quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: CARNE CRUA


Sinopse: Quico e André viajaram a trabalho a uma casa de campo. Em pouco tempo, percebem-se envolvidos num culto de canibais liderado por Molly, uma antiga hippie especialista na preparação de kebabs feitos de carne humana. “Matar ou morrer?”, essa é a questão. E é aí que se percebe que, quando a vida está difícil, não há nada melhor do que carne crua.

Deveria se criar um gênero intitulado “filme clichê”, pois sempre uma hora ou outra, surgem filmes, que sempre quando agente assiste, imediatamente percebemos que já assistimos aquilo antes. Ou simplesmente, uma produção como essa nasce, unicamente para satisfazer os desejos do cineasta, em prestar homenagem aos filmes que ele assistiu ao longo da vida. Essa ultima descrição, bate exatamente com a intenção do cineasta Tirso Calero, que com um orçamento apertadíssimo e com apenas 20 dias de filmagem (onde o resultado não esconde a estética de um filme feito para a tv), cria um amontoado de momentos neste Carne Crua, que por vezes lembram qualquer tipo de filme de zumbi que surgiu nos últimos 50 anos, como também qualquer continuação de Sexta feira 13 vida. Até mesmo uma pequenina homenagem ao polemico Holocausto Canibal pode ser visto a milhares de quilômetros de distancia (desde que você seja uma pessoa antenada).
O filme em nenhum momento pode se levar a serio, pois a intenção (segundo o próprio diretor) nunca foi essa. A trama é recheada de diálogos, que oscilam entre o afiado e o tosco, com direito a piadas de humor negro, que fazem nascer certo sorriso no rosto, mas às vezes, algumas piadas soam até forçadas demais, com o direito há um dos personagens mencionar uma possível continuação para a historia. Ou seja, beira até para uma sátira, onde tudo que é largado na tela é absurdo, e sendo um filme clichê, não faltam também momentos de muito sangue, pedaços de gente, sexo e mulheres com grandes peitos para todos os gostos. Mas e o elenco como fica? Canastrice para todos os lados, onde quem se sai melhor na trama, é a “vitima protagonista”, vivido pelo esforçado Diego Arjona, que pelo visto, levou a produção bem a serio, pois nos simpatizamos com o (pasmem) drama que ele passa.
Divertido, nada imaginativo, mas que pode sim ser até apreciado na tela grande, embora não seja um filme para as massas e muito menos para aqueles que busquem algo de original. 


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