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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Cine Dica: A Vingança dos Filmes B - Parte VIII

Morto Não Fala, de Dennison Ramalho

Com produção e curadoria de Cristian VerardiA Vingança dos Filmes B chega à oitava edição acreditando no cinema como ferramenta de contestação e libertação.
A mostra acontece de 31 de janeiro a 10 de fevereiro na Cinemateca Capitólio Petrobras.

Todos pagam meia entrada (R$ 5,00) nas sessões da mostra.  

A PROGRAMAÇÃO COMPLETA ESTÁ NO SITE DA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS: http://www.capitolio.org.br/novidades/2469/a-vinganca-dos-filmes-b-parte-viii/


A VINGANÇA DOS FILMES B – PARTE VIII

O diretor cearense Guto Parente é um dos convidados especiais da mostra, que apresenta uma retrospectiva de sua obra. O filme de abertura será O Clube dos Canibais, seu mais recente trabalho, que teve estreia em 2018 no importante Festival de Rotterdam. O release completo da retrospectiva pode ser acessado em:  http://www.capitolio.org.br/novidades/2473/a-vinganca-dos-filmes-b-parte-viii-o-estranho-cinema-de-guto-parente/

A sessão encerramento apresenta Morto Não Fala, de Dennison Ramalho, um dos filmes de horror nacionais mais aguardados dos últimos tempos. Morto Não Fala é a estreia em longas-metragens de Dennison, um dos mais cultuados diretores brasileiros dedicados ao cinema fantástico, após uma exitosa carreira como curta-metragista, com filmes aterradores como Amor Só de Mãe e Ninjas.

Outra grande referência do horror brasileiro, Rodrigo Aragão, estará presente nas telas com seu quinto longa-metragem, A Mata Negra.

Nesta edição também será realizada uma homenagem especial ao lendário diretor italiano Lucio Fulci, com a exibição de nove de seus filmes mais representativos, especialmente o clássico Zombi 2 – A Volta dos Mortos, que comemora 40 anos em 2019. Release completa: http://www.capitolio.org.br/novidades/2478/a-vinganca-dos-filmes-b-parte-viii-lucio-fulci-o-poeta-da-crueldade/

O cinema nacional ainda estará em foco com depoimentos de veteranos da Boca do Lixo paulista no documentárioAmigos Filmam Amigos, com a exibição em 16mm do anárquico Adyos, General, de Matico, e nas sessões de curtas Shoot or Die, com filmes de jovens realizadores de diversos estados do Brasil. A programação de curtas segue com a primeira parceira entre a Vingança e o FECEA (Festival de Cinema Escolar de Alvorada), que reúne filmes de teor fantástico produzidos por estudantes de cinema ao redor do mundo.

Duas visões sobre o fim dos tempos serão apresentadas com os cultuados O Dia da Besta, de Alex de La Iglesia(em sessão especial à meia noite), e O Príncipe das Sombras de John Carpenter. Olhares distintos sobre a máfia também são destaques da mostra com os clássicos setentistas Por Ordem da Cosa Nostra, de Fernando Di Leo, eA Máfia Nunca Perdoa, de Barry ShearNicolas Roeg e Ringo Lam, mestres do cinema que partiram nos últimos meses, ganham sessões especiais. O tradicional Projeto Raros apresentará o controverso e radical filme de culto grego Singapore Sling, de Nikos Nikolaidis.

E a nossa Madrugada Maldita retorna com uma sessão repleta de sangue, tripas e diversão até o amanhecer, apresentando os filmes A História de Ricky, de Lam Ngai KaiO Estripador de Nova York de Lucio FulciDia dos Namorados Macabro, de George Mihalka, e um endemoniado filme surpresa no fim da noite.  


GRADE DE PROGRAMAÇÃO

31 de janeiro (quinta-feira)
20h – Sessão de Abertura: Clube dos Canibais (81') + debate com Guto Parente

1º de fevereiro (sexta-feira)
17h – O Estranho Cinema de Guto Parente: Doce Amianto (70')
18h30 – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: A Casa do Cemitério (86’)
20h00 – Projeto Raros: Singapore Sling (110')

02 de fevereiro (sábado)
15h – O Estranho Cinema de Guto Parente: Inferninho (82')
16h30 – Sessão Shoot or Die I: Inside (SP / 2’), de Joel Caetano; Gorete (RS /15’), de Nícolas Mabilia; Hoax  (ES /18’), de Thiago Amaral; A Janela da Outra (10’), de Larissa Anzoategui; Diagnose (10’), Diego Camelo; Âmago (20’), de Leo Miguel; A Mesa no Deserto (15’ ), de Diego Scarparo; Scratchs (2’), de Joel Caetano. Total: 82’
18h30 – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Pavor na Cidade dos Zumbis (93’)
20h30 – Adeus aos Mestres I: Nicolas Roeg – Inverno de Sangue em Veneza (110')
23h59 –  Maldita Meia Noite: O Dia da Besta (103')

03 de fevereiro (domingo)
15h – O Estranho Cinema de Guto Parente: A Misteriosa Morte de Pérola (62')
16h30 – Especial Memórias da Boca do Lixo: Amigos Filmam Amigos (75')
18h- A Vingança do FECEA: Fingerman (5’), Guts and Glory (3’), Surprise (6’), Chica Camina Sola En El Estacionamento (3’50”), She’s Wating (7’), Chateau Sauvignon: terroir (13’), The Screen Behind the Mirror (8’26”), La Chambre Noire (20’). Total: 67’
20h- Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Zumbi 2- A Volta dos Mortos (91') – 40 Anos

05 de fevereiro (terça-feira)
18h00 – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Os Quatro do Apocalipse (104’)
20h00 – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Premonição (95')

06 de fevereiro (quarta-feira)
18h00 – Por Ordem da Cosa Nostra (95')
20h00 – Adyos, General  (55’) + debate

07 de fevereiro (quinta-feira)
18h00 – A Máfia Nunca Perdoa (102')
20h00 – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: O Segredo do Bosque dos Sonhos (98’)

08 de fevereiro (sexta-feira)
18h00 – Lucio Fulci, o Poeta da Crueldade: Uma Lagartixa Num Corpo de Mulher (103')
20h00 – O Príncipe das Sombras (102') + debate

09 de fevereiro (sábado)
15h – O Estranho Cinema de Guto Parente: O Estranho Caso de Ezequiel (72')
17h – Sessão Shoot or Die 2: Pelos Velhos Tempos (RS / 5’), de Ulisses da Motta; A Triste Figura  (19'), de Calebe Lopes; Você, Morto (19’), de Raphael Araújo; Casa Cheia (15’), de Caco Nigro; Hera (14’), de Bernardino Fendt; A Princesa Morta do Jacuí (15’), de Marcela Ilha Bordin  Total: 87’
20h30 – Adeus aos Mestres II: Ringo Lam- Perigo Extremo (City on Fire / 105') + debate
23h59: Madrugada Maldita: A História de Ricky (91')
1h50 – Estripador de Nova York (93’)
3h30 – Dia dos Namorados Macabro (90')
5h- Filme surpresa (80')

10 de fevereiro (domingo)
15h – Sessão Brasil Fantástico: A Mata Negra (98')
17h – Lucio Fulci, Poeta da Crueldade: Terror nas Trevas (88’)
20h – Sessão de Encerramento: Morto Não Fala (110')

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Creed II

Sinopse: Adonis Creed  segue sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai e com o apoio de Rocky. Sua próxima luta ele precisa enfrentar um adversário que possui uma forte ligação com o passado de sua família, o que torna tudo ainda mais complexo. 

“Creed - Nascido para Vencer” (2015) foi uma agradável surpresa, pois ninguém imaginava que um filme derivado da franquia “Rocky” daria um ótimo filme e tão pouco nos brindar com um grande desempenho de Sylvester Stallone. Claro que era inevitável que houvesse uma continuação, mesmo correndo o sério risco de a trama ser uma espécie de releitura dos filmes anteriores. “Creed II” (2018) é mais ou menos isso, mas cujo ar de nostalgia e explorando o lado mais humano dos personagens centrais é que salvam a obra de cair nas continuações dispensáveis da história.
Com ajuda de Rocky (Stallone) como seu mentor, Creed (Michael B. Jordan) é agora um campeão mundial e está disposto a construir uma família com a sua namorada e cantora Bianca (Tessa Thompson). Porém, Ivan Drago (Dolph Lundgren) surge das cinzas para treinar o seu filho Victor Drago (Florian Muteanu) para desafiar Creed. Ele aceita o desafio, mas por qual realmente o motivo?
Se o primeiro “Creed” fugia de uma possível releitura do clássico estrelado por Sylvester Stallone, aqui a situação é o inverso, já que o filme nos lembra a todo momentos situações vistas em “Rocky III” (1982) e “Rocky IV” (1985). Felizmente, o filme escapa daquele clima EUA x Rússia, principalmente que hoje vivemos outros tempos e vemos um cuidado na reapresentação de Ivan Drago e com o seu filho. É uma pena, portanto, que a presença dos dois não seja melhor explorada, pois o filme ganha melhor relevo e, quem diria, Dolph Lundgren surpreende ao retratar o seu personagem de uma forma mais humana e muito bem construída.
O que me desapontou foi o fato de alguns pontos dramáticos da trama anterior terem sigo meio que ignorados nesse novo filme. Rocky me parece, aparentemente, curado do câncer que o assombrou, mas vive num dilema em novamente treinar ou não Creed. Como ainda não tiveram coragem de tirar de cena o clássico personagem, vemos então Rocky tentando novamente encontrar o seu lugar neste mundo, seja dentro da família Creed, ou procurando uma nova reconciliação com o seu filho que vive distante.
Não há como não constatar que há um esforço por parte dos roteiristas em colocar os personagens principais em uma nova encruzilhada que não pareça repetitiva. As motivações de Creed, por exemplo, me parecem em alguns momentos confusas, mas não sendo um defeito vindo do personagem, mas sim dos próprios realizadores que tentam contornar uma situação para que ela não pareça um Déjà vu. Felizmente Michael B. Jordan nos entrega novamente uma ótima interpretação, principalmente nas cenas em que ele contracena com Tessa Thompson, o que faz da relação dos seus personagens o coração principal do filme.
Mas para os fãs de carteirinha de toda a franquia, o filme não consegue trazer nenhum frescor de novidade, ao ponto que as cenas de luta, por exemplo, já não são tão empolgantes, mesmo com todo o esforço por parte dos realizadores. Talvez a maior prova de falta de criatividade é quando surge a clássica trilha sonora de “Rocky” (1976) na luta final do filme e fazendo quase perder a sua própria identidade. Felizmente, o ato final de Ivon Drago compensa isso numa cena digna de nota e fazendo, novamente, a gente desejar que Dolph Lundgren tivesse tido mais tempo em cena.
"Creed II" é um bom filme para os fãs da franquia, mas que poderia ter escapado das velhas fórmulas do sucesso do passado e nos apresentando algo de novo.  



Cine Dica: Curso de Férias "Sonho, Cinema & Psicanálise"


6 Filmes – 6 Temas – 6 Abordagens
 
Apresentação
 
Ir ao cinema é uma experiencia relacionada ao ato de sonhar. A Psicanálise nasceu da análise dos sonhos e com o tempo muitos diretores foram se nutrindo da teoria psicanalítica para criarem imagens oníricas com alto conteúdo simbólico. Conforme a criação de Sigmund Freud foi se tornando famosa, diversos cineastas no mundo se analisaram e estudaram os conceitos freudianos para a realização de seus filmes. 
Com o tempo, virou prática comum a utilização de consultores psicanalistas para a realização de roteiros que trabalhavam com material onírico. Alguns diretores se especializaram neste tipo de produção e criaram obras importantes para todo aquele que se interessa por sonho, cinema e psicanálise.
  
Objetivos
 
O Curso de Férias Sonho, Cinema & Psicanálise: A Representação do Onírico, ministrado por Leonardo Della Pasqua, aborda alguns aspectos sobre a relação entre cinema e o sonhar e analisa filmes recentes com a temática dos sonhos através da ótica psicanalítica. Nesta proposta, a ideia é apresentar três importantes obras em cada dia do curso, com o objetivo de analisar em profundidade o modo como os cineastas contemporâneos trabalharam os sonhos em suas realizações. Serão apresentadas cenas/sequências dos seis filmes que servirão de base para a reflexão sobre os símbolos e as possibilidades de significado das obras.
  
Público alvo
O curso é aberto ao público em geral.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional para participar deste curso.
  

 
Curso de Férias
"SONHO, CINEMA & PSICANÁLISE: A REPRESENTAÇÃO DO ONÍRICO"
de Leonardo Della Pasqua
  
Datas
23 e 24 / fevereiro (sábado e domingo)
 
Horário
14h às 17h
 
Local
Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)


 
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INSCRIÇÕES COM VALOR PROMOCIONAL
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INFORMAÇÕES
www.cinemacineum.blogspot.com/

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Cine Dicas: Estreias do final de semana (25/01/19)

CREED II

Sinopse: Adonis Creed saiu mais forte do que nunca de sua luta contra ‘Pretty’ Ricky Conlan, e segue sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe, contra toda a desconfiança que acompanha a sombra de seu pai e com o apoio de Rocky.

BOI DE LÁGRIMAS

Sinopse: Filha de um tocador de pandeiro decide participar de manifestações políticas que estão ocorrendo no centro da cidade. Enquanto isso, um amigo próximo dos dois começa a ter pensamentos sombrios.

EU SOU MAIS EU

Sinopse: A estrela pop Camilla vê todo o seu sucesso desaparecer misteriosamente ao voltar no tempo, mais precisamente para o ano de 2004.


GREEN BOOK: O GUIA

Sinopse: Tony Lip, um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca, a Copacabana, fechar as portas.

SHADE: ENTRE BRUXAS E HERÓIS

Sinopse: Quieto e tímido, o jovem Jovan nasceu com uma leve paralisia cerebral e constantemente usa de sua imaginação para escapar da realidade na qual está inserido.

SOU CARNAVAL DE SÃO SALVADOR

Sinopse: Durante o carnaval em Salvador, a grande mídia foca nos trios elétricos e camarotes lotados por personalidades e artistas famosos.

WAJIB: UM CONVITE DE CASAMENTO

Sinopse: Depois de anos vivendo na Itália, Shadi retorna à Nazaré com uma missão: entregar os convites para o casamento de sua irmã individualmente para cada convidado, de acordo com o costume palestino local



quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: A FAVORITA

Sinopse: Na Inglaterra do século 18, Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough, exerce sua influência na corte como confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana. Seu posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de sua prima  Abigail. 

No clássico "Ligações Perigosas" (1987) havia como condutor principal da trama a sedução, da qual era uma arma de manipulação entre os poderosos para obter os seus principais objetivos. Porém, os poderosos também são meramente humanos e cabe a eles próprios encarar as consequências dos seus atos ambiciosos. "A Favorita" transita mais ou menos por esse pensamento, do qual os protagonistas obtêm certo lucro a partir das artimanhas vindas da sedução, mas tendo um alto preço a se pagar.
Dirigido por Yorgos Lanthimos ("O Lagosta", 2015 ), o filme se passa no século XVIII, onde Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz) exerce sua influência na corte como confidente, conselheira e amante secreta da Rainha Ana (Olivia Colman, que será vista na próxima temporada de "The Crown"). Seu posto privilegiado, no entanto, é ameaçado pela chegada de Abigail (Emma Stone), nova criada que logo se torna a favorita da majestade e que agarra essa oportunidade a qualquer preço.
Yorgos Lanthimos  tem chamado atenção nesses últimos tempos ao realizar filmes que nos dá uma certa sensação de incomodo. Em A Favorita isso não é diferente, ao ponto da fotografia por si só se torna incomum, pois o realizador utiliza lentes grande-angulares extremas, de modo a causar distorções próximas do efeito do olho mágico das portas. Seria, portanto, uma representação de como enxergaríamos de uma maneira indiscreta os nobres daqueles tempos, dos quais liberam o seu lado animalesco e longe de olhares curiosos.
Com uma reconstituição de época caprichada,  Yorgos Lanthimos  honra o período histórico, mas não fazendo o mesmo com as suas figuras centrais, das quais não são endeusadas, mas sim retratadas de uma forma humana e, por vezes, absurdamente crua. Ao retratar um período especifico do reinado da rainha Ana, observasse que estamos diante de uma bolha moldada pela própria, da qual tenta por alguns momentos escapar do mundo real. Essas escapulidas, aliás, são orquestradas por Sarah, da qual já sabemos por antemão que existe uma ambição vinda da própria, mas encontrando em sua prima Abigail uma rival à altura.
Tanto Rachel Weisz como Emma Stone e Olivia Colman estão ótimas em seus respectivos papeis, sendo que cada uma injeta uma grande dose de ambiguidade nas suas respectivas personagens na medida certa e fazendo com que fiquemos incapazes de prever o que elas irão fazer logo em seguida. Sarah Churchill  e Abigail Masham são primas, mas  rivais na disputa pelo poder e atenção da rainha, cuja a rivalidade se oscila entre o carinho e agressão, união mas persuasão. Os realizadores fornecem, portanto, um amplo desenvolvimento para as três personagens, principalmente da atriz Colman, que nos brinda com uma surpreendente atuação mesmo quando ela está limitada em uma cadeira de rodas.
Aos poucos, se percebe que cada uma delas vai aprendendo o preço a se pagar pelo que quer e quando se obtém. Independente da época, o filme é um retrato perverso, porém, necessário sobre os jogos políticos de ontem e hoje, dos quais muitos desse submundo se tornam afortunados, mas se tornando prisioneiros pelas suas próprias escolhas. O ato final enxergamos as três personagens principais muito diferentes do início da trama, sendo que Sarah, por exemplo, conseguiu enxergar muito além de sua bolha, enquanto Ana e Abigail encaram de frente as consequências ao continuarem dentro dela.
"A Favorita" é um retrato sobre as ambições do ser humano em querer se tornar afortunado, mas se dando conta que está preso dentro de sua própria bolha particular e que jamais conseguirá ser libertado. 



Cine Dica: Mostra CineAfroBH promove abertura do edital para 3ª edição

Primeira mostra audiovisual do estado destinada exclusivamente à exibição de filmes produzidos por diretores afro-brasileiros receberá inscrições de longas e curtas metragens, via edital, até o dia 31/01. Selecionados serão divulgados no dia 17 de fevereiro.

Desde sua criação em 2014, a “Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura” tem dedicado sua atuação à difundir e incentivar a produção audiovisual de realizadores afro-brasileiros, promovendo também a circulação de filmes com temáticas étnicas. Agora, a Mostra está recebendo inscrições para sua 3ª edição, por meio de edital eletrônico que convida cineastas afro-brasileiros de todo o país a participarem da programação.As inscrições ficam abertas até o dia 31 de janeiro.
Após o período de inscrições, serão selecionados 10 filmes dentre os participantes, sendo 6 obras preferencialmente produzidos por realizadores afro-brasileiros mineiros ou que sejam radicados em Minas Gerais há pelo menos dois anos, além de 4 produções de cineastas afro-brasileiros de outros estados do país. Desta forma, a Mostra CineAfroBH reafirma seu compromisso de valorizar o cenário audiovisual mineiro, construído bravamente por realizadores que atuam na transmissão das tradições culturais seculares para as futuras gerações, ao mesmo tempo que ao receber participantes de outras regiões do Brasil, constrói interlocuções e conexões com o cenário nacional.
Podem ser inscritos filmes de curta metragem (até 20 minutos) e média metragem (até 55 minutos), finalizados entre 2010 e 2018, dos gêneros de ficção, documentário e animação, sem restrições de formato de produção. Os filmes selecionados participarão da  3ª Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura, que promoverá 8 (oito) sessões de cinema gratuitas.
CIRCULAÇÃO
 A 3ª Mostra CineAfroBH: Quilombos urbanos, fé e cultura realizará até setembro de 2019, 8 (oito) sessões de cinema gratuitas, sendo 4 (quatro) itinerantes de rua nas cidades de Belo Horizonte (MG), Salvador e Valença (BA), e 4 (quatro) de contrapartida nas periferias da capital mineira. As sessões de rua acontecerão próximas às instituições culturais afro-brasileiras de quatro mestres de culturas de raiz de matriz africana, com trabalhos consolidados há mais de 20 anos.
O objetivo é homenagear e promover os mestres da Cultura Popular local com rodas de conversa e sessões de cinema, sempre próximo aos locais onde executam seu fazer cultural, contribuindo para um reposicionamento simbólico dessas atividades na comunidade local. Assim, os mestres recebem o devido positivamente o reconhecimento e a legitimação dos saberes e destes importantes agentes culturais locais, que muitas vezes são pouco reconhecidos pela indústria cultural ou mesmo pela suas próprias comunidades.
Durante toda a programação o público tem a oportunidade de conhecer centros de cultura popular, artistas locais, convidados do CineAfroBH e mestres de cultura popular. Serão realizadas duas sessões em Belo Horizonte e duas sessões na Bahia, em Salvador e em Valença, sendo que em cada uma delas ocorrerão as homenagens aos mestres de cultura que tem atuação nos espaços, comunidades e regiões em que os encontros serão sediados. Os locais em que as sessões serão promovidas ainda serão divulgados.
Sobre a Mostra CineAfroBH (MCABH)

A Mostra CineAfroBH foi idealizada em 2014 pela cineasta Carem Abreu, diretora  e produtora executiva da ATOS Central de Imagens e membro do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais  CEC-MG, desde a década de 90. A MCABH foi criada como objetivo de incentivar e divulgar a produção audiovisual afro-brasileira de Minas Gerais, além de colocar no foco das atenções o trabalho cultural desenvolvido pelos mestres das culturas populares, os verdadeiros representantes da cultura brasileira, que muitas vezes seu fazer cultural é menosprezado, ou são agredidos verbal e fisicamente por aqueles que não os reconhecem como mestres populares, em função de ignorância, intolerância e covardia imposta pelo racismo velado. Promover o conhecimento da contribuição da cultura afro-brasileira para a identidade do brasileiro e respeito pela humanidade são os objetivos primordiais dessa atividade cultural. A Mostra CineAfroBH é realizada pela ATOS Central de Imagens com patrocínio do Fundo de Projetos Culturais da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. (Projeto 0171/2017 - FPC-SMC-PBH).

Serviço
Mostra CineAfroBH promove abertura do edital para 3ª edição
Data: até 31/01
Resultado: 17/02
Realização: ATOS Central de Imagens 
Informações: www.mostracineafrobh.com

Informações para imprensa

Fábio Gomides – (31) 9 9693-2767
João Dicker – (31) 9 8841-9613

Cine Dica: Jupiter Apple em show histórico

FILME DE RENE GOYA FILHO APRESENTA SHOW HISTÓRICO DE JUPITER APPLE NA CINEMATECA CAPITÓLIOPETROBRAS 

No sábado, 26 de janeiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta filme de Rene Goya Filho com show histórico de Jupiter Apple realizado em Porto Alegre, em 2001, no período de divulgação do disco Plastic Soda. Após a exibição, o diretor e o músico Ray-Z, integrante da banda que acompanhou Júpiter naquela noite, conversam com o público. Com entrada franca, a sessão acontece no dia em que o saudoso compositor Flavio Basso celebraria seu 51º aniversário.  

CAUSTIC SODA

O show de Jupiter Apple, um dos pseudônimos mais célebres de Flávio Basso, foi gravado durante o projeto Trama ao Vivo, no ano de 2001, no Bar Opinião, em Porto Alegre. Dirigido por Rene Goya Filho e produzido pela Estação Filmes, o material foi feito em co-produção com a gravadora Trama e exibido em parte apenas na extinta TVCOM/RBS TV.

Perdido por quase 18 anos nos arquivos da produtora, o show foi resgatado no final do ano passado graças à sugestão feita pelo programador da Cinemateca Capitólio Petrobras, Leonardo Bomfim, ao diretor, que finalmente reencontrou e preparou o material há tanto tempo parado. Produzido originalmente no formato Betacam SP, o show que será exibido está exatamente como foi captado ao vivo, sem reedições ou inserção de novas cenas. Uma preciosidade para os fãs e amantes do rock gaúcho.

No repertório, Júpiter apresenta versões eletrificadas e barulhentas de canções do bossanovista Plastic Soda, revisita material de seu cultuado disco de estreia, A Sétima Efervescência, e introduz algumas composições inéditas. A resenha do show de Douglas Dickel, publicada no site Scream & Yell, destaca: “Flávio Basso (ex-Cascavelettes e TNT) é tão criativo que vira um terceiro Júpiter no palco. Seu baixo Epiphone é o centro do som (...) o que era plastic virou caustic, mas sem perder o gosto de soda. O que era psicodélico, virou rock inglês de primeira, sem comparação com o som de qualquer grande banda”.

O show marca o retorno de Júpiter a Porto Alegre, já com um novo trio (Ray-Z, guitarra e voz; Clayton Martin, bateria), depois de um bom tempo sem shows na cidade.
  
Rene Goya Filho é cineasta e produtor. Apaixonado por música e imagem, tem em sua trajetória a direção de muitos documentários, shows, séries para TV e DVDs dos mais diversos gêneros. Destaque para os longas Fandango (2007, 90 min.), Europa (2012,100 min) e Gaita na Fábrica (2018,110min), com foco no trabalho do gaiteiro Renato Borghetti e seu grupo. Dirigiu também os curtas Gaúchos Canarinhos (2007, 15 min.), sobre Aldyr Schelle, criador da camisa amarela da seleção brasileira e Um Risco no Céu (2008, 13min.), que resgata a vida e a obra do músico e compositor Carlinhos Hartlieb. Além disso, é diretor do longa Mais uma Canção (2012, 120min), sobre a trajetória de Bebeto Alves, na busca de uma identidade da canção feita no sul do Brasil. Foi indicado em 2018 ao Grammy Latino com a produção do documentário musical Borghetti Yamandu (2018, 114min). É sócio da produtora Estação Filmes, de Porto Alegre, e prepara para 2019 o lançamento de uma plataforma de vídeo e música na internet, a Viv.show.