quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cine Especial: BRAM STOKER: 165 ANOS DEPOIS



Acordo hoje e vejo uma pequena, mas bela homenagem que o Google faz aos 165 anos do nascimento do escritor Bram Stoker, criador de ninguém menos do que Conde Drácula. De um romance gótico, o livro rapidamente se tornou um sucesso de vendas e não demorou muito para que os gênios do cinema (uma ferramenta de entretenimento ainda nova naquele período) adaptasse a trama para a tela grande.  De lá pra cá, surgiram tantas adaptações do personagem, que fica até mesmo difícil colocar em ordem, embora os principais clássicos, que se por um lado se perderam em termos de fidelidade, por outro conquistaram inúmeras gerações de cinéfilos e que perdura até hoje.
Mas dessas adaptações, quais seriam os melhores momentos do vampiro? Mesmo que elas ficassem devendo em fidelidade ao texto da obra, as cenas desses filmes marcaram o imaginário de inúmeros cinéfilos!
 Abaixo, solto os cinco melhores momentos do rei dos vampiros no cinema.

A QUEDA DA CIDADE DE WISMAR
 (Nosferatu: O Vampiro da Noite)

Nosferatu de 1922, não é só uma das melhores adaptações da obra de Stoker, como também um dos melhores representantes do período do expressionismo alemão. Mas eis que o cineasta  Werner Herzog surpreende a todos, ao fazer uma refilmagem tão boa quanto a obra de Murnau. Interpretado de uma forma surreal por Klaus Kinski, seu Drácula é um ser trágico vindo das trevas, carregando o fardo da imortalidade e desejando no fundo um derradeiro fim. Mas isso não impede os seus instintos malignos, de atravessar os mares, desembarcar na cidade de Wismar  e lançar uma verdadeira peste mortal vinda de ratos.
O resultado é uma cidade, aonde inúmeras pessoas vão morrendo e os poucos sobreviventes se entregam a loucura, gula e luxuria. Tudo muito bem orquestrado nas mãos do cineasta  Herzog, que cria uma verdadeira representação sobre o fim dos tempos e embalado por uma assombrosa trilha sonora.


A QUEDA DE UM PRINCIPE
 (Drácula: De Bran Stoker)

Muitos consideram o filme de 1992 como a adaptação mais fiel do livro, embora eu ache que muitos que se baseiam nisso "não tenham lido o livro", mas sim acreditando nisso devido à invenção da união que Coppola fez do Drácula literário e do Drácula histórico no qual Stoker se inspirou na criação de seu personagem. Portanto, no inicio do filme temos pela primeira vez, um vislumbre do que poderia ter sido a origem do personagem, de uma forma trágica, evolvente e muito bem dirigida por Coppola. Curiosamente, o cineasta usou o melhor que o cinema podia oferecer nos seus primeiros anos de existência e criou uma verdadeira aula de como se faz cinema mesmo com recursos tão antigos.


DRÁCULA MOSTRA OS SEUS DENTES COM SANGUE (Drácula: O Vampiro da Noite)

A carreira dos monstros do cinema estava arruinada com o desgaste que os estúdios da Universal causaram na década 40, devido a inúmeras seqüências dispensáveis. Coube então a um pequeno estúdio Inglês chamado Hammer por ordem na casa em 1958 e lançar uma nova roupagem do conto de Bran Stoker. Mas diferente do que a Universal fez, aqui o filme era fortemente colorido, onde o vermelho ganhava um grande destaque e dando uma dica do que estaria por vir. Sinceramente quando eu assisti os primeiros minutos do filme, não senti nada de especial ao ver Christopher Lee como o Conde, mesmo pela sua chamativa presença devido ao seu tamanho. Mas o meu pensamento rapidamente mudou, quando Lee surge pela segunda vez com a cara possuída de ódio, como se um demônio tivesse lhe possuído, abrindo a boca cheia de sangue e apresentando os seus caninos pela primeira vez. Até então, Drácula nunca havia se apresentado com suas presas tão salto a vista na tela grande, mas isso foi essencial para revitalizar o mito e o cinema de horror jamais foi o mesmo.   


DRÁCULA X VAN HELSING
 (Drácula: O Vampiro da Noite)

Um dos segredos do sucesso para o Drácula da Hammer, não foi só ter dado cor, sangue e mais violência as tramas, mas por também ter escolhido atores de grande porte que davam o sangue ao personagem.Tanto Peter Cushing como Christopher Lee trabalharam inúmeras vezes juntos no estúdio, seja como aliados ou inimigos em cena, mas todos irão se lembrar do embate de ambos como Drácula e Van Helsing. A seqüência final aonde o caçador de vampiros vai a caça sem trégua em direção a Drácula é digna de nota.    

Drácula faz as honras 
(Drácula de 1931)
  
A primeira adaptação oficial criada pelos estúdios da Universal acabou envelhecendo mal em muitos aspectos, parecendo mais um teatro filmado, mas foi graças à presença magnética de Bela Lugosi que o filme não se perdeu por completo. Na verdade o ator já vinha interpretando o personagem a um bom tempo no teatro, e mesmo com um sotaque húngaro carregado, era o ator certo para o personagem naquele tempo. Sua primeira aparição como Drácula, onde abre o seu castelo para o vendedor imobiliário Renfield, é digna de nota, pois o seu visual seria algo reconhecido em outras várias adaptações que viriam a seguir.   
  
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