de
suas respectivas tramas.
Se títulos memoráveis como Cidadão Kane foram pioneiros na apresentação de sua narrativa, é preciso tirar o chapéu de filmes menores como, por exemplo, o filme noir A Dama do Lago, onde o protagonista se apresenta de uma forma que se quebra a quarta parede já no início da trama e para que logo em seguida a câmera se tornar o seu próprio olhar com relação aos eventos que nos são apresentados no decorrer da obra. Falando em câmera, não tem como deixar de nos esquecermos de títulos do mestre Alfred Hitchcock como Janela Indiscreta, em que a câmera do cineasta, por vezes, nos apresentava situações que nos colocava a frente do protagonista com relação aos eventos que nos eram apresentados.
Se títulos memoráveis como Cidadão Kane foram pioneiros na apresentação de sua narrativa, é preciso tirar o chapéu de filmes menores como, por exemplo, o filme noir A Dama do Lago, onde o protagonista se apresenta de uma forma que se quebra a quarta parede já no início da trama e para que logo em seguida a câmera se tornar o seu próprio olhar com relação aos eventos que nos são apresentados no decorrer da obra. Falando em câmera, não tem como deixar de nos esquecermos de títulos do mestre Alfred Hitchcock como Janela Indiscreta, em que a câmera do cineasta, por vezes, nos apresentava situações que nos colocava a frente do protagonista com relação aos eventos que nos eram apresentados.
Janela Indiscreta
Outro momento analisado
durante atividade foi o fato de alguns títulos terem duas ou mais linhas
narrativas num único longa metragem. Se Pulp Fiction foi lembrado de uma forma rápida, Amnésia, As Horas e
os recentes A Chegada e Dunkirk foram analisados por nos pegarem desprevenidos
em suas linhas narrativas e da maneira com que elas se cruzavam na reta final dos
respectivos longas. Uma das alunas, por exemplo, reconheceu como o cineasta Denis
Villeneuve foi criativo na adaptação do conto A Chegada para o cinema, já que
no livro não há uma grande revelação em seu ato final, mas o cineasta difere
esse problema na adaptação, ao colocar as linhas narrativas indo e voltando durante
o decorrer da obra e fazendo com que ela nos faça montar um quebra cabeça e
pensarmos e repensarmos sobre o que havíamos testemunhado.
Amnésia
Embora em tempos atuais, em
que cada vez mais se desenvolve tramas das quais tentam nos surpreender, a narrativa clássica ainda é moldada e apresentada para os
novos públicos. Fatimarlei destaca então Menina de Ouro, do veterano Clint
Eastwood, em que a trama com o seu começo, meio e fim, da qual é apresentado de
uma forma familiar, nos surpreende pela inserção de assuntos até mesmo
espinhosos que perduram até hoje, mas com que fazem serem aceitos e gerar inúmeros momento de reflexão
após o encerramento da sessão.
Novamente um curso criativo, do qual nos faz dar conta que, embora com mais de cem anos de vida, o cinema ainda nos surpreende na construção e apresentação de determinados filmes que são lançados anos após anos.
Novamente um curso criativo, do qual nos faz dar conta que, embora com mais de cem anos de vida, o cinema ainda nos surpreende na construção e apresentação de determinados filmes que são lançados anos após anos.
Menina de Ouro
E que venha o curso sobre o
cinema Russo.
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