Nos
dias 23 e 24 de abril, estarei participando do mais novo curso do Cine Um,
intitulado Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70, que será
ministrado pelo escritor e critico de cinema César Almeida que, por sua vez, já
ministrou outros cursos como Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes
Marciais no Cinema e Sam Peckinpah – Rebelde Implacável.
Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes desse subgênero que, posteriormente, influenciou futuros cineastas como Spike Lee e Quentin Tarantino.
Enquanto os dias da atividade não chegam, irei postar por aqui sobre os melhores filmes desse subgênero que, posteriormente, influenciou futuros cineastas como Spike Lee e Quentin Tarantino.
BLÁCULA
Sinopse:
Um decorador de interiores compra um caixão do príncipe africano Manuwalde
mordido pelo Conde Drácula séculos atrás e o traz para Los Angeles, em 1972.
Dois colecionadores de antiguidades abrem o caixão e libertam Blácula na
cidade. O vampiro encontra Tina, que é a reencarnação de sua esposa Luva, e
passa a fazer de tudo para conquistá-la. Um amigo de Tina, Dr.Gordon, descobre
que Blacula é um vampiro e resolve caçá-lo.
Em Blácula o tema do vampirismo ficou perfeito ao se misturar com os
ícones da cultura negra e foi uma excelente integração alcançada pela
produtora, Warner Brothers. A ideia de um representante negro, entre os
vampiros foi criada pelo diretor William Craim e o roteiro escrito por Joan
Torres e Raymond Koening e quase todas as partes deste filme foram rodadas em
Watts, gueto negro da periferia da cidade de los Angeles, exatamente em locais
onde já houveram muitos problemas de origem racial e não faltou precaução nesta
produção.
O ator principal William
Marshall, possuía uma poderosa presença devido a sua estatura alta, ombros
largos e vasto repertório de atuação em peças de Shakespeare, o que elevou a ter
boa dignidade ao interpretar o vilão e
conseguir introduzir um personagem como esse até então inédito no universo do subgênero
blaxploitation. O filme segue um bom roteiro de terror, aliás muito bom para a
época em que foi produzido e exibido, explorando bem a agitada e badalada vida
noturna dos guetos negros das grandes cidades norte-americanas e a trilha
sonora (composta por Wally Homes) mistura bem o ritmo soul com a atmosfera
noturna do terror, deixando visível a idéia central da película, que era mesmo
mostrar a cultura e a consciência negra destes bairros poucos conhecidos no
mundo.
Embora com criticas mistas,
o filme foi um sucesso de bilheteria e rendendo sequências, mas sem o mesmo
impacto.
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Não cheguei a assistir esse filme do início ao fim, mas já vi algumas cenas dele aí pela rede.
ResponderExcluirAssista Bússola
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