segunda-feira, 20 de março de 2017

Cine Especial: Literatura Policial no Cinema: Parte 3

Nos dias 25 e 26 de março eu estarei participando do curso Literatura Policial no Cinema, criado pelo Cine Um e ministrado pelo crítico de cinema César Almeida. Enquanto atividade não chega, por aqui eu irei fazer uma pequena investigação sobre os principais clássicos envolvidos nesse gênero cinematográfico.  



Os Suspeitos (1995)

Sinopse: Cinco suspeitos são detidos em uma delegacia de polícia de Nova York por causa de um crime. Durante a detenção, eles chegam a um acordo e se unem para realizar um grande trabalho. Porém, eles não imaginam que todos são apenas marionetes na mão de alguém mais poderoso, que os está usando, e a dúvida que permanece até a grande revelação final é: quem é essa pessoa?

Os Suspeitos foi a  estréia de Bryan Singer em produções de longa-metragem, foi responsável por alguns dos maiores elogios da crítica no ano de 1995. O filme, quebra-cabeças montado fora de ordem cronológica, é na verdade uma clássica narrativa no estilo que Alfred Hitchcock nomeou de “who-dunit”: um jogo para que o espectador descubra qual a identidade do criminoso. Singer passa 101 minutos exercitando sua perícia em mostrar pistas falsas e esconder indícios do espectador, antes de revelar a verdade. Trata-se de um thriller excitante que inspira a platéia a vê-lo pela segunda vez, em busca de detalhes que poderiam ter ajudado a revelar o mistério.
O filme tem um excelente elenco, liderado por Gabriel Byrne: os emergentes – depois astros premiados com o Oscar – Spacey (estatueta de coadjuvante por este mesmo filme) e Benicio Del Toro (coadjuvante por Traffic) estão entre os ladrões. 
 

Los Angeles, cidade proibida (1997)

Sinopse:No início dos anos 50 em Los Angeles, três detetives que usam métodos distintos de trabalho se defrontam com uma trama de conspiração e corrupção policial, que atinge até os mais altos escalões, que estão ligados a um esquema de prostitutas de luxo, no qual cada uma delas personifica uma estrela de cinema.
Até 1997 Curtis Hanson não parecia ser mais do que um cineasta-padrão de Hollywood, entregando filmes bastante competentes mas nunca geniais, como Uma janela suspeita, A mão que balança o berço e O rio selvagem. Por isso, quando Los Angeles, cidade proibida foi lançado todo mundo na capital do cinema - e mais os críticos e os fãs de bom cinema - ficou de queixo caído. Emulando com propriedade o estilo noir dos filmes policiais dos anos 40, Hanson assinou um filme extraordinariamente bom, capaz de competir de igual pra igual com os maiores clássicos do gênero. Premiado como melhor filme por praticamente todas as associações de críticos americanos, Los Angeles só não levou o Oscar e o Golden Globe por ter esbarrado em um iceberg gigantesco chamado Titanic. Mas até mesmo os admiradores da mega-produção de James Cameron são obrigados a concordar que, em termos de narrativa e inteligência Los Angeles ganha de goleada.


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