Sinopse: Indicado ao Oscar
nas categorias:brMelhor filme / Melhor atriz: Judi Dench / Melhor roteiro
adaptado / Melhor trilha sonora / brbrIrlanda 1952. Philomena Lee é uma jovem
que tem um filho recém-nascido quando é mandada para um convento. Sem poder levar
a criança ela o dá para adoção. A criança é adotada por um casal americano e
some no mundo. Após sair do convento Philomena começa uma busca pelo seu filho
junto com a ajuda de Martin Sixsmith um jornalista de temperamento forte. Ao
viajar para os Estados Unidos eles descobrem informações incríveis sobre a vida
do filho de Philomena e criam um intenso laço de afetividade entre os dois.
Longas metragens, que
baseados em casos verídicos, na maioria das vezes vem sempre carregado por uma
grande bagagem, onde a historia por vezes se torna tão fascinante quanto à própria
ficção de qualquer outro filme que é inventando. Esse é o caso de Philomena,
mais novo trabalho do diretor Stephen Frears (A Rainha), que embora seja um
caso real, acaba não caindo no lado do puro drama, mas sim numa interessante
historia sobre busca e descobertas.
Em 1950, Irlanda, uma
jovem engravida de uma forma imprudente e acaba sendo enviada, pelo pai, para um convento. Normalmente as freiras
é que cuidavam das crianças, em troca do trabalho forçado das mães, no que elas
acreditavam ser o castigo apropriado vindo de Deus. Décadas se passam e trama se
passa num período onde a criança teria já 50 anos e Philomena (Judi Dench) embarca
em sua cruzada particular para encontrá-lo.
Em sua busca, ela
conta com ajuda de um jornalista conhecido (Steve Coogan), que vê nessa jornada
uma chance para escrever uma boa matéria para sua editora. Como sempre, nestes típicos
filmes de viagem, a revelação sobre onde o rapaz está é o que menos importa,
sendo que a transformação e as descobertas que ambos os protagonistas fazem
durante o filme é o que torna fascinante a historia. Assim como em produções
recentes como A Religiosa, o filme não se intimida ao criticar a igreja católica,
que embora com cautela, se torna eficaz.
O ator Coogam também emprestou
os seus dotes de roteirista para Jef Pope, sendo um profissional nato de produções
diretamente para a TV e o resultado final é um filme correto com começo, meio e
fim. Inspirado no livro do jornalista Martin Sixsmith (The Lost Child of
Philomena Lee), o filme não esconde o fato que a própria Igreja de uma forma cruel,
participou de um esquema de exportação de milhares de crianças para os Estados
Unidos. Isso faz com que ficamos com mais raiva da situação, principalmente ao
vermos a protagonista ainda seguir as doutrinas da igreja e não guardar nenhuma
raiva com relação as freiras.
Isso gera um contraste com relação ao seu parceiro de viagem, que é um ateu convicto
e que deseja ao todo custo limar a imagem da igreja a partir dessa historia. Tem
se então uma pessoa que tem todos os motivos para odiar a igreja, mas que não a
carrega para não envenenar a alma e se cria então uma lição de moral para o seu
parceiro, mesmo quando ele ainda se mantém com relação as suas opiniões com relação
a Deus e religiões. Com isso, se cria um humor certeiro em alguns momentos, mas
sem esquecer os pontos dramáticos e fazendo nos lembrar de onde surgiu essa
trama.
Visualmente, a
produção possui belas imagens e seqüência inesquecíveis, como aquela em que a
mãe vê o seu filho na TV e se tem então um contato emocional entre ambos, mesmo
com o fato que isso possa parecer impossível. No final das contas é graça a dupla
de protagonistas, que o filme possui alma, embalada com uma bela trilha sonora e
que acabou fazendo o filme ganhar de uma forma merecida uma vaga entre os
melhores no Oscar 2014.
Ainda não assisti, mas Judi Denchi deve dar um show como sempre.
ResponderExcluirAbraços.
Bom isso não é nenhuma novidade, ela está sempre otima.
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