sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cine Especial: JOHN CARPENTER: ELE VIVE: FINAL



NOTA: Infelizmente não ocorrerá mais nesse final de semana o curso sobre  John Carpenter que eu iria participar. Porém, não é pelo fato de não haver mais atividade que deixarei de concluir esse especial que, aliás, foi muito bom revisitar a obra desse diretor e conhecer alguns títulos que eu ainda não havia assistido.



 A Beira da Loucura (1994)



Sinopse: O investigador John Trent (Sam Neill) é contratado para achar Sutter Cane (Jürgen Prochnow), um escritor de histórias de terror que, após terminar seu último livro, misteriosamente desapareceu. Mesmo desconfiando que isso não passa de uma jogada publicitária, aceita o trabalho. Passa a ler seus livros, procurando pistas da cidade onde Cane possa estar escondido, mas estes livros são macabros e, após sua leitura, as pessoas agem de um modo bem estranho.


Eu adoro A Beira da Loucura, um filme menor e até pouco conhecido do diretor John Carpenter. Aqui Carpenter faz a sua homenagem mais rasgada a Lovecraft e ao universo de deuses negros e entidades cósmicas. Embora em momento algum o filme fale do Mythos de Cthulhu, é óbvio que ele trata do tema em numa série de elementos a começar pelo vilão que venera "terríveis criaturas de além do tempo e espaço". A Beira da Loucura é um excelente filme lovecraftiano que bebe da fonte do horror cósmico até se embriagar. Altamente recomendado!
  
A Cidade dos Amaldiçoados (1995)



Sinopse: Na cidade americana de Midwich o médico Alan Chaffee (Christopher Reeve) acorda cedo, pois ouviu sons que pareciam sussurros. Sua mulher, Barbara (Karen Kahn), diz que nada ouviu e Alan deixa de dar importância. Naquela manhã Alan sai da cidade, assim como Frank McGowan (Michael Paré), e às 10 horas ocorre um desmaio coletivo, que só atinge as pessoas e animais que estavam nos limites da cidade. Ao voltar Frank desmaia, seu carro perde a direção e ele morre. Quando Alan retorna o governo já tem consciência do caso e enviou uma equipe, chefiada pela epidemiologista Susan Verner (Kirstie Alley). Após seis horas desmaiados, os animais e pessoas começam a despertar. Depois de enterrarem as vítimas daquele fato inexplicável, se constata que naquele dia várias mulheres ficaram grávidas. Quando nascem os bebês têm características especiais, mas seus "pais" sentem que as crianças não são humanas e que representam um sério perigo.

 

O filme é eficiente quando mostra o desmaio coletivo no início do filme, e dá ao espectador uma noção de apocalipse que se aproxima silenciosamente. Trata-se de uma refilmagem de "A aldeia dos amaldiçoados", de 1960, da MGM, baseado no livro de John Wyndham - ambos de maior clareza e mais subjetividade - o original acontece em uma vila da Inglaterra e as crianças tem traços de super inteligência com forte sugestão de serem fruto de alienígenas. Esse fato fica logo evidente no filme de Carpenter, uma vez que a personagem Susan não tarda de revelar o segredo da coisa que uma das mulheres pariu.
O filme é lembrado também por ser o ultimo estrelado por Christopher Reeve (Superman) antes de ficar tetraplégico.

 

Vampiros de John Carpenter (1998)



Sinopse: Jack Crow é um caçador de vampiros que junto com sua equipe luta contra essas terríveis criaturas. A única pista para encontrar o líder Valek, o poderoso vampiro de 600 anos de idade, é a jovem prostituta Katrina, que foi mordida por ele.


Baseado no livro de John Steakley, o longa-metragem de 1998 é uma obra típica do “carpinteiro”: filmão de baixo orçamento, feito na raça e tem um roteiro incrível que desafia alguns costumes da igreja católica, mais o ponto forte de toda a história é que as criaturas da noite não atacam apenas para sobreviver e sim em busca de um único  objetivo que através de uma cruz que todos os vampiros possam também caminhar durante o dia. Os antigos filmes de faroeste são uma paixão declarada de John Carpenter, que realizou aqui um filme de terror em clima de bangue-bangue. As locações remetem aos cenários dos filmes de Sergio Leoni, numa clara homenagem a clássicos como Era Uma Vez no Oeste. 

Fantasmas de Marte (2001)



Sinopse: Em pleno ano de 2176, Marte já é colonizada pelos seres humanos, que exploram continuamente suas reservas naturais. Em meio às escavações é descoberta as ruínas de uma antiga civilização, que despertam seres etéreos que dominam os corpos dos humanos justamente para poder expulsá-los do planeta.

Esse não foi o melhor momento da carreira de Jonh Carpenter. Sabe aquele filme ruim e tosco que você simplesmente não consegue parar de ver? Fantasmas de Marte é um grande exemplo desses filmes. Atuações ruins, efeitos especiais horríveis, roteiro ingênuo, diálogos bobos, maquiagem criada em toque de caixa. Não tem como esperar boa coisa. Então você passa a ver pessoas perdendo a cabeça (literalmente), braços, pernas… e não rir é quase impossível.

 

Aterrorizada (2011)



Sinopse:Kristen, uma garota que se mostra perturbada mentalmente e que acaba por ser levada a um hospital psiquiátrico, lá ela conhece mais quatro garotas e dentro daquele hospital há um grande mistério, onde uma a uma, as garotas são mortas, acreditando ser o fantasma de uma interna a causadora dos assassinatos.

 

Após dez do desastroso Fantasma de Marte, John Carpenter retornou ao cinemas com esse filme que, ao assisti-lo, foi uma experiência diferente, para falar a verdade foi uma boa experiência. Com um final não muito original porém inesperado. O problema é que se eu comentar qualquer coisinha do filme além da sinopse, poderá estragar a expectativa de quem pretende assisti-lo. E não pretendo ser nenhum estraga prazer.
O cenário do filme se passa todo dentro dos corredores do hospital, geralmente esses tipos de cenários (corredores) são realmente assustadores  sejam eles de hospitais ou de hotéis, vale lembrar as cenas de arrepiar do filme O Iluminado de Stephen King, Aterrorizada  não fica atrás.  No meu ponto de vista é um bom filme de terror/suspense, a maquiagem do fantasma é muito boa. As cenas de terror já são meio manjadas, clássicas para falar a verdade, mas mesmo assim ainda dá para se dar uns pulos da poltrona.
 

Leia também: Partes 1, 2, 3 e 4.



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