sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Cine Especial: FILME NOIR: CINEFILIA & SEXUALIDADE: Parte 2


Nos dias 24 e 25  de Outubro eu estarei me encaminhando para minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.


LAURA


Sinopse: Mark McPherson é um policial encarregado de investigar o assassinato de Laura Hunt, uma bela publicitária que teve o rosto destruído por tiros de espingarda. Durante a investigação, McPherson se sente atraído pela mulher assassinada.

Laura tem uma certa similaridade com Casablanca, na medida em que eram dois filmes “B” que acabaram, por circunstâncias fortuitas, ganhando um tratamento “A”, com elenco e diretores de respeito, que se acertaram quase que por mágica. Esta é uma das graças do cinema, de vez em quando tudo dá certo e ninguém sabe explicar direito como tudo aquilo aconteceu. Sem dúvida, Laura foi favorecido pelos deuses do cinema, e, por extensão, foram agraciados todos os amantes dos grandes filmes, de ontem, hoje e sempre. 

 

Pacto de Sangue

Sinopse: Walter Neff (Fred MacMurray), um vendedor de seguros, é seduzido e induzido por Phyllis Dietrickson (Barbara Stanwyck), uma sedutora e manipuladora mulher, a matar seu marido, mas de uma forma que pareça acidente para a polícia e também em condições específicas, que façam o seguro ser pago em dobro (no caso, 100 mil dólares).

Para muitos cinéfilos, um dos melhores filmes da história do cinema. Criado brilhantemente por Billy Wilder, que com certeza foi decisivo para o resultado final dessa obra e que se tornasse um filme indispensável, se comparado com os outros filmes noir daquele tempo. O filme faz um verdadeiro giro em inúmeros gêneros dentro da historia: da comédia ao drama, do romance ao noir.
Tudo numa forma bem redonda e muito bem dirigida. Mas o grande trunfo está no roteiro, adaptado do romance homônimo de James Cain, e escrito a quatro mãos pelo próprio Wilder e por Raymond Chandler. O curioso, é que é de se espantar o roteiro ter ficado tão bom, já que, por motivos pessoais, Wilder e Chandler, simplesmente se odiavam.
Para a época, a historia de adultério e assassinato, levou anos para sair do papel devido ao código Hays, que ainda era vigente em 1944. Por isso a trama teve que ser moldada várias vezes para passar pela censura. O resultado final, foi um roteiro mais sugestivo em determinadas situações.

A atuação de Barbara Stanwyck, vivendo a fria Phyllis , que usou o tempo todo Walter para conseguir o que queria é magistral. Fred MacMurray, interpreta com desenvoltura Walter Neff. Mas o destaque do elenco é Edward Robinson, que interpreta o analista Barton Keyes e dá o tom irônico dos filmes de Wilder.

 

A Carta
 Sinopse: Leslie Crosbie (Bette Davis), a esposa do comerciante Robert Crosbie (Herbert Marshall), mata um homem e alega legítima defesa, mas omite que eles eram amantes. É quando a viúva procura o advogado da assassina, chantageando-a com uma carta.


Em 1940, Bette Davis no auge da fama estrela um belo suspense que até hoje não envelheceu.  Ótimo filme de suspense de William Wyler (Ben Hur), ao mesmo tempo em que apresenta toques de um belo filme Noir. Bette Davis está ótima como sempre e nas palavras da própria atriz, A Carta possui um dos melhores inícios de filme em que ela atuou. A cena por sinal é onde mata um personagem que se tornará importante ao longo do filme.



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