Sinopse: Década de 60. Em meio aos grandes conflitos políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria, a muda Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, se afeiçoa a uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um arriscado e apaixonado resgate ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de turno Zelda (Octavia Spencer).
Embora seja um amante do gênero fantástico, Guilherme Del Toro cria filmes humanos, onde o impossível se torna somente a válvula de escape para a elaboração de uma trama sensível e da qual facilmente nos identificamos. Em O Labirinto do Fauno, por exemplo, vemos uma menina fugindo para o seu mundo de sonhos, sendo essa a única forma de enfrentar o lado cru de uma realidade cheia de guerras infindáveis. Mais do que um filme de fantasia gótica, A Forma da Água é moldada por sentimentos humanamente genuínos, mesmo em meio a situações que poderiam se tornar inverossímeis.
A trama se passa no início dos anos 60, época em que EUA e Rússia se digladiavam pelo poder, mesmo em situações de maior ou menor grau. É então que a trama se direciona em um laboratório secreto do governo, onde encontramos a muda Elisa, interpretada por Sally Hawkins (Blue Jasmine), uma zeladora que, ao lado de sua melhor amiga Zelda, interpretada por Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo), cuidam dos afazeres da limpeza. Certo dia, é trazido para o laboratório uma estranha criatura aquática, da qual Elisa se afeiçoa, nascendo então um improvável romance e que irá mudar a sua vida para sempre.
Já nos primeiros minutos de projeção, Guilherme Del Toro já nos deixa claro que estamos diante do gênero fantástico, onde os sonhos podem ser possíveis, mesmo quando alguém nos diz ao contrário. Ao ver os cenários embaixo d'água, além de sua própria protagonista, testemunhamos um pequeno exemplo do que virá em seguida. É como se o cineasta quisesse nos dizer para soltarmos as nossas mentes e deixasse a magia do cinema nos elevar sem restrição alguma.
Tecnicamente o filme é um dos mais belos da filmografia de Del Toro, onde o cenário possui inúmeras cores quentes que sintetizam uma época cheia de promessas, mas não escondendo o seu lado feio e hipócrita. A personagens Elisa, Zelda, além do melhor amigo e vizinho da primeira chamado Giles, interpretado por Richard Jenkins (O Visitante), são pessoas das quais a sociedade tenta ignorá-los, mas se tornando sempre fortes quando estão unidos. Esse sentimento de exclusão é o que faz Elisa se aproximar da estranha criatura e da qual demonstra ter mais em comum com ela do que se imagina.
Colaborador frequente nos melhores filmes do cineasta, o ator Doug Jones novamente usa o seu talento corporal para dar vida ao estranho ser aquático. Mesmo sob uma complexa maquiagem, Jones consegue passar a todo momento os sentimentos complexos dos quais o seu personagem passa, onde a sua técnica de mímica compensa qualquer palavra da qual o seu personagem poderia soltar no decorrer da trama. A personalidade do seu enigmático personagem se completa com a personagem Elisa, onde graças a uma performance digna de nota vinda da atriz Sally Hawkins, faz com que os dois se tornem o verdadeiro coração pulsante da obra.
Mas embora o filme seja um conto gótico, Del Toro se envereda em alguns momentos em outros gêneros e pegando nós todos desprevenidos. Se por um momento o longa se envereda para o gênero de espionagem, ele nos surpreende ao colocar os personagens dançando em alguns momentos e ressoando os tempos da era de ouro dos musicais: a cena em que a protagonista se declara ao seu amor e imaginando ambos dançando em um palco é uma verdadeira declaração de amor ao gênero musical e a magia do próprio cinema.
Com uma participação sempre imponente do ator Michael Shannon (Animais Noturnos), A Forma da Água é um deleite para os amantes do gênero fantástico, onde os seus personagens excluídos pela sociedade se sobressaem em meio a intolerância e prevalecendo assim o amor verdadeiro.
A trama se passa no início dos anos 60, época em que EUA e Rússia se digladiavam pelo poder, mesmo em situações de maior ou menor grau. É então que a trama se direciona em um laboratório secreto do governo, onde encontramos a muda Elisa, interpretada por Sally Hawkins (Blue Jasmine), uma zeladora que, ao lado de sua melhor amiga Zelda, interpretada por Octavia Spencer (Estrelas Além do Tempo), cuidam dos afazeres da limpeza. Certo dia, é trazido para o laboratório uma estranha criatura aquática, da qual Elisa se afeiçoa, nascendo então um improvável romance e que irá mudar a sua vida para sempre.
Já nos primeiros minutos de projeção, Guilherme Del Toro já nos deixa claro que estamos diante do gênero fantástico, onde os sonhos podem ser possíveis, mesmo quando alguém nos diz ao contrário. Ao ver os cenários embaixo d'água, além de sua própria protagonista, testemunhamos um pequeno exemplo do que virá em seguida. É como se o cineasta quisesse nos dizer para soltarmos as nossas mentes e deixasse a magia do cinema nos elevar sem restrição alguma.
Tecnicamente o filme é um dos mais belos da filmografia de Del Toro, onde o cenário possui inúmeras cores quentes que sintetizam uma época cheia de promessas, mas não escondendo o seu lado feio e hipócrita. A personagens Elisa, Zelda, além do melhor amigo e vizinho da primeira chamado Giles, interpretado por Richard Jenkins (O Visitante), são pessoas das quais a sociedade tenta ignorá-los, mas se tornando sempre fortes quando estão unidos. Esse sentimento de exclusão é o que faz Elisa se aproximar da estranha criatura e da qual demonstra ter mais em comum com ela do que se imagina.
Colaborador frequente nos melhores filmes do cineasta, o ator Doug Jones novamente usa o seu talento corporal para dar vida ao estranho ser aquático. Mesmo sob uma complexa maquiagem, Jones consegue passar a todo momento os sentimentos complexos dos quais o seu personagem passa, onde a sua técnica de mímica compensa qualquer palavra da qual o seu personagem poderia soltar no decorrer da trama. A personalidade do seu enigmático personagem se completa com a personagem Elisa, onde graças a uma performance digna de nota vinda da atriz Sally Hawkins, faz com que os dois se tornem o verdadeiro coração pulsante da obra.
Mas embora o filme seja um conto gótico, Del Toro se envereda em alguns momentos em outros gêneros e pegando nós todos desprevenidos. Se por um momento o longa se envereda para o gênero de espionagem, ele nos surpreende ao colocar os personagens dançando em alguns momentos e ressoando os tempos da era de ouro dos musicais: a cena em que a protagonista se declara ao seu amor e imaginando ambos dançando em um palco é uma verdadeira declaração de amor ao gênero musical e a magia do próprio cinema.
Com uma participação sempre imponente do ator Michael Shannon (Animais Noturnos), A Forma da Água é um deleite para os amantes do gênero fantástico, onde os seus personagens excluídos pela sociedade se sobressaem em meio a intolerância e prevalecendo assim o amor verdadeiro.
É um maravilhoso filme, divertido e eu desfrutei muito. Michael Shannon fez um ótimo trabalho no filme. Eu vi que seu próximo projeto, Fahrenheit 451 será lançado em breve. Acho que será ótimo! Adoro ler livros, cada um é diferente na narrativa e nos personagens, é bom que cada vez mais diretores e atores se aventurem a realizar filmes baseados em livros. Acho que Fahrenheit 451 sera excelente! Se tornou em uma das minhas histórias preferidas desde que li o livro, quando soube que seria adaptado a um filme, fiquei na dúvida se eu a desfrutaria tanto como na versão impressa. Acabo de ver o trailer da adaptação do livro, na verdade parece muito boa, li o livro faz um tempo, mas acho que terei que ler novamente, para não perder nenhum detalhe. Sera um dos melhores filmes ficção cientifica acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas.
ResponderExcluirBom dia Ana. Que bom que gostou do filme e da minha crítica. Continue acompanhando o meu blog. Beijos
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