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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Luto: Jean-Paul Belmondo (1933 - 2021)

Morreu na última segunda-feira (06/09) o ator Jean-Paul Belmondo, aos 88 anos. Astro do cinema francês e um dos maiores representantes da Nouvelle Vague, Bébel, como era conhecido entre amigos e fãs, infelizmente teve seu falecimento anunciado por seu advogado, Michel Godest. "Ele estava cansado há algum tempo. Morreu em paz", disse o profissional à AFP. A causa da morte não foi divulgada.
Belmondo tinha apenas 26 anos quando participou do filme que mudaria a sua vida e o próprio cinema francês: Acossado, dirigido pelo também iniciante Jean-Luc Godard. No filme, ele interpreta Michel Poiccard, um ladrão que, após roubar um carro em Marselha, foge para Paris e acaba matando um policial no caminho. Na capital, ele se relaciona com Patricia Franchini (Jean Seberg), uma jovem americana que passa a escondê-lo em seu apartamento.
Godard, que na época era crítico da revista Cahiers du Cinéma, filmou Belmondo sem um roteiro definido, com baixo orçamento e carregando sua câmera pelas ruas de Paris. Com uma atuação improvisada, Bébel construiu um dos anti-heróis mais famosos da história da sétima arte – e foi o grande responsável pelo sucesso da obra, que se tornou uma das pioneiras da Nouvelle Vague.

Filmografia: 
2016 Viagem Através do Cinema Francês
2009 De um Filme ao Outro
2008 Un Homme et Son Chien
1999 Além do Meu Futuro
1995 As Cento e Uma Noites
1974 Stavisky ou o Império de Alexandre
1972 Armadilha para um Lobo
1971 Os Ladrões
1969 A Sereia do Mississipi
1967 Cassino Royale
1967 O Ladrão Aventureiro
1966 Paris Está em Chamas?
1965 O Demônio das Onze Horas
1964 Gloriosa Retirada
1964 O Homem do Rio
1964 Ouro, Brilhantes e Morte
1963 Dragées au poivre
1963 Peau de banane
1963 Um Homem de Confiança
1962 Técnica de um Delator
1961 Léon Morin - O Padre
1961 Uma Mulher é uma Mulher
1960 Acossado
1960 Como Fera Encurralada
1960 Duas Almas em Suplício
1960 Michele Di Libero
1959 Quem Matou Leda?
1957 Basta Ser Bonita


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Cine Dica: Repensando o Filme Noir

 FILME NOIR

Gênero ou estilo?


Herdeiro do expressionismo alemão, do romance policial hard-boiled e do filme de gângster, o filme noir hollywoodiano teve seu ciclo histórico entre o início dos anos 1940 e o final dos 1950, permeando diversos gêneros, do melodrama ao policial. Este curso introdutório pretende ir além do debate “gênero ou estilo” que norteia muitos dos estudos sobre o filme noir, a fim de pensar sua complexidade histórica, social, cultural e cinematográfica.

A partir da análise de cenas de filmes emblemáticos serão discutidas as principais vertentes e destacados realizadores do cinema noir e, sobretudo, evidenciando que o noir não deve ser reduzido apenas a termos estéticos, mas sim compreendido como uma visão cínica e moralmente ambígua de um mundo corrompido pelo dinheiro, revelando assim o lado sombrio do sonho americano no imediato pós-guerra.

COMO SERÁ?

O Curso online INÉDITO "REPENSANDO O FILME NOIR", de Fernando Brito, vai tratar da origem, das bases e dos conceitos que permeiam toda a produção cinematográfica do período, enfocando a estética fílmica, o comportamento (a)moral das personagens, as grandes obras do ciclo clássico dos anos 40 e 50, concluindo com uma análise da permanência mítica do filmes noir nos tempos atuais e o revisionismo que resultou em novas vertentes, como o neo-noir.


MINISTRANTE: FERNANDO BRITO

Doutor em Literatura Inglesa pela Universidade de São Paulo, com especialização em romance gótico. Pesquisador e crítico de cinema, tendo colaborado ao longo de sua carreira com diversas publicações, como a "Sci-Fi News Cinema" e o "Jornal do Vídeo".

Desde 2001 trabalha como curador na Versátil Home Video, onde idealizou e supervisionou o lançamento de muitos clássicos do cinema. Um de seus trabalhos de curadoria de maior destaque tem sido justamente a série Filme Noir, que já está com 18 volumes e traz, a cada exemplar, seis filmes do período clássico do ciclo noir (1940-1959) em cópias restauradas.


Curso online

"REPENSANDO O FILME NOIR"

de Fernando Brito

* Datas: 11 e 12 / Setembro (sábado e domingo)

* Horário: 14h às 16h30

* Duração: 2 encontros online

(carga horária total: 5 horas / aula)

* Material: Certificado de participação + Apostila

* Investimento

R$ 70,00 (parcelado em até 12x)


Informações

cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

Inscrições

https://cinemacineum.blogspot.com/2021/08/filme-noir.html


segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Cine Especial: Próximo Cine Debate: 'A Senhora da Van'


“A Senhora da Van”

Sinopse: Alan Bennett simpatiza inesperadamente com uma excêntrica mulher que vive em um carro estacionado na frente de sua casa. À medida que a amizade se fortalece, ele descobre a verdadeira história sobre o passado desta misteriosa senhora. 

Ficamos nos perguntando o que leva uma pessoa a viver nas ruas, ou simplesmente pegar o pé na estrada com o seu antigo veículo e com a roupa no corpo. Não foi por motivos quaisquer, mas sim por carregar uma curiosa história, mas que a maioria de nós sempre irá desconhece-la. "A Senhora da Van" (2015) é uma singela comédia dramática que representa essas diversas pessoas pelo globo e que tem mais história para nos contar do que nós imaginamos.

Dirigido por Nicholas Hytner, que dirigiu "As Bruxas de Salen" (1996), e baseado em fatos verídicos, a trama se passa em Camden Town, bairro de Londres, 1970. Mary Shepherd (Maggie Smith) é uma senhora idosa, que mora dentro de uma van. Devido aos seus hábitos pouco higiênicos, os moradores não gostam nem um pouco quando ela decide estacionar o carro próximo à sua casa. O único que a tolera é o escritor Alan Bennett (Alex Jennings), que permite que ela use seu banheiro de vez em quando. Após algum tempo, os moradores conseguem que a prefeitura proíba que qualquer carro fique estacionado no bairro. A intenção era que a sra. Shepherd deixasse o local, mas ela encontra uma saída quando Alan oferece que estacione na vaga existente em sua própria casa.

O prólogo já começa com uma situação bem curiosa, onde vemos a protagonista escapando de um possível acidente da qual ela havia provocado, ou não. Porém, isso acaba ficando em segundo plano, já que o roteiro nos apresenta diversas camadas escondidas sobre a vida dessa pessoa e das quais, gradualmente, são reveladas. Até lá, ficamos apreciando a construção da origem da amizade entre Mary e o escritor Alan, sendo duas figuras de realidades diferentes, mas das quais ambas tiram certo proveito uma da outra.

Se por um lado Mary consegue obter um espaço no pátio de Alan, do outro, Alan vê nesta figura curiosa uma chance de escrever um novo livro ou peça do qual ele está trabalhando. Ao mesmo tempo, o mesmo precisa lidar com o fato de sua mãe estar cada vez mais doente e se distanciando de sua realidade. Falando nisso, é curioso que a realidade e fantasia se entrelaçam de forma simples dentro da história, pois simplesmente testemunhamos Alan falando com o seu duplo, ou se preferir, falando consigo mesmo.

Por conta disso, embora a trama seja baseada em fatos reais, nunca sabemos ao certo se a história narrada é realmente verídica ou se alguns fatos são ficção, já que estamos assistindo uma história narrada por um escritor buscando inspiração. Independente disso, nós nos encantamos com o dia a dia de Mary, já que ela se locomove da sua maneira e adentra o coração de Londres de uma forma bem curiosa. Por conta disso, sua memória se abre para nós e cujo os flashback desvendam uma Mary que tinham um grande talento, mas que foi detido devido uma realidade conservadora vinda do catolicismo.

Em sua reta final, vemos a protagonista aceitar lembranças do seu passado de dor e opressão, mas abraçando o seu verdadeiro dom e do qual sempre guardou. Acima de tudo, é um filme que nos diz que cada um tem o seu talento para desfrutar e transmitir para aqueles que apreciam uma boa cultura. Independente da qualidade do filme, o filme se sustenta principalmente graças ao enorme talento da veterana Maggie Smith e pelo tom sarcástico da interpretação de Alex Jennings como narrador e escritor.

"A Senhora da Van" é uma singela comédia dramática para todas as idades, da qual nos ensina que cada um tem a sua história para contar, mesmo quando as pessoas tem certo receio de nos compartilhar. 

Onde Assistir: Netflix. 

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Um Casal Inseparável'

Sinopse: Apesar de não ter um relacionamento como meta, Manuela se encanta por Léo. Eles então iniciam um romance que tempos depois acaba. Em meio a conversas e reflexões, a dupla tenta chegar a um denominador comum. 

Não será hoje e nem amanhã que as comédias românticas ganharão uma revitalizada para voltar a ser o que era antes em tempos mais dourados, pois esse gênero foi tão revisitado ao longo das décadas que simplesmente se esgotou em ideias mais criativas. O que sobra é a boa vontade dos interpretes que fazem o que podem para manter a nossa atenção do começo ao final da projeção. "Um Casal Inseparável" ´ (2021) é um desses casos em que a trama romântica a gente já sabe como termina, mas que ficamos um tanto que apegados com os personagens carismáticos.

Dirigido por Sérgio Goldenberg, o filme conta a história de Manuela (Nathalia Dill), que é uma determinada professora e musa de vôlei de praia que sempre está pronta para defender seus ideais. Ela nunca pautou sua felicidade a um relacionamento e nunca planejou se casar. Porém, um dia, inesperadamente conhece o romântico Léo (Marcos Veras), um pediatra bem-sucedido, e se apaixona, mas circunstâncias da vida os separam. Em meio a brigas e saudades, e com a ajuda da manipuladora Esther (Totia Meireles), mãe de Manuela, os dois vão descobrir se são mesmo inseparáveis.

As comédias brasileiras recentes dificilmente sobrevivem ao teste do tempo e isso graças a falta de vontade de seus realizadores, pois eles sempre acabam optando em abraçar o convencional ao invés de se arriscar por algo mais original. "Um Casal Inseparável" sofre pelo fato de que já no primeiro ato da trama temos uma ideia de como tudo irá começar e de como irá terminar e olha que isso nem é muita culpa de seus protagonistas. Nathalia Dill surpreende ao interpretar uma protagonista independente, que defende com unhas e dentes pelo que acredita e fazendo a gente até duvidar que ela um dia poderia se apaixonar pelo protagonista certinho e interpretado com certa eficácia pelo ator Marcos Vera.

O problema que as fórmulas usadas e desgastadas das comédias românticas estão todas lá: o casal se conhece; o casal se apaixona; o casal briga e, por fim, o casal se casa. O que se salva é umas piadas ali e aqui e as situações bastante hilárias que o casal central passa nas mãos dos pais de Manuela, interpretados pelos ótimos Totia Meirelles e Stepan Nercessian.

Resumidamente, é um filme bem água com açúcar e que irá agradar mais para aqueles que ainda acreditam em contos de fadas, mesmo que no fundo todo mundo sabe que as absurdas fórmulas das comédias românticas somente funcionam na ficção e não no mundo real. Em tempos de hoje cinzentos, o filme serve mais para se curtir mesmo. "Um Casal Inseparável" é mais para aqueles casais que a recém se ajuntaram e que ainda estão na fase de acreditar em “até que a morte os separe”.


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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (02/09/21)

 Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Sinopse: Em Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, acompanhamos a história de Shang-Chi (Simu Liu), um jovem chinês que foi criado por seu pai em reclusão para que pudesse focar totalmente em ser um mestre de artes marciais. Entretanto, quando ele tem a chance de entrar em contato com o resto do mundo pela primeira vez, logo percebe que seu pai não é o humanitário que dizia ser, vendo-se obrigado a se rebelar e traçar o seu próprio caminho.


Uma Noite de Crime: a Fronteira

Sinopse: Dela e seu marido Juan vivem no Texas, onde Juan trabalha como ajudante de fazenda para a rica família Tucker. Juan impressiona o patriarca de Tucker, Caleb, mas isso alimenta a raiva e o ciúmes do filho de Caleb, Dylan. Na manhã seguinte ao expurgo, uma gangue mascarada de assassinos ataca a família Tucker, incluindo a esposa de Dylan e sua irmã, forçando as duas famílias a se unirem e lutarem enquanto o país se transforma em caos e os Estados Unidos começam a se desintegrar em torno deles.


After 3 - Depois do Desencontro

Sinopse: Baseado na série de livros “After”, da autora Anna Todd - que também assina o roteiro -, AFTER - DEPOIS DO DESENCONTRO, o terceiro filme da franquia, mostra Tessa (Josephine Langford) iniciando um novo e emocionante capítulo de sua vida. Mas enquanto ela se prepara para se mudar para Seattle para trabalhar no emprego dos seus sonhos, o ciúme e o comportamento imprevisível de Hardin (Hero Fiennes Tiffin) ameaçam o relacionamento dos dois. A situação fica mais complicada quando o pai de Tessa retorna, e revelações chocantes sobre a família de Hardin vêm à tona. No final das contas, Tessa e Hardin devem decidir se vale a pena lutar por seu amor ou se é hora de seguir caminhos separados.


O Matemático

Sinopse: Esta é a história do imigrante polonês e matemático Stan Ulam, que se mudou para os EUA na década de 1930. Stan lida com as difíceis perdas de familiares e amigos enquanto ajuda a criar a bomba de hidrogênio e o primeiro computador.


Nota: Confira também a programação completa da Cinemateca Capitólio clicando aqui.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 02 A 08 DE SETEMBRO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim.

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

KING KONG EM ASSUNCIÓN


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h30 – EMA Assista o trailer aqui.

(Chile, 2021, 105min). Direção de Pablo Larraín, com Gael García Bernal e Mariana DiGirolamo. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Ema e Gastón forma um belo casal, moderno e dedicado à dança. Mas, entre quatro paredes, sofrem por conta de uma adoção que não deu certo e também por causa do comportamento nada convencional de Ema. Entre números de danças e muitos questionamentos, a mulher embarca em uma odisseia de libertação, autoconhecimento e desejo – e faz tudo o que estiver ao seu alcance para ser mãe novamente.


17h30 – HAVA, MARYAM, AYESHA Assista o trailer aqui.

(Afeganistão, 2010, 90min). Direção de Sahraa Karimi, com Arezoo Ariapoor, Fereshta Afshar e Hasiba Ebrahimi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: No momento em que o mundo assiste a retomada do Afeganistão pelos extremistas do Talibã, a situação das mulheres é uma das principais preocupações da comunidade internacional. Neste filme, que reflete sobre a condição feminina no país, as protagonistas são três mulheres grávidas que vivem em Cabul e são de diferentes origens sociais: Hava mora na casa dos sogros e é tratada com frieza pelo marido; Maryam é jornalista e estava prestes a se divorciar quando descobriu a gravidez; e Ayesha, que engravidou de um ex-namorado, agora precisa se casar com um primo. O longa foi indicado pelo Afeganistão ao Oscar de filme internacional.


* Na terça, dia 07, às 17h30min, exibição do filme “Amor aos Vinte Anos” (1962), de vários diretores, dentro do ciclo “Clássicos na Cinemateca – 35 anos”.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – HOMEM ONÇA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 90min). Direção de Vinicius Reis, com Chico Diaz, Emilio de Mello, Bianca Byington. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O roteiro acompanha dois momentos da vida de Pedro. No primeiro, em 1997, ele vive com a família no Rio de Janeiro e trabalha na Gás do Brasil, uma empresa que está passando por um duro processo de reestruturação, com demissões e aposentadorias antecipadas. No segundo momento, em 1999, Pedro vive aposentado em Barbosa, sua cidade natal, na companhia da namorada e das memórias de infância. O filme foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Gramado 2021, ficando com o Kikito de atriz coadjuvante para Bianca Byington.


16h30 – BAGDÁ VIVE EM MIM *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Baghdad in My Shadow – Suíça/Alemanha/Reino Unido, 2019, 105min). Direção de Samir, com Haytham Abdulrazaq, Zahraa Ghandour, Waseem Abbas. Arteplex Filmes, Drama. 14 anos.

Sinopse: O café Abu Nawas é um ponto de encontro popular entre os iraquianos que vivem em Londres. É por lá que se cruzam histórias de vida como a de Taufiq, um escritor fracassado; de Amal, uma arquiteta que se esconde do marido violento; e do jovem gay Muhannad, especialista em tecnologia. Mas Taufiq acompanha com preocupação a trajetória de seu sobrinho Nasseer, que acaba de aderir ao islamismo radical.


18h30 – KING KONG EM ASSUNCIÓN *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 90min). Direção de Camilo Cavalcante, com Andrade Junior, Ana Ivanova. ArtHouse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Um velho matador de aluguel está escondido no interior da Bolívia, na região desértica do Salar de Uyuni. Ele acaba de cumprir sua última missão e tem um sonho: ir ao Paraguai para encontrar sua única filha, que ele não conhece. Nesta longa jornada em busca do paradeiro dela, que já é uma mulher de 38 anos, ele reflete sobre a sua vida e o que restou após passar tantos anos se escondendo e matando gente. O filme foi o vencedor do Festival de Cinema de Gramado em 2020, levando os Kikitos de melhor filme e ator para Andrade Júnior (1945 – 2019).


* Na quarta, dia 08, às 18h30min, sessão do filme "Raia 4" dentro do ciclo “O que é o Cinema Gaúcho?”.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'Caminhos da Memória'

Sinopse: Nick Bannister (Jackman), um investigador particular da mente, navega o mundo sombrio do passado ajudando seus clientes a acessar memórias perdidas. Vivendo nas margens do litoral da Miami submersa, sua vida muda para sempre quando ele aceita uma nova cliente, Mae (Ferguson). 

Atualmente, as grandes produções da Hollywood se limitam a somente a franquias milionárias, sejam elas pelo universo bem sucedido do MCU, ou pelos filmes de ação como "Velozes e Furiosos", sendo que neste último caso eu não entendo como ainda hoje faz sucesso. Porém, há casos dos grandes estúdios como a Warner em querer arriscar em alguns momentos, mesmo quando o resultado corra o sério risco de não ser satisfatório. "Caminhos da Memória" (2021) é um raro caso da Hollywood atual em querer se arriscar, ao usar elementos que fizeram sucesso no passado e criando assim algo, no mínimo, curioso.

Dirigido e roteirizado por Lisa Joy, cocriadora da série "Westworld" (2016), a trama se passa em um futuro distópico no qual Miami sofreu severas consequências com o aquecimento global e tornou-se praticamente submersa, um investigador particular de Miami é uma das maiores referências quando se trata de recapturar memórias perdidas ou distantes e devolvê-las a seus contratantes. Mas quando ele percebe um conflito pessoal com uma de suas clientes, a situação torna-se complicada.

Lisa Joy foi o cérebro responsável pelo lado criativo da série "Westworld", onde o passado, presente e futuro se entrelaçam em vários momentos do programa e fazendo a gente se perguntar quando determinadas situações eram reais ou uma verdadeira mentira. A realizadora, portanto, usa essa ideia sobre memórias e cria um mosaico cheio de possibilidades em uma trama que mistura ficção, subgênero noir e moldando para nascer assim um scifi noir e bem ao estilo do clássico "Blade Runner" (1982).

Visualmente o filme é extraordinário, onde o realismo nos espanta ao nos apresentar uma Miami submersa bem ao estilo Veneza e se alinhando com uma tecnologia retro bem ao estilo do já citado filme de Ridley Scott. Cortesia do brilhante trabalho do designer de produção Howard Cummings, realizador que já havia criado visualmente possíveis futuros pessimistas, como no caso do profético "Contágio" (2011). Resta saber se um dia a sua visão com relação a esse futuro irá se concretizar ou não.

Quanta a trama em si ela possui elementos familiares que são rapidamente fisgados por qualquer cinéfilo que se preze. Temos a dama fatal misteriosa (Rebecca Ferguson), onde o detetive (Jackman) aceita o seu caso e logo se apaixona por ela. É neste ponto que o filme ganha ares do subgênero Noir, sendo que só faltava a fotografia em preto e branco como cereja do bolo. Porém, as referências não param por aí.

O filme toca em assuntos espinhosos de hoje em dia, principalmente com relação ao assunto que é com relação a nostalgia. Em tempos atuais cada vez mais complexos parece que temos um desejo cada vez maior de revisitar o passado e o filme explora muito bem isso. Ao apresentar uma tecnologia que coloca a pessoa relembrando e se colocando em algum ponto do passado, Lisa Joy fala sobre uma sociedade cada vez mais dependente, não somente com relação a lembranças mais felizes, como também ao fato de depender de uma tecnologia que cria uma realidade artificial e que nos joga para fora do mundo real.

Hugh Jackman se sai bem como protagonista, ao trazer elementos bem ao estilo Humphrey Bogart do clássico "Relíquia Macabra" (1941). Sua interação com Rebecca Ferguson pode até não ser das mais convincentes, porém, essa última carrega bem o fardo de representar as damas fatais dos filmes policiais de antigamente. Porém, Thandiwe Newton, uma das grandes protagonistas de "Westworld", rouba a cena em momentos surpreendentes e não devendo em nada para outras atrizes que se submetem as cenas de ação.

Neste último caso, as cenas de ação existem, mas jamais soam gratuitas e correspondem com a proposta principal da obra. Thandiwe Newton, por exemplo, se torna a protagonista de uma cena de ação em câmera lenta e sendo algo que eu via desde os bons tempos de filmes de ação de verdade realizados pelo cineasta Chines John Woo. Já o duelo entre Nick Bannister (Hugh Jackman) e Cyrus Boothe (Cliff Curtis) que ocorre em uma sala de música abandonada às pressas, com instrumentos jogados por todo lado e um pesado piano prestes a fazer o chão arruinado pela água ceder, se torna o ápice do filme como um todo.

O filme também não esconde a sua crítica acida sobre a divisão de classes desse curioso futuro, onde os bem afortunados ficam em suas mansões longe das águas enquanto as demais classes sobrevivem com o que tem em meio as enchentes. Tudo se alinhando com elementos que cada vez mais são discutidos atualmente e que fazem dessa visão futurística não muito distante da nossa. O final, por mais incrível que pareça, é bem anti-hollywoodiano e que merece ser aplaudido.

"Caminhos da Memória" é aquele típico filme que no início será mal compreendido pelo público e a crítica, mas que com o tempo poderá se tornar em uma pequena joia a ser cultuada. 


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