quarta-feira, 3 de junho de 2015

Cine Especial: Desconstruindo Woody Allen: Parte 2



Nos dias 13 e 14 de Junho eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre participando do curso Desconstruindo Woody Allen, criado pelo Cine Um e ministrado pelo Doutor em Ciências da Informação e da Comunicação Josmar Reyes. Enquanto os dois dias da atividade não chegam, estarei postando por aqui sobre os filmes que eu assisti desse gênio e neurótico diretor de cinema. 

 

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977)



Sinopse: Alvy Singer (Woody Allen), um humorista judeu e divorciado que faz análise há quinze anos, acaba se apaixonando por Annie Hall (Diane Keaton), uma cantora em início de carreira com uma cabeça um pouco complicada. Em um curto espaço de tempo eles estão morando juntos, mas depois de um certo período crises conjugais começam a se fazer sentir entre os dois.

O mais laureado dos filmes de Allen. Entre outros prêmios, ganhou o Oscar de melhor filme, direção, roteiro (de Allen e Marshall Brickman, seu habitual colaborador) e melhor atriz para Diane Keaton. É uma criação da fase em que o humor e a preocupação com o ritmo predominavam, não obstante as referencias intelectuais. Há pontas de Jeff Goldblum e Sigourney Weaver, ambos em inicio de carreira.
Na verdade foi por esse filme que conheci Allen, pois de todas as suas obras, sempre ela aparece entre os melhores filmes de todos os tempos e acredito que seja uma obra que represente sua carreira como um todo. O cara Neurótico, sempre interpretado pelo ator, se tornaria regra sagrada e presente em seus primeiros grandes sucessos, tanto nesse, como em Hanna e suas irmãs e Manhattan. Como nenhum outro, Allen sempre consegue em seus filmes criar altas doses de humor, com doses cavalares de reflexão que, por isso mesmo, eu desejo em breve participar de um curso voltado somente sobre esse curioso cineasta.    


Curiosidade: Por ser fã de carteirinha do cineasta Ingmar Bergman, Allen sempre quando podia, homenageava o cineasta sueco em seus filmes. Na foto acima, reparem que o casal central está ao lado de um pôster de cinema, do mais recente filme de Bergman daquele ano (1977).

Interiores (1978)



Sinopse: Renata (Dianne Keaton), Joey (Mary Beth Hurt) e Flyn (Kristin Griffith) são irmãs que pouco se conhecem, já que escondem seus medos e vontades. Elas fazem parte de uma família burguesa, capitaneada por Arthur (E.G. Marshall) e Eve (Geraldine Page). Quando Arthur anuncia que pretende se divorciar, para viver com outra mulher, a família entra em crise.



Filme nitidamente influenciado pelo cineasta Ingmar Bergman, do qual Woody Allen muito admira. Como pode pessoas tão próximas viver relações tão distantes? Essa é a pergunta-chave do filme. Woody Allen revela aspectos impressionantes da personalidade humana a partir de uma família burguesa do Upper East Side em Manhattan.
Tudo aparentemente está em ordem, até que o patriarca de uma família decide abandonar a esposa para viver com outra mulher. A partir daí, essa família vai ter que mostrar seus anseios mais interiores. O desentendimento entre as irmãs (entre elas, a sempre competente Diane Keaton), a loucura da mãe (interpretada pela ótima Geraldine Page) e a vontade de renascer do pai, que mesmo cegamente não desistira de sua felicidade com outra mulher.
Interiores é um filme belo, inesperado e mostra esse lado sério de Allen, algo raro, diga-se de passagem, aonde acerta em cheio nos diálogos, na pesada carga emocional que o filme carrega e fazendo que cada personagem aja de maneiras inesperadas.

Sem dúvida, uma obra-prima do cinema que poucas pessoas lembram.

  

Manhattan (1979)



Sinopse: Um escritor de meia-idade divorciado (Woody Allen) se sente em uma situação constrangedora quando sua ex-mulher decide viver com uma amiga e publicar um livro, no qual revela assuntos muito particulares do relacionamento deles. Neste período ele está apaixonado por uma jovem de 17 anos (Mariel Hemingway), que corresponde a este amor. No entanto, ele sente-se atraído por uma pessoa mais madura, a amante do seu melhor amigo, que é casado.



O humor cerebral de sua ode á Nova York. É nesse aspecto é brilhante o uso que dá a música clássica de George Gershwin. A cidade é louvada a todo momento em um filme que preocupa-se menos em fazer graça e mais em transmitir conceitos analíticos sobre a existência. É apontado por muitos críticos como o seu melhor filme e o mais pessoal.

Mais informações e inscrições para o curso você acessa clicando aqui. 

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