quinta-feira, 3 de março de 2016

Cine Especial: A GÊNESE DA NOVA HOLLYWOOD: Parte 7

De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde eram apresentadas para o público, histórias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).
O próximo curso criado pelo Cine Um e ministrado por Leonardo Bomfim, intitulado A Gênese da Nova Hollywood tratará exatamente disso. A atividade acontecerá em Porto Alegre, dos dias 05 e 06 de março, mas antes disso, postarei por aqui os primeiros filmes (entre anos 60 e 70) e que deram origem a esse rico período do cinema americano.

OPERAÇÃO FRANÇA (1971)

Sinopse: Os detetives de Nova Iorque, "Popeye" Doyle (Gene Hackman) e Buddy Russo (Roy Scheider) tentam desmantelar uma rede de tráfego de narcóticos e acabam por descobrir a Operação França. Mas, quando um dos criminosos tenta matar Doyle, ele inicia uma perseguição mortal que o leva muito além dos limites da cidade.
 
Um dos grandes filmes de ação dos anos 70, notável por sua celebre sequência de perseguição de automóveis. Baseado no livro de Robin Moore (inspirado em fatos reais), a trama realista retira todo o glamour da atividade policial. Teve uma continuação e deu origem a um telefilme Popeye Doyle (86), com Ed O Nell substituindo Hackman no papel titulo. Oscar de filme, diretor, ator (Hackman), roteiro adaptado e montagem.  
     
Curiosidade: Gene Hackman e Roy Scheider fizeram patrulha com os policiais Eddie Egan e Sonny Grosso durante um mês, antes do início das filmagens, para pegar melhor o espírito de seus personagens. Posteriormente Egan e Grosso fizeram pequenas pontas como supervisores da polícia.

LARANJA MECÂNICA (1971)

Sinopse: No futuro, Alex (Malcolm McDowell), líder de uma gangue de delinquentes que matam, roubam e estupram, cai nas mãos da polícia. Preso, ele usado em experimento destinado a refrear os impulsos destrutivos, mas acaba se tornando impotente para lidar com a violência que o cerca.

Baseado no romance de Anthony Burgees desenvolve-se em clima opressivo, com direção segura, num dos melhores momentos da carreira de Kubrick. A montagem com esplêndido aproveitamento da musica de Beethoven, Elgar Rossini, cria uma espécie de coreografia da violência, apresentada com estilo raras vezes visto no cinema.
Malcolm McDowell apresenta aqui o melhor desempenho de sua vida e que jamais se repetiu, pois dificilmente faria algo similar ou que superasse o que fez na obra de Kubrick. Seu papel foi tão marcante que serviu de base para outros inúmeros atores que posteriormente se inspiraram em seu desempenho, como no caso Heath Ledger ao fazer seu Coringa em Cavaleiro Das Trevas.

Curiosidades: Stanley Kubrick certa vez declarou que, se não pudesse contar com Malcolm McDowell, provavelmente não teria feito Laranja Mecânica;
Stanley Kubrick propositalmente cometeu alguns erros de continuidade em Laranja Mecânica. Os pratos em cima da mesa trocam de posição e o nível de vinho nas garrafas muda em diversas tomadas, com a intenção de causar desorientação ao espectador.


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