Sinopse: Na
Rússia de 1874, Anna Karenina (Keira Knightley), jovem aristocrata casada com
Karenin (Jude Law), um alto funcionário do governo, envolve-se com o Conde
Vronsky (Aaron Taylor-Johnson), oficial da cavalaria filho da Condessa Vronsky
(Olivia Williams), chocando a alta sociedade de São Petersburgo.
Embora o
cinema e o teatro sejam artes de entretenimento distintas, ambas possuem atores
e atrizes que atuam em historias fictícias. Existem casos da união dessas duas
artes, mas nenhuma me surpreendeu mais do que essa: a mais nova versão do clássico
de Leon Tolstoi. Dirigido com empenho pelo cineasta Joe Wright (Orgulho e
Preconceito), boa parte da trama se desenrola em um palco, onde elenco entra e
sai de acordo com a mudança de cenário, que quando ocorre não existe cortes e
simplesmente as coisas transcorrem com total normalidade, sendo que os atores
prosseguem com suas interpretações sem mais nem menos. Se num primeiro momento
isso possa parecer um tanto estranho, á formula nos fisga rapidamente, tornando
o ritmo da trama dinâmico e muito bem orquestrado. Talvez essa forma de contar
essa trama, seja uma espécie de representação da forma que vivia a sociedade aristocracia
russa daquele período, em que as aparências (aparentemente) politicamente
corretas, eram uma forma de representação dos bons costumes que as pessoas
criavam umas com as outras, para então sempre se manterem na mesma roda.
Claro que
tudo isso muda, quando Anna Karenina (Keira Knightley, competente) começa a ter
um caso com o jovem Vronsky (Aaron Taylor – Johnson) e chega ao ponto de
abandonar o próprio marido Karenin (Jude Law, espetacular) e filho. Diferente
da versão clássica estrelada por Greta Garbo, aqui a personagem, pode até ser
um tanto ambígua, mas não vitima, sendo que ela não mede esforços para manter
essa relação, ao ponto de perder a boa aparência que tinha perante a sociedade
russa. Outro ponto a favor dessa versão
é terem tornado os personagens masculinos mais humanos, onde não escondem as
suas falhas e fraquezas perante a uma situação que foge de seu controle.
Vale lembrar,
que as versões anteriores sempre sofriam uma readaptação quando a obra era
levada as telas, devido a sua longa trama. Mas aqui, Joe Wright foi abiu ao
inserir uma sub-trama de um romance mais suave: do fazendeiro Levin (Domhnaill
Gleeson), que não deseja fazer parte desse universo de aparências, com a
personagem Kitty (Alicia Vikander). Se esse pequeno romance pode-se esperar um
final feliz, o mesmo não se pode dizer do triangulo amoroso da trama principal,
sendo que as escolhas e conseqüências de ambos os personagem levam há um
caminho sem volta. Vitimas das aparências impostas pela sociedade? Ou vitimas
de seus atos impulsivos? Cada um que assiste tira suas próprias conclusões!
Gosto muito desta obra de Tolstoi, que já vi com as atrizes Vivien Leigh e Sophie Marceau. Perdi a oportunidade de ver a versão com reta Garbo, mas um dia ainda conferirei esta obra.
ResponderExcluirFilmes de época são sempre recheados de lindos cenários e figurinos.
Abraços!