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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Streaming - 'Pantera Negra: Wakanda Para Sempre'

Sinopse: Rainha Ramonda, Shuri, M'Baku, Okoye e Dora Milaje lutam para proteger sua nação das potências mundiais intervenientes após a morte do rei T'Challa. 

Quando Chadwick Boseman morreu em decorrência ao câncer que ele havia ocultado o mundo acabou pego desprevenido, pois até a pouco tempo ele havia sido o protagonista de um dos filmes mais importantes dos últimos anos. Mais do que uma outra adaptação de HQ de super-heróis, "Pantera Negra" (2018) se tornou representante de um povo que até hoje sofre discriminação vinda do homem branco colonizador e tendo finalmente consigo um símbolo forte a ser seguido. Porém "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" (2022) fala sobre superar a dor para seguirmos em frente, para protegermos a todo o custo os que ficaram e seguirmos firmes com relação ao que realmente acreditamos.

No filme, após a despedida do Rei  T'Challa, a Rainha Ramonda (Angela Bassett), Shuri (Letitia Wright), M'Baku (Winston Duke), Okoye (Danai Gurira) e as Dora Milage lutam para proteger a nação fragilizada de outros países. Enquanto o povo de Wakanda se esforça para continuar em frente neste novo capítulo, a família e amigos do falecido rei precisam se unir com a ajuda de Nakia (Lupita Nyong'o), integrante dos Cães de Guerra, e Everett Ross (Martin Freeman). Em meio a isso tudo, Wakanda ainda terá que aprender a conviver com a nação debaixo d'água, Talokan, e seu rei Namor (Tenoch Huerta).

Antes de mais nada é preciso destacar que esse é o filme mais adulto do MCU, sendo que as piadas rotineiras são quase raras e quando elas surgem não atrapalham a história. Criticada devido a sua fase 4, o estúdio Marvel pelo visto juntou todos os seus esforços para elaborar um belo filme de aventura que fala sobre a superação perante o luto, ao levantar a bandeira de paz entre as nações e sabendo debater sobre o preconceito que vários povos sofrem devido as suas origens. Na abertura, por exemplo, há uma das mais belas cenas filmadas do estúdio em anos, que não somente presta uma homenagem ao Chadwick Boseman, como também a ideia de que a morte não é o fim, mas uma nova maneira de recomeçar.

Porém, diferente do que muitos imaginam, o filme consegue muito bem andar com as suas próprias pernas mesmo sem a presença do Rei T'Challa. Ao começar pelo fato de personagens coadjuvantes do filme anterior terem maior destaque como no caso da   Rainha Ramonda e interpretada de forma poderosa pela veterana Angela Bassett. Pelo fato de ter perdido o marido e filho, a personagem possui uma forte presença em cada cena em que surge, sendo que Bassett não se pouca ao transmitir para nós uma mulher forte, porém, com o coração em frangalhos ao ver a sua família partindo aos poucos. Não é à toa que tem se tornado favorita na categoria de atriz coadjuvante no próximo Oscar e se caso venha a vencer é mais do que merecido.

Contudo, não há como negar que a verdadeira evolução se encontra na personagem Shuri e da qual é interpretada com intensidade pela jovem atriz  Letitia Wright. No filme anterior eu já havia notado nela um grande potencial que tinha, mas do qual estava reduzido por ser a irmã do protagonista mesmo tendo o papel fundamental como a grande cientista de Wakanda. Aqui a situação muda, já que a personagem enfrenta não somente o luto, como também pelo fato de não ter consigo salvar o seu irmão e por estar dividida entre a lógica e a fé que os seus ancestrais sempre acreditaram ao longo dos séculos. Portanto, é mais do que lógico que ela viria a ser predestinada em ser a nova Pantera Negra, mas até lá a estrada é árdua.

Ryan Coogler e os demais realizadores tiveram a proeza de inserir um dos personagens mais importantes e complexos da Marvel e conseguindo o feito de atualizá-lo para os novos tempos. Interpretado por Tenoch Huerta, Namor não é um super-herói, mas tão pouco é um simples vilão, sendo ele o Rei da nação submarina Talocan e cuja mesma é desconhecida pelos homens da superfície e sabendo o que eles podem fazer não medirá esforços para proteger o seu povo, nem que para isso provoque atos irreversíveis para dizer o mínimo. Por conta disso, aguardem por momentos inusitados e dos quais nos pegará desprevenidos.

Embora seja algo que possa ser visto independente de ter visto ou não aos outros filmes da Marvel, "Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" apresenta personagens que irão surgir ao longo dos anos. Dominique Thorne consegue nos cativar com sua Coração de Ferro, personagem que havia surgido como sucessora de Tony Stark nas HQ e que aqui se torna a principal causa entre o conflito entre Wakanda e Talocan. Infelizmente personagens como a da atriz Lupita Nyong'o tem a sua participação reduzida, porém, sendo responsável por uma grande revelação ao final da projeção.

Em termos de ação o filme também não faz feio, principalmente pelo fato que os efeitos visuais são absurdamente superiores se forem comparados ao primeiro filme e sendo que essa parte técnica foi justamente o único ponto negativo do filme anterior. Aqui a situação é inversa, já que há todo um cuidado na apresentação, tanto de Talocan, como também os novos cenários de Wakanda e dos quais os mesmos enchem os nossos olhos devido aos seus diversos detalhes vastos e dos quais não são capitados em uma única sessão. A cena do ataque contra Wakanda é sem sombra de dúvida uma das melhores partes do filme e nos reservando um dos momentos mais angustiantes.

Ao final, a Marvel aprendeu na melhor e pior maneira possível em não cometer as mesmas falhas que foram vistas no decorrer da fase 4 e nos apresentando aqui um filme digno de nota, o mais maduro e reflexivo. Em tempos em que determinadas nações estão se digladiando em uma guerra que não faz o menor sentido, o filme vem em um momento de que é preciso abaixarmos as armas para só assim construirmos um futuro melhor para a humanidade antes que seja tarde. A ideia é antiga, mas ela é sempre bem-vinda em tempos de incertezas.

"Pantera Negra: Wakanda Para Sempre" não é somente uma bela aventura, como também é cheia de reflexões sobre o que pode ser resolvido em um mundo atual que ainda não aprendeu com os seus erros do passado e que precisam ser finalizados. 


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania'

Sinopse: O Homem-Formiga e a Vespa lutam contra Kang, o Conquistador, no reino quântico. 

Os dois filmes anteriores do "Homem Formiga" nada mais eram do que filmes que nasceram para entreter e sem ter muito peso com relação a interligação com o universo do MCU. Porém, o protagonista se tornou peça fundamental em "Vingadores - Ultimato" (2019) e abrindo a possibilidade de que o seu papel teria participação de algo maior dentro desse universo compartilhado. Pois bem, "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" (2022) veio para se tornar uma peça importante da construção da saga do "Multiverso", mas nem por isso deixa de ser um passatempo divertido e com um belo visual a ser defendido.

Dirigido novamente por Peyton Reed, a trama acontece quando Cassie (Kathryn Newton), filha de Scott Lang (Paul Rudd), desenvolve um dispositivo que permitiria a comunicação com o reino quântico, o experimento termina em desastre: Cassie, Scott e sua companheira e heroína, Vespa, Hope van Dyne (Evangeline Lilly) involuntariamente se encontram no reino místico. Unindo forças com os pais de Hope, Hank Pym (Michael Douglas) e Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer), o trio trabalha um caminho de volta enquanto os atrai para o misterioso mundo do Reino Quântico, onde encontram criaturas alienígenas e uma civilização oculta.

Como eu disse acima, diferente dos títulos anteriores, esse filme é elevado para um novo patamar, porém, não deixa de ser um filme leve para todas as idades, mesmo indo em direções que só se compara aos filmes dos "Vingadores". Mas o que deixa o filme leve é realmente atuação descontraída de Paul Rudd, do qual a sua veia humorística está quase sempre em destaque e se casando quase perfeitamente com a fórmula Marvel que o estúdio até hoje insiste em usar. Embora a fórmula esteja desgastada, é preciso reconhecer que a presença do ator faz com que tudo fique nos eixos e fazendo com que algumas piadas façam até mesmo  obter de nós alguns sorrisos.

Mas, embora o roteiro insista colocá-lo como protagonista, principalmente da maneira como é apresentado o prólogo e o epílogo, é preciso destacar o fato que Janet rouba a cena quando tudo se direciona a ela. E não é somente pelo fato dela ser interpretada pela veterana Michelle Pfeiffer, mas sim porque a personagem possui um arco dramático interligado com o reino quântico, do qual havia se iniciado no primeiro filme e se encerrando aqui de uma forma que ninguém imaginava. Aliás, é preciso destaca o visual do reino quântico, cujo efeitos visuais são primorosos, cheios de detalhes e baixando o tom dos críticos que até então estavam achando que o estúdio estava relaxando neste lado técnico.

Mas o filme como um todo pertence realmente ao vilão Kang e interpretado de forma intensa pelo ator Jonathan Majors. Até aqui, pode-se dizer que ele é a figura central da saga do Multiverso que o estúdio está criando aos poucos, já que a primeira versão do personagem foi vista na série Loki (2021) e aqui conhecemos sua outra contraparte e da qual não mede esforços para sair do reino quântico nem que para isso terá que matar muitos. Em determinado ponto, por exemplo, acreditamos que alguns dos heróis irão perecer durante o percurso, já que o vilão realmente nos convence que ele pode cometer tal feito.

Voltando ao reino quântico, é nítido que o estúdio está construindo o seu "Star Wars", já que o local é povoado pelos mais diversos tipos de seres interessantes, abrindo o leque com as mais diversas possibilidades e cuja cereja do bolo é a presença da figura de  M.O.D.O.K  e da qual sintetiza toda essa loucura construída. Mas isso não é novidade, já que desde "Thor: Ragnarok" (2017) essa é a real pretensão do estúdio e resta saber se ela irá se manter ao longo dos próximos anos. Neste último caso, o maior vilão que o estúdio terá que enfrentar talvez seja a sua própria ambição, da qual já é sentida algum tempo e que pode declinar a qualquer momento.

Neste último caso, isso faz com que o filme não esconda os seus defeitos, desde o fato que o título em si se encontra um tanto que errado, já que a Vespa de Evangeline Lilly se torna bastante secundária durante a trama. Já Cassie se torna uma mera promessa para o futuro do MCU, já que ela começa a usar o traje igual do seu pai, mas se tornando uma peça quase descartável dentro da trama. O ato final transita tanto para bons momentos para o lado previsível, mas fazendo com que tudo fique nos eixos e valendo assim o ingresso.

Com uma participação especial hilária de Bill Murray, "Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania" funciona com uma boa aventura espacial, mas da qual não se pode exigir muito dela, mesmo sendo parte de algo maior para o MCU. 


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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Cine Especial: 'Feitiço do Tempo - 30 Anos Depois'

Sinopse: Phil, um arrogante meteorologista de um canal de televisão, fica preso em uma espécie de túnel do tempo, condenado a reviver indefinidamente o mesmo dia até que mude suas atitudes.  

Não é de hoje que temos aquela sensação de que o tempo passa ligeiro demais e fazendo com que não possamos desfrutar um pouco da vida e da qual ela é tão curta. Em tempos de internet, redes sociais e informações instantâneas parece que perdemos a noção do que é apreciar um pouco a realidade em nossa volta. Trinta anos já se passaram, mas "Feitiço do Tempo" (1993) continua mais atual do que nunca, pois a sua lição de vida é para ser vista e revista de uma forma relaxada e para que possamos compreender melhor a proposta da obra.

Dirigido por Harold Ramis, da clássica comédia "Férias Frustradas" (1983), o filme conta a história de um repórter (Bill Murray) de televisão que faz previsões de meteorologia vai a uma pequena cidade fazer uma matéria especial sobre o celebrado "Dia da marmota". Pretendendo ir embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.

Não é de hoje que o cinema explora em exaustão as viagens no tempo, pois são tramas que nos fazem pensar sobre o que aconteceria se voltássemos em determinadas épocas e se temos o direito ou não de alterá-las. No caso de "Feitiço do Tempo" acontece algo de especial, pois o protagonista volta no tempo, mais precisamente sempre no mesmo dia anterior e tendo que conviver com as mesmas situações que ele já havia presenciado. Se você possui várias teorias conspiratórias sobre a questão do Déjà vu o filme é um ótimo ponta pé inicial para analisar e debater o assunto de mente aberta.

O filme em si possui aquele tom de positividade bem típico dos filmes americanos dos anos noventa, mas que não cai para o lado da previsibilidade, não somente graças ao roteiro criativo, como também graças a presença ilustre de Bill Murray. Em um dos seus melhores desempenhos da carreira, Murray cria um personagem que dificilmente a gente gostaria de estarmos por perto, pois ele não passa de uma pessoa egoísta e que somente pensa sobre si. Uma vez que ele convive com o mesmo dia contra a sua vontade isso começa a mudar.

A partir do momento em que começa essa situação inusitada ele começa a se sentir-se livre em fazer o que bem entender, desde em dirigir em alta velocidade, como também conhecer determinada garota diversas vezes para só assim conseguir levar ela para cama. Aos poucos, porém, ele descobre que não é tão simples conquistar as pessoas, mesmo ele conseguindo obter a chance de se conhecerem tão bem. Isso ele aprende da melhor maneira possível com a sua assistente Rita (Andie MacDowell), uma garota que vê a beleza nas coisas mais simples da vida e da qual desperta o lado humano do personagem Murray e do qual o próprio desconhecia.

O filme transita para momentos românticos e para o mais puro humor, principalmente pelo fato de o protagonista já saber como começa e como termina determinada situação, assim como também pelo fato de saber de antemão o que as pessoas irão dizer. Isso rende momentos hilários, desde a conversa dele com a dona da hospedaria como também o reencontro de um velho colega de escola e que agora é vendedor de seguros de vida. Tudo isso embalado com uma atuação sarcástica de Murray, mas que se casa com tamanha perfeição com a proposta da obra e o que torna é difícil imaginar outro ator no lugar dele na trama.

Aos poucos o filme se envereda para momentos até mesmo imprevisíveis, principalmente pelo fato dele tentar se matar para acabar com essa repetição, mas voltando para o mesmo ponto onde o dia recomeça de novo e de novo. A situação se torna até mesmo dramática quando ele dá atenção para um morador de rua, mas que acaba falecendo. Por mais que os dias se repitam ele não consegue salvá-lo, pois a vida dele havia realmente chegado ao fim.

É neste ponto que o personagem então decide virar um verdadeiro samaritano, ajudando aquelas pessoas que antes ele achava sem graça e se tornando alguém especial para a vida delas. O filme, portanto, nos passa a mensagem de que devemos pararmos por um momento de nossa rotina, mudar o caminho da rua que a gente atravessa e começarmos a prestarmos mais atenção com relação a realidade em nossa volta. Não é preciso a gente passar pelo mesmo dia diversas vezes, mas sim termos a iniciativa de colocarmos isso em prática e para sim podermos desfrutarmos mais de nossa vida tão preciosa.

"Feitiço do Tempo" é uma das melhores comédias de todos os tempos, cheia de humor, reflexiva e que nos faz pensar o que estamos perdendo na vida enquanto a gente se mantém presos em nossa rotina. 


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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (16/02/2023)

 A BALEIA

Um professor de inglês recluso que vive com obesidade severa tenta se reconectar com sua distante filha adolescente para uma última chance de redenção.



HOMEM-FORMIGA E A VESPA: QUANTUMANIA

Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é a continuação da franquia de sucesso da Marvel, acompanhando Scott Lang (Paul Rudd) e Hope van Dyne (Evangeline Lilly) em suas jornadas como super-heróis. Scott e sua família são puxados para o Reino Quântico, onde eles percisarão enfrentar um novo e terrível vilão: Kang, o Conquistador e M.O.D.O.K.


AS MÚMIAS E O ANEL PERDIDO

As Múmias é uma divertida aventura de animação familiar que segue três múmias egípcias que acidentalmente entram no mundo moderno. O filme é repleto de humor, aventura e emoção – mostrando o verdadeiro valor da amizade, trabalho em equipe e acreditar em si mesmo.



CASAMENTO EM FAMÍLIA

Michelle (Emma Roberts) e Allen (Luke Bracey) estão juntos há algum tempo e Michelle está começando a querer dar o próximo grande passo e se casar. Mas Allen não tem tanta certeza e entra em pânico. Desesperados, os dois recorrem aos pais. Mas eles têm seus próprios segredos. Quando o casal decide que todos podem se encontrar para jantar, o caos se instala, pois ambos os pais parecem ter uma conexão com o parceiro um do outro.


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Cine Dica: Programação da Cinemateca Paulo Amorim (16/02/23)

Devido ao feriado de Carnaval, não teremos sessões de cinema nos dias 18, 19, 20 e 21 (de sábado a terça-feira). 

Marte Um 

Corsage

Sala Norberto Lubisco, às 15h

Sinopse: O filme é inspirado na vida de Elizabeth da Baviera (1837 – 1898), esposa do imperador da Áustria e que ficou mais conhecida como Sissi, a Imperatriz. Inteligente e perspicaz, Sissi era considerada um ícone de beleza – e lutava para se manter jovem e magra. Quando completou 40 anos, resolveu lutar contra as convenções sociais e contra a imagem hiperbolizada de si mesma. A produção foi indicada pela Áustria para concorrer ao Oscar de filme internacional.


HOLY SPIDER

Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h45min

Sinopse: Uma jornalista investiga o submundo da cidade sagrada iraniana Mashad, em busca de um serial killer de prostitutas. Conhecido como Spider Killer, o assassino é um fanático religioso que acredita estar em uma missão espiritual de limpar as ruas da corrupção e imoralidade. Baseado em uma sequência de crimes que aterrorizou o Irã no início dos anos 2000 e que resultou na morte de 16 mulheres, o longa-metragem conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes 2022 para Zar Amir Ebrahimi. Também foi o indicado pela Dinamarca na disputa pelo Oscar de filme internacional.


As Histórias de meu Pai

Na Sala Eduardo Hirtz, às 14h45min

Sinopse: Émile, de 11 anos, adora ouvir as histórias do pai. Homem múltiplo, André consegue ser campeão de judô, paraquedista, jogador de futebol, espião e até conselheiro do presidente francês Charles de Gaulle. Quando André acha que foi traído pelo presidente, pede ajuda ao garoto para matá-lo – ao mesmo tempo em que torna suas façanhas cada vez mais perigosas. O filme é uma adaptação do romance “Profession du Père”, do escritor Sorj Chalandon.


Garoto dos Céus

Na Sala Norberto Lubisco, às 19h15min

Sinopse: Adam é filho de um pescador de uma pequena província que consegue uma bolsa de estudos para a conceituada Universidade Al-Azhar, no Cairo. A morte do Grande Imã, principal líder religioso do lugar, transforma completamente a vida.


Aftersun

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h

Sinopse: Quando tinha 11 anos, Sophie passou alguns dias de férias com o pai, numa praia ensolarada e cheia de descobertas. Vinte anos depois, ela encontra um vídeo daquele verão e tenta se reconciliar com suas lembranças e com aquele homem que até hoje não conhece plenamente.


Marte Um

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h

Sinopse: Os Martins, uma família negra de classe média baixa, vivem na periferia de uma grande cidade brasileira – e, apesar da situação do país, tentam equilibrar suas expectativas e dificuldades. A mãe, Tércia, acha que está amaldiçoada depois de levar um susto, enquanto a filha mais velha planeja ir morar com a namorada. O pai, Wellington, que trabalha como porteiro, sonha com o dia em que o filho mais novo será um jogador de futebol, mas Deivinho sonha mesmo em viajar para Marte. O longa é o indicado pelo Brasil para concorrer a uma vaga na disputa pelo Oscar de melhor filme internacional.



Conheça a Cinemateca Paulo Amorim:  https://cinematecapauloamorim.wordpress.com/

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Triângulo da Tristeza'

 Sinopse: Um cruzeiro para os super-ricos afunda, deixando os sobreviventes, incluindo um casal de celebridades, presos em uma ilha. 

Ruben Östlund tem uma predileção em colocar os seus personagens em situações que os tirem em seus cenários habituais e fazendo com que os mesmos enfrentem situações que eles não possam controlar. Se em "Força Maior" (2015) vemos um pai de família cometer um ato falho durante uma avalanche, por outro lado, "The Square - A Arte da Discórdia" (2018) vemos a elite incapaz de administrar emocionalmente um evento artístico de proporções imprevisíveis. Em seu mais novo filme, "Triângulo da Tristeza" (2022), vemos uma situação parecida, mas em proporções ainda mais elevadas e colocando a elite em situações que os deixam em total impotência.

A história começa acompanhando os jovens modelos Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean), que estão navegando pelo mundo fashionista enquanto tentam se tornar influencers. Eles ganham passagens para viajar num cruzeiro de luxo, sendo os únicos passageiros classe média num grupo de milionários, liderado por um alcóolatra capitão comunista do barco (Woody Harrelson). Porém, uma noite de tormenta e ataques de piratas fazem o navio naufragar, deixando os sobreviventes presos numa ilha deserta.

Ruben Östlund não tem pressa em nos levar ao cenário principal que irá desencadear situações fora do comum e, portanto, ele decide apresentar de forma gradual o casal principal e dos quais são uma representação da classe média atual que tenta de todo custo ser reconhecidos pelos seus trabalhos nas redes sociais. Por conta disso há uma discussão sobre o papel do homem e da mulher atual, dos quais os mesmos buscam igualdade na união, mas que logo são jogados em cenário de atrito e incerteza com relação a união. Não há como não rir dos diálogos entre os dois, principalmente vindos do personagem de Harris Dickinson que se vê confuso, não somente com relação ao seu relacionamento, como também com relação ao universo da moda em que está convivendo.

Uma vez apresentado os dois protagonistas conhecemos no barco os demais personagens que irão elevar o filme em outro patamar. Conhecemos personagens da elite que sempre se entregam ao luxo, mas nunca tendo uma noção de uma realidade que possui muito mais além do que isso. Portanto, em determinado momento por exemplo, há uma curiosidade de um desses da elite em querer saber como a tripulação se diverti, como se realmente acreditassem que realmente teriam achado a felicidade e acreditando que estão dando uma esmola ou dando uma passagem temporária para suas realidades. Isso é apenas um aperitivo do que virá em seguida e fazendo a gente ser pego de forma desprevenida.

É então que surge do nada Woody Harrelson como capitão deste barco cheio de figuras peculiares e nos brindando com uma de suas melhores atuações da carreira. Mas isso somente acontece graças ao personagem que ele contracena, interpretado pelo ator Zlatko Buric e ambos nos brindando com diálogos fantásticos e que nos faz rir a todo momento. Ao mesmo tempo em que a conversa de ambos se eleva em novos patamares o barco onde se encontra a elite poderosa começa a sentir a realidade batendo a sua porta.

É preciso deixar claro que esse momento não é para os estômagos fracos, principalmente para aqueles que comeram algo. Ruben Östlund  surpreende ao nos passar a sensação de que realmente o barco está enfrentando uma grande tempestade lá fora e fazendo com que os passageiros e a tripulação sintam os efeitos de forma imediata. Uma vez sentindo os efeitos não será todo o poder do mundo que irá impedir que eles deixem de serem seres humanos e colocando para fora tudo o que haviam degustado naquele momento.

Ao mesmo tempo, o personagem de Woody Harrelson e seu companheiro começam a soltar frases de Karl Marx, Martin Luther King e outras diversas figuras históricas que lutaram pela igualdade e socialismo e provocando a elite que se encontra no local que sempre defendeu com unhas e dentes o sistema do capitalismo. Sinceramente eu comecei a rir da situação, já que é um humor ácido, sedutor e ao mesmo tempo obrigatório para ser ouvido por todos em tempos atuais em que a divisão de classes se encontra ainda mais acentuado.

Após esse show de máscaras caindo o cenário muda e vemos alguns personagens que restaram estarem presos em uma ilha deserta. Uma vez que os recursos se encontram escassos a divisão de classes já não mais existe e a mão trabalhadora se torna a potência motriz daquele grupo incapaz de acender uma fogueira. Neste último caso, por exemplo, se destaca a camareira que agora se torna a líder do grupo, pois sempre soube se virar em situações corriqueiras, mas que são completamente desconhecidas pela elite. Atriz Dolly de Leon surpreende em cena, ao colocar os demais personagens em sua mão e fazendo com que os mesmos se darem conta que eles sempre foram dependentes dela, mas que nunca haviam se dado conta.

No final das contas, Ruben Östlund fez um filme que dá continuidade ao debate que já havia sido discutido em filmes como no caso de "Parasita" (2019). Porém, diferente do longa de Bong Joon-ho, aqui a trama termina em aberto, pois o próprio assunto segue ainda firme no nosso mundo atual e sem data para término. A meu ver, somente com uma nova pandemia ou tragédias naturais é que fará com que as elites se darem conta que somos todos iguais diante de um obstáculo e que não se pode controlá-lo por mais que tenha recursos neste mundo.

"Triângulo da Tristeza" nos faz rir e refletir sobre os tempos atuais em que vivemos, onde há uma divisão cada vez maior entre as pessoas, quando na verdade são todas iguais perante situações que não se pode dominar com todas as forças. 


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Cine Dica: SEGUNDA SEMANA DA MOSTRA A VINGANÇA DOS FILMES B

Halloween – A Noite do Terror

A mostra A Vingança dos Filmes B segue em exibição na Cinemateca Capitólio até o dia 26 de fevereiro. Nos dias 16 e 17 de fevereiro, as últimas sessões de Mogambo, de John Ford, e Os Assassinos, de Robert Siodmak, na mostra Ava Gardner 100 anos.

Programação completa: http://www.capitolio.org.br/programacao/


GRADE DE HORÁRIOS

16 a 26 de fevereiro de 2023


16 de fevereiro (quinta)

15h – Mogambo

17h – Sessão Old Dark House I: A Mansão Macabra (Burnt Offerings / EUA / 1976 / 116′). Dir: Dan Curtis.

19h30 – Sessão Old Dark House II: A Casa da Noite Eterna ( The Legend of Hell House / UK / 1974 / 95′). Dir: John Hough. (Sessão Especial de 50 anos).


17 de fevereiro (sexta)

15h – Os Assassinos

17h – Sessão Malditos Clássicos: O Carro, a Máquina do Diabo (The Car / EUA / 1977 / 96’). Dir: Elliot Silverstein.

19h30 – Código Carpenter: Christine, O Carro Assassino (Christine / EUA / 1983 / 110’). Dir: John Carpenter.


18 a 21 de fevereiro

RECESSO DE CARNAVAL


22 de fevereiro (quarta)

15h – Sessão Malditos Clássicos: Farsa Trágica  (The Comedy of Terrors / EUA / 1963 / 84’). Dir: Jacques Tourneur.

17h – Southern Gothic Session I: A Inocente Face do Horror (The Other / EUA / 1972 / 108’). Dir: Robert Mulligan.

19h30 – Southern Gothic Session II: O Reflexo do Mal (The Reflecting Skin / UK / CAN / 1990 / 96’). Dir: Philip Ridley.


23 de fevereiro (quinta)

15h – Sessão Malditos Clássicos: A Noite do Demônio (Night of the Demon / UK / EUA / 1958 / 95’). Dir: Jacques Tourneur.

17h – Hail Satan? (EUA / 2019 / 95′). Dir: Penny Lane.  (Entrada franca)

19h30 – Sessão Transluciferação II: Demônios (BR / 2003 / 25’) + O Fim da Picada (BR / 2005 / 80’). Dir: Christian Saghaard. (Entrada franca)


24 de fevereiro (sexta)

15h – Código Carpenter: O Monstro do Ártico (The Thing From Another World / EUA /1951 / 87’). Dir: Christian Nyby e Howard Hawks.

17h – Troma Connection: Blood Hook (Idem / EUA / 1986 / 92′). Dir: Jim Mallon (Entrada franca)

19h30 – Código Carpenter: Halloween – A Noite do Terror (Halloween / EUA / 1978 / 91′). Dir: John Carpenter.


25 de fevereiro (sábado)

15h –  Sessão Shoot or Die 3: Na Rua Depois das 3 (BR / 2022 / 9’). Dir: Daniel Rodrigues + O Dia da Expiação (BR / 2022 / 60’). Dir: Cláudio Guidugli.  (Entrada franca)

17h –  Maldita Matinê: O Terror da Serra Elétrica (Mil Gritos Tiene La Noche / ESP / 1982 / 85’). Dir: Juan Piquer Simón.

19h – Troma Connection: Eating Miss Campbell (UK / 2022 /84’). Dir: Liam Regan.  (Entrada franca)

21h –  Código Carpenter: O Enigma do Outro Mundo (The Thing / EUA / 1982 / 109’). Dir: John Carpenter.


26 de fevereiro (domingo)

15h – Sessão A Vingança do FECEA: Mileage + Retrato + A Hallowed Eve + Same Night Different Blue + On The Shepherd’s Warning + Good Night Mr. Ted. (Total: 75′).

17h –  Sessão Shoot or Die 4: A Vingança de Jairo (La Venganza de Jairo / COL / 2019 / 82′).  (Entrada franca)

19h – Sessão de Encerramento: O Cemitério das Almas Perdidas (BR / 2020 / 90’). Dir: Rodrigo Aragão.   (Entrada franca)