Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Cine Dica: Curso de Férias "Construção do Personagem"


CURSO DE FÉRIAS 2019


 
Apresentação

No final do século 19, na Rússia, surgia um ator e grande entusiasta da arte da representação, que não estava satisfeito com a forma melodramática de declamação do teatro da época. Apenas poucos atores chamados "gênios" conseguiam verdadeiramente uma atuação realista, que convencesse em cena. Inconformado, este ator passou a sistematizar o trabalho dos artistas que admirava, negando toda forma de inspiração ou talento, e partindo de pressupostos técnicos e sistemáticos. Este era Constantin Stanislavski, pai da pedagogia do ator, e criador do mais conhecido e importante estudo de interpretação, o chamado Sistema Stanislavski.

Técnicas de submersão no personagem e alta dosagem nas emoções popularizaram atores como James Dean, Marilyn Monroe e Marlon Brando, entre muitos outros. Entretanto, como poderíamos entender o Método à luz de nossas experiências práticas? O que Stanislavski tinha como objetivo com a sistematização e sua busca pela verdade cênica? Será que Lee Strasberg e Hollywood de fato continuaram a pesquisa de seu sistema?


  
Objetivos

O Curso de Férias Construção do Personagem: Uma abordagem sobre a interpretação, ministrado por Juliano Rabello, tem o objetivo fornecer elementos teóricos e reflexivos que ofereçam respostas às questões fundamentais: Como construir um personagem? Como dirigir uma interpretação cênica? Baseado em experiências práticas do ministrante e de caminhos traçados por grandes atores e atrizes, o curso oferecerá aos participantes - sejam eles atores, roteiristas ou diretores - ferramentas efetivas para seus projetos cinematográficos.

 
Público alvo
O curso é aberto ao público em geral.
Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional para participar deste curso.
Trata-se de uma atividade de caráter teórico.


 

 
Curso de Férias
"CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM:
UMA ABORDAGEM SOBRE A INTERPRETAÇÃO"

de Juliano Rabello

 

Datas
09 e 10 / fevereiro / 2019 (sábado e domingo)
 

Horário
14h às 17h
 

Local
Cinemateca Capitólio Petrobras
(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro Histórico - Porto Alegre - RS)

 


****************************************
Confira a PROMOÇÃO COMBO para os Cursos de Férias 2019
****************************************


INFORMAÇÕES / INSCRIÇÕES
www.cinemacineum.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Homem Aranha: No Aranhaverso

Sinopse: Miles Morales é um jovem negro do Brooklyn que se tornou o Homem-Aranha inspirado no legado de Peter Parker, já falecido. Mas, ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite, ele é surpreendido com a presença do próprio Peter, vestindo o traje do herói aracnídeo sob um sobretudo.  

Em "Hulk" (2003) Ang Lee havia feito uma adaptação à frente do seu tempo, não somente pela sua visão mais adulta com relação ao personagem, como também pela maneira que ele conseguiu incorporar a forma de se ler uma HQ para dentro de um filme. Com uma edição caprichada, o cineasta incorporou cenas sobrepostas umas às outras e nos dando a sensação de estarmos assistindo uma HQ em movimento. Se por um lado essa forma de se assistir uma adaptação de HQ para o cinema não vingou naqueles tempos, "Homem Aranha: No Aranhaverso", por sua vez, incorpora novamente essa ideia, mas elevando as adaptações de HQ para o cinema para um novo nível cinematográfico jamais visto.
Dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, o filme acompanha a história de Miles Morales (voz de Shameik Moore), um rapaz comum do Brooklyn e cujo o seu maior ídolo é o Homem Aranha (voz de Jack Johnson). Certo dia, Morales é picado por uma aranha radioativa e testemunha o herói aracnídeo sendo morto pelo vilão Rei do Crime (voz de Liev Schreiber). Porém, ele não só dá de encontro com um outro Homem Aranha  ainda vivo, como também com outras quatro versões do herói que são vindas de realidades paralelas.
Se o leitor veterano de HQ está mais do que acostumado com sagas onde se retrata inúmeras realidades paralelas da vida dos heróis (como no caso do clássico "Crise das Infinitas Terras"), no cinema isso poderia gerar uma grande dor de cabeça para marinheiro de primeira viagem. Porém, os roteiristas foram sábios em não poluir a trama com inúmeras possiblidades complexas, mas sim deixando tudo muito mais simples e apresentando os personagens principais de uma forma muito mais leve e divertida. Outro ponto a favor é pelo fato de Miles Morales ser o verdadeiro protagonista da trama, sendo ele um Homem Aranha diferente do seu antecessor, mas tendo também que enfrentar uma encruzilhada de dor, amadurecimento e que o fará ser um herói pelas escolhas que for tomar.
Em contrapartida, não há como deixar de gostar também das outras versões do personagem, ao ponto de cada um deles possuir uma personalidade distinta uma da outra. Se por um lado temos um Peter Parker (voz de Jake Johnson) querendo se aposentar de sua vida de aventureiro, do outro, temos uma Mulher Aranha (voz de Hailee Steinfeld)  que irá agradar as meninas em cheio, assim como a pequena Peni Parker (voz de Kimiko Glenn), uma menina de 9 anos que também possui os poderes aracnídeos. Aliás, essa última possui traços de uma animação japonesa, mas se você acha isso estranho se prepare para conhecer o Porco Aranha (voz de John Mullaney), que mais parece um personagem saído de um desenho animado do looney Tunes e do Homem-Aranha Noir (voz de Nicolas Cage), que é vindo do passado e que possui traços de um personagem extraído de uma HQ Noir.    
Se já com tudo isso fará com que os fãs do personagem fiquem bastante animados, os que curtem HQ como um todo irão se maravilhar com o visual do filme, que mais parece uma HQ em movimento. Cada quatro de imagem vista na tela foi pensada para que nos passasse a sensação de que ela foi extraída de um gibi, ao ponto de testemunharmos em alguns momentos os balões de pensamentos vindos de Miles Moles e prestando uma inesperada homenagem a essa arte. Se a união entre cinema e HQ já dura há um bom tempo, essa animação veio para se comprovar que existe ainda muita coisa boa para se extrair desse casório.
Homem Aranha: No Aranhaverso, não é somente a melhor adaptação do personagem para o cinema até aqui, como também nos brinda como uma belíssima animação de qualidade e que irá agradar os fãs de todas as idades.



Cine Dica: O Desprezo, Temporada e Roma (15 a 17 de janeiro)

MELHOR FILME DO FESTIVAL DE BRASÍLIA EM DEBATE
SESSÃO COMENTADA DE CLÁSSICO DE GODARD
EXIBIÇÃO ÚNICA DE ROMA
Desprezo

A Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta três sessões especiais entre 15 e 17 de janeiro de 2019.Na terça-feira, 15 de janeiro, às 19h, acontece a Sessão ACCIRS com exibição de O Desprezo, de Jean-Luc Godard, comentada pelos críticos Renato Cabral e Daniela Strack.Na quarta-feira, 16 de janeiro, às 19h30, pré-estreia de Temporada, filme vencedor de cinco prêmios no Festival de Brasília de 2018, incluindo o de melhor filme, com a presença do diretor André Novais Oliveira. Na quinta-feira, 17 de janeiro, às 20h, a Vitrine Filmes apresenta a exibição única de Roma, a nova obra-prima do mexicano Alfonso Cuarón, ainda inédito nos cinemas de Porto Alegre.

INGRESSOS:
O Desprezo (R$ 10,00)
Temporada (R$ 10,00)
Roma: Ingressos esgotados para Quinta. Aguardem novas informações para uma possivel nova sessão do longa.  

SESSÃO ACCIRS APRESENTA O DESPREZO
A Sessão ACCIRS, evento realizado pela Accirs – Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, encerra o seu primeiro ciclo com a exibição do clássico O Desprezo, de Jean-Luc Godard, na Cinemateca Capitólio Petrobras. A sessão comentada acontece na terça-feira, 15 de janeiro, às 19h. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
Antes da exibição, a diretoria da ACCIRS vai entregar os prêmios de Melhor Curta-Metragem, Melhor Longa-Metragem e Destaque gaúchos de 2018.

O DESPREZO
(Le Mépris)
França/Itália, 1963, 100 minutos, HD
Direção: Jean-Luc Godard
Paul é um escritor que é contrata para realizar um roteiro para um novo filme com uma abordagem mais comercial de Ulisses, que será dirigido pelo cineasta Fritz Lang e produzido por Jeremy Prokosch. O envolvimento do roteirista com a produção do filme coloca em risco seu relacionamento com sua esposa Camille.
A exibição contará com a presença de Renato Cabral (Calvero Crítica de Cinema) e mediação de Daniela Strack (Zinematógrafo) e tem o apoio da Embaixada da França no Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, e do INSTITUT FRANÇAIS e integra o primeiro ciclo da Sessão ACCIRS, que possui curadoria de Leonardo Bomfim e traz como recorte produções que refletem sobre o audiovisual e o olhar para o mesmo. A Sessão ACCIRS é um evento que ocorre a cada dois meses com exibições seguidas de debate. Para conferir mais sobre a programação, acesse: www.accirs.com.br

ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA DEBATE PRÉ-ESTREIA DE TEMPORADA
Na quarta-feira, 16 de janeiro, às 19h30, pré-estreia de Temporada, filme vencedor de cinco prêmios no Festival de Brasília de 2018, incluindo o de melhor filme, com a presença do diretor André Novais Oliveira.

TEMPORADA
Brasil, 2018, 110 minutos, DCP
Direção: André Novais Oliveira
Distribuição: Vitrine Filmes
Grande vencedor do Festival de Cinema de Brasília, o filme apresenta Juliana (Grace Passô), uma mulher que se muda para a região metropolitana de Belo Horizonte, onde começa um novo emprego no combate às endemias da região. Ali ela conhece pessoas e vive situações novas enquanto tenta contato com seu marido.

 ROMA DE CUARÓN EM SESSÃO EXCLUSIVA
Na quinta-feira, 17 de janeiro, às 20h, exibição única do filme Roma, dirigido por Alfonso Cuarón, vencedor de dois Globos de Ouro e um dos principais candidatos ao Oscar 2019. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
A venda será feita apenas na internet. O endereço será divulgado nos próximos dias no site da Cinemateca Capitólio Petrobras.

ROMA
México/Estados Unidos, 2018, 135 minutos, DCP
Direção: Alfonso Cuarón
Distribuição: Vitrine Filmes
ROMA é o projeto mais pessoal do diretor e roteirista vencedor do Oscar Alfonso Cuarón (Gravidade, Filhos da Esperança, E Sua Mãe Também). A história retrata a vida de Cleo (Yalitza Aparicio), empregada doméstica de uma família de um bairro de classe média da Cidade do México chamado Roma. Em uma declaração de amor às mulheres que o criaram, Cuarón se inspira na própria infância para traçar um retrato vívido e comovente dos conflitos domésticos e da hierarquia social durante as turbulências políticas dos anos 70.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: MÁQUINAS MORTAIS

Sinopse: Anos depois da "Guerra dos Sessenta Minutos". A Terra está destruída e para sobreviver as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais.  

Hollywood vive a sua fase da “não experimentação”, optando pelas franquias já estabelecidas e deixando de lado as possibilidades de novas tendências. Claro que, uma vez ou outra, surgem filmes com um conteúdo fresco, principalmente vindo de diretores e produtores que recebem carta branca para obter tal feito. Porém, fica a dúvida sobre qual é a melhor maneira de entregar um conteúdo pouco visto aos olhos de um público, do qual está tão acostumado a franquias como, por exemplo, filmes baseados em HQ e de que maneira elas irão reagir? 
Cabe sempre ao estúdio em fazer uma boa divulgação antes de se jogar em um projeto que pode resultar em um grande prejuízomesmo quando o filme possui os ingredientes para agradar tanto a crítica como o público. Nunca me esqueço, por exemplo, da má divulgação do filme Filhos da Esperança, de Alfonso Cuarón, do qual é um dos melhores filmes de sua carreira, mas que acabou sendo um fracasso de bilheteria. É aí que chegamos ao filme Máquinas Mortas, filme de aventura retro futurística que até tem os seus pontos positivos pela sua premissa e um visual sedutor, mas que será prejudicado pela má vontade vinda do esúdio para uma boa divulgação.
Baseado na obra de Philip Reeve, e dirigida pelo estreante Christian Rivers, o filme se passa a vários anos no futuro, após uma guerra nuclear em que quase extinguiu os seres humanos. Numa terra devastada, as pequenas e grandes cidades se tornaram maquinas gigantes que se movem acima da terra, sendo que Londres, a que se tornou a mais prestigiada, localiza, devora e suga os recursos das pequenas cidades que são encontradas em seu percurso. Porém, Hester Shaw (Hera Hilmar) tem assuntos a tratar com o vilão haddeus Valentine (Hugo Weaving) dentro de  Londres, além de guardar para si um segredo que pode culminar na destruição da cidade.
Com produção e roteiro Peter Jackson, a premissa é até bem interessante, pois além de possuir um belo visual, a história é uma espécie de metáfora sobre os males do mundo atual, onde cada vez mais os poderosos se acham os donos do mundo e os pobres se tornam as minorias a serem condenadas a extinção. Isso é muito bem apresentado nos primeiros minutos de projeção, mesmo quando ação incessante teima em querer ter a nossa total atenção. Porém, tanto a fotografia, como a edição de arte e efeitos visuais fluem maravilhosamente e por além de ser uma aventura retro futurística, ela me lembrou tanto o cultuado Capitão Sky e o Mundo de Amanhã, como o subestimado Sucker Punch - mundo surreal de Zack Snyder. 
Mas por ser baseado numa obra literária, os realizadores erram feio ao concentrar a trama no casal principal para que, talvez, consiga pegar uma fatia de órfãos de sagas futurísticas como Jogos VorazesEmbora Hera Hilmar e Robert Sheehan, do qual interpreta o personagem Tom, estejam bem em seus respectivos papeis, a possiblidade deles formarem ou não um possível casal é o que menos importa para a trama. Em contrapartida, a relação conturbada de Shaw com o trágico vilão robô Shrike (Stephen Lang), acaba se tornando uma das melhores partes do filme e fazendo a gente até se lembrar de clássicos como Pinóquio. 
Falando em clássicos, é perceptível quando os realizadores se entregam as velhas fórmulas de sucesso. Da metade ao seu ato final, por exemplo, o filme segue a velha premissa básica da “jornada do herói” e fazendo com que os personagens principais nos lembrem até mesmo os heróis da franquia Star Wars. Se por um lado isso torna aventura mais empolgante em sua reta final, do outro, não se surpreenda se uma velha frase de Império Contra Ataca soar em nossa cabeça numa cena reveladora, porém, nada inspirada.  
Mas mesmo com esses momentos que nos soam familiares, Máquinas Mortais se difere das franquias atuais, pois ela não nos transmite uma pretensão de querer nos prender naquele universo fantástico, mas sim somente nos passar uma pequena lição de moral com relação ao nosso mundo e nos entreter em uma trama de pouco mais de duas horas. Infelizmente, me deu a sensação que o filme foi lançado numa época errada e correndo sério risco de se perder em meio a franquias multimilionárias. Máquinas Mortais é um estranho no ninho em meio as engrenagens de uma Hollywood movida pelo sucesso dos heróis encapuzados e de robôs anabolizados.


Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dica: Em Cartaz: Assuntos de Família

Sinopse: Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu e seu "filho" se deparam com uma pequena. A princípio eles relutam em abriga-la, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber dos abusos que ela sofre de seus pais.  
 
Kore-Eda Hirokazu tem chamado atenção da crítica e do público ao fazer um retrato singelo, mas também realístico com relação a família contemporânea no Japão. Se em Pais e Filhos, Nossa irmã mais nova e Depois da Tempestade, ele tratava o assunto com relação a família de uma forma crítica, porém, delicada, em O Terceiro Assassinato ele chegou ao ápice sobre os segredos ocultos das pessoas perante uma situação familiar inexplicável. Assuntos de Família traz o assunto familiar novamente foco, mas dosando elementos vistos nos filmes anteriores e se criando uma análise sobre o que forma realmente uma família nos tempos de hoje.
Na trama acompanhamos Osamu e seu filho(?) roubarem um supermercado. Pelo caminho eles dão de encontro com uma menina e da qual ela parece ter sido machucada pelos próprios pais. Eles decidem leva-la para casa e aos poucos começamos a conhecer o verdadeiro quadro dessa família japonesa.
Kore-Eda Hirokazu não tem pressa na apresentação dos seus respectivos personagens principais, pois a sua intenção é fazer com que a gente se familiarize com eles e tiremos as nossas próprias conclusões. Aos poucos, percebemos que não se trata de uma família meramente tradicional, mas não ficamos em um posicionamento para julgá-la e o roteiro colabora para que até torcemos para que eles desfrutem dos poucos momentos de felicidade que eles adquirem. Se no clássico Era uma Vez em Tóquio (1953) testemunhamos uma família tradicional que, aos poucos, vão se distanciando um dos outros, aqui testemunhamos o inverso e os “não laços de sangue” se tornam mero detalhe.
Kore-Eda Hirokazu também tem a proeza de fazer da casa onde eles vivem não um mero cenário, como também uma espécie de personagem cheio de segredos. Com a sua câmera, o cineasta fixa esse microuniverso particular dessas poucas pessoas, onde o pouco que lhes resta já lhe garante algum conforto. Mas uma vez que mundo real bate à porta daquele cenário, o lado acolhedor se desfaz e revelando segredos ocultos que nos faz finalmente questionar sobre quais os segredos eles guardam naquele lugar.
Uma vez acontecendo isso, o cineasta vai criando um pequeno cenário de tensão, onde a sua câmera faz um jogo de cena ao não revelar como um todo os atos e consequências da trama. Uma vez quando eles acontecem nós somos pegos desprevenidos e fazendo com que levantemos inúmeras possiblidades sobre o que está acontecendo: a cena em que não vemos um destino de um personagem, mas sim somente laranjas rolando rua, sintetiza muito bem isso.
Assuntos de Família é um retrato simples e realístico de pessoas unidas por um bem comum que é pela sobrevivência e desfrutar de um pouco de amor que tanto lhe fazem falta.  


Me sigam no Facebook, twitter, Google+ e instagram

Cine Dicas: Estreias do final de semana 10/01/19

HOMEM-ARANHA NO ARANHAVERSO

Sinopse: Miles Morales é um jovem de ascendência latina que herda o manto do Homem-Aranha. Seu desafio será fazer jus ao legado de Peter Parker, o cabeça de teia original.

A Esposa 

Sinopse: Joan Castleman é casada com um homem controlador e que não sabe como cuidar de si mesmo ou de outra pessoa. Ele é um escritor e está prestes a receber um Prêmio Nobel de Literatura. 

Assuntos de Família 

Sinopse: Depois de uma de suas sessões de furtos, Osamu e seu "filho" se deparam com uma pequena. A princípio eles relutam em abriga-la, mas a esposa de Osamu concorda em cuidar dela depois de saber dos abusos que ela sofre de seus pais.  

Yara 

Sinopse: Numa fazenda localizada no Vale do Kadisha (Libano), moram Yara e sua avó. Elas levam rotinas leves enquanto fazem a manutenção do território e desfrutam da bucólica paisagem rural. Quando Elias, um jovem andarilho, decide descansar por um tempo na vila, Yara acaba se tornando amiga dele. 

Ama-San 

Sinopse:  vida de mulheres que trabalham arriscando suas próprias vidas. Elas mergulham enquanto a luz do meio-dia se infiltra pela água.

Máquinas Mortais 

Sinopse: Anos depois da "Guerra dos Sessenta Minutos". A Terra está destruída e para sobreviver as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, e lutam com outras para conseguir mais recursos naturais.