Chinatown
Sinopse: Los Angeles, 1937. J.J. Gittes (Jack Nicholson), um detetive
particular, recebe a visita de uma mulher que deseja contratá-lo, pois acredita
que seu marido, o engenheiro-chefe do Departamento de Águas e Energia, tem um
caso. Porém, Gittes logo descobre que sua cliente na verdade era uma farsante,
mas a verdadeira Evelyn Mulwray (Faye Dunaway) o encontra. Quando o marido
aparece morto no reservatório de água da cidade, Gittes percebe a gravidade do
caso. Seu envolvimento leva-o a ser atacado por gângsters e, após manter um
romance com Evelyn, descobre que ela é filha de Noah Cross (John Huston), um
dos homens mais poderosos da cidade. Gittes desconfia então que Cross, um rico
proprietário que tem interesses ilícitos nas terras próximas ao reservatório,
teve uma relação incestuosa com a filha, nascendo daí a jovem vista com o
marido de Evelyn.
Um dos filmes mais corajosos da historia do cinema e um dos melhores
do gênero noir. Muito embora, Polanski tenha optado por uma fotografia em cores,
com tons pastel (diferente do preto e branco habitual desse gênero), que
remetem a transição de uma época de ouro, para tempos mais sombrios. Todas as características
do gênero estão lá, desde casos estranhos, há mulheres fatais, que aqui, é
muito bem representada por Faye Dunaway, no auge da beleza e num papel corajoso
e que da o que pensar. John Huston interpreta o que muitos consideram um dos piores
e mais nojentos vilões do cinema, sendo que sua interpretação convincente, ajuda ainda
mais há odiá-lo, pois diferente de muitos vilões que sentimos certa simpatia,
não há nenhum modo de termos com relação a ele.
Mas novamente é Jack Nicholson que rouba cena, interpretando o típico detetive
particular desse tipo de filme, que embora demonstre segurança num primeiro
momento, começa há se desequilibrar perante o lado feio do caso em que ele
trabalha, com o direito de ter o nariz cortado numa cena clássica, onde o próprio
Polanski fez questão de interpretar um bandido, que comete tal ato. Os derradeiros minutos finais entraram para historia
do cinema, lançado ao espectador, a famosa frase que ficou no imaginário do cinéfilo
(“esqueça Jack. Isso é Chinatown!”), encerrando a trama com chave de ouro e
simbolizando o melhor do cinema corajoso de Hollywood daquele tempo.
Concordo filme corajoso.....e imperdível, mágico e insano eu diria também.
ResponderExcluirE de uma época em que o cineasta não estava vivendo numa de suas melhores fases pessoais. Ao meu ver, o filme reflete um pouco o estado de espirito dele.
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