Sinopse:Baseado no
livro Animais Fantásticos & Onde Habitam, lançado em 2001, o filme vai
acompanhar as aventuras do escritor fictício Newt Scamander, que setenta anos
antes da saga de Harry Potter, enfrentou e conheceu inúmeras criaturas do
universo do bruxinho. A trama é uma extensão do mundo da magia.
Sete
livros que deram origem a oito filmes de grande sucesso de público e crítica.
Ao término das aventuras de Harry Potter no cinema, muitos ficaram órfãos, pois
não puderam mais viajar para aquele mundo mágico, onde a fantasia e realidade
ficavam separadas em apenas meros detalhes. Mas como o mundo de J.K Rowling é vasto,
não me foi surpresa ao anunciarem Animais Fantásticos e Onde Habitam como uma
nova franquia da qual se explorasse mais daquele mundo cheio de conteúdo.
Com roteiro da própria
escritora J.K Rowling, a trama se passa no ano de 1926 em Nova York, onde vemos
o jovem bruxo Newt Scamander (Eddie Redmayne) desembarcar na cidade para ajudar determinados
animais dos quais ele carrega em sua maleta. Durante a sua chegada, ele acaba acidentalmente
trocando a sua maleta por um humano chamado Jacob Kowalski (Dan Fogler) e
fazendo com que alguns de seus animais acabassem se soltando. Além de ter que recuperá-los,
Scamander enfrenta tanto resistência de regras impostas pela comunidade de bruxos
da cidade, como também de forças malignas e misteriosas que colocam o local em
perigo.
Responsável pelos títulos
dos quais se explorou o amadurecimento de Harry Potter nas últimas aventuras
para o cinema, David Yates retorna a cadeira de cineasta para comandar esse mundo mágico já
tão familiarizado e que novamente consegue com certo êxito. Vale destacar o fato do
filme não exigir da pessoa de primeira viagem a ter que ver todos os filmes
anteriores, já que a trama se passa no passado e bem desprendido de tudo do que
já foi visto. Sendo assim, nos é apresentado uma trama fresca, do qual se
explora não somente a magia, como também outros temas, que vai desde a proteção
aos animais, como também assuntos espinhosos com relação à igreja e o bullying.
Falando
nisso, é preciso salientar que, embora a franquia tenha nascido para atrair pessoas de todas as idades (principalmente
os pequenos), esse primeiro filme possui dois tons distintos, dois quais fica oscilando
do começo ao fim do filme. Se os primeiros filmes do jovem bruxo eram leves e
coloridos, aqui isso também há, mas dando espaço para momentos sombrios e até
mesmo assustadores. Isso causa uma sensação de estranheza, como se por um
momento estivéssemos vendo dois filmes diferentes em um, mas nada que
prejudique muito o resultado final da experiência.
Em
termos de efeitos visuais, novamente eles dão um verdadeiro show. Aqui, por
exemplo, não há regras a limites de espaço com relação a salas ou objetos, já
que todos possuem um espaço vasto: a sequência onde mostra a real natureza da
maleta do protagonista, onde se encontra todos os seus animais, é uma das melhores
partes do filme.
Mas
é claro que nada disso funcionária se não houvesse personagens cativantes,
sendo que aqui há, pelo menos em parte. Diferente de Harry Potter, conhecemos Newt Scamander já como adulto, carregando consigo inúmeras
histórias ainda misteriosas e que poderá ser futuramente exploradas. Embora já
tenha provado o seu grande talento em filmes como Teoria de Tudo e Garota Dinamarquesa,
Eddie Redmayne me passa a ligeira sensação de que não consegue se desvencilhar
dos seus personagens anteriores, já que seus cacoetes e trejeitos remetem a
eles. Se isso não ajuda, pelo menos não atrapalha na sua interpretação como Newt
Scamander, já que ele nos passa um personagem que oscila entre timidez com excentricidade
e se livrando de qualquer comparação com o jovem bruxo Potter.
Mas quem acaba
realmente se destacando na trama é justamente um trouxa (ou 'não-maj', como se
fala na Nova York) Jacob Kowalski, interpretado de uma forma leve e emocional
por Dan Fogler. Fazendo o típico personagem que está no lugar errado e na hora
errada, Jacob foi criado para o filme como uma espécie de representação de nós
meros mortais perante as situações extraordinárias, mas que ao mesmo tempo
consegue manter certa lucidez perante a tudo que vê. Alguns dos momentos tanto
de humor, como também os emocionais, são justamente protagonizados por ele e os
minutos finais da trama selam o seu destino dentro dela de uma forma muito bela e poética.
Claro que nem tudo
são flores com relação a personagens. Porpentina Goldstein (Katherine Waterston)
meio que se perde em alguns momentos na trama, mas ganhando nivelação graças à
presença de sua irmã Queenie Goldstein (Alison Sudol). E se o veterano Jon Voight
é jogado na produção para interpretar um personagem dispensável, sua situação
acaba não sendo pior se comparada a de Colin Farrell, cuja sua interpretação engessada
acaba prejudicando na construção do personagem Percival Graves. Pelo menos,
tanto o personagem como interprete, dão lugar a uma revelação bombástica e que
terá consequências nas próximas aventuras no cinema.
Entre acertos e
erros, Animais Fantásticos e Onde Habitam começa muito bem e abrindo inúmeras possibilidades
futuras para o universo de fantasia criado J.K Rowling para o cinema.
Excelente dica de cinema. Em 2016 houve estréias cinematográficas excelentes, mas o meu preferido foi Animais Fantásticos e Onde Habitam filme completo por que além de ter uma produção excelente, tem uma boa história. A verdade foi uma surpresa para mim, já que foi uma historia de fantasia muito criativa que usou elementos inovadores. Também teve protagonistas sólidos e um roteiro diferente. Acho que Eddie Redmayne foi uma parte importante do excelente sucesso comercial do filme. Definitivamente ele é uma das razões pelas quais o filme teve resumos positivos.
ResponderExcluirValeu pelo comentário Julieta. Acredito que tenha comemorado muito quando o filme ganhou o Oscar de melhor figurino e se tornando o primeiro da franquia Harry Potter ganhar o Oscar.
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