sexta-feira, 30 de maio de 2014

Cine Especial: QUADRINHOS NO CINEMA: UMA HISTÓRIA QUADRO A QUADRO: Parte 2



Nos dias 10 e 11 de Junho, eu estarei participando do curso Quadrinhos no cinema: Uma História quadro a quadro, criado pelo Cena Um e ministrado pelo autor da "Enciclopédia dos Quadrinhos" (Editora L&PM) André Kleinert. Enquanto o curso não chega, por aqui estarei fazendo uma retrospectiva das melhores adaptações das HQ para o cinema e sobre o que mudou para aqueles que curtem essas duas artes de contar historias.

 

DE UM ESTOURO PARA UM STOP



Quando os filmes de Superman começaram a fazer sucesso nos cinemas, muitos acreditaram que viria por ai uma grande leva de adaptações dos HQ para o cinema. Mas não foi bem assim. O grande problema dessas adaptações para a década de 80  é que exigira um alto risco e investimento, no qual muitos estúdios não quiseram arriscar.
Basta pegarmos como exemplo Superman de 78: rodado para serem dois filmes, a produção se tornou a mais cara da historia na época (em torno de 60 milhões segundo a inflação atual) e somente deu certo porque Richard Donner sempre fez questão de injetar verossimilhança na historia e que fizesse com que o publico comprasse a idéia de que um homem poderia realmente voar. Com isso, houve algumas adaptações, mas que beiravam ao ridículo e somente poucas sobreviveu ao tempo.
Contudo no final dos anos 80, a Warner se arrisca numa super produção milionária comandada por Tim Burton, que foi Batman, gerando uma grande bilheteria e um enorme sucesso de marketing que não se via desde Star Wars. Abaixo, confiram as principais e melhores adaptações de HQ para o cinema na década de 80.  

(1980)Flash Gordon



Sinopse: Quando o imperador Ming (Max Von Sydow) está a invadir o planeta terra e o fim está no próximo. é Flash Gordon (J. Jones) e a sua esposa Dale Arden (Melody Anderson) fica a saber que está a ser invadir com a ajuda do cientista Dr. Hans Zarkov (Chain Topol) e viaja pelo planeta Mongo. Juntamente com Barin (Timothy Dalton) e a bela e a misteriosa princesa Aura (Ornella Muti).



Filme que tinha tudo para ser esquecido mas que acabou virando cult. Dino De Laurentiis é que teve a idéia de lançar o longa-metragem "Flash Gordon", estrelado por Sam J. Jones no papel principal, Melody Anderson como Dale Arden, Chaim Topol como Dr. Zarkov, Max von Sydow como Ming, Timothy Dalton como príncipe Barin e Ornella Muti como Aura. Embora não tenha sido um sucesso de crítica, o filme ganhou certo destaque por sua trilha sonora, composta e interpretada pela banda Queen. 
Ao longo dos anos, por seu estilo afetado, o filme ganhou o status de "cult" entre os fãs de ficção científica. Muitas de suas falas são cheias de duplos sentidos, e este senso de humor que o permeia contribuiu fortemente para a afeição coletiva que a lembrança do filme desperta. Um bom exemplo disto é o ator Brian Blessed, que até hoje ainda é lembrado pelo público britânico por seu papel de príncipe Vultan no filme, embora desde então ele tenha feito inúmeros outros trabalhos sérios em cinema, teatro e televisão.



(1982)Conan: O Bárbaro


Aventura épica de John Milius se tornou um filme a frente do seu tempo



Sinopse:Conan (Arnold Schwarzenegger), ainda jovem, vê sua aldeia ser aniquilada por um demoníaco feiticeiro chamado Thulsa Doom (James Earl Jones) e seus pais serem assassinados na sua frente por ele. Disposto a vingar-se, desenvolve uma incrível força física e parte em busca da liga de aço, que fará com que sua espada se torne lendária.



Primeiro grande sucesso da carreira de Arnold Schwarzenegger e sem duvida um dos melhores trabalhos de John Milius. Conan foi o primeiro filme baseado em HQ com teor mais adulto e explicito, não faltam cenas de violência e de sexo o que acabou causando o afastamento do publico mais jovem, isso graças ao roteiro mais adulto feito por Oliver Stone, mas o filme é sem sombra de duvida uma grande aventura épica na fictícia era Nórdica. Momentos sublimes como o massacre de uma vila no inicio do filme e os primeiros minutos de Arnold como Conan são apresentados de forma fantástica e inesquecível, aliado a uma poderosa trilha sonora. Destaque para o extraordinário desempenho de James Earl Jones como o vilão Thulsa Doom que simplesmente rouba a cena a cada momento que surge e de pontas curiosas como de Max von Sydow (O Exorcista). Teve uma continuação inferior, mas nada que tire o brilho desse grande filme.


Curiosidades: A empresa Mattel era a responsável por produzir brinquedos em torno de Conan, mas após assistir ao filme seus executivos acharam melhor não associar a empresa a um filme com tanta violência e apelo sexual. Deste modo, a Mattel resolveu criar um personagem próprio baseado em Conan, He-Man, criando também uma série de desenhos animados baseado no personagem.
Apesar de Conan e Valeria serem vistos juntos durante grande parte de Conan, o Bárbaro, ele apenas fala a ela 5 palavras em todo o filme, sendo que isto ocorre logo nos 30 primeiros segundos em que se encontram pela primeira vez.

 

(1988)AKIRA



Sinopse: Após a Terceira Guerra Mundial, em 2019, a cidade japonesa de Tóquio, reconstruída, recebe um novo nome, Neo-Tóquio, e vira um palco de decadência, subversão e violência. Keneda é um adolescente das ruas, líder de uma gangue em constante combate com outras quadrilhas, e numa dessas lutas ele conhece uma estranha criança que explode a moto de Tetsuo, seu amigo, deixando-o ferido. Uma tropa do exército captura Tetsuo e o leva para um laboratório militar, no qual ele desenvolverá incríveis poderes paranormais.



Depois dessa animação japonesa, o mundo da animação jamais foi o mesmo. Desenho de extremo impacto visual baseado na série de quadrinhos japonesa de grande sucesso cujo o autor é tambem o diretor do filme, mesmo com algumas mudanças no enredo no geral é fiel a historia original. Tecnologia em computação grafica assegura um resultado surpreendente e criativo. Ação intermitente, com doses cavalares de violencia (sangue, morte e violencia em câmera lenta) e uma brilhante trilha sonora.   

Curiosidades: Em uma afirmação polêmica, Katsuhiro Otomo diz que o “fim” de Akira, visto tanto em mangá quanto em animação, não é o verdadeiro fim da história, alegando que nunca chegou a concluir a saga de fato. Então, o que ainda poderia acontecer? Talvez nunca se saiba... 
Nos Estados Unidos, Akira teve dublagens diferentes, de quando foi lançado pela primeira vez, em 1989, pela Streamline Pictures; e no lançamento da versão em DVD, em 2001, pela Pioneer. Nenhum dos dubladores que trabalhou numa versão esteve presente na outra. A dublagem utilizada pela Streamline, aliás, não foi criada pela companhia americana, mas comprada por ela, pois havia sido produzida para a exibição do longa japonês em língua inglesa em Hong Kong.



                           (1989)BATMAN 


sinopse: Em Gotham City, um milionário (Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos, resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa (Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o super-herói.

Um dos maiores sucessos da Warner na época. Quando o filme foi lançado, o estúdio lançou uma propaganda de proporções épicas que não se via desde Star Wars e com isso arrastou mais e mais pessoas ao cinema. O filme foi a primeira superprodução de Tim Burton que por sua vez, não teve 100% de sua liberdade criativa, contudo, sua escolha de Michael Keaton para o protagonista foi preservada, apesar das criticas que recebeu. Jack Nicholson brilha com sua versão de Coringa, apesar de que é o próprio ator brincando de Coringa em alguns momentos. Visual e trilha sonora arrebatadores que marcaram época, o filme gerou mais três sequências e serviu de inspiração para a criação de um desenho animado de muito sucesso pelo canal Warner.
 
Curiosidades: A atriz Sean Young era quem inicialmente interpretaria a personagem Vicki Vale. Entretanto, Young fraturou a clavícula durante as filmagens, em uma cena em que precisava montar um cavalo juntamente com Michael Keaton. Ela terminou sendo substituída por Kim Basinger no filme e a cena em questão foi excluída do roteiro.
Ao idealizar os cenários que viriam a compôr a cidade de Gotham City, a intenção do diretor Tim Burton e sua equipe era dar cidade o clima mais gótico e desolado possível que uma metrópole poderia ter.
 


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