Sinopse:A história real do
equilibrista Philippe Petit (Joseph Gordon-Levitt), famoso por atravessar as
Torres Gêmeas usando apenas um cabo. Mesmo sem ter autorização legal para a
arriscada aventura, ele reuniu um grupo de assistentes internacionais e contou
com a ajuda de um mentor para bolar o plano, que sofreu diversos obstáculos
poder ser finalmente executado. A travessia ocorreu na ilegalidade em 7 de
agosto de 1974 e ganhou destaque no mundo inteiro.
No dia 28 de dezembro de
1895, os irmãos Auguste e Louis Jean Lumière exibirão no salão indiano do Grand
Café de Paris os seus primeiros curtas metragens que eles filmaram através da
sua invenção que era o cinematografo. Dentre os curtas, havia uma cena de um
trem parando numa estação. A cena vista hoje é simples, mas na época os
espectadores simplesmente saiam da cadeira e se escondiam, pois acreditavam que
o trem iria atingi-los.
De lá pra cá o cinema
evoluiu muito. De curtas passaram para longas; cores foram surgindo; o som foi
substituindo o lado mímico do cinema mudo; os efeitos visuais vieram para fazer
feitos impossíveis e o 3D surgiu com a possibilidade de entrarmos em um filme.
Esse último recurso na realidade surgiu a partir da década de 50, mas foi
somente a partir de Avatar em 2009 que ele se fortaleceu e agora em A Travessia
ele se encaminhou á um novo patamar em fazer com que o cinéfilo sinta o que o
protagonista sente no ápice do filme.
No mais novo filme de Robert
Zemeckis (De Volta para o Futuro) acompanhamos a trajetória da vida do francês
equilibrista Philippe Petit (Joseph
Gordon-Levitt) que, desde jovem, se equilibra em lugares dos mais inusitados.
Certo dia ele descobre que estão sendo construídas imensas torres gêmeas em
Nova York (o futuro World Trade Center). Isso faz com que se cria uma obsessão
dentro dele de querer se equilibrar em cima de um cabo em meio às enormes
torres.
A trama é narrada pelo
próprio protagonista durante todo o filme (aonde ele se encontra sempre na
estatua da liberdade) e dá a sensação que a história é um verdadeiro conto de
fadas moderno, mesmo a gente já sendo informado no princípio que é baseado num
caso verídico. Os primeiros minutos são uma beleza a parte, aonde nos é
apresentado uma Paris em preto e branco, porém, mais viva do que nunca e o 3D
faz somente que sentimos essa sensação num grau mais elevado. Lembrando que
estamos prestigiando um filme que foi rodado e pensado em ser apresentado em 3D
e não convertido em última hora.
Após apresentação do
protagonista, conhecemos gradualmente suas origens, assim como o seu fascínio pelo
malabarismo, equilibrismo e os significados que o leva a querer se arriscar a
todo o momento. Assim como homens que arriscaram as suas vidas subindo em
montanhas como monte Everest, Philippe Petit sempre explica que ele age assim
não para morrer, mas sim para viver. Assim como inúmeros gênios, pode-se dizer
que Petit foi um de inúmeros incompreendidos e que somente ele sabia com certeza
(ou não) o que lhe passava em sua mente para desafiar os seus próprios limites.
Embora chamariz da trama seja
o fato dele querer atravessar às torres gêmeas a partir de um cabo de aço a
quase meio quilometro de altura, Robert Zemeckis foi inteligente ao retratar a
construção desse tal feito. Para isso, conhecemos então as pessoas que ajudaram
Petit, como o veterano equilibrista Papa Rudy (Ben Kingsley), a namorada e
artista de rua Annie Allix (Charlotte Le Bom), o fotografo Jean-Louis (Clément
Sibony) e dentre outros. Cada um deles terá uma função para ajudar o protagonista,
transformando o filme num verdadeiro roubo de banco, mas na realidade sem
nenhum roubo.
Tudo que antecede o feito do
protagonista nos é apresentado e dando uma sensação que estamos assistindo uma espécie
de continuação de 11 Homens e um segredo, pois eles não somente têm que driblarem
a segurança, como também os trabalhadores que ainda estavam construindo os dois
prédios daquela época. Isso acaba gerando inúmeros momentos conflitantes, como
quando o protagonista e seu parceiro que tem medo de altura (que ironia) se
escondem na beira de um poço de elevador. Passados esses momentos, acabam
gerando outros inusitados, como quando certo personagem surge do nada e gerando
inúmeras interpretações sobre o seu significado em cena.
Após todos esses preparativos,
finalmente chega o momento de tal feito e que realmente aconteceu na manhã do
dia 07 de agosto de 1974. Nesse momento, Zemeckis prepara uma espécie de palco,
aonde as nuvens seriam as cortinas que, quando abertas, nos brindaria com um
grande espetáculo. Não há como negar que o diretor se superou novamente, pois
ele criou cenas realistas em que retrata com exatidão como era o alto das
torres que, aliadas a um 3D caprichado, nos causa uma sensação de vertigem e um
frio na espinha que acontece devido a cada passo que o protagonista dá em cima
do cabo.
Na vida real, o feito de Philippe
Petit durou aproximadamente 45 minutos, mas retratado no filme foi em torno de
15 minutos. Contudo, isso não desmerece o que é visto na tela, já que esses
minutos parecem longos e mesmo quando a gente deseja que não termine, por outro
lado, o nosso subconsciente deseja que logo se encerre mesmo a gente sabendo
que ele sobreviria após o tal feito. Claro que essa sensação de perigo tudo se
dá devido aos pequenos detalhes, desde o cabo ficar balançando quando não deve,
ou quando um visitante de penas pousa acima de Petit quando ele está deitado no
cabo.
Os minutos finais da trama nos
dão o mesmo tipo de sentimento que o protagonista sente de dever cumprido e, ao
mesmo tempo, Robert Zemeckis criou um grande feito, do qual a gente tem a sensação
de que voltamos no tempo e descobríssemos qual era a sensação daquelas pessoas que
estavam assistindo de longe aqueles momentos inusitados de grande proeza e beleza
acima das torres. No final das contas, A Travessia vai ainda mais longe, mais
precisamente nos fazendo ter uma idéia de como as pessoas do final do século 19
se sentiam ao vislumbrarem com as primeiras cenas de movimento vistas numa tela
e nos fazendo nos lembrar que o cinema nasceu como pura arte e espetáculo.
Caramba, eu ainda não assisti esse filme. Deve ser sensacional assistir em 3D.
ResponderExcluirJá vou seguir o seu blog. Gostei bastante e você escreve super bem.
Se der faz uma visitinha no meu blog e se possível segue o meu blog também.
http://animeseriesforall.blogspot.com.br/
obrigado pela sua opnião Vanessa, ela vale muito. Irei sim visitar e se me agradar irei seguir também. Bjsssss
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho, poderia postar junto com a crítica do filme o titulo de um livro sobre o assunto em questão, exemplo: Hollywood nos anos 40, o livro A Cidade das Redes.
ResponderExcluirVai uma dica de cnal do Youtube: Every Frame a Painting, quase impossível não gostar.
Grato.