Sinopse: A partir de 6 anos
Norman Babcock (Kodi Smit-McPhee) é um garoto que consegue ver e falar com os
mortos. Entretanto, o único que acredita em suas habilidades é Neil, um amigo
excêntrico. Um dia, o tio de Norman conta sobre um importante ritual anual
realizado na cidade, com o objetivo de protegê-la de uma maldição jogada por
uma bruxa séculos atrás. Norman resolve ajudar no ritual, mas as coisas não
saem como planejado e uma nuvem mágica faz com que os mortos se levantem das
tumbas da cidade.
Embora o mercado cinematográfico
esteja refleto de animações em computação gráfica, é de se admirar como as
outras formas de se fazer a animação tenha ainda o seu espaço ao sol, desde a
animação tradicional ao estop motion. Esse ultimo é preciso ter um grande amor
para a criação, pois requer bastante trabalho, desde a fazer os bonequinhos (de
pano ou massa), para filmar um movimento de cada vez, para só então ver o
resultado final no filme. ParaNorman é mais uma prova que ainda existe pessoas
que possuem um amor imenso por essa forma de se criar arte, pois a produção em
si, tem tantos detalhes de imensa magnitude, que ficamos nos perguntando como puderam
fazer tão bem.
A trama em si não tem
nada de original, mas é prato cheio para os amantes de cinema, que vão fisgar a
cada momento referencias de outros grandes filmes, como Sexto Sentido, A Noite
dos Mortos Vivos, Sexta Feira 13, Halloween e dentre outros. Embora seja uma
animação para todas as idades, a trama chega até mesmo assustar em alguns
momentos, principalmente para os menores que não estão acostumados a
determinados momentos horripilantes, mas que felizmente não cai na apelação de violência
gratuita. A produtora Laka já havia provado que é capaz fazer uma animação
dessa envergadura e atrair todas as idades: basta, por exemplo, ver o seu
sucesso anterior que foi a obra prima Coraline: E o Mundo Secreto.
Mas embora o filme
seja uma bela homenagem aos filmes de terror, o filme foca mais no sofrimento
do individuo ser diferente perante a sociedade, que aqui no caso, o pequeno
Norman possui o dom de ver os mortos em todo lugar, mas foi só contar para os
seus pais e para outras pessoas, que passou a ser discriminado e tachado como
louco. Com isso, é fácil nos identificarmos com o pequeno protagonista, pois
quem nessa vida já não foi discriminado, por agir diferente ou pensar diferente
das outras pessoas?
No fim, o filme
possui inúmeras lições de moral de como não julgar as pessoas precipitadamente,
ou então não descer ao nível das pessoas que lhe incomodam por ser diferente. O
ato final reserva inúmeros momentos como esse, que nos faz pensar e refletir
sobre as nossas ações que provocamos para nos mesmos e contra aqueles que nos rodeiam. Para uma
animação feita para todas as idades, o filme é muito corajoso em inúmeros quesitos
e, portanto, é uma animação imperdível.
Parece ser uma animação bastante interessante. Quero ver!
ResponderExcluirNão irá se arrepender meu amigo.
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