quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cine Especial: O HORROR AO VIVO: FINAL


[REC]

Sinopse: Ángela Vidal (Manuela Velasco) é uma jornalista que, juntamente com seu operador de câmera Pablo (Pablo Rosso), faz uma reportagem em um quartel do Corpo de Bombeiros, na intenção de mostrar seu cotidiano. Porém o que aparentemente seria uma saída noturna rotineira de resgate logo se transforma em um grande pesadelo. Presos em um edifício, a equipe de filmagens e os bombeiros enfrentam uma situação desconhecida e letal.
  
Desde já, um dos melhores filmes de terror dos últimos anos. Os diretores Paco Plaza e Jaume Balagueró realizam aqui uma verdadeira aula de como se faz um filme de horror decente. Ouviu-se falar muito que o filme é para muitos "o inferno ao vivo" o que não deixa de ter razão, pois em forma de um falso documentário, vemos um grupo de pessoas de um apartamento sendo contaminadas por um estranho vírus através da mordida de um infectado, e apartir daí é uma luta para se salvar. No meio disso está Ângela Vidal (Manuela Velasco, um verdadeiro achado) e seu câmera Pablo, que registram  o horror aumentando  a cada momento e o final é angustiante e perturbador.
Da realmente uma sensação de que tudo aquilo esta realmente acontecendo, sendo que essa sensação, eu somente senti no filme A Bruxa de Blair. Repito:  REC é uma verdadeira aula de como se faz um  filme de terror, sendo que com a câmera tremida o tempo todo em movimento, e com atores desconhecidos, o filme transmite uma verdadeira realidade claustrofóbica  transmitida ao vivo.
Em tempos de renovação com a volta do cinema 3D e sala IMAX, Paco Plaza e Jaume Balagueró provaram que não precisam de muita tecnologia para contar uma ótima historia de terror, basta uma boa ideia e saber orquestrá-la.  
  
Cloverfield - Monstro

Sinopse: O filme será um blockbuster sobre o ataque de um monstro gigante em Nova York, visto e filmado pela perspectiva das pessoas comuns, rodado totalmente com câmeras caseiras. A trama começa com a festa de despedida de Rob, de mudança para o Japão. Mas a festa acaba virando uma noite de terror.

Nos anos 50, Godzilla havia surgido no cinema japonês, como uma espécie de metáfora sobre o temor que os orientais tinham de uma possível guerra nuclear. O filme se tornou um gigantesco sucesso, gerando inúmeras sequencias e criando uma versão americana dispensável em 1998. O caso que aquela refilmagem, nada mais era do que um verdadeiro caça níquel, sendo que não funcionava nada ali, principalmente pelo fato  que aquele mostro em si não era uma metáfora de nada.
Mas então ocorreram os eventos do 11 de setembro, e o americano sentiu no couro o que é ser impotente perante algo inexplicável e destruidor. Mesmo após vários anos, as cenas de destruição nas ruas de Nova York ainda assombraram os americanos, e com isso, o produtor J.J. Abrams (Lost) teve uma brilhante ideia de se criar um filme sobre um monstro destruidor e que passasse uma metáfora de grande proporção sobre aquele fatídico dia. Para passar um grande realismo, tanto Abrams, como cineasta Matt Reeves, decidem criar uma espécie de falso documentário, em que a trama do mocinho, na tentativa de salvar sua namorada em perigo, serve apenas como desculpa para apresentar cenas que passam uma verossimilhança incrivelmente competente.
O monstro em si, só fica aparecendo rapidamente e nunca por inteiro. Mas ele da às caras somente no ato final da trama, que mesmo assim não da muitas explicações de sua origem, tornando a criatura um verdadeiro mistério. A quem diga que os criadores do filme se inspiraram nos seres fantásticos vistos nas obras de H.P. Lovecraft, que por sua vez já teve suas obras adaptadas para o cinema, sendo que a mais conhecida é  Re-Animator. Essa teoria se fortaleceu ainda mais recentemente, com o lançamento do encadernado "Neonomicon", que é escrito pelo mago das HQ Alam Moore, sendo que durante a trama (fortíssima), surge uma criatura, que embora menor, é bem semelhante ao monstro visto em Cloverfield.
Teorias a parte, o filme é um verdadeiro show de realismo, misturado com efeitos especiais grandiosos e muito competentes.   


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4 comentários:

  1. como fã de terror, já anotei as sugestões.

    O Falcão Maltês

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  2. Na 1ª vez em que ouvi falar em Cloverfield, me disseram que era uma imitação da Bruxa de Blair.
    Bom, concordo em relação ao estilo de gravação (falso-documentário). Mas Cloverfield teve uma infinidade de efeitos especiais se comparado à Bruxa de Blair, né?
    Sei que a intenção do diretor era mesmo não revelar a origem do monstro de forma absoluta. Mas sempre me incomoda um pouco os filmes que se posicionam dessa forma. Mesmo que os personagens do filme não saibam, acho legal quando é esclarecido aos espectadores sobre a origem do vilão (no caso aqui, do monstro) e do que levou ele a agir da forma que agiu.

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  3. Interessante Bussola é que sempre existiu a possibilidade de uma sequencia, mas até agora nada. Mas talvez seja melhor assim, pois quando se explica, acaba sempre sendo decepcionante.

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