terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cine Especial:MARIO BAVA:Maestro do Macabro:Parte 1



Nos dias 10 e 11 de Outubro,  eu estarei no Cine Capitólio,  participando do curso Mario Bava: Maestro do Macabro, criado pelo Cine Um e ministrado pelo doutor em Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em romance gótico, Fernando Brito. Enquanto atividade não chega, irei falar dos principais filmes desse diretor que foi fonte de influência para inúmeros outros diretores como Francis Ford Coppola e Tim Burton.  



A MÁSCARA DE SATÃ (1960)



Sinopse: Uma bruxa vingativa (Barbara Steele) e seu servo abandonam suas tumbas espalhando terror e sangue. Eles voltaram para possuir o corpo da bela e jovem descendente da feiticeira, mas antes terão de enfrentar o irmão da garota e um médico.

A Máscara de Satã é o primeiro filme dirigido pelo mestre Mario Bava (antes já havia completado Os Vampiros, para Ricardo Freda em 1956, que abandonou as filmagens por problemas com o estúdio), e isso quando ele já tinha 46 anos de idade. Bava anteriormente havia trabalhado como Diretor de Fotografia de diversas produções italianas. Mas foi seu debute na direção que colocou seu nome definitivamente no hall da fama do horror e inspiraria uma safra talentosíssima de diretores italianos que viriam a aparecer, como Dario Argento e Lucio Fulci. 
A história de bruxaria, possessão e satanismo é magistralmente conduzida por Bava, com todo seu cuidado nas nuâncias da fotografia preta e branca (parceria de Bava com Ubaldo Terzano). Um perfeito e magistral conto de horror sobrenatural, A Máscara de Satã é o primeiro grande filme de terror do cinema italiano, e só isso já seria o suficiente, dado sua importância histórica, se Bava não se tornasse, começando por este mesmo filme, o maior diretor italiano do gênero de todos os tempos.A sequência de abertura é uma das melhores da história do cinema de horror até hoje. 

 

A Garota que Sabia Demais 1965



Sinopse: A jovem norte-americana Nora Davis viaja para passar férias em Roma, onde testemunha um assassinato.


Mario Bava ataca novamente aqui no Hell Business, dessa vez com o último filme produzido em preto e branco pelo diretor e que fundou as bases daquilo que seria conhecido posteriormente como o subgênero Giallo. Apesar de partir de uma premissa simples, considerada fraca pelo próprio diretor, que preferiu se dedicar a parte técnica, o filme, além de pioneiro, é perfeito em técnica e estética, marca registrada de Mario Bava.

 

O Alerta Vermelho da Loucura 1970 


Sinopse: Um proprietário de loja de noivas mata vários jovens casados em uma tentativa de libertar um trauma de infância reprimida que está o levando a cometer assassinatos.


Assim como Hitchcock, Bava era um experimentador.Neste filme, ele usa ângulos estranhos, visões diferentes e observações de coisas cotidianas através de objetos. Magnificamente filmado, mostrando a qualidade deste gênio a ser descoberto por gerações por vir. Tim Lucas, autor da biografia crítica de Mario Bava: All the Colors of the Dark , chama o filme de "Mario Bava's most personal horror movie" , ou seja, seu filme mais pessoal. O filme foi inexplicavelmente considerado um filme menor de Bava.
Em alguns momentos parecemos estar na cabeça do assassino. O filme parece um longo sonho para ele... ou pesadelo, dependendo de como interpretar. A metalinguagem usada no filme é uma aula de cinema. Uma má compreensão que o tempo cuidou de consertar. O filme influenciou grandes filmes de psicopatia atuais como Psicopata Americano.
 


Cães Raivosos 1974



Sinopse: Após um violento assalto, ladrões fazem uma mulher de refém e obrigam um senhor de carro, que carrega uma criança doente no interior do veículo, a conduzí-los com segurança até o local onde vão dividir o dinheiro.


Último filme dirigido por Bava, Cães Raivosos foi rodado em 16mm, em 1978, apenas cinco anos antes de sua morte. Devido a problemas com os produtores, Bava não conseguiu concluir o projeto, que só seria finalizado em 1998, quando os negativos foram encontrados e o filme pode ser finalmente editado, tal como Bava o imaginou, a partir de anotações deixadas por ele. Lamberto Bava, filho do diretor e seu assistente no filme, acompanhou a edição final.
  

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