Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Boa Sorte, Leo Grande'

Sinopse: A viúva Nancy Stokes (Emma Thompson) tem 55 anos e nunca teve uma vida sexual satisfatória. Professora recém aposentada, ela decide botar um audacioso plano em prática para quem sabe, aprender mais sobre o prazer. 

Mesmo em pleno século 21 é interessante observar que ainda vivemos em uma sociedade presa pelas velhas regras impostas pelo conservadorismo vindo das igrejas ou de qualquer religião que nos assombra. Isso acaba gerando pessoas cada vez mais frustradas, seja sexualmente ou até mesmo com relação ao que poderiam ter sido ao longo da vida se não tivessem se travando por terem tido medo com relação ao que os outros pensariam. "Boa Sorte, Leo Grande" (2022) fala sobre esses assuntos com um humor inteligente, alinhado com momentos apimentados, mas que acontecem através de diálogos que nos prende atenção a todo momento.

Dirigido por Sophie Hyde, o filme conta a história de Nancy Stokes, uma professora que acabou de se aposentar. Apesar de ter tido uma vida satisfatória, existe uma coisa que ela nunca teve: Nancy nunca fez um sexo digno de chamar de bom. Na verdade, Nancy nem sabe se o que ela fez foi de fato sexo. Ela então chama um jovem trabalhador do sexo e reservará (anonimamente) um bom quarto em um hotel. Leo Grande (Daryl McCormack) sabe o que faz e sabe que faz bem o seu trabalho, mas algo de especial acontece durante esse encontro.

Não será a primeira e nem a última vez que o cinema nos apresenta uma trama em que basicamente é protagonizada por poucos personagens e quase em um único cenário. Pegamos, por exemplo, o francês “Qual é o Nome do Bebê?" (2011) em que retrata os atritos durante a reunião de um grupo de amigos dentro de um apartamento e gerando um humor bombástico, mas alinhado com momentos até mesmo claustrofóbicos devido ao único cenário. É mais ou menos isso que acontece com o filme de Sophie Hyde, cuja a temática do sexo permeia toda a obra como um todo, mas não se limitando a isso.

Para começar, Nancy está completamente nervosa no princípio, já que nunca havia feito algo parecido e fazendo com que o primeiro encontro se torne claustrofóbico, não somente para ela, como também para aqueles que estão assistindo. Por outro lado, Leo se apresenta, em um primeiro momento, como uma pessoa segura de si, alinhado perfeitamente com a sua profissão e conquistando gradualmente a protagonista e com diálogos que fazem com que a tensão se amenize ao longo do percurso. Uma vez que se encerra o primeiro ato, ao todo sendo quatro, sentimos um certo alivio, já que o ato sexual finalmente é consumado, mesmo quando o ato quase nunca é visto.

Isso acontece porque a diretora Sophie Hyde procura não deixar as cenas de sexo em primeiro plano, já que a intenção nunca foi essa, mas sim apresentar essas duas pessoas solitárias, que se achavam seguras de si na vida, mas que ambas se dando conta que podem aprender uma com a outra mais do que se imagina. Nancy é uma conservadora, da qual jamais sentiu os verdadeiros prazeres da vida, mas tendo que, finalmente, corresponder com o que o seu corpo sempre pedia. Leo, por outro lado, tem receio de deixar a máscara cair, pois pode revelar a sua verdadeira pessoa através das dores vindas do passado e que não deseja compartilha-las mesmo quando começa a ter um certo carinho pela sua cliente.

Tanto Emma Thompson como Daryl McCormack estão ótimos em seus respectivos papeis, pois ambos têm o desafio de atuarem em um projeto que transita quase com os elementos do mais puro teatro e isso já é um grande feito. Mas se McCormack faz com que o seu personagem vá se revelando gradualmente, por outro lado, Thompson vai se descascando do segundo ao quarto ato final de forma surpreendente, ao ponto de que sua cena final é corajosa, porém, bastante humana. Vale destacar a ligeira, mas engraçada participação da atriz Isabella Laughland, vista na franquia "Harry Potter", e que aqui ela quebra por alguns momentos a sensação de que aquele universo particular somente pertencia ao casal central da trama.

Curiosamente, há sim cenas de sexo, mas elas somente acontecem no ato final da trama, de uma forma selvagem e até mesmo quase explicita. Até lá, tudo foi uma espécie de preliminares, para que os personagens centrais se conhecessem profundamente e que aprendessem um com outro de uma forma que jamais haviam imaginado. Ao meu ver, o filme nos passa a lição de que nunca é tarde para nos descobrirmos, seja com relação ao sexo, ou ao que realmente queremos com nós mesmos.

"Boa Sorte, Leo Grande" é uma comédia de humor refinado, alinhado com momentos apimentados, reflexivos e que nos faz pensar em tentar quebrarmos certos tabus conservadores para obtermos, enfim, o nosso voo mais alto. 

Nota: O filme somente estreia dia 28 de Julho.   


  Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 22 a 28 de Julho DE 2022

Seguindo Todos os Protocolos


A DEUSA NEGRA NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 22 de julho, às 19h30, uma edição do Projeto Raros exibe o filme A Deusa Negra, co-produção entre Nigéria e Brasil dirigida por Ola Balogun. Antes da sessão, o pesquisador Pedro Henrique Gomes apresentará a programação da mostra Câmeras da África, que exibirá a partir do dia 29 de julho, na Cinemateca Capitólio, uma seleção de clássicos realizados no continente africano. Entrada franca.


Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/eventos/5228/projeto-raros-a-deusa-negra/


JORNAL BOCA DE RUA É DESTAQUE DA SESSÃO AAMICCA #4

No sábado, 23 de julho, às 19 horas, na Cinemateca Capitólio, a Sessão AAMICCA apresenta o filme De Olhos Abertos (BR, 2020, 112min), seguida de debate. Como convidadas/os, estarão presentes a roteirista e diretora do documentário, Charlotte Dafol, e um/a representante do jornal Boca de Rua. Luiz Antonio T. Grassi fará a mediação. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5231/sessao-aamicca-de-olhos-abertos/


DOCUMENTÁRIO SOBRE CLAUDIA ANDUJAR EM DEBATE

No domingo, 24 de julho, às 18h30, a Cinemateca Capitólio apresenta a exibição especial do documentário Gyuri, de Mariana Lacerda, que aborda a trajetória da fotógrafa Claudia Andujar com os povos Yanomami. A Cacica Kerexú Takuá (do CRIA-RS) e a professora Marília Kosby (Doutora em Antropologia da UFRGS) participam de um debate após a exibição. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5234/gyuri-debate/


CINECLUBE ACADEMIA DAS MUSAS LANÇA REVISTA

O Cineclube Academia das Musas, coletivo que pesquisa obras realizadas por mulheres no cinema, apresenta uma sessão com sete filmes da diretora experimental Cecelia Condit na quarta-feira, 27 de julho, às 19h30. A exibição marca o lançamento da quarta edição da revista anual produzida pelo Cineclube, com artigos e ensaios em torno de filmes pesquisados pelas integrantes. Entrada franca.


Mais informações em breve no site da Cinemateca Capitólio.


A COLMEIA, OS PRIMEIROS SOLDADOS E SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS EM CARTAZ

A partir de 21 de julho, quinta-feira, a Cinemateca Capitólio exibe o suspense A Colmeia, dirigido por Gilson Vargas. Seguindo Todos os Protocolos, de Fabio Leal, e Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, seguem em exibição até o dia 28 de julho. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/


GRADE DE HORÁRIOS

21 a 28 de julho de 2022


21 de julho (quinta-feira)

15h – Os Primeiro Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – A Colmeia


22 de julho (sexta-feira)

14h30 – A Colmeia

16h15 – Seguindo Todos os Protocolos

17h30 – Os Primeiros Soldados

19h30 – Projeto Raros: A Deusa Negra


23 de julho (sábado)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

17h – A Colmeia

19h – Sessão AAMICCA: De Olhos Abertos


24 de julho (domingo)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

18h30 – Gyuri + debate


26 de julho (terça-feira)

15h – A Colmeia

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – Os Primeiro Soldados


27 de julho (quarta-feira)

14h30 – A Colmeia

16h15 – Seguindo Todos os Protocolos

17h30 – Os Primeiros Soldados

19h30 –  Cineclube Academia das Musas: Filmes de Cecelia Condit 


28 de julho (quinta-feira)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – A Colmeia

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - ‘GYURI’

Sinopse: Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos yanomami. 

Os documentários brasileiros vão, gradualmente, registrando a linha do tempo de nossos fotógrafos que tiveram papel essencial em nossa história. “Gyuri” (2022), primeiro longa-metragem da pernambucana Mariana Lacerda, cujo o seu olhar com relação a sueca, Claudia Andujar, tenta explorar a ligação dessa última com o povo Yanomani. O documentário participou de mostras como "É Tudo Verdade" e o que acabou revelando para os interessados do ramo da fotografia, além daqueles que lutam pela causa indígena, o papel fundamental de Claudia Andujar, que hoje se encontra ainda viva com os seus 91 anos, mas disposta a falar sobre as suas décadas de luta e de sua ligação com a floresta Amazônica como um todo.

O filme se inicia, curiosamente, com duas presenças falando em língua húngara. Vemos então Claudia dialogando com o filosofo Peter Pál Plbert, professor da PUC paulistana. A curiosidade se dá em primeiro lugar porque sempre ouvimos de que Claudia era da Suíça e quando nós a ouvimos falando húngaro ficamos nos perguntando qual é sua real origem.  Ela nasceu na Europa Ocidental, porém, de origem de família Judia e que da qual foi transferida pela região da Hungria nas proximidades da Transilvânia Romena.

Quando se iniciou a terrível Segunda Guerra Mundial, com o advento do horror do nazismo, vieram as mortes e partidas. Sua família de sangue foi morta em campos de concentração, porém, ela conseguiu regressar a Europa Ocidental, passando por Viena e imigrando para os EUA. Em 1955, Claudia Andujar chegou, enfim, nestas terras brasileiras e da qual decidiu criar raízes nela.

Durante os seus anos dourados, decidiu dedicar os seus esforços para manter vivo o povo Yanomami. Realizar o riquíssimo acervo iconográfico sobre a Etnia que habita o extremo norte do Brasil e cerrou fileiras ao lado de socialistas em luta constante pela demarcação Indígena Yanomami, reconhecida pelo governo brasileiro no ano de 1992. Depois da abertura em Húngaro, a história de luta orquestrada ao lado dos Yanomami será narrada pelos diálogos com o Xamã Davi Kopenawa, visto recentemente no premiado "A Última Floresta" (2021) e com o ativista e missionário Carlo Zacquini.

A fotografa, infelizmente, já não tem a mesma agilidade que antes colocava em prática para defender no que ela acreditava. Precisando quase sempre de uma cadeira de rodas e quando caminha com os seus próprios pés é com certa dificuldade. Porém, ela surge na tela feliz por estar na aldeia Urihi-A, território Yanomami em plena Amazônia e visto no já citado "A Última Floresta".

A presença dela novamente em meio ao verde permite que o documentário registre imagens, costumes e os valores universais do povo desta terra que, infelizmente, luta contra a invasão do homem branco, ou mais precisamente por garimpeiros, madeireiros e posseiros. Esperasse, portanto, por dias melhores quando o local voltar a ser defendido como exige constituição Brasileira, por governos verdadeiramente democráticos e não fascistas e retrógrados como esse atual.

Embora boa parte da obra se passe em território Yanomami, Mariana Lacerda escolheu uma palavra húngara, “Gyuri”, ligada à primeira parte da trama para pronuncia-lo. A palavra se refere a um menino judeu, que deu um único beijo na pré-adolescente Claudia e presenteou-a com uma foto minúscula, que ela guarda até nos dias de hoje. O retrato convive ao lado do retrato do seu pai que teve destino trágico, pois ambos faleceram nos campos de extermínio.

Ao longo das décadas ela guardou os retratos numa espécie de escapulário e afetivo. São fotos que fizeram dela uma mulher forte, uma razão para viver e praticar a sua maior virtude. Ao defender o povo Yanomami, ela não somente protegeu vidas, como também salvou um universo rico de conteúdo e que deve ser compartilhado para todo o mundo.

“Gyuri” é o retrato de força e determinação de uma única pessoa, mas que fez toda a diferença para um povo que se encontra sempre ameaçado pela ambição do homem branco. 


   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Cine Especial: Conhecendo 'Sete Noivas Para Sete Irmãos’

Sinopse: Depois que Adam, o irmão mais velho de uma família de caipiras, volta para sua fazenda com uma noiva, seus outros seis irmãos solteirões decidem ir até a cidade para arrumar noivas e acabam sequestrando seis moças para morar com eles na fazenda.   

Stanley Donen foi o responsável por dar uma revitalizada no gênero musical no cinema, já que na entrada da década de cinquenta o mesmo estava em decadência. Com "Cantando na Chuva" (1952), por exemplo, o diretor não só trazia os bons tempos do gênero, como também prestava uma bela homenagem a sétima e de sua difícil transição do mudo para o sonoro no começo dos anos trinta. "Sete Noivas para Sete Irmãos" (1954) é um filme preso a sua época, mas que nos encanta com a sua inocência e beleza.

O filme conta a história de Adam (Howard Kell), um rapaz simples, primogênito de uma família que vive no interior. Ele faz uma viagem à cidade para comprar mantimentos e acaba arranjando uma esposa, a garçonete Milly (Jane Powell). Incentivados pelo casório, os outros seis irmãos de Adam decidem viajar para a cidade em busca de pretendentes. Inspirado pelo mito do Rapto das Sabinas pelos romanos, Adam motiva seus irmãos a sequestrar as moças com quem querem se casar.

Comemorando os seus trinta anos de vida na época, os donos do estúdio MGM lançaram um filme que mantinha as suas velhas tradições e alinhado com o que havia de melhor em termos técnicos. Com um maravilhoso Technicolor e exibido em CinemaScope, o filme é fábula sobre os bons costumes, sobre o melhor caminho para se obter a felicidade conjugal e tudo moldado com belos momentos musicais e com muito humor. Logicamente o filme se torna envelhecido se o assistirmos com um olhar mais crítico que temos nos dias de hoje, mas basta imaginarmos estarmos naqueles tempos mais inocentes para então embarcamos na proposta principal da obra.

Se em um primeiro momento podemos taxa-lo como um filme machista, principalmente da forma como Adam quer obter a sua futura esposa, logo isso se esvai no momento em que o casal central se conhece. Se Howard Kell nada mais faz do que construir um homem perfeito para a o seu personagem Adam, por outro lado, Jane Powell cria para a sua personagem  Milly uma espécie de resposta para esse universo masculino de que, talvez, o mesmo não sobreviva por muito tempo sem ajuda do lado criativo de uma mulher. Quando ela chega ao lar de Adam, por exemplo, o local se encontra em frangalhos, além dos seis irmãos dele que mais parecem selvagens animalescos quando surgem pela primeira vez em cena.

Quando Milly coloca ordem no lugar, os irmãos logo vão aprendendo os bons costumes graças a sua cunhada e despertando neles o desejo de obterem também uma futura esposa. É no baile, por exemplo, que ocorre um dos grandes momentos do filme, em que os irmãos conhecem as suas futuras noivas e rendendo diversos números de dança e que somente naquela época os realizadores poderiam nos oferecer. Tudo é cronometrado nestas cenas, ao ponto que chegamos até mesmo nos esquecer que estamos diante de um filme, mas sim de um número circense.

Indicado a cinco Oscar, incluindo o de Melhor Filme, a obra acabou recebendo o prêmio de Melhor Trilha Sonora e da qual a mesma até hoje é sempre reconhecida quando se é ouvida. Revisto hoje, o filme é uma super produção para toda a família, da qual é preciso ter a mente aberta para embarcamos na brincadeira e nos deliciarmos com as suas belas cenas. "Sete Noivas Para Sete Irmãos" é uma obra pertencente somente a sua época, mas que nunca é demais revisitarmos ela.

Nota: O filme foi lançado em uma edição especial em DVD pela Classicline. O filme também pode ser visto pelo Youtube, Google Play Filme e Apple tv.

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (14/07/2022)

 ELVIS

Sinopse: Elvis de Baz Luhrmann explora a vida e a música de Elvis Presley (Butler), visto através do prisma de sua complicada relação com seu enigmático empresário, o coronel Tom Parker (Hanks). A história investiga a complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos, desde a ascensão de Presley à fama até seu estrelato sem precedentes, tendo como pano de fundo a paisagem cultural em evolução e a perda da inocência na América.


CRIMES OF THE FUTURE

Sinopse: À medida que a espécie humana se adapta a um ambiente sintético, o corpo sofre novas transformações e mutações. Acompanhado por sua parceira Caprice (Léa Seydoux), o artista performático Saul Tenser (Viggo Mortensen) mostra a metamorfose de seus órgãos. Enquanto isso, um grupo misterioso tenta usar a notoriedade de Saul para jogar luz sobre a próxima fase da evolução humana.



O Telefone Preto

Sinopse: Finney Shaw um tímido, mas perspicaz, rapaz de 13 anos, é raptado por um sádico assassino (protagonizado por Ethan Hawke, ator nomeado 4 vezes para os Óscares) que o enclausura numa cave à prova de som, onde gritar não vai resolver nada.


GAROTA INFLAMÁVEL

Sinopse: A perspicaz e mimada Julie é uma jovem com seu próprio manifesto: fazer nada. Não trabalha, não estuda, não tem amigos. Agnes é uma enfermeira casada e mãe de uma filha que se encaixa nas expectativas da sociedade sem pensar muito no tema...Até que ela conhece Julie. Juntas, elas começam uma rebelião que vai levá-las ao limite dos seus respectivos mundos.


   Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 14 A 20 DE JULHO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h30 – MEDIDA PROVISÓRIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 100min). Direção de Lázaro Ramos, com Taís Araújo, Alfred Enoch, Seu Jorge. Elo Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em um futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a migrarem para a África e retornar às suas origens. O decreto provoca uma onda de protestos que desemboca numa guerra civil, com direito à forte reação dos negros. No centro da trama está o casal formado pela médica Capitú e pelo advogado Antonio, além do seu primo, o jornalista André. Antonio e André tentam resistir no apartamento onde moram, onde refletem sobre questões sociais e raciais. O longa é uma adaptação da peça "Namíbia, Não!", que Lázaro Ramos dirigiu e protagonizou no teatro.


16h30 – O ACONTECIMENTO Assista o trailer aqui.

(L´Événement – França, 2021, 100min). Direção de Audrey Diwan, com Anamaria Vartolomei, Kacey Mottet Klein, Luàna Bajrami. Zeta Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Adaptado do romance homônimo de Annie Ernaux, o roteiro conta o drama de Anne, uma estudante promissora que engravida. O ano é 1963 e ela decide abortar, pronta para fazer qualquer coisa para se livrar do bebê e ser dona de seu próprio corpo e de seu futuro. Mas ela se envolve sozinha em uma corrida contra o tempo, desafiando a lei. Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza em 2021.


18h30 – ALINE, A VOZ DO AMOR Assista o trailer aqui.

(Aline - França, 126min, 2022). Direção de Valérie Lemercier, com Valérie Lemercier, Sylvain Marcel, Danielle Fichaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Aline nasceu em uma família pobre e acabou se transformando em uma das maiores cantoras do mundo. Livremente inspirada na vida da cantora Céline Dion, o roteiro - assinado pela própria protagonista e diretora - costura episódios da infância ao estrelato da cantora, passando pelas músicas, dificuldades pessoais, romances, família e outros momentos marcantes. Prêmio de melhor atriz para Valérie Lemercier no Prêmio César 2022.

*Não haverá sessão na terça, dia 19, devido ao lançamento do curta “Margot”.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


15h – A COLMEIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 105min, 2021). Direção de Gilson Vargas, com Andressa Matos (Mayla), Janaina Pelizzon (Bertha), João Pedro Prates (Christoffer), Martina Fröhlich. Lança Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: A trama é ambientada nos anos da Segunda Guerra Mundial, quando os imigrantes eram proibidos de falar alemão no sul do Brasil. Devido às ameaças do governo, uma atmosfera de desconfiança paira nas cidades e nos campos. Neste cenário, a família de Bertha e Werner tenta seguir sua rotina, mas os seus filhos gêmeos Mayla e Christoffer não concordam com as visões dos adultos. Christoffer prefere vagar pelas matas, enquanto Mayla luta para fugir da colônia.


17h – FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2022

TABELA COM HORÁRIOS ABAIXO.

19h – FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS 2022

TABELA COM HORÁRIOS ABAIXO.

FESTIVAL VARILUX DE CINEMA FRANCÊS


QUINTA, DIA 14

17h – ENTRE ROSAS

(La Fine Fleur – 2021, 95min). Direção de Pierre Pinaud, com Catherine Frot, Melan Omerta, Fatsah Bouyahmed. California Filmes. Livre. Comédia.

Sinopse: Eve Vernet já foi uma importante criadora de rosas. Hoje, à beira da falência, vai vender seu negócio para um poderoso concorrente. Véra, sua fiel secretária, acha que encontrou uma solução ao contratar três presidiários que tentam se reinserir na sociedade, mas que não tem nenhum conhecimento de jardinagem. Quase tudo os separa, mas eles embarcam juntos em uma aventura singular para salvar a pequena fazenda.


19h – CONTRATEMPOS

(A Plein Temps – 90min, 2022). Direção de Eric Gravel, com Laure Calamy, Anne Suarez, Geneviève Mnich. Bonfim, 14 anos. Drama.

Sinopse: Julie luta sozinha para criar seus dois filhos no subúrbio e manter seu emprego em Paris. Quando ela finalmente consegue uma entrevista para um cargo que corresponde às suas expectativas, uma greve geral paralisa todo o transporte. Ela embarca, então, em uma corrida frenética para salvar seu emprego e sua família. Vencedor dos prêmios de melhor direção e atriz no Festival de Veneza.


SEXTA, DIA 15

17h – O MUNDO DE ONTEM

(Le Monde d´Hier – 90min, 2022) Direção de Diastème, com Léa Drucker, Denis Podalydès, Alban Lenoir. Bonfim, 14 anos. Drama.

Sinopse: Três dias antes do primeiro turno das eleições presidenciais, a presidente da República, Elisabeth de Raincy, fica sabendo que um escândalo do exterior pode atrapalhar seu sucessor e garantir a vitória ao candidato de extrema-direita. Agora, eles têm apenas três dias para mudar o curso da história.


19h – ESPERANDO BOJANGLES

(En Attendant Bojangles – 2022, 125min). Direção de Régis Roinsard, com Romain Duris, Virginie Efira, Grégory Gadebois. California Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: O romance do casal Camille e Georges é embalado pela sua música favorita, “Mr. Bojangles”. Na casa deles, o cotidiano gira em torno de diversão, fantasia e amigos. Até que um dia, Camille embarca em uma viagem perigosa pela própria mente - e Georges e o filho do casal, Gary, precisam mantê-la segura. O roteiro é baseado no best-seller de mesmo nome do escritor Olivier Bourdeaut, que vendeu mais de 700 mil exemplares na França.


SÁBADO, DIA 16

17h – CONTRATEMPOS

(A Plein Temps – 90min, 2022). Direção de Eric Gravel, com Laure Calamy, Anne Suarez, Geneviève Mnich. Bonfim, 14 anos. Drama.

Sinopse: Julie luta sozinha para criar seus dois filhos no subúrbio e manter seu emprego em Paris. Quando ela finalmente consegue uma entrevista para um cargo que corresponde às suas expectativas, uma greve geral paralisa todo o transporte. Ela embarca, então, em uma corrida frenética para salvar seu emprego e sua família. Vencedor dos prêmios de melhor direção e atriz no Festival de Veneza.


19h – O PRÓXIMO PASSO

(En Corps – 2022, 120min). Direção de Cédric Klapisch, com Marion Barbeau, Hofesh Shechter, Denis Podalydès. Bonfilm, 12 anos. Drama.

Sinopse: Elise, uma jovem e promissora bailarina clássica, se machuca em uma apresentação após flagrar a traição do namorado. Apesar dos especialistas dizerem que ela não conseguirá mais dançar, Elise vai lutar para se recuperar, buscando novos rumos no mundo da dança contemporânea.


DOMINGO, DIA 17

17h – UM PEQUENO GRANDE PLANO

(La Croisade – 2021, 70min). Direção de Louis Garrel, com Lionel Dray, Laetitia Casta, Joseph Engel. Synapse Filmes. Livre. Comédia.

Sinopse: Abel e Marianne descobrem que seu filho de 13 anos, Joseph, está vendendo alguns objetos valiosos para financiar um projeto ecológico na África. Eles rapidamente entendem que Joseph não é o único e que existem centenas de crianças ao redor do mundo em uma missão para salvar o planeta.


19h – O DESTINO DE HAFFMANN

(Adieu, Monsieur Haffmann – 120min, 2022). Direção de Fred Cavayé, com Daniel Auteuil, Gilles Lellouche, Sara Giraudeau. Synapse, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Paris, 1941. François Mercier é um homem comum que sonha em começar uma família com a mulher que ama e conta com a ajuda do seu patrão, o talentoso joalheiro Haffmann. Diante da ocupação alemã, os dois homens terão que fechar um acordo cujas consequências perturbarão seus destinos.


TERÇA, DIA 19

17h – SENTINELA DO SUL

(Sentinelle Sud – 2021, 100min). Direção de Mathieu Gérault, com Niels Schneider, Sofian Khammes, India Hair. Bonfilm, 14 anos. Drama.

Sinopse: Após uma operação clandestina que dizimou sua unidade, o soldado Christian Lafayette está de volta à França. Enquanto tenta retomar uma vida normal, ele se envolve com o tráfico de ópio para salvar seus dois irmãos de armas sobreviventes.


19h – O PRÓXIMO PASSO

(En Corps – 2022, 120min). Direção de Cédric Klapisch, com Marion Barbeau, Hofesh Shechter, Denis Podalydès. Bonfilm, 12 anos. Drama.

Sinopse: Elise, uma jovem e promissora bailarina clássica, se machuca em uma apresentação após flagrar a traição do namorado. Apesar dos especialistas dizerem que ela não conseguirá mais dançar, Elise vai lutar para se recuperar, buscando novos rumos no mundo da dança contemporânea.


QUARTA, DIA 20

17h - PETER VON KANT

(Peter von Kant – França, 2022, 95min. Direção de François Ozon, com Denis Ménochet, Isabelle Adjani, Khalil Ben Gharbia. Bonfilm, 16 anos, Comédia dramática.

Sinopse: Livre adaptação da peça “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant”, do dramaturgo alemão Rainer Fassbinder, o filme substitui a protagonista por um homem igualmente manipulador: o cineasta Peter von Kant. Seu prazer na vida é humilhar os que o cercam, incluindo aí o jovem assistente Karl e Sidonie, uma grande atriz que foi sua musa por muitos anos. Tudo muda quando ele conhece Amir, um belo jovem que quer entrar para a indústria cinematográfica.


19h – O SEGREDO DE MADELEINE COLLINS

(Madeleine Collins – 2021, 100min). Direção de Antoine Barraud, com Virginie Efira, Quim Gutiérrez, Bruno Salomone. Synapse Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Judith leva uma vida dupla entre a Suíça e a França, com dois amantes e filhos diferentes. Em Genebra ela vive com Abdel, com quem cria uma menina; em Paris está Melvil, com quem ela tem dois meninos mais velhos. Pouco a pouco, esse frágil equilíbrio de mentiras, segredos e idas e vindas começa a se despedaçar.


SALA 3 / NORBERTO LUBISCO


18h10 – LOLA E SEUS IRMÃOS Assista o trailer aqui.

(Lola et ses Frères- França, 2020, 105min). Direção de Jean-Paul Rouve, com Ludivine Sagnier, José Garcia, Jean-Paul Rove e Ramzy Bedia. Pandora Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Lola, advogada de divórcios, tem dois irmãos: Benoit, dono de uma ótica, e Pierre, que trabalha na demolição de prédios. Apesar de serem muito diferentes, eles são inseparáveis e têm no túmulo de seus pais falecidos um ponto de encontro. No cemitério, eles compartilham os altos e baixos de suas respectivas vidas, principalmente questões afetivas.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Acontecimento'

Sinopse: França, 1963. Anne é uma aluna jovem e brilhante com um futuro promissor pela frente. Mas quando engravida, vê desaparecer a oportunidade de terminar os estudos e escapar aos constrangimentos das suas origens sociais. 

Eu sou contra o aborto, pois a prática acaba silenciando uma futura vida que estava a caminho. Porém, eu sou a favor de que aja uma lei que legalize o processo, pois enquanto não haver isso sempre haverá inúmeras jovens que buscam a alternativa clandestina e da qual pode resultar na perda de suas próprias vidas.  No Brasil, em pleno século 21, abortar por livre vontade da Mulher é ainda considerado crime.

As vítimas, em geral, são mulheres negras, menores de 14 anos, moradoras da periferia e de regiões brasileiras menos desenvolvidas economicamente. De 2009 a 2018, o SUS (Sistema de Saúde Pública Brasileiro) registou oficialmente 721 mortes de mulheres por aborto, fora àquelas que o Sistema não teve acesso. Só em 2020, de janeiro a junho, o Brasil registou 642 internamentos por aborto de meninas dos 10 aos 14 anos. Em Portugal, desde 2007 o aborto seguro é permitido e gratuito até a décima semana de gravidez no sistema nacional de saúde pública (SNS).

É um assunto delicado, do qual os que pregam a religião, ou participam da ala conservadora política, gritam aos quatro ventos o quanto isso é abominável, porém, quando alguém próximo a eles se encontra nesta situação dão as costas ou se fazem de desentendido. No recente "Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre" (2020) vemos a cruzada de uma jovem em busca da interrupção de sua gravidez, mas dando de encontro com as adversidades, preconceito e a complexidade da situação. O francês "O Acontecimento" (2021) vai mais a fundo sobre o assunto, principalmente ao retratar a angustia de uma jovem estudante em plena década de sessenta e sendo uma época em que o assunto era um tabu que dificilmente era quebrado.

Dirigido por Audrey Diwan, o filme é uma adaptação do romance de Annie Ernaux, e se passa numa França de 1963, ainda quando o aborto era ilegal no país. Anne é uma estudante com um futuro promissor, e quando descobre que está grávida, ela imediatamente insiste na interrupção, mas seu médico avisa sobre as leis implacáveis contra procurar ou ajudar abortos, e suas tentativas de chegar a seus amigos mais próximos são rejeitadas. À medida que as semanas passam, sem apoio ou acesso, uma Anne cada vez mais desesperada persiste inabalavelmente em buscar qualquer meio possível de interromper a gravidez na esperança de recuperar seu futuro.

Em boa parte do filme Audrey Diwan procura enquadrar a sua protagonista a todo momento, já que somos os seus acompanhantes com relação essa terrível cruzada e sua câmera acaba sendo uma representação do nosso olhar perante a essa angustia. Enquanto acompanhamos cada expressão do seu rosto do qual sintetiza o seu conflito interno, a cineasta procura focalizar também as pessoas ao fundo em sua normalidade, mas mal sabendo da dificuldade que está passando a protagonista naquele momento. Quando, enfim, alguns personagens descobrem sobre o que acontece a maioria recua, seja as amigas próximas ou os homens que fogem sobre o assunto a todo custo.

Se em um primeiro momento podemos julgar as ações da jovem, logo esse sentimento vai tudo por terra quando descobrimos a realidade opressora de um tempo mais conservador, do qual se diz democrático, mas para a mulher daqueles tempos quase parecia totalitário. Anamaria Vartolomei dá um verdadeiro show de interpretação ao dar vida a sua personagem Anne, já que somente com o seu olhar ela consegue passar toda a sua confusão mental que sente nas semanas em que ela busca uma solução, pois ela está disposta a não largar os seus estudos para construir o seu futuro, nem que para isso ponha em risco a sua própria vida. Neste último caso, o segundo e terceiro ato se tornam angustiantes, quase como um filme de suspense, pois ela pode ser pega pelo ato que naqueles tempos ainda era proibido, ou acabar correndo o risco de morrer em um hospital clandestino.

O título do filme se refere ao individualismo do ser humano, já que cada acontecimento em sua vida é algo particular, do qual o mesmo terá que enfrentar e compreender que na vida toda ação tem as suas consequências. O que acontece com a protagonista não cabe ninguém a julgar, mas sim protestar contra uma sociedade que não soube e que até hoje não sabe administrar um assunto do qual muitas jovens sofrem e até mesmo morrem quando poderiam ter sido ajudadas neste doloroso dilema. Ou a mulher obtém o total direito de seguir o seu próprio caminho ou continuaremos sempre neste ostracismo.

"O Acontecimento" é um verdadeiro soco no estômago, mas do qual precisa ser sentido, discutido, ou muitas jovens pelo mundo continuarão morrendo. 


  Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.