quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cine Especial: O Cinema Surrealista de Luis Buñuel: Parte 2

No dia 30 e 1º de Julho, estarei participando do curso O Cinema Surrealista de Luis Buñuel, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico e escritor Mário Alves Coutinho. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei, desse corajoso cineasta, que batia de frente com a igreja católica e que se dizia ateu "graças a Deus".    


VIRIDIANA

Sinopse: Pouco antes de ser ordenada freira, Viridiana faz uma visita ao seu solitário tio, que está à beira da morte. O homem, pervertido e obcecado pela sua beleza, tenta seduzi-la de todas as formas, antes de morrer repentinamente. Com a sua morte, acaba desistindo de ser freira, passando a morar na casa deixada pelo tio. Decide transformá-la em um albergue, movida pelo seu sentimento cristão de piedade e solidariedade, mas os mendigos que lá abriga, acabam lhe mostrando as verdadeiras facetas dos seres humanos.

Sempre dizendo que era ateu “graças a Deus" Buñuel não poupou em nada em escandalizar com esse filme na época. No governo Franco na Espanha, o filme foi proibido por vários anos, sendo somente exibido em 1977, dois anos após a morte de Franco. No geral, é um filme sobre a quebra de valores perante as tentativas frustradas, na ajuda ao próximo, que aqui na visão do diretor, não rende exatamente frutos, principalmente se seguindo as leis de Deus.
Apesar de tudo, a polêmica não foi o suficiente para o filme deixar de ser um grande sucesso de critica na época e ganhar a Palma de Ouro em Cannes naquele período. Destaco a ótimo desempenho de Silvia Pinal como Viridiana.


O Anjo Exterminador

Sinopse: Depois de uma festa, os convidados simplesmente não conseguem deixar o local, sem que haja uma explicação racional para isso. Conforme o tempo passa, as máscaras dos antes bem relacionados começam a cair e revelar suas verdadeiras e mais profundas facetas. 

Uma das mais estranhas e enigmáticas produções de todos os tempos. Difícil dizer qual a maior obra prima de Buñuel, mas se eu escolhesse uma, seria essa produção de 1962. O diretor cria um retrato da desagregação da alta classe por meio de uma simples situação: Os protagonistas simplesmente não saem do lugar e não sabem por quê. Ao longo do tempo, o filme se divide entre os motivos que levam essas pessoas a não saírem do lugar e ao mesmo tempo, as vemos chegando à beira da loucura. Anos se passam e inúmeras pessoas buscam símbolos e teorias escondidas neste enigmático filme.


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