quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: Werner Herzog: Sou o que são meus filmes

Do dia 06 a 21 de setembro, o Cine Bancários e a Sala PF Gastal estarão exibindo (com entrada franca) Mostra “Werner Herzog: Sou o que são meus filmes”.
Por aqui, estarei postando sobre os filmes que eu for assistindo e falando um pouco de cada um deles. Já adianto que as obras de Herzog são no mínimo incomuns, portanto, recomendo e muito que elas sejam vistas na tela grande, porque não é sempre que temos essa grande oportunidade.


Hércules
Sinopse: O trabalho de estréia de Herzog busca já a imperceptível transgressão do mero documentário e evoca um tema central de suas obras: o ridículo da revolta titânica.
O primeiro trabalho de Herzog não tem muito que dizer, apenas mostrando até que ponto os homens vão para adquirir o corpo perfeito para certas competições do fisiculturismo. Assistindo a esse curta, imediatamente me lembrei de Arnold Schwarzenegger num documentario onde ele estava competindo para ser mister universo. Seria o curta de Herzog uma especie de influencia na criação daquele documentário?


Fata Morgana
Sinopse: Uma viagem pela África, poética e surreal, como um sonho, fragmentária, por ser destituída de qualquer história, ainda assim amparada em uma coerência interna. Herzog confronta os mitos da criação com imagens da destruição.
Documentário com belas imagens, mas que se deve ser assistida com a mente aberta e adentrar sem pestanejar neste mundo que Herzog filma sem pressa num vasto deserto. A proposta esta sobre a criação da vida em meio ao nada e do nada surge à vida e da vida vem a destruição. Complicado? Assistindo de começo ao fim tem então uma vaga idéia da proposta do diretor. Homem surge do nada, com o nada ele cria e sua criação ele destrói gradualmente nos anos que ele passa no lugar onde nasceu. Não é para qualquer um, mas que representa muito bem o que é Herzog.


La Soufrière
Sinopse: Verão de 1976: há uma ameaça de uma erupção devastadora do vulcão "La Soufrière" na ilha de Guadalupe, Antilhas Francesas. A ilha é evacuada. Werner Herzog e sua equipe de filmagem ficam para filmar a catástrofe – e aguardam a erupção em vão.
Assim como seus personagens dos seus filmes, Werner Herzog é alguém que vai alem dos seus limites sem se importar com os riscos que ira aparecer a sua frente. Só mesmo explicando dessa forma para tentar entender os motivos que ele levou a adentrar em uma cidade fantasma que havia sido abandonada com a ameaça da explosão de um vulcão. Durante o documentário vemos imagens assustadoras de ruas desertas, casas abandonadas, assim como pobres animais que ficaram para traz sem ter tido um pingo de esperança.
Um dos pontos altos do documentário esta na entrevista de duas pessoas que se recusaram a sai da cidade e aceitam a morte com tamanha facilidade unicamente pelo fato que um dia irão morrer mesmo, então ficar ali para morrer ou depois não fará a mínima diferença. São depoimentos humanos de pessoas simples, que possuem poucos recursos, mas tem muito a dizer. No fim a erupção jamais aconteceu, mas serviu para colocar no mapa a situação humilde da ilha de Guadalupe e do lado imprevisível da mãe natureza.


Lições da Escuridão
Sinopse: Pouco antes da segunda Guerra do Golfo, tropas iraquianas incendiaram campos de petróleo e terminais durante sua retirada do Kuait. Herzog e seu cinegrafista tentam registrar o inconcebível, o apocalipse, através de suas imagens.
Através de imagens aéreas vibrantes, Herzog testemunha o inferno na terra quando os campos de petróleo começam a pegar fogo e tanto o céu como a terra vira um mar negro em chamas com imagens e depoimentos de pessoas afetadas por uma guerra sem sentido. Curiosamente vendo essas imagens, não me surpreenderia se Sam Mentes tivesse se inspirado nessa obra de Herzog para criar uma das cenas chaves do filme Soldado Anônimo

Mais informações sobre os dias e horários das sessões vocês encontram nos blogs do Cine Bancarios e Sala PF Gastal clicando aqui e aqui. 


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