UM CULT INSTANTÂNEO
Sinopse: Ryan Gosling interpreta neste filme um piloto profissional que trabalha em cenas de perseguição de carros em Hollywood. Além disso, ele usa sua habilidade e precisão no volante como motorista em assaltos. Dentro do seu mundo solitário ele conhece Irene (Carrey Mulligan), cujo marido sairá da prisão em poucos dias. Disposto a ajudar essa família a pagar uma antiga dívida, ele se dividirá entre usar todas as suas habilidades para salva-lá ou embarcar em uma fulminante paixão.
De novo, a trama de Drive não tem nada, mas a forma que o diretor Colas Winding Refn (Guerreiro Silencioso) dirige, faz com que a historia nos soe fresca e contagiante. Há claro elementos que nos lembra outros filmes como Taxi Drive, Carga Explosiva e até mesmo Os Brutos também amam, porém, Winding faz a diferença ao usar câmera para capturar a cada momento os sentimentos dos seus personagens, sendo que consegue puxar para fora todo o peso que os personagens carregam durante a historia, em especial do motorista. Ryan Gosling (Namorados para Sempre) faz aqui o personagem da sua vida, onde ele passa uma carga de sentimentos múltiplos na tela, onde por vezes, só temos uma idéia exata de quais suas intenções, quando conhece Irene (Carrey Mulligan). Apartir daí, sabemos que o personagem busca um pouco de paz consigo mesmo, para então quem sabe, possa se livrar de certos serviços que usa com o seu carro.
Mas apartir que o marido de Irene surge, já temos um palco armado para a queda de cada um dos personagens no decorrer do filme. Para não soar familiar (embora aconteça realmente) Winding Refn faz de cada seqüência crucial, um momento em que a imagem (com uma bela câmera lenta) se misture com os sentimentos que rola na cabeça dos personagens, em especial do motorista. Momentos, como a famosa cena do elevador, ou quando o protagonista usa uma mascara para ir a caça de um determinado personagem, são momentos em que uma direção segura e a competência do elenco fazem a diferença no filme. É interessante também como o diretor foca determinados detalhes, que embora banais para uns, possam ser uma pista do que está por vir, como o desenho de um escorpião na jaqueta do motorista, sendo que ela representa toda a ambigüidade do personagem.
Mas apartir que o marido de Irene surge, já temos um palco armado para a queda de cada um dos personagens no decorrer do filme. Para não soar familiar (embora aconteça realmente) Winding Refn faz de cada seqüência crucial, um momento em que a imagem (com uma bela câmera lenta) se misture com os sentimentos que rola na cabeça dos personagens, em especial do motorista. Momentos, como a famosa cena do elevador, ou quando o protagonista usa uma mascara para ir a caça de um determinado personagem, são momentos em que uma direção segura e a competência do elenco fazem a diferença no filme. É interessante também como o diretor foca determinados detalhes, que embora banais para uns, possam ser uma pista do que está por vir, como o desenho de um escorpião na jaqueta do motorista, sendo que ela representa toda a ambigüidade do personagem.
Saído consagrado em Cannes (como o premio de melhor direção) e com uma trilha sonora que crava na mente de quem assiste, Drive é um daqueles casos raros do cinema atual, onde todas as peças estão lugar, para então funcionar de forma redondinha e ser aceito positivamente ao longo do tempo de sua exibição. Pode ter sido esnobado no ultimo Oscar, mas ganhou o premio principal, que é o reconhecimento gradual ao longo do tempo, mesmo num espaço tão curto de tempo!
doRealmente Drive virou um cult instantaneamente e Ryan Gosling conseguiu provar mais uma vez que é um ótimo ator.
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