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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Cine Dica: Programação da Cinemateca Paulo Amorim de 6 a 12 de Fevereiro de 2020

PROGRAMAÇÃO DE 6 A 12 DE FEVEREIRO DE 2020 
SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES
Parasita

SALA 1 / PAULO AMORIM

14h30 – PARASITA
(Parasite - Coreia do Sul, 2019, 132min). Direção de Bong Joon Ho, com Kang-Ho Song e Woo-sik Cho. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Toda a família de Ki-Taek Kim está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Por uma feliz coincidência, o filho adolescente consegue emprego como professor de inglês na casa uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa e confortável, os Kim bolam um plano para se infiltrarem na mansão, assumindo todos os empregos. Mas os segredos necessários para manter esta mentira vão custar muito caro a todos. Um dos destaques da temporada de premiações, o longa está indicado ao Oscar nas categorias melhor filme, roteiro, direção, edição e filme internacional.

17h – UMA MULHER ALTA
(Dylda - Rússia, 2019, 135min). Direção de Kantemir Balagov, com Viktoria Miroshnichenko e Vasilisa Perelygina. Supo Mungam Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Iya e Masha são duas jovens mulheres que buscam esperança e um novo rumo para suas vidas na Rússia de 1945, logo ao fim da Segunda Guerra Mundial. Elas vivem em Leningrado, cidade que sofreu um dos cercos mais brutais do combate - e, para muitos, a morte pode ser a única opção viável. O filme é baseado no romance "A Guerra não tem Rosto de Mulher", de Svetlana Aleksievitch, e foi indicado pela Rússia para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro.

19h30 – O PARAÍSO DEVE SER AQUI
(It Must Be Heaven - Alemanha/Canadá/Turquia/Palestina, 2019, 100min). Direção de Elia Suleiman, com Elia Suleiman, Gael García Bernal, Tarik Kopty. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: O próprio diretor Elia Suleiman é o protagonista, que sai de sua terra natal - a Palestina - e viaja pelo mundo em busca de novas vivências. Mas em todos os lugares por onde passa, de Paris a Nova York, ele se depara com os mesmos problemas, incluindo a violência policial, o preconceito e o controle de imigração. O filme representou a Palestina na indicação ao Oscar 2020.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ
14h – O FAROL
(The Lighthouse – Canadá/EUA, 2019, 110min). Direção de Robert Eggers, com Robert Pattinson e Willem Dafoe. Vitrine Filmes, 16 anos. Suspense.
Sinopse: Thomas Wake é o responsável pelo farol de uma ilha isolada e contrata o jovem Ephraim Winslow para substituir o ajudante anterior, colaborando nas tarefas diárias. Mas o novo ajudante é proibido de entrar no espaço do farol, o que aumenta a tensão entre os dois homens e conduz a trama por caminhos inesperados. O filme está indicado ao Oscar de melhor fotografia.

16h15 – A VIDA INVISÍVEL
(Brasil, 2019, 140min). Direção de Karim Ainouz, com Fernanda Montenegro, Julia Stockler e Carol Duarte. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Filhas de imigrantes portugueses, as jovens Guida e Eurídice vivem no Rio de Janeiro dos anos 1950. A primeira está à espera de um grande amor, enquanto Eurídice sonha com uma carreira de pianista. Mas seus projetos de vida são interrompidos pela postura machista e conservadora do pai, que se vale de uma mentira para separar as duas irmãs. Inspirado no livro "A vida invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha, o filme foi indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

19h – RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
(Portrait de la Jeune Fille en Feu - França, 2019, 125min). Direção de Céline Sciamma, com Noémie Merlant e Adèle Haenel. Supo Mungam, 14 anos. Drama.
Sinopse: Na França do século XVIII, a jovem artista Marianne é contratada para pintar o retrato de casamento de Héloise. Recém-saída de um convento, Héloise não deseja se casar - e, por isso, o quadro deve ser feito em segredo. Conforme as duas mulheres se aproximam, a intimidade e a atração também crescem. O filme ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes.
SALA 3 / NORBERTO LUBISCO
15h – AÇÚCAR
(Brasil, 2018, 90min). Direção de Renata Pinheiro, Sérgio Oliveira, com Maeve Jinkings e José Maria Alves. Boulevard, 14 anos. Drama.
Sinopse: Bethânia retorna às terras da sua família, onde uma vez funcionou o Engenho Wanderley. Entre fotos, criaturas fantásticas, contas a pagar e trabalhadores que reivindica seus direitos, Bethânia enfrenta a si mesma em um presente no qual o passado e o futuro parecem ameaçadores.

16h45 – COM AMOR, VAN GOGH: O SONHO IMPOSSÍVEL
(Loving Vincent: The Impossible Dream - Polônia, 2019, 60min). Documentário de Miki Wecel. Elite Filmes, Livre.
Sinopse: O longa documenta o trabalho impressionante dos cineastas Dorota Kobiela e Hugh Welchan na realização da animação "Com Amor, Van Gogh", indicada ao Oscar em 2018. Este foi o primeiro longa-metragem em toda a história do cinema feito totalmente com pinturas e que somou o trabalho de 125 artistas profissionais durante quase dez anos.

18h – AQUELES QUE FICARAM
(Akik Maradtak - Hungria, 2019, 85min). Direção de Barnabás Tóth, com Károly Hajduk, Mari Nagy. Supo Mungam, 14 anos. Drama.
Sinopse: Na Hungria, após o fim da Segunda Guerra Mundial, os sobreviventes do Holocausto tentam superar seus traumas. Neste contexto, um médico de meia idade e uma jovem menina formam uma conexão e ajudam um ao outro a retomar suas vidas.

19h40 – GOLPE
(Brasil, 2019, 70min). Documentário de Luiz Alberto Cassol e Guilherme Castro. Guarujá Produções. 14 anos.
Sinopse: O documentário faz a cronologia e propõe uma reflexão sobre os fatos políticos que marcaram a destituição da presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula. Os diretores recolheram imagens e sons que circularam nas mídias e redes sociais e traçam uma linha de tempo historicamente detalhada, com foco nas conexões, na abrangência e na quantidade de informações.


PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 
Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional. Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.
*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala. A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.

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Cine Dica: Retrato de uma Jovem em Chamas e A Vingança dos Filmes B (06 a 12 de fevereiro)

RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS EM PRÉ-ESTREIA ÍCONE ITALIANO EM SESSÃO DE ABERTURA DA MOSTRA A VINGANÇA DOS FILMES B

 A partir de quinta-feira, 06 de fevereiro, a Cinemateca Capitólio exibe sessões de pré-estreia do filme francês Retrato de uma Jovem em Chamas, de Celine Sciamma. O filme entra em cartaz na Cinemateca no dia 20 de fevereiro. O documentário Adoniran – Meu Nome é João Rubinato, de Pedro Serrano, segue em exibição até o dia 12 de fevereiro. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Na quinta-feira, 06 de fevereiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio recebe a sessão de abertura da mostra A Vingança dos Filmes B. Com entrada franca, a sessão apresenta o documentário George Hilton - O Mundo é dos Audazes, do diretor brasileiro Daniel Camargo. Do horror ao western spaghetti, o filme aborda a vida e a carreira do ator, em um valioso panorama do cinema de gênero italiano. A sessão tem entrada franca.  

FILMES

RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS
(Portrait de la jeune fille en feu)
França, 2019, 120 minutos, DCP
Direção: Céline Sciamma
Distribuição: Supo Mungam Films
Na França do século XVIII, Marianne (Noémie Merlant) é uma jovem pintora que recebe a tarefa de pintar um retrato de Héloïse (Adèle Haenel) para seu casamento sem que ela saiba. Passando seus dias observando Héloïse e as noites pintando, Marianne se vê cada vez mais próxima de sua modelo conforme os últimos dias de liberdade dela antes do iminente casamento se veem prestes a acabar.

GEORGE HILTON – O MUNDO É DOS AUDAZES
(Il Mondo è Degli Audaci)
Itália, 2019, 107’, HD
Direção: Daniel Camargo.
Com George Hilton, Enzo. G. Castellari, Sergio Martino, Edwich Fenech, Gianni Garko.
Em meados dos anos 60 o uruguaio George Hilton chega à Itália levando na bagagem apenas o sonho de ser ator. Em pouco tempo torna-se um dos mais populares protagonistas do então efervescente cinema popular italiano, construindo uma carreira com mais de 70 filmes, onde trabalhou com mestres do cinema de gênero, como Lucio Fulci, Sergio Martino, Enzo. G. Castellari, e Ruggero Deodato. Do spaghetti western, passando pelo giallo e o horror, até as típicas comédias italianas, Hilton marcou presença com o seu carisma. Em “O Mundo é dos Audazes”, o diretor brasileiro Daniel Camargo aventura-se profundamente na vida e na obra de George Hilton, e através de depoimentos do próprio ator, e de diversos personagens importantes da indústria cinematográfica daquele período, realiza um ardoroso panorama do cinema de gênero italiano.

GRADE DE HORÁRIOS
06 a 12 de fevereiro de 2020

06 de fevereiro (quinta)
14h – Adoniran – Meu Nome é João Rubinato
16h – Retrato de uma Jovem em Chamas
20h – Sessão de Abertura: George Hilton - O Mundo é dos Audazes - entrada franca.

07 de fevereiro (sexta)
14h – Adoniran – Meu Nome é João Rubinato
16h – Retrato de uma Jovem em Chamas
18h – Especial George Hilton: Vou, Mato e Volto
20h – Projeto Raros: Fuga Alucinada - entrada franca

 08 de fevereiro (sábado)
14h –  Sessão Cripta dos Clássicos: A Aldeia dos Amaldiçoados
16h – Sessão Vagalume: Billy Elliot
18h –  Sessão Troma Fever I: Surfistas Nazistas Devem Morrer - entrada franca
21h – Conexão Cine Fantasy: 2050 + Kin + Meu Irmão Juan + Raimundo Quintela, o caçador de vira porco + Éter + Estigma + Noite de Sorte + Who's That Man Inside My House? + Vômito + Mariposas ao Redor da Luz - Total: 94 min, entrada franca
23h59 –  Maldita Meia Noite - Sessão Post Mortem: A Volta dos Mortos Vivos  

09 de fevereiro (domingo)
14h – Sessão Malditos Curtas I: Cova Humana + Dead Teenager Séance + Pop Ritual + Amor, Sangue, Dor + 11 Minutos - Total: 77 min, entrada franca
16h – Sessão Vagalume: Billy Elliot
18h – Sessão Maldita Matinê- Corrida com o Diabo
20h – Sessão Troma Fever II: Tromeo & Julieta - entrada franca

11 de fevereiro (terça)
14h – Adoniran – Meu Nome é João Rubinato
16h – Retrato de uma Jovem em Chamas
18h – Sessão Shoot or Die: O Capenga + Neurose + Lilith + I’m Not a Angel + O Mito do Silva + Máquina de Café em Dia de Fúria + Visões de Claudeciro - Total: 64 min, entrada franca
20h – Especial George Hilton: As Lágrimas de Jennifer

12 de fevereiro (quarta)
14h – Adoniran – Meu Nome é João Rubinato
16h – Retrato de uma Jovem em Chamas
18h – Especial George Hilton- Tempo de Massacre
20h – Sessão Post Mortem: Zeder

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Antologia da Cidade Fantasma'

Sinopse: Os habitantes se sentem isolados da cidade de Quebec, vivendo uma rotina em que todos se conhecem. Por isso, no dia em que o jovem Simon morre num acidente de carro, o evento adquire um teor catastrófico para a cidade inteira. 

Embora pouco conhecido pelo mundo, o cineasta canadense Denis Côté tem chamado atenção da crítica especializada pelos seus filmes experimentais e que dão o que pensar. Alguns anos atrás, por exemplo, o seu documentário "Bestiário" (2012) chamou atenção dos cinéfilos de Porto Alegre quando havia sido exibido na extinta sessão Aurora da sala PF. Gastal. Eis que então testemunhamos o seu mais novo filme, "Antologia da Cidade Fantasma", que nada mais é do que uma metáfora sobre questões de hoje que estão sendo muito debatidas.
A trama acontece quando Simon Dubé morre em um acidente de carro em Irénée-les-Neiges, cidade pequena e isolada com uma população de 215 habitantes. Os moradores atordoados mostram-se relutantes em discutir as circunstâncias da tragédia. Daquele momento em diante, tanto para a família Dubé quanto para várias outras pessoas, tais como a prefeita Smallwood, o tempo parece perder todo o sentido e os dias se arrastam sem fim. Algo desce lentamente sobre a região. Nesse período de luto e nessa neblina, estranhos começam a aparecer. Quem são eles? O que está acontecendo?
Filmado em 16mm, Simon Dubé mantem a sua câmera sempre inquieta, como se ela quisesse sintetizar o lado inquieto daqueles habitantes que se veem isolados devido aos seus próprios costumes e temores. Na medida que vamos conhecendo alguns dos personagens, constatamos que são pessoas perdidas na vida, mesmo elas estando juntas umas com outras. Porém, a partir do momento em que situações estranhas começam acontecer, é então em que elas voltam a despertar. O filme nos apresenta uma parábola sobre o nosso mundo atual, onde cada vez mais países optam em se isolarem por temerem uma invasão estrangeira, ou pelas simples novidades que possam mudar o rumo da história. As estranhas aparições de pessoas, que antes estavam oficialmente mortas, seria uma espécie de exemplos vindos passado a serem lembrados para que o presente se torne menos nebuloso. Não deixa de ser curioso, por exemplo, o conservadorismo e a opção pelo isolamento vindo da prefeita da cidade da trama, sendo que ela pode ser muito bem vista como uma espécie de versão feminina de Donald Trump e que não aceita de forma alguma mudanças que possam vir de fora.
O filme pode ser visto e revisto com diversas interpretações, principalmente devido ao seu ato final que nos brinda com mais perguntas do que respostas. Acima de tudo, é um filme para nós dizer para destruirmos os muros imaginários que nos cercam e avançar para um futuro desconhecido, porém, com grandes possibilidades a serem conquistadas. "Antologia da Cidade Fantasma" é sobre os temores das nações atuais que cada vez mais se encontram isoladas uma das outras e se esquecendo da coletividade que nos faz melhores em vida.  

NOTA: Sessão ocorrida no último sábado (01/02/20) para os associados do Clube na Cinemateca Capitólio.     

Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
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Cine Dica: Curso Cinema do EU - Inscrições abertas

 

Apresentação
 
Entender o contexto sócio-histórico em que vivemos atualmente passa por analisar como o Eu é concebido pelas narrativas de cunho autobiográfico. É nesse sentido que se torna cada vez mais desafiante pensar o excesso de relatos íntimos, o sentido relativo que assume a relação entre o público e o privado e o quanto o Eu condiciona-se por um sentido performático que embaralha a relação entre autor, narrador e personagem.

Muito antes do "fascínio suscitado pelo exibicionismo" (Sibilia, 2008, p. 263) mostrado hoje nas redes sociais, o cinema procurou pensar a questão do Eu através de autores e obras que buscaram no autorretrato, a criação de uma concepção poética. O Eu no audiovisual evidencia um ser plural, ao transitar desde a prática de registros caseiros, passando pela questão do amateur, assim como a criação de dispositivos que elaboram um processo de busca do autor sobre a sua própria trajetória e/ou de sua família. O cinema feito em primeira pessoas traz uma outra perspectiva para pensar o Eu, problematizando a forma como concebemos a representação cinematográfica.


 
Objetivos
 
O Curso de Férias CINEMA DO EU - FILMES EM PRIMEIRA PESSOA, de Rafael Valles, vai explorar obras e autores que são importantes para um entendimento sobre a questão do Eu no cinema/audiovisual. A proposta é analisar de que formas os autorretratos proporcionam uma outra visão sobre temas como identidade, memória e história. O curso buscará uma reflexão sobre como os suportes técnicos e a criação de dispositivos são fundamentais na construção narrativa das obras realizadas em primeira pessoa.


  
Curso de Férias

CINEMA DO EU: FILMES EM PRIMEIRA PESSOA
de Rafael Valles
 

Datas
15 e 16 de Fevereiro (sábado e domingo)
14h às 17h
 

Local
Cinemateca Capitólio / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
 

Investimento
R$ 90,00 (Cartão de crédito)
 

* PROMOÇÃO
ATENÇÃO
Válido apenas para pagamento por depósito / transferência
1 Curso de Férias: R$ 80,00
b) 2 Cursos de Férias: R$ 70,00 (p/curso)


 

Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone/Whatsapp: (51) 99320-2714
 

Inscrições
www.cinemacineum.blogspot.com.br

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Judy' - Muito Além do Arco Íris

Sinopse: Com a carreira em baixa, a estrela Judy Garland aceita estrelar uma turnê em Londres, em pleno inverno de 1968, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos. 

Do sucesso instantâneo, para a decadência de grandes astros, hollywood possui muitas histórias a serem contadas. Talvez uma das mais famosas seja da estrela do "Magico de Oz" (1939) Judy Garland, que viu o sucesso da fama se tornar o seu principal pesadelo e fazendo com que praticamente destroçasse a sua vida pessoal como um todo. O filme "Judy - Muito Além do Arco Íris" é uma espécie de prelúdio antes da queda dessa grande estrela, mas que foi até o fim em busca do seu verdadeiro lar.  
Dirigido por Rupert Goold, o filme se passa no Inverno de 1968. Com a carreira em baixa, Judy Garland (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco. 
Conhecida como a fábrica de sonhos hollywood também foi a máquina que mastigou diversas vidas cheias de talento, mas que tiveram forças o suficiente para manter a sua própria sanidade a todo custo. Rupert Goold é cru nos primeiros minutos de projeção, onde faz uma dura crítica a essa fábrica, onde fez com que muitos talentos, alguns até novos demais para isso, se submetessem a uma realidade que dariam muitos frutos, mas com um alto preço a ser pago. Judy Garland, portanto, se tornou um símbolo genuíno sobre esse assunto e exemplos vindos de sua vida atribulada é o que não faltam.  
Porém, o filme procura não fazer uma adaptação de sua vida por completo, mas sim nos derradeiros últimos meses antes de sua morte. O que vemos, portanto, é a última chance de uma pessoa poder brilhar nos palcos, mas usando o seu talento para conseguir algum dinheiro e ajudar os filhos. Era difícil pensar em uma atriz que pudesse sintetizar essa essência do que era Judy Garland naquele momento, mas eis que Renée Zellweger nos surpreende interpretando-a e se tornando no seu melhor trabalho na carreira.  
Conhecida mundialmente pelo filme "O Diário de Bridget Jones" (2001), Renée Zellweger se tornou uma das principais estrelas do início do século 21 e ganhando, enfim, um oscar de atriz coadjuvante pelo filme "Cold Mountain"(2003). Porém, escolhas erradas em atuar em filmes errados vieram, era tachada pelo seu físico não hollywoodiano e colecionando relacionamentos que a levaram a um estresse pessoal infindável. Parecia o fim de sua carreira, mas eis que ela retornou aos poucos nas telas do cinema e abraçando no que, talvez, seja o papel mais importante de sua vida.   
Logicamente se percebe que há uma similaridade se formos comparar a vida pessoal de ambas as atrizes e é nesse ponto que Zellweger surpreende. Ao invés de imitar cada trejeito da falecida atriz, Zellweger opta em fazer a sua versão do que ela foi em vida e aproveitando dessa forma em poder exorcizar os seus próprios demônios pessoais. Não deixa de ser surpreendente, por exemplo, a primeira cena dos shows que Judy fez em Londres, onde vemos uma Renée Zellweger simplesmente desaparecendo em cena e dando lugar a uma Judy Garland com um olhar perdido e a procura de uma solução para a sua vida.  
Em termos de produção técnica o filme fica em segundo plano, já que tudo é sustentado graças ao talento da atriz em cena. Porém, é preciso reconhecer a bela reconstituição da época, cuja as cores quentes de tempos mais dourados oscila com uma realidade fria em que Judy Garland estava passando. Só acho uma pena, portanto, não retratarem com mais detalhes os tempos mais dourados de hollywood, já que os primeiros minutos de filme nos mostra a realidade mais dura que ocorria por detrás das cortinas.  
Acima de tudo, é um filme sobre ganhos e perdas, que nos diz que grandes astros do cinema são mais humanos do que qualquer um e que buscam, por vezes, um lugar ao sol. Judy Garland buscou o seu verdadeiro lar até os seus últimos momentos, mas talvez se dando conta que o seu principal objetivo em vida era continuar caminhando e jamais desistindo. Cabe agora Renée Zellweger fazer o mesmo e usando a sua experiência ao interpretar Judy Garland como um bom exemplo.  
"Judy - Muito Além do Arco Íris" é sobre as vitórias e derrotas que as grandes estrelas do cinema passam em vida, mas cujo o maior prêmio é servirem de exemplo para as futuras gerações e entrar para a história. 


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Cine Dica: Curso Arquitetura do Cinema - Inscrições abertas

Curso de Férias


Apresentação
 
Cinema e Arquitetura são formas artísticas e práticas espaciais que constroem o espaço. Ao analisar o desenvolvimento espacial de uma determinada obra do cinema, inevitavelmente esbarra-se na relação tempo-espaço e na percepção arquitetônica e/ou urbanística da cenografia.


 

Acompanhando a história do seu desenvolvimento, vemos que o cinema, enquanto meio de produção do espaço, sempre definiu a si mesmo tanto como uma prática arquitetônica, quanto como uma prática urbana, constantemente reinventando o espaço.
Paralelamente aos aspectos físico-espaciais de um filme, entram em cena também dois outros elementos artísticos fundamentais e definidores da "visão de mundo" proposta pelos realizadores. Além dos espaços e da arquitetura em si, existem ainda os objetos de cena (e suas funções) e as cores (e seus significados), definidos pelas escolhas da cenografia e da direção de arte. Todo este tecido de elementos estáticos, sempre - ou tanto quanto possível - são variáveis definidoras do resultado final do que chamamos de "a cara de um filme".
 

 

Objetivos
 

O Curso de Férias A Arquitetura do Cinema, ministrado por Paulo Leônidas, se propõe a analisar o cinema e a sua arquitetura através das suas formas básicas de expressão do espaço. As aulas abordarão estudos minuciosos de muitas obras cinematográficas importantes através de desenhos de filmagens, plantas baixas, cortes e perspectivas da arquitetura destes filmes, visando a qualificação de profissionais e interessados em geral nesta área do conhecimento.

Público alvo
Esta atividade é aberta a todos os públicos. Não há nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional.


 
Curso de Férias
A Arquitetura do Cinema
de Paulo Leônidas
 
Datas
08 e 09 de Fevereiro (sábado e domingo)
 
Local
Cinemateca Capitólio / Sala Décio Andriotti
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - 3º andar - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)
 
Investimento
R$ 90,00 (Cartão de crédito)
 

* PROMOÇÃO
ATENÇÃO:
Válido apenas para pagamento por depósito / transferência
a) 1 Curso de Férias: R$ 80,00
b) 2 Cursos de Férias: R$ 70,00 (p/curso)

  
Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone/Whatsapp: (51) 99320-2714
 
 Inscrições

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: '1917' - Impecavelmente previsivel

Sinopse: Na Primeira Guerra Mundial, dois soldados britânicos recebem ordens aparentemente impossíveis de cumprir. Em uma corrida contra o tempo, eles precisam atravessar o território inimigo e entregar uma mensagem que pode salvar 1600 de seus companheiros.

Não é de hoje que cineastas autorais tentam realizar filmes em plano-sequência, ou seja, produções que parecem que foram rodadas em uma única tomada. O mestre Alfred Hitchcock bem que tentou nos passar essa sensação no seu clássico "Festim Diabólico" (1948), muito embora revisto hoje nós possamos identificar os momentos em que houveram determinados cortes. Mas foi nesses últimos dez anos que, curiosamente, surgiram diversos cineastas que decidiram ousar em ir ao limite nessa proeza cinematografica.
Filmes como "Filhos da Esperança" (2013) "Gravidade" (2013) e "Roma" (2018), sendo todos de Alfonso Cuarón, como também "Birdman" (2014) e "O Regresso" (2015), ambos de Alejandro González Iñárritu, nos surpreendem pelo fato que hoje não há mais limites para lentes de uma câmera, sendo que os cineastas que a empunham tem a ainda a proeza de criar diversos detalhes nas sequências, nascendo assim mosaico de detalhes  e dos quais nem todos  são identificados  em uma primeira sessão de cinema. Eis que vem então Sam Mendes, do já clássico "Beleza Americana" (1999), com o seu filme de "1917", cuja a proeza e beleza dos planos-sequências se sobressaem perante uma trama sem muitas novidades.
Na trama acompanhamos os cabos Schofield (George MacKay) e Blake (Dean-Charles Chapman), jovens soldados britânicos durante a Primeira Guerra Mundial. Quando eles são encarregados de uma missão aparentemente impossível, os dois precisam atravessar território inimigo. Durante a cruzada eles lutam contra o tempo, para entregar uma mensagem que pode salvar mais de 1300 colegas de batalhão.
Se ainda faltava algum filme que mostrasse a verdadeira tensão que era  estar nas trincheiras em que ocorria os principais conflitos da Primeira Guerra Mundial, Sam Mendes, ao menos, cumpre essa missão com certo louvor. Com duas horas cravadas, o realizador nos dá pouco tempo para conhecermos melhor os dois protagonsitas, já que ambos são imediatamente jogados ao inferno na terra e os plano-sequência fazem com que a gente se sinta ao lado de ambos os protagonistas nessa empreitada. Na medida que os minutos avançam a tensão aumenta e fazendo com que tememos para o que vier em seguida.
Além do plano-sequência, o filme é moldado por uma belissima edição de arte que se casa com perfeição com a fotografia que, desde já, é uma das melhores desse ínicio de ano. Tenicamente o filme é primoroso em quase tudo, ao ponto que cada som das explosões, além dos movimentos bruscos com a câmera, fazem do filme algo quase documental, como se aquela jornada realmente estivesse acontecendo naquele momento na tela. Mas toda esse lado técnico não é o suficiente para o filme escapar de certos poréns.
Mesmo sendo um filme com um visual arrebatador isso acaba não sendo o suficiente para constatarmos que a trama é, por vezes, simples e que algumas situações acabam se tornando forçadas até  demais. Ao meu ver, Sam Mendes tenta a todo momento em manter a nossa atenção a todo custo, mas fazendo também com que prestemos atenção em algumas passagens forçadas que são vistas na tela. Se por um lado é estranhamente absurdo o surgimento de soldados que aparecem do nada no que era antes uma fazenda abandonada, do outro, a aparição de uma jovem com um bebê é absurdamente familiar se formos comparar com uma passagem do filme "Cold Mountain" (2003) de Anthony Minghella.
Além disso tudo, o ato  final chega em um momento que já temos uma ideia sobre que irá acontecer em seguida e fazendo a gente esperar por algo a mais do que poderá vir acontecer. Ao invez disso, o filme somente entrega a sua premissa principal, sem mais delongas e fazendo com que o fator surpresa não exista na reta final da trama. Não que isso seja um problema, mas para um filme que está sendo endeusado pela crítica especializada, ao meu ver, ele acaba não cumprindo com as nossas expectativas.
Com dez indicações ao Oscar 2020, "1917" é uma superprodução visualmente bela, mas que em sua reta final nos dá uma sensação de que faltou algo nessa jornada inglória. 


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