quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cine Especial: CINEBANCÁRIOS EM NOITE ALUCINANTE: Parte 2



Aproveite pessoal, pois no dia 4 de setembro, às 19h30, o CineBancários de Porto Alegre, terá sessão especial (com entrada franca) do o filme Uma Noite Alucinante 2, comentada por André Kleinert, diretor de Programação do Clube de Cinema da capital e autor do blog Antidicas de Cinema, e Cristian Verardi, crítico de cinema e autor do blog Cinema Ex-machina. Lembrando, que a trilogia completa do cineasta Sam Raimi, será exibida na sala nos dias 04 á 09 de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não chega, relembremos um pouco, cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu o termo “terrir”dentro do gênero de terror.   
  
Uma Noite Alucinante 2
  
Sinopse: Uma espécie de meio-termo entre seqüência e refilmagem de A Morte do Demônio. Ash continua aprisionado na floresta perseguido pelo espírito maligno do primeiro filme. Ele deverá fazer de tudo para sobreviver mais uma noite no inferno dentro da floresta, enquanto faz de tudo também para não enlouquecer.

Inovador, com movimentos de câmera surpreendentes. Diferente do que muitos imaginam esse filme não é uma seqüência do filme original e sim uma recriação da mesma trama, com a diferença do prólogo ser um tanto diferente, um orçamento mais generoso e mais voltado para o lado do humor negro (a parte que o protagonista tenta matar a sua própria mão é hilário). Muito embora, podemos interpretar o inicio do filme, como uma espécie de resumo do filme anterior, e o que vemos a seguir, são eventos posteriores do dia seguinte.
Com mais dinheiro, Sam Raimi em nenhum momento desacelera, e nos proporciona seqüências inesquecíveis e que desafiam a própria lógica do absurdo. Talvez tenha sido um dos últimos grandes filmes da década de 80, a usar o stop motion, que começaria a sair de cena conforme os anos fossem passando (o diretor voltaria a usar bastante em Uma noite Alucinante 3). É claro, que quando se fala nestes filmes de Raimi, todo mundo se lembra de sua câmera vertiginosa, acelerada, sem limites e que nos faz agente ficar nos perguntando como ele teve a capacidade de fazer certas cenas. Bom exemplo disso é quando a câmera (representando a entidade demoníaca) corre em meio à floresta, chegando à cabana, atravessando ela, para então finalmente pegar Ash e o fazer parecer uma espécie de boneco de papelão girando no ar.
É claro que, fora toda a proeza do cineasta, o sucesso de Uma Noite Alucinante se deve muito  também ao seu companheiro de longa data Bruce Campbell. Dono de uma cara debochada, e cheia de carisma, o ator nunca demonstrou certa versatilidade na carreira, mas sempre transbordou sua veia cômica que lembra muito o estilo dos Três Patetas. Mesmo num filme que era para gerar puro medo, sua interpretação como Ash, gera momentos em que o publico não para de rir, mesmo nas situações mais grotescas horripilantes.
Com um final que da um belo gancho para a seqüência seguinte, Uma Noite Alucinante 2 é o meu filme preferido, dessa “trilogia terrir” sem nenhuma igual, que gerou imitadores, mas jamais foi superada e muito menos será num (infelizmente) possível  remake.

Curiosidades:O autor Stephen King é um grande fã de Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio, tendo convencido o produtor Dino De Laurentiis a produzir sua continuação durante um jantar. Foi considerada a possibilidade de que Uma Noite Alucinante 2 fosse uma refilmagem do original. Como não foi possível conseguir os direitos para exibir algumas cenas, o início da história foi recriado.


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