sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Cine Especial: O 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos



28. Edifício Master (2002)

Sinopse: O cotidiano dos moradores do Edifício Master, situado em Copacabana, a um quarteirão da praia. O prédio tem 12 andares e 23 apartamentos por andar. Ao todo são 276 conjugados, onde moram cerca de 500 pessoas. Eduardo Coutinho e sua equipe entrevistaram 37 moradores e conseguiram extrair histórias íntimas e reveladoras de suas vidas.

Anos atrás, Edifício Master era conhecido pela sua péssima reputação, onde se acontecia os mais diversos crimes. Curiosamente, o documentário se inicia com o Sindico do prédio chamado Sérgio que, segundo ele,  aos poucos foi reestruturando o lugar e transformando em um bom lugar para se viver. Coutinho então inicia uma jornada por dentro do prédio, onde faz uma visita surpresa para cada morador e começa então a ouvir cada uma de suas histórias.
Cada história é diferente uma das outras, sendo que cada um possui um universo particular, mas que acaba extravasando na frente da câmera. Dos depoimentos, destaco dois que me chamaram muito atenção: uma talentosa garota, mas que não sabia dialogar na frente da câmera e um senhor que diz ter se encontrado com o próprio Frank Sinatra e cantado com ele em cima de um palco. Momentos de grande emoção.  
  
 
 29. Memórias do Cárcere (1984)




Sinopse:Na década de 1930, o escritor Graciliano Ramos (Carlos Vereza) é preso acusado de ligações com o Partido Comunista. Capturado em Alagoas, onde era servidor público e levava uma pacata vida, ele dá entrada no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, em 3 de março de 1936, sem sequer passar por um julgamento. Em meio a atritos de ordem política e pessoal, crueldade, insalubridade, fome e os mais diversos tipos de criminosos - de ladrões de galinha a guerrilheiros -, ele escreve.

Ao longo da projeção, o filme se aprofunda mais ao período em que o protagonista esteve encarcerado. Após uma ligeira aparição do mesmo em uma repartição pública do Alagoas, que registra a Intentona Comunista de 1935, seguida de uma cena em casa com a mulher (Glória Pires) e filhos, logo ele é encaminhado para o périplo de aproximadamente um ano por cárceres do país. Por meio dos presos que dividem o espaço com o escritor, sejam eles políticos ou comuns, o cineasta Nelson Pereira dos Santos (Vidas Secas) cria um retrato da população brasileira do período, dando destaque nos aspectos determinantes do nosso atraso, próprio dos países subdesenvolvidos. A ignorância funcional salta na tela, sobretudo na terceira parte, quando os companheiros, e não aliados, já reconhecem a fama dos seus escritos. A cena em que Graciliano (Carlos Vereza) faz a correção do texto dos comunistas, contracenando com Tonico Pereira, é cômica. Um tom mais grave é empregado quando uma autoridade lhe solicita um discurso para ser pronunciado na data do aniversário do diretor do presídio, a qual lhe é negada – a argumentação é perfeita, impecável, embora seja involuntariamente humilhante.

 

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2 comentários:

  1. Gostaria de fazer parceria de blogs? Notei que temos dois parceiros em comum. Além dessa recomendação, que muito apreciei do livro do Graciliano, sou de AL, e é bem raro eu ver esse estado ser mencionado em qualquer lugar, para o resto do Brasil, parece que não existimos.

    http://ozymandiasrealista.blogspot.com.br/

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  2. Bom dia

    Que tipo de parceria gostaria?
    Gostei do seu blog e colocarei na lista dos quais eu sigo.
    Qualquer coisa escreva
    abraços

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