Sim eu sei, deveria ter escrevido isso na sexta, mas ficou doente e não tive condições, mas agora estou aqui e lhes falo sobre duas dicas principais que estreiam nas nossas salas, confiram:
Em cartaz: X-men Origens: Wolverine
Apesar dos excessos (e muitos) o filme cumpre como pura curtição do inicio ao fim.
(X-Men Origins: Wolverine) EUA, 2009. Direção: Gavin Hood. Elenco: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston. Duração: 111 min. Classificação: 12 anos.
Sinopse: A origem do mutante Wolverine - de sua infância no Canadá ao confronto com o programa Arma X - anos antes de sua entrada no grupo X-Men.
Ano passado foi realmente o ano das adaptações das historias em quadrinhos. Marvel levantou o seu próprio estúdio e criou seus dois filmes interligados, Hulk e o grande sucesso de publico e critica Homem de Ferro. Procurado provou que historias em quadrinhos mesmo que desconhecidas podem ser boas e gerar um bom lucro. Hellyboy 2 mostrou-se uma trama muito superior ao original, mas foi Batman: Cavaleiro das Trevas que as adaptações das historias em quadrinhos deu um passo à frente e passou por uma nova definição e mostrou que sim, pode se levar muito a sério esse gênero.
Agora começamos o ano com Watchmen, adaptação da bíblia dos quadrinhos que se não fez o sucesso esperado pelo menos teve boas criticas e pode se tornar o mais novo cult e finalmente chegamos a esse X-men Origens: Wolverine. O titulo já diz tudo, o filme é prequel do primeiro x-men de 2000. O filme apresenta ao publico como Wolverine (Hugh Jackman em sua melhor forma) adquiriu seus poderes de cura (por ser mutante nasceu com eles)e como adquiriu seus ossos de metal. O longa também explica o envolvimento do personagem com o sinistro programa Arma X e a complexa relação com Victor Creed, também conhecido por Dentes de Sabre que se na versão do primeiro capitulo de 2000 foi mau aproveitado pelo falso ator Taylor Man, aqui ganha personalidade e carisma do ator Liev Schreiber e acaba se tornando uma das melhores coisas do filme.
O filme também apresenta inúmeros personagens das historias em quadrinhos fazendo participações e pontas como no caso do personagem favorito do publico dos anos 90 Gambit, mas talvez seja ai o grande problema do filme. Por ter inúmeros personagens, o filme não consegue administrar todos o que acaba prejudicando um pouco a trama e o filme também exagera nas cenas de ação, contudo não irá desapontar para aqueles que procuram ação do inicio ao fim. Bom e divertido, o filme não chega a perfeição dos dois primeiros capítulos e muito menos segue a tendência de Batman: O Cavaleiro das Trevas em fazer uma reflexão mas cumpre o papel de ser um bom filme e um bom capitulo da cine série dos mutantes no cinema. A direção é de Gavin Hood.
Valsa com Bashir
Documentário em forma de animação mostra os horrores da guerra de uma forma unica
(Vals im Bashir) Israel/Alemanha/França, 2008. Direção: Ari Folman. Vozes: Ari Folman, Ron Ben-Yishai, Ronny Dayag. Duração: 90 min.
Sinopse: O cineasta Ari Folman tenta recolher sua memórias da guerra do Líbano nos anos 80, mas percebe que se lembra de muito pouca coisa. Decide então conversar com amigos que estiveram no exército com ele. Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
A trama trata de um assunto delicado de maneira bem original. Não conseguiu o Oscar, mas recebeu o Globo de Ouro e foi considerado o melhor filme de 2008 pela Sociedade Nacional de Críticos de Cinema dos EUA. O filme inova por apresentar um documentário no formato de animação. Nele o diretor Ari Folman exorciza sua experiência no exército israelense em 1982, quando participava da invasão ao Líbano, numa ação cheia de acontecimentos trágicos e violentos. Folman resolveu fazer o filme porque percebeu que, passados 25 anos não tinha mais lembranças daquele periodo. A medida que conversava com seus velhos amigos, sua memória começou a assombra-lo com imagens surreais. "Não queria um filme chato, com um homem de meia idade contando historias. Então tive a idéia de fazer uma animação com desenhos fantasticos. A guerra é uma coisa muito surreal e nossa memoria é tão enganosa que achei melhor seguir por sua jornada de lembranças com a ajuda de excelentes desenhistas" conta.
O nome Valsa com Bashir faz referencias ao presidente do Libano, morto durante a invasão. Para vingar o atentado não esclarecido os libaneses exterminaram milhares palestinos de um campo de de refugiados. Segundo Folman, a produção do filme funcionou como uma terapia e o levou a uma conclusão. A de que "a guerra é tão inutil quanto é inacreditavel. Não tem glamour, não tem gloria, apenas jovens atirando em pessoas que não conhecem, sendo atingidos por tiros de pessoas que não conhecem e então voltam para casa tentando esquecer tudo aquilo.
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