Sinopse: Elise (Veerle
Baetens) e Didier (Johan Heldenbergh) se apaixonam à primeira vista. Ele é um
músico romântico e ela a realista dona de um estúdio de tatuagem. Apesar das
diferenças, o relacionamento dá certo e eles têm uma filha, Maybelle (Nell
Cattrysse). Aos seis anos a menina fica gravemente doente e a família se
desestabiliza.
Num ano em que Azul é
a cor mais quente foi excluído (injustamente) no Oscar, na categoria de melhor
filme estrangeiro, até que fiquei satisfeito com A Grande Beleza ter saído como
vencedor. Mas ao assistir Alabama Monroe, percebo
que ainda vai levar um bom tempo para os membros da academia pararem de errar. Para mim, o filme entra facilmente entre os melhores do ano em cartaz em nosso
país.
O longa é baseado em
uma peça de teatro, escrita por Johan Heldenbergh e Mieke Dobbels. O cineasta Felix
Van Groeningen assistiu ao espetáculo e pediu autorização dos autores para
fazer o filme após ficar enfeitiçado pela trama do casal central. A adaptação
para a telona foi escrita pelo próprio cineasta em parceria com o roteirista
Carl Joos.
Johan Heldenbergh pulou
dos palcos para a tela de cinema também como ator, interpretando Didier que faz
par amoroso com Veerle Baetens (Elise Vandevelde, extraordinária), dona de um estúdio de
tatuagem e sendo que ela própria ter inúmeras belas tatuagens em seu corpo. Ele,
líder de uma banda de bluegrass (um estilo de country), entra no estúdio de
tatuagem de Elise e depois fala para ela que uma banda tocará e que ele estará
por lá. Uma oportunidade para ela surgir e se surpreender ao perceber que ele é
o vocalista.
Daí, o relacionamento começa, culminando com uma filha e ela mesma
fazendo parte da banda no final das contas. O relacionamento digno de contos de
fada contemporâneo só é desestruturado quando a filha Maybelle (Nell Cattrysse)
é diagnosticada com câncer. As diferenças do casal são então ressaltadas pelo
arraso emocional, com direito a brigas e sobre a diferença de pensamentos com relação
a religião e crenças.
Mais do que um filme
sobre superação com relação a perdas de entes queridos, o filme atinge de uma
forma arrasadora sobre temas como o “não avanço” sobre pesquisas sobre células do
tronco x religião, sendo que esse ultimo é representado por inúmeras igrejas que se dizem a voz do mundo, mas que por vezes somente atrasa a
tentativa de salvar as vidas em risco. O drama com sinais de
que tudo vai acabar (aparentemente) bem, pode remeter a Romeu e Julieta com um
final dramático.
O enredo é contado com viagens no passado e no tempo real e a
trilha sonora merecer destaque (tanto que alcançou o primeiro lugar nas parada
no país de origem). Composta por Bjorn Eriksson, e interpretada pelos atores
Veerle Vaetens e Johan Heldenbergh, também chama atenção no filme. A trilha já
alcançou o número 1 em vendas na Bélgica. Fora a indicação ao Oscar,
eles já levaram o Prêmio FIPRESCI de Melhor Filme Estrangeiro no Palm Springs
International Film Festival. Alabama Monroe ainda foi premiado no Festival de
Berlim (prêmio do público de Melhor filme de Ficção e o Label Europa Cinemas),
recebeu dois prêmios no Festival de Tribecca (melhor atriz e melhor roteiro),
levou 9 prêmios Ensor na grande premiação belga, o Ostend Film Festival, e
também concorre ao prêmio de audiência no European Film Awards 2013.
Rapaz.....passei hoje pelo vi e não coloquei uma fé tão grande quanto seu texto.
ResponderExcluirAmanhã volto a loja.
Juro.
abs
Assista Renato pois vale a pena
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