28. Edifício Master
(2002)
Sinopse: O cotidiano
dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da
praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276
conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe
entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e
reveladoras de suas vidas.
Anos atrás, Edifício
Master era conhecido pela sua péssima reputação, onde se acontecia os mais
diversos crimes. Curiosamente, o documentário se inicia com o Sindico do prédio
chamado Sérgio que, segundo ele, aos
poucos foi reestruturando o lugar e transformando em um bom lugar para se
viver. Coutinho então inicia uma jornada por dentro do prédio, onde faz uma
visita surpresa para cada morador e começa então a ouvir cada uma de suas
histórias.
Cada história é
diferente uma das outras, sendo que cada um possui um universo particular, mas
que acaba extravasando na frente da câmera. Dos depoimentos, destaco dois que
me chamaram muito atenção: uma talentosa garota, mas que não sabia dialogar na
frente da câmera e um senhor que diz ter se encontrado com o próprio Frank
Sinatra e cantado com ele em cima de um palco. Momentos de grande emoção.
29. Memórias do Cárcere (1984)
Sinopse:Na década de
1930, o escritor Graciliano Ramos (Carlos Vereza) é preso acusado de ligações
com o Partido Comunista. Capturado em Alagoas, onde era servidor público e
levava uma pacata vida, ele dá entrada no presídio de Ilha Grande, no Rio de
Janeiro, em 3 de março de 1936, sem sequer passar por um julgamento. Em meio a
atritos de ordem política e pessoal, crueldade, insalubridade, fome e os mais
diversos tipos de criminosos - de ladrões de galinha a guerrilheiros -, ele
escreve.
Ao longo da projeção, o
filme se aprofunda mais ao período em que o protagonista esteve encarcerado.
Após uma ligeira aparição do mesmo em uma repartição pública do Alagoas, que
registra a Intentona Comunista de 1935, seguida de uma cena em casa com a
mulher (Glória Pires) e filhos, logo ele é encaminhado para o périplo de
aproximadamente um ano por cárceres do país. Por meio dos presos que dividem o
espaço com o escritor, sejam eles políticos ou comuns, o cineasta Nelson
Pereira dos Santos (Vidas Secas) cria um retrato da população brasileira do período,
dando destaque nos aspectos determinantes do nosso atraso, próprio dos países
subdesenvolvidos. A ignorância funcional salta na tela, sobretudo na terceira parte,
quando os companheiros, e não aliados, já reconhecem a fama dos seus escritos.
A cena em que Graciliano (Carlos Vereza) faz a correção do texto dos
comunistas, contracenando com Tonico Pereira, é cômica. Um tom mais grave é
empregado quando uma autoridade lhe solicita um discurso para ser pronunciado
na data do aniversário do diretor do presídio, a qual lhe é negada – a
argumentação é perfeita, impecável, embora seja involuntariamente humilhante.
Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram
Gostaria de fazer parceria de blogs? Notei que temos dois parceiros em comum. Além dessa recomendação, que muito apreciei do livro do Graciliano, sou de AL, e é bem raro eu ver esse estado ser mencionado em qualquer lugar, para o resto do Brasil, parece que não existimos.
ResponderExcluirhttp://ozymandiasrealista.blogspot.com.br/
Bom dia
ResponderExcluirQue tipo de parceria gostaria?
Gostei do seu blog e colocarei na lista dos quais eu sigo.
Qualquer coisa escreva
abraços