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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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domingo, 6 de março de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate: 'A Filha Perdida'

 

É muito mais fácil julgar as pessoas do que compreender elas, principalmente quando o assunto é a questão das mulheres e que na maioria das vezes são sempre julgadas antes mesmo de serem ouvidas. Porém, isso não significa que elas sejam obrigadas a ter que se explicar pelos seus atos, pois cabe elas próprias se julgarem e verem se realmente erraram, seja no seu presente ou em um passado distante. "Filha Perdida" (2021) fala sobre as escolhas e consequências dentro do universo feminino do qual, por vezes, é solitário e que em alguns casos elas gritam por socorro.

Dirigido pela atriz e agora diretora Maggie Gyllenhaal, além de ser baseado no livro da escritora Elena Ferrante, "A Filha Perdida" fala sobre Leda (Olivia Colman) é uma mulher de meia-idade divorciada, devotada para sua área acadêmica como uma professora de inglês e para suas filhas. Quando ambas as filhas decidem ir para o Canadá e ficarem com seu pai nas férias, Leda já antecipa sua rotina sozinha. Porém, apesar de se sentir envergonhada pela sensação de solitude, ela começa a se sentir mais leve e solta e decide, portanto, ir para uma cidade costeira na Itália. Porém, ao passar dos dias, Leda encontra uma família que por sua mera existência a faz lembrar de períodos difíceis e sacrifícios que teve de tomar como mãe. Uma história comovente de uma mulher que precisa se recuperar e confrontar o seu passado.

Confira a minha crítica completa clicando aqui e participe do Cine Debate na próxima terça. 


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sexta-feira, 4 de março de 2022

Cine Especial: 'O Poderoso Chefão - 50 Anos Depois'


 "Eu Acredito Na América" 

Essa frase abre o prólogo do filme que hoje é considerado um clássico, "O Poderoso Chefão" (1972). Na abertura, vemos o depoimento Amerigo Bonasera (Salvatore Corsitto), imigrante italiano e que se mudou para os EUA por acreditar no sonho americano. Em território estrangeiro ele se torna dono de uma funerária bem sucedida, mas que vê o sonho em que acreditava virar poeira ao ver sua filha ser estuprada por um bando de delinquentes e cuja a justiça da qual o mesmo acreditava não fez nada.  

Dirigido por Francis Ford Coppola, a cena se torna ainda mais emblemática pela forma em que nos é apresentada. A primeira visão que temos é de Bonasera contando a sua história, enquanto a câmera do cineasta vai se distanciando e apresentado aos poucos o cenário em que o mesmo se encontra. Ao final do seu depoimento só então que finalmente conhecemos Vitor Corleone e do qual é magistralmente interpretado por Marlon Brando.  

Tanto as palavras de Bonasera como a resposta que Vitor faz a ele nesta abertura sintetiza a proposta que Coppola quer nos passar através do seu filme, assim como também a ideia principal de Mario Puzo, realizador do livro que deu origem ao projeto e sendo também mentor do roteiro. Ambos falam do sonho americano, do qual o país vende que é a terra da prosperidade e que está aberta para todos os povos do globo. Um país construído com uma grande parcela de imigrantes, mas cujo os mesmos lutam para sobreviverem e na espera de falsas promessas.    

Ao chegar à terra prometida se percebe que é preciso, ou seguir as regras do jogo, ou então criar o seu próprio para conseguir determinado status. Alinhado com "O Poderoso Chefão - Parte 2" (1974) Coppola cria um épico sobre uma parte da história norte americana, iniciada na cidade Corleone da Itália e encerrada em um momento da história em que do sonho somente restou vagas lembranças douradas de um tempo cheio de promessas. Mais do que um filme sobre gangster a obra fala sobre amadurecimento e numa nova forma de se enxergar o mundo e isso é muito bem representado pela presença de Michael Corleone e do qual foi interpretado pelo até então desconhecido Al Pacino.  

Ao acreditar no sonho americano, Michael se alistou para o combate na 2ª Guerra Mundial e posteriormente retornou para sua família ainda acreditando que pode construir uma vida através das promessas vindas da terra prometida. Porém, ao ver o seu pai sofrendo um atentado de uma gangue rival começa então a jornada de Michael para uma nova realidade, da qual lutará pelo bem estar de sua família, mas pagando um alto preço ao longo dessa jornada. Al Pacino se entrega de corpo e alma no melhor papel de sua carreira e cuja a sua cena do restaurante do qual ele toma uma decisão que mudará sua vida para sempre está entre os melhores momentos da história do cinema.  

Embora tenha tido atritos com os produtores na época, principalmente por insistir na escolha do seu elenco, Francis Ford Coppola aproveitou a ocasião para falar um pouco sobre suas raízes. Com a participação de sua família dentro do projeto, o cineasta criou um longa em que retrata os costumes de uma família italiana, mesmo quando a mesma se vê envolvida no universo da máfia. Vale destacar que o filme marca a estreia de sua irmã Talia Shire como atriz, da qual a mesma faz a filha de Vitor Corleone e que posteriormente se tornaria ainda mais conhecida ao interpretar Adrian no filme "Rocky" (1976). 


"O Sonho Acabou" 

"O Poderoso Chefão" veio em um momento que Hollywood perdia a sua inocência, principalmente em uma época que a contracultura estava a todo o vapor e o mundo real não poderia mais ficar no lado de fora da sala escura. Com advento da "Nova Hollywood" surgiram filmes que carregavam o peso dos tempos de um país que se encontrava pra baixo devido a Guerra do Vietnã, o escândalo Watergate e uma crise financeira que não se via desde a quebra da bolsa de 1929. Porém, a semente para essa virada de mesa está mais precisamente em 22 de novembro de 1963.  

O Presidente norte-americano John Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas ao ser atingido por disparos que simplesmente abriram o seu crânio. A cena vista posteriormente em imagens de arquivos fizeram com que, finalmente, a sociedade norte americana saísse de sua bolha ilusória sobre um mundo perfeito. Por conta disso, aos poucos, o cinema norte americano se via em um beco sem saída, pois a violência antes sem sangue de um simples faroeste não poderia mais ser reconhecida aos olhos de um público que já havia testemunhado o lado cru do mundo. 

Em 1967, o diretor Arthur Penn lança o filme que se tornaria a porta de entrada da nova "Nova Hollywood". "Bonnie e Clyde" não somente retratou os dias de aventura do mais famoso casal de roubo de bancos dos anos trinta, como também um retrato da transição da inocência norte americana para um cenário em que um passo em falso poderia gerar um sério risco. A cena do assassinato do casal central nos minutos finais do filme é emblemática, pois simboliza o que o norte americano testemunhou ao olho nu em 22 de novembro de 1963.  

A cena final de "Bonnie e Clyde" serviria de inspiração para que Francis Ford Coppola construísse a cena que também entraria para a história do cinema. A morte de Sonny Corleone (James Caan), do qual o mesmo foi metralhado por diversas balas, simboliza a morte da inocência de alguns personagens da trama como no caso de Michael Corleone. Porém, ao saber da morte do filho, Vito Corleone age com certa frieza, pois já sabe como se joga em uma realidade cheia de máscaras.   


"O Começo do Fim" 

Olhando para trás se percebe que a trilogia mafiosa de Francis Ford Copolla fala mais sobre   ascensão e a queda de Michael Corleone, que antes acreditava no sonho americano para logo depois entender que é preciso ser duro se quiser continuar vivo. Com a morte do seu pai, Michael decide eliminar todos aqueles que ele considera uma grande ameaça, em uma cena emblemática e que se distancia da sua imagem inocente e cheio de vida no início da trama. Ao se tornar poderoso, Michael ao mesmo tempo perde o que é mais precioso que é a sua família e isso é muito bem representado nas cenas finais das duas partes da trilogia.  

Na primeira, vemos Michael mentido para a sua esposa Kay (Diane Keaton) sobre os assassinatos, para logo depois se fechar em sua sala e sendo cortejado pelos seus principais aliados. No final do segundo filme, após ter mandado matar o seu próprio irmão Fredo (John Cazale), Michael relembra tempos mais dourados, reunido com os seus irmãos em uma sala de jantar para aguardar a chegada do seu pai, mas ao mesmo tempo anunciando que está partindo para a 2ª Guerra Mundial. Inconformados, cada um sai da sala aos poucos e deixando Michael para atrás, enquanto os demais festejam a chegada do pai.  

A cena marcaria a volta de Marlon Brando como Vitor, mas que devido atritos da época acabou não comparecendo para as filmagens. Porém, a cena se torna ainda mais impactante, pois mesmo ausente sentimentos a presença do personagem, da qual surge pelas lembranças de Michael, de uma época em que a sua inocência ainda estava intacta assim como também a sua família. Para Coppola, esse seria o final definitivo dessa saga mafiosa, sendo que "O Poderoso Chefão - Parte III" (1990) nada mais foi do que um filme exigido pelo estúdio, muito embora feche a trilogia com certa dignidade e respeito.  

A obra prima "O Poderoso Chefão" é sobre a perda da inocência, em que as falsas promessas vindas de uma nação são facilmente descartadas a partir do momento em que o indivíduo descobre sobre a melhor e a pior maneira de sobreviver neste mundo.  


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Cine Dica: Próximo Clube de Cinema de Porto Alegre: 'Delicioso: Da Cozinha para o Mundo'

Evento para associados

Local: Sala Eduardo Hirtz, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 05/03/2022, sábado, às 10:15 da manhã

"Delicioso: Da Cozinha para o Mundo" (Délicieux)

França, 2021, 112 min, 14 anos.

Direção: Eric Besnard

Elenco: Grégory Gadebois, Isabelle Carré, Benjamin Lavernhe

Sinopse: Um dos longas preferidos do público no Festival Varilux de Cinema Francês, o filme trata dos primórdios da conceituada culinária francesa e da criação do primeiro restaurante do país. Tudo se passa ainda antes da Revolução Francesa, quando o cozinheiro Pierre Manceron comete algumas “ousadias” culinárias e é demitido da casa do seu empregador, o duque de Chamfort. Mas logo ele conhece Louise, uma mulher que quer aprender a cozinhar e o incentiva a buscar novos sabores e novas receitas – nesta pequena revolução pessoal, Manceron vai conquistar novos admiradores e alguns inimigos.


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quinta-feira, 3 de março de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (03/03/2022)

 BATMAN

Sinopse: Nos dois anos em que protegeu as ruas como Batman (Robert Pattinson), provocando medo no coração dos criminosos, Bruce Wayne mergulhou nas sombras de Gotham City. Quando um assassino mira a elite de Gotham com uma série de maquinações sádicas, um rastro de pistas enigmáticas leva Batman, o Maior Detetive do Mundo, a investigar o submundo da cidade, onde encontra personagens como Selina Kyle, a Mulher-Gato (Zoë Kravitz), Oswald Cobblepot, conhecido como Pinguim (Colin Farrell), Carmine Falcone (John Turturro) e Edward Nashton, também conhecido como Charada (Paul Dano).



PEQUENA MAMÃE

Sinopse: Em PEQUENA MAMÃE, Nelly (Joséphine Sanz), de 8 anos, acaba de perder sua amada avó e está ajudando seus pais a limpar a casa de infância de sua mãe. Ela explora o local e o bosque onde sua mãe, Marion, costumava brincar e construiu uma casa na árvore sobre a qual ela ouviu muitas histórias. Um dia, Marion some de repente e, caminhando pelo bosque, Nelly conhece uma garota de sua idade construindo uma cabana. Surpreendentemente, o nome da criança é Marion.


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 03 A 09 DE MARÇO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim


Elza Soares 


 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h45 – NÓS DUAS Assista o trailer aqui.

(Deux – França/Bélgica, 2019, 100min. Direção de Filippo Meneghetti, com Barbara Sukowa, Martine Chevallier. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Nina e Madeleine, duas mulheres aposentadas, têm um relacionamento amoroso e secreto há anos. Para a família, elas são apenas vizinhas e grandes amigas - até que surge a possibilidade de elas viverem seu romance em outra cidade. Mas uma doença inesperada vai abalar os planos de ambas e fazer com que os filhos tentem controlar a situação.


16h45 - A FELICIDADE DAS PEQUENAS COISAS Assista o trailer aqui.

(Lunana: A Yak in the Classroom - Butão/China, 2019, 110min). Direção de Pawo Choyning Dorji, com Sherab Dorji, Kelden Lhamo Gurung. Pandora Filmes, 12 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Cansado da vida em seu pequeno país, um jovem professor butanês resolve tentar a sorte como cantor na Austrália. Mas ele precisa cumprir um último ano de trabalho e é enviado a uma escola distante, em uma aldeia glacial chamada Lunana. Sem conforto algum, o professor começa a ensinar as crianças da aldeia e, aos poucos, descobre os encantos do lugar. O longa é um dos 15 títulos pré-indicados ao Oscar de filme internacional.


 SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 - MARIGHELLA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 155min). Direção de Wagner Moura, com Seu Jorge, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso. Paris Filmes, 16 anos. Drama/Ação.

Sinopse: A cinebiografia recupera a trajetória do ex-deputado e guerrilheiro Carlos Marighella (1911 – 1969), que comandou um grupo de jovens na luta contra a ditadura que governava o Brasil. Ele foi um dos fundadores da Ação Libertadora Nacional, que pregava a revolução armada, e chegou a ser considerado o inimigo número 1 do Brasil. Sua morte aconteceu em uma emboscada em São Paulo, por agentes do DOPS. O filme é uma adaptação do livro "Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo", de Mário Magalhães.


17h15 – ADEUS, IDIOTAS Assista o trailer aqui.

(Adieu les Cons - França, 2021, 90min). Direção de Albert Dupontel, com Virginie Efira, Albert Dupontel, Nicolas Marié. Mares Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de descobrir que está com uma doença grave, Suze resolve ir em busca do filho que abandonou quando ainda era adolescente. Nesta empreitada, ela conta com a ajuda de um homem depressivo e um cego cheio de entusiasmo pela vida. Exibido no Festival Varilux, o filme foi o grande vencedor do César, o Oscar do cinema francês, ganhando os prêmios de melhor filme, roteiro original, fotografia, direção de arte, direção e ator coadjuvante.


19h - DELICIOSO: DA COZINHA PARA O MUNDO Assista o trailer aqui.

NÃO HAVERÁ SESSÃO NOS DIAS 6(DOMINGO) E 8 (TERÇA).

(Délicieux - França, 2021, 115min). Direção de Eric Besnard, com Grégory Gadebois, Isabelle Carré, Benjamin Lavernhe. PlayArte Filmes, 14 anos. Comédia histórica.

Sinopse: Um dos longas preferidos do público no Festival Varilux de Cinema Francês, o filme trata dos primórdios da conceituada culinária francesa e da criação do primeiro restaurante do país. Tudo se passa ainda antes da Revolução Francesa, quando o cozinheiro Pierre Manceron comete algumas “ousadias” culinárias e é demitido da casa do seu empregador, o duque de Chamfort. Mas logo ele conhece Louise, uma mulher que quer aprender a cozinhar e o incentiva a buscar novos sabores e novas receitas – nesta pequena revolução pessoal, Manceron vai conquistar novos admiradores e alguns inimigos.


SESSÕES ESPECIAIS DA SALA EDUARDO HIRTZ


ELZA TEM PODER

Programação especial pelo Dia Internacional da Mulher, com a exibição de dois filmes em homenagem à cantora Elza Soares (1930 – 2022).


ENTRADA FRANCA

DOMINGO, DIA 6 DE MARÇO ÀS 19h


MY NAME IS NOW, ELZA SOARES

(Brasil, 70min, 2014). Documentário de Elizabete Martins Campos.

Sinopse: A cantora, reconhecida no mundo inteiro como uma das grandes artistas brasileiras, relembra os principais momentos da sua trajetória em depoimentos marcados por emoção, garra e muita sinceridade. O filme também traz os clássicos da sua carreira.


Sessão com bate-papo com a diretora Elizabete Martins Campos.


TERÇA, DIA 8 DE MARÇO ÀS 19h


ELZA CANTA E CHORA LUPI

(Brasil, 100min, 2014). Espetáculo dirigido por René Goya Filho.

Sinopse: Concebido pela própria Elza Soares e por Glauber Amaral, o show foi gravado no Theatro São Pedro no final de 2014 para comemorar o centenário de Lupicínio Rodrigues. O compositor gaúcho foi amigo e um dos principais autores da carreira da cantora.


Sessão com bate-papo com Carla Joner, diretora artística do espetáculo.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.


*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 2 de março de 2022

Cine Dica: Streaming: 'Amor, Sublime Amor'

Sinopse: Amor à primeira vista acontece quando o jovem Tony vê Maria em um baile do ensino médio em 1957, na cidade de Nova York. Seu romance florescente ajuda a alimentar o fogo entre duas gangues rivais que disputam o controle das ruas: os Jets e os Sharks.  

Falar sobre o clássico "Amor, Sublime Amor" (1961) é meio complicado para mim, já que eu assisti somente uma ou duas vezes na vida e somente me lembro das melhores partes que entraram para a história do cinema.  Portanto, fiquei curioso ao saber que Steven Spielberg dirigiria uma nova versão do clássico, já que esse seu desejo por rodar um musical já vem de muito tempo. Ao compara-lo com as minhas lembranças, "Amor, Sublime Amor" (2021) de Spielberg respeita o clássico original, mas não esquecendo dos tempos atuais e fazendo a gente se dar conta que o discurso contra o ódio continua e que precisa ser sempre revitalizado mais do que nunca.

Adaptado de um musical da Broadway, "Amor, Sublime Amor" conta uma história de amor e rivalidade juvenil que se passa na Nova Iorque de 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes e/ou porto-riquenhos, são rivais que tentam controlar o bairro de Upper West Side. Maria (Rachel Zegler) acaba de chegar à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), algo ao qual ela não está muito animada. Quando em uma festa a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisará enfrentar um grande problema, pois ambos fazem parte de gangues rivais; Maria dos Sharks e Tony dos Jets. Nesta história inspirada por Romeu e Julieta, os dois pombinhos precisarão enfrentar a tudo e todos se quiserem celebrar este romance proibido.

O clássico de 1961 se tornou pioneiro ao criar um grande musical através de ambientes reais, já que a parte em que a trama foi rodada em um bairro de Nova York estava condenada, para que a elite da época pudesse construir os seus grandes arranha céus, e os realizadores aproveitaram a ocasião para rodar o longa. Como o local já não mais existe nos dias de hoje Steven Spielberg faz uma reconstituição de época precisa, surpreendendo na abertura e sendo ela tão impactante quanto sua fonte original. Como não poderia deixar de ser, a trama é embalada com inúmeros momentos musicais, onde a dança e os movimentos de luta dos personagens se misturam e transformando tudo em um verdadeiro grande balé como um todo.

Com uma edição de arte e fotografia que se casam perfeitamente, cuja as cores quentes sintetizam tempos mais dourados de tempos esquecidos, Steven Spielberg mantém ainda intacto a questão do preconceito racial que tanto foi debatido no clássico. A diferença que aqui o cineasta corrige um erro do original que hoje seria impossível de ser repetido, ao escolher atores realmente latinos para interpretar os  Sharks, enquanto na versão original eram atores de outras nacionalidades e com os rostos pintados. Um erro que está encravado no passado, do qual não pode mais ser mudado, mas que não significa que deva ser repetido.

“Amor, Sublime Amor" é aquele tipo de filme que a parte técnica e autoral do realizador se destaca mais do que seu próprio elenco, mesmo quando os mesmos tentam se destacar com grande esforço. O casal central, por exemplo, interpretados pelos atores Ansel Elgort e Rachel Zegler, até que se saem bem em seus respectivos trabalhos e chegando até mesmo serem mais convincentes que os interpretes da obra original. Aliás, vale destacar a presença da atriz Rita Moreno nesta nova versão, sendo que em 1961 ela havia interpretado a personagem Anita e aqui ela interpreta uma nova personagem e que terá também papel crucial na trama.

Falando em Anita, a personagem dessa vez é interpretada com unhas e dentes pela atriz até então desconhecida Ariana Debose, mas que dá um show de atuação toda vez que surge em cena. Diferente da protagonista Maria, sua personagem transita entre os sonhos quase nunca alcançados com a lógica com relação ao mundo real em que ela está vivendo e passando para nós alguém cheia de vida e com uma personalidade forte e que nos contagia. Suas cenas com um belíssimo vestido amarelo acabaram por se tornar um dos símbolos dessa nova versão como um todo.

Claro que por ser uma obra inspirada no clássico "Romeu e Julieta" de William Shakespeare o público já tem uma noção de como a trama termina. Porém, até lá o filme vai nos encantando, mas ao mesmo tempo fazendo com que a gente reflita sobre as mesmas questões que perduram desde que o filme original havia sido lançado. Ou abaixemos as armas e evitemos o preconceito, ou mesmo irá nos matar aos poucos e tudo que sobrará de nós é uma vaga lembranças em meio ao entulho que será aos poucos varridos.

"Amor, Sublime Amor" é uma declaração de amor ao clássico do passado, mas que fala de questões que até hoje precisam ser debatidas e que jamais devem ser esquecidas. 

Onde Assistir: Disney+

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terça-feira, 1 de março de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 3 a 9 de março de 2022

Na primeira semana de março, a Cinemateca Capitólio apresenta um ciclo dedicado ao diretor francês Robert Bresson, a estreia de A Nuvem Rosa, de Iuli Gerbase, a primeira edição do ano do Projeto Raros e duas sessões especiais comentadas.


CICLO APRESENTA QUATRO OBRAS-PRIMAS DE ROBERT BRESSON

Entre 3 e 16 de março, a Cinemateca Capitólio apresenta o ciclo 4x Bresson, com quatro obras realizadas pelo renomado diretor francês ao longo de quatro décadas. Com exibições em DCP e em 35mm, a mostra é uma parceria da Capitólio com a Cinemateca da Embaixada da França e o Institut Français. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/4891/4x-bresson/


DOCUMENTÁRIO INSÓLITO SOBRE A SEGUNDA GUERRA É ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 4 de março, às 19h30, a Cinemateca Capitólio apresenta a primeira edição do Projeto Raros de 2022 com o filme Alucinados do Som e da Guerra (All This And The World War II, 1976), da diretora Susan Winslow, um casamento insólito entre música e cinema que consegue alcançar, simultaneamente, o absurdo, o grotesco e o sublime. Entrada franca. Exibição em HD com legendas em espanhol.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4903/projeto-raros-alucinados-do-som-e-da-guerra/


A NUVEM ROSA EM CARTAZ


A partir de quinta-feira, 3 de março, a Cinemateca Capitólio promove a exibição de A Nuvem Rosa, primeiro longa-metragem de Iuli Gerbase. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4893/a-nuvem-rosa/


SESSÕES ESPECIAIS COMENTADAS

No domingo, 6 de março, às 18h, a Cinemateca Capitólio apresenta a sessão Filmes de Gabi Wondra. A diretora porto-alegrense radicada na Alemanha participa de um debate após a sessão. Na quarta-feira, 9 de março, às 19h, acontece a exibição do curta documentário Mirabal, um foco de resistência, de Everaldo Oliveira. Após a sessão, ocorre um debate em torno da importância das casas de referências para o combate à violência contra as mulheres, com as participações da Coordenadora Nacional do Movimento de Mulheres Olga Benário, Nana Sanches, da escritora Claudia Tajes, e do diretor do filme e apoiador da Casa Mirabal. Mediação de Natanielle Almada. As duas sessões têm entrada franca.

Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/4906/filmes-de-gabi-wondra/ e http://www.capitolio.org.br/eventos/4908/mirabal-um-foco-de-resistencia-debate/


GRADE DE HORÁRIOS

2 a 9 de março de 2022


2 de março (quarta)

15h – Essa Pequena é uma Parada

17h – Cleópatra


3 de março (quinta)

15h – O Batedor de Carteiras

17h – A Grande Testemunha

19h – A Nuvem Rosa


4 de março (sexta)

15h – O Dinheiro

17h – A Nuvem Rosa

19h30 – Projeto Raros: Alucinados do Som e da Guerra


5 de março (sábado)

15h – A Grande Testemunha

17h – Lancelot do Lago

19h – A Nuvem Rosa


6 de março (domingo)

15h – O Batedor de Carteiras

16h30 – O Dinheiro

18h – Filmes de Gabi Wondra + debate


8 de março (terça)

15h – Lancelot do Lago

17h – A Grande Testemunha

19h – A Nuvem Rosa


9 de março (quarta)

15h – O Dinheiro

17h – A Nuvem Rosa

19h – Mirabal, um foco de resistência + debate