quarta-feira, 4 de abril de 2012

Cine Especial: Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo: Parte 3

Nos dias 14 e 15 de abril, estarei participando do curso “Cinema Japonês: Do Clássico ao Contemporâneo”, realizado no Santander Cultural, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema Francis Vogner dos Reis. E enquanto o evento não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei, sobre grandes obras primas, que vieram do outro lado do mundo.

O IMPERIO DOS SENTIDOS
Sinopse: Proibido na sua primeira exibição no Festival de Nova York de 1976, esta obra-prima do erotismo, pe baseada em um dos mais famosos escândalos do Japão. Esta é a história de uma ex-prostituta que acabou se envolvendo em um obsessivo caso de amor com o mestre da casa onde trabalha como doméstica. Aquilo que começou como uma diversão casual, atinge níveis em que a paixão não encontra mais seus limites.
Nagisa Oshima já era um veterano do cinema do Japão, tendo sido inclusive, ter feito parte do grupo de jovens cineastas, que criaram ótimos filmes, No inicio dos anos 50, que muitos consideram esse período, como "Nouvelle Vague" do cinema japonês. Mas foi somente em 1976, que Oshima ganhou os holofotes pelo mundo, através desse filme erótico provocante e que tem muito a dizer.
Lembrando um pouco elementos de sucesso do clássico O Ultimo Tango em Paris, acompanhamos os encontros sexuais do casal central da trama, cujo os encontros, vão evoluindo de tal forma ao longo da projeção, que culmina num dos momentos mais inesperados daquela época. Sexo, loucura e morte atravessam juntas a cada cena, numa espécie de ritual, onde cada ato não é o suficiente para saciar ambos. Devido a isso, o filme foi considerado em muitos países como obsceno e impróprio para ser assistido, mas devido a toda essa polemica, atraiu milhares de cinéfilos curiosos, para ver cenas eróticas, até então limitadas ao mercado da pornografia.
Muitos tentam entender a mensagem que o filme passa. Talvez a mais valida, seja que, a entrega dos protagonistas para um sexo sem limites, tenha sido um símbolo de um final de uma época. Sendo que os anos de 1960, onde a paz, amor e o sexo sem limites dos jovens daquele tempo, estavam sendo ultrapassados, por uma sociedade e política mais conservadora. Talvez a intenção do cineasta nunca tenha sido polemizar, mas sim criar um filme premonitório, embora outras teorias possam ser levadas mais a fundo. 


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