quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cine Especial: François Truffaut : O Homem que Amava o Cinema: Parte 4


Nos dias 18 e 19 de maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento Nouvelle Vague. 


ENTREVISTA: ALFRED HITCHCOCK E FRANÇOIS TRUFFAUT (1962)

  
François Truffaut e outros críticos da frança, que acabaram se tornado grandes cineastas (e criando o tão famoso movimento Nouvelle Vague), já enxergavam em Hitchcock um cineasta autoral, com sua própria visão pessoal de se criar filmes, coisa que os críticos americanos daquele período não enxergavam da mesma forma, mas que aos poucos, realmente se deram conta que os franceses tinham razão. Pode se dizer que Hitchcock foi um dos primeiros diretores autorais da historia do cinema a ser reconhecido dessa forma e Truffaut via nele um grande mestre a ser estudado e inspirado.   
Truffaut sempre dizia – “Kane era um filme que mais tinha inspirado novos cineastas, mas as gerações que sofreram essa influencia estão acabando, e para as novas gerações as suas inovações já são moeda corrente”, completou. Não sei bem mais ou menos quando o cineasta disse essas palavras, mas com certeza já foi por volta dos anos 60 e isso se fortaleceu, na famosa entrevista que Truffaut fez com o seu ídolo em 1962, onde ambos conversaram bastante sobre as obras do cineasta, como Janela Indiscreta, Interlúdio e claro, Um Corpo que Cai.
Alias esse filme de 1958, fortalece o que eu sempre prego por aqui, que o tempo que irá fazer justiça, com relação aos filmes que foram injustamente ignorados no passado, mas que acabam de uma forma merecida, reconhecidos gradualmente ao longo dos anos. A vitoria de Um Corpo que Cai na nova lista dos melhores de todos os tempos, com certeza fará com que a nova geração de críticos se volte para uma analise mais aprofundada, da vasta e impecável filmografia desse cineasta inglês. Não me surpreendia, se outros filmes dele, começassem a subir cada vez mais ao pódio, pois Janela Indiscreta, por exemplo, não é somente um filme que previa o fim da privacidade que nos vivemos atualmente, mas também uma homenagem que o Hitchcock fez ao próprio cinema. Vemos James Stewart, não só investigando um possível assassinato na janela vizinha, como também a vida de cada um dos que moram nos apartamentos, como se cada janela representasse uma pequena tela de cinema e que passava então nela uma pequena historia.
Não era somente um filme com uma visão pessoal de se fazer cinema, era também uma homenagem ao próprio cinema. François Truffaut viu isso tudo e muito mais na obra do diretor e, portanto não poderia fazer essas postagens do cineasta Francês, sem deixar de citar o seu maior ídolo e que serviu de inspiração na sua carreira.   

Para saber mais sobre a famosa entrevista  de ambos os cineasta, clique aqui, onde num video do youtube em 13 partes, podemos ouvir o bate papo da dupla. 

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2 comentários:

  1. Oi, Marcelo!

    Queria estar fazendo este curso contigo. Adoro ambos os diretores, em especial Hitchcock. Felizmente a Nouvelle Vague, com sua relevância na formação de opiniões, notou a relevância do trabalho do diretor (sabe-se lá, senão, como esses filmes estariam sendo tratados agora...). Também acho Um corpo que cai e Janela indiscretas obras primas. E fiquei besta (de feliz) em saber que essa série de entrevistas está online! Vou baixar tudo!!

    bjs

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  2. Pois é. Na verdade foi por acaso que me veio na cabeça postar sobre essa entrevista que ambos tiveram. Então, fui pesquisar no GOOGLE e foi ai que descobri que tem a entrevista tanto somente em audio como em video pelo Youtube.

    Adoraria se estivesse comigo nessa Danielle, pois não existe coisa melhor do que curtir algo com alguém, que curte as mesmas coisas.

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