quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 1




De 1967 a 1980, o cinema americano viveu o seu período mais criativo, onde era apresentado para o publico, historias sérias, reflexivas e que espelhasse um pouco que os EUA passavam naquele período (período pós Vietnam e o escândalo do Waltergate). Com uma nova e criativa geração de cineastas, Hollywood presenteou para os cinéfilos, algo que somente se via em outros países, como na França e sua “nova onda” (Nouvelle Vague).

A partir de hoje, apresentarei a cada dia deste mês, os principais filmes que nasceram desse importante período. 


BONNIE CLYDE: UMA RAJADA DE BALAS

Sinopse: Durante a Grande Depressão, Bonnie Parker (Faye Dunaway) conhece Clyde Barrow (Warren Beatty), um ex-presidiário que foi solto por bom comportamento, quando este tenta roubar o carro de sua mãe. Atraída pelo rapaz, ela o acompanha. Ambos iniciam uma carreira de crimes, assaltando bancos e roubando automóveis. Conhecem o mecânico C.W. Moss (Michael J. Pollard), que passa a ser o novo companheiro da dupla, mas durante um assalto matam uma pessoa e são caçados daí em diante como assassinos. Ao grupo une-se Buck (Gene Hackman), o irmão de Clyde recém-saído da cadeia, e Blanche (Estelle Parsons), sua mulher. Sucedem-se os assaltos e logo o quinteto ganha fama em todo o sul do país. Uma noite, são cercados por vários policiais e, obrigados a matar para fugir, são perseguidos em vários estados.

Filme clássico que resgata os dias de crime e de aventura desse famoso casal. Um  violento e fiel conto, baseado em fatos verídicos, que deu origem a vários filmes sobre gangues da época, sendo uma analise de costumes e tudo apresentado de uma maneira altamente profissional. Fazendo um retrato crítico, de um dos piores períodos dos EUA, onde em meio a uma crise sem precedentes, surgia criminosos, com um único intuito em sobreviver num país arruinado, mas que precisava enfrentar uma policia tão traiçoeira quanto eles.
O filme também se tornaria o primeiro sucesso da carreira de Gene Hackman, que no filme interpretaria o irmão de Clayde, e seu desempenho foi tão convincente, que o futuro astro ganharia já inicio de carreira, sua primeira indicação ao Oscar como ator coadjuvante. A produção também é muito bem lembrada, pela Trilha sonora eficiente e fotografia requintada. Além de Hachman, ocorreu a estréia do cinema (em seqüência muito engraçada), de Gene Wilder. O filme levaria os Oscar de atriz coadjuvante (Estelle Parsons) e fotografia, mas é muito pouco para um clássico como esse, que inauguraria o período conhecido como “a nova Hollywood,” e por possuir um dos finais mais corajosos e impactantes da historia do cinema. 

Curiosidade: O personagem C.W. Moss é na verdade fictício, sendo uma mescla de dois membros da gangue de Bonnie e Clyde: William Daniel Jones e Henry Methvin.



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