terça-feira, 22 de novembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 1

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”
  
O PONTA PÉ INICIAL PARA A REVOLUÇAO AUTORAL DO CINEMA FRANCÊS
OS INCOMPREENDIDOS


sinopse: Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é o filho negligenciado de Gilberte Doinel (Claire Maurier), que parece ter tempo para tudo menos o bem-estar da criança. Julien Doinel (Albert Rémy) não é o pai biológico, mas cria o menino como se fosse seu filho. Gilberte está tendo um caso e não se surpreende quando, por acaso, Julien fica sabendo que Antoine não está indo à aula, pois ela sabia que na hora do colégio o filho a tinha visto com seu amante. A situação se agrava quando Antoine, para justificar sua ausência no colégio, "mata" a mãe. Quando seus pais aparecem na escola, a verdade é descoberta e Julien o esbofeteia na frente de seus colegas. Após isto ele foge de casa e arruma um lugar para dormir. Paralelamente seus pais culpam um ao outro pelo comportamento dele, após lerem a carta na qual ele se despede. No outro dia Antoine vai à escola normalmente. Lá sua mãe o encontra e se mostra preocupada por ele ter passado a noite em uma gráfica. Ela alegremente o aceita de volta, mas os problemas não acabam. Antoine se desentende com um professor, que o acusa de plagiar Balzac. Como ele odeia a escola, sai de casa de novo e para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.
Numa época (final dos anos 50) em que o cinema Francês, estava cada vez mais sendo feito por pessoas mais velhas e que não tinha nenhuma sintonia com a juventude naquela época, coube um grupo de jovens críticos de cinema, de uma revista intitulada L’Express, para injetar novo sangue para a sétima arte daquele país, e ao mesmo tempo, fortalecer o termo cinema de autor, e assim nasceu o movimento Nouvelle Vague, que é referenciado até hoje, como um dos momentos mais importantes do cinema mundial. Desse grupo, que gerou essa onda, meu favorito sempre será François Truffaut, que diferente de seus colegas (como o gênio Jean Luc Godard) não queria falar apenas do que rolava da França daquela época, mas também queria falar um pouco de si próprio e do seu amor pelo cinema, em uma filmografia autoral e muito simpática.
Em sua estréia como diretor, Truffaut cria em Os Incompreendidos (o que muitos consideram) uma espécie de reconstituição de sua infância difícil, onde beirava entre a rebeldia e a busca (mesmo que escondida) por uma redenção. Agora se era um retrato genuíno ou não de sua juventude, isso é o que menos importa, já que o importante é, que diretor se encarregou de criar inúmeras passagens de cenas inesquecíveis, como aquela, onde o jovem protagonista esta caminhando e depois correndo para a praia, isso sem contar a cena do brinquedo do parque de diversões, onde faz inúmeras voltas, oscilando com o estado de espírito do protagonista.
Mas essa não seria a ultima vez que veríamos o personagem Antoine, já que o filme fez tanto sucesso, que acabou gerando inúmeras continuações, com ele já crescido e com o mesmo ator, Jean-Pierre Léaud, que se tornaria figura bem conhecida na filmografia, tanto de Truffaut, como de Jean Luc Godard.

Curiosidades: O título original é uma referência à expressão francesa "faire les quatre cents coups". O diretor François Truffaut aparece em uma pequena ponta, como um homem fumando um cigarro.



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