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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Cine Curiosidade: Atriz brasileira Cris Lopes estréia filme em Buenos Aires sobre violência de gênero no Festival de Cine Inusual no Cine Gaumont

Cris Lopes está estreando em mais 2 longas no Brasil na 42a. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: Meio-Irmão de Eliane Coster como Delegada e participação especial em Bia 2.0 de Cristiano Calegari e Lucas Zampieri. "Miguel" de Natália Grecco estará na telona argentina, retratando a violência doméstica pela perspectiva da criança. Seu filho (ator Caue Camargo) afetado psicologicamente com o conflito dos pais, presencia a mãe (Cris Lopes) sendo agredida pelo pai e revive a situação em sua mente de maneira inusitada.
A atriz de cinema Cris Lopes marcará presença no Festival de Cine Inusual de Buenos Aires de 18 a 28/outubro/2018 como convidada especial para conferir os filmes desta 14a edição do festival estreando na telona na Argentina pela segunda vez como protagonista, agora com o filme brasileiro "Miguel" no Cine Gaumont no festival que será exibido dia 24/outubro às 21h.  O filme fala sobre violência contra a mulher pela perspectiva da criança. Seu filho Miguel, vivido pelo ator Caue Camargo, é afetado psicologicamente com a situação de conflito dos pais no lar e revive a situação em sua mente de maneira inusitada. Cris Lopes vive a mãe de Miguel que tem apenas 10 anos e presencia sua mãe Clara sendo agredida pelo pai.
Cris está promovendo a campanha internacional "Mais amor, carinho e respeito com Nossas Mulheres". No Brasil, a atriz  esteve em debate no Brasil com Líderes Femininas de Goiás no festival Curta Canedo que abordou o tema violência contra a mulher. Cris recebeu prêmio Menção Honrosa como Atriz pelo filme Miguel. A atriz já possui 5 premiações recentes por sua atuação no cinema nacional e estreiando mais 2 longas no Brasil esta semana na 42a. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: Meio-Irmão de Eliane Coster como Delegada e participação especial em Bia 2.0 de Cristiano Belderrain Calegari e Lucas Zampieri.
Assistir Trailer do filme "Miguel" com Cris Lopes (esposa agredida) e Caue Camargo (filho): https://www.youtube.com/watch?v=eCJiAbD-Ccw
Curtir Fan Page da atriz internacional Cris Lopes (trailers, tv, entrevistas nacionais e internacionais): www.facebook.com/crislopesoficial
Crédito Fotos: Divulgação: Atriz internacional de cinema Cris Lopes - Festival de Cine Inusual de Buenos Aires - Cine Gaumont

Divulgação:
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terça-feira, 16 de outubro de 2018

Cine Especial: Anauê!



Nota: filme exibido em sessão especial no Cinebancários de Porto Alegre no último dia 15/10/18.


Sinopse: "Anauê", filme documentário de longa metragem, revê os tempos do  Integralismo e Nazismo na região de Blumenau, em Santa Catarina. Com  depoimentos de populares da região de Blumenau, historiadores, filósofos  e sociólogos, o filme, ao tratar da história passada, visita  enfaticamente o momento atual no Brasil e no mundo.

Muitos se perguntam como pode as pessoas ter a capacidade de serem seduzidas pelo discurso vindo do fascismo, ao ponto de se cegarem e não aceitarem a real realidade sobre o quão é errado isso. Há quem diga que todos nós temos o anjo e o diabo dentro do corpo, sendo que esse último é bem mais fácil de ser seduzido e levado a um lado obscuro. “Anauê!é um filme denuncia sobre uma história pouco conhecida, mas que é preciso ser redescoberta.
Dirigido pelo catarinense Zeca Pires, o filme conta a história dos primórdios da vinda dos imigrantes alemães a Blumenau, Santa Catarina. Lá criaram a sua política, baseado nos seus costumes do seu país, mas não se desligando do que estava acontecendo nos tempos da Alemanha Nazista. Não demorou muito para esses imigrantes criassem o seu próprio partido, o integralista Anauê, que é derivado do próprio partido nazista da época. 
Assim como o documentário Menino 29 de Belisário Franca, “Anauê!” escancara da maneira mais explicita possível sobre como o partido nazista chegou pelas beiradas em território brasileiro e de como ele seduziu uma boa parcela dos imigrantes alemães e dos demais brasileiros que viviam naquele tempo. Não há como não se chocar ao vermos imagens verdadeiras das bandeiras nazistas ao lado das bandeiras do Brasil e gerando um verdadeiro paradoxo. É como se assistíssemos uma realidade alternativa, mas que estava lá escancarada em nossa história.
O integralismo possuía as mesmas regras de etiqueta dos nazistas, assim como uniformes e da maneira como as famílias se comportavam em seu dia a dia. Não faltam momentos em que testemunhamos na tela crianças adorando os líderes integralistas, além do próprio Hitler que se encontrava do outro lado do mundo. O filme ainda ganha mais peso com depoimentos de professores, historiadores e até mesmo de pessoas que conviviam com aquela realidade.
Com narração do próprio cineasta Zeca Pires, o filme faz um curioso paralelo com o clássico Aleluia, Gretchen (1976), de Sylvio Back, que fazia uma reconstituição dos fatos da época e sendo, até então, uma das poucas obras brasileiras ao tocar o dedo nessa ferida. O ritmo da obra de Pires é dinâmico, mas não somente pelas imagens de arquivo saltando da tela, como também dos depoimentos dos entrevistados que não escondem os seus olhares de espanto sobre o assunto. É claro que aquela realidade teve o seu fim, principalmente na era Vargas, mas não eliminando toda a ideia. 
“Anauê!” é sobre um passado desconhecido do Brasil perante os olhares da maioria do povo, mas que, em tempos nebulosos atuais, precisa ser revelado.


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Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: ED WOOD (1994)



Nota: filme será exibido para associados e não associados do Clube de cinema de Porto Alegre hoje, as 19h na Sala Redenção da Ufrgs.


Sinopse:Um retrato da vida de Ed Wood (Johnny Depp) concentrado nos anos 50, quando se envolveu com um bando de atores desajustados, incluindo um Bela Lugosi (Martin Landau) em fim de carreira, e fez filmes de péssima qualidade, que o fizeram passar para a história como o pior diretor de todos os tempos.



Tim Burton faz aqui (ao lado de Peixe Grande) o seu trabalho mais pessoal, sua maior obra prima e um dos melhores filmes da década de 90. Ele apresenta, com carinho e grande respeito, a ascensão de um cineasta que ficou notório por filmes fantásticos vagabundos ou sobre travestidos (Glen or Glenda), uma de suas maiores obsessões e práticas. Em belíssimo preto e branco, o filme é por fim uma homenagem aos loucos que fazem cinema, de ontem e hoje. Para completar, Martin Landau levou o Oscar de melhor ator coadjuvante pela personificação perfeita de Bela Lugosi. O filme também ficou com o Oscar de melhor maquiagem, sendo que a estatueta foi para o maquiador Rick Baker, fã de carteirinha dos filmes de terror clássico da Universal e que, segundo suas próprias palavras, faria até mesmo de graça a maquiagem em Landau que daria vida a Lugosi.



Curiosidade: Durante a cena entre Orson Welles e Ed Wood, Welles comentava que estava fazendo um filme com Charlton Heston, que seria rodado no México. Trata-se de uma referência a a Marca da Maldade, de 1958;



Martin Landau (1928 – 2017)


Nunca foi um ator charmoso, mas possuía um talento enigmático e um ar de ambiguidade irresistível. Esses talvez tenham sido os ingredientes por ter feito uma carreira discreta, mas ao mesmo tempo em que conseguia chamar atenção. Seu papel como vilão no clássico Intriga Internacional (1959) talvez seja um pequeno exemplo de que, os seus personagem, não fugiam muito de sua pessoa misteriosa e de inúmeras camadas.
Nos anos 60, por três anos, foi mestre dos disfarces na clássica série Missão Impossível e do qual lhe deu fama internacional. Porém, caiu no esquecimento entre os anos 70 e 80, mas sendo resgatado por Frances Ford Coppola em 1988 em Tucker – Um Homem e um Sonho e por Wood Allen em Crimes e Pecados de 1989. Foram papeis que lhe deram um novo ar, prestigio e indicações aos prêmios como o Oscar.
Contudo, sempre lembrarei com carinho desse ator por ter dado vida, carne e sangue ao interpretar Bela Lugosi no já clássico Ed Wood de Tim Burton. No filme, Landau interpreta a fase decadente do ator húngaro, do qual não tinha mais nenhum tostão no bolso, vivia viciado em morfina e tentava suas últimas cartadas nas produções baratas de Wood na época. Landau desapareceu por completo em cena, sendo que víamos era Lugosi novamente em vida e ganhando de forma merecida o seu Oscar de Melhor ator coadjuvante. 
Graças a essa atuação de Landau que me fez nascer o interesse pelos filmes de horror da Universal dos anos 30 e 40 e compreendendo então o legado que eles deixaram e do porque de serem tão bem lembrados pelos amantes do cinema até hoje. Martin Landau partiu, mas sua contribuição para o cinema sempre será lembrada com amor e respeito.


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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Djon África


Sinopse: Miguel Moreira, também conhecido como Tibars e Djon África, descobre que a genética pode ser cruel quando sua fisionomia – bem como alguns de seus fortes traços de personalidade – o denunciam imediatamente como o filho de  seu pai; Alguém que ele nunca conheceu. Esta descoberta intrigante leva-o a tentar descobrir quem é este homem. Tudo o que ele sabe sobre ele é o que sua avó, com quem ele sempre viveu, lhe contou.
Entre a transição do documentário e ficção surge uma nova tendência, do cinema verdade, onde acompanhamos a vida de determinado protagonista, quando na verdade é próprio ator sendo ele mesmo e revelando a sua própria realidade. Esse ano, por exemplo, tivemos o genial Baronosa, onde retratava a vida dura das mulheres das periferias tomadas pela violência entre policia e traficantes. Em Djon África essa fórmula de apresentar uma trama ganha ares universais, sobre a jornada de um jovem em busca de suas raízes e descobrindo uma conectividade de povos separados, mas distintos se comparados um ao outro.
Dirigido por Joao Miller Guerra e Filipa Reis, o filme acompanha a história de Miguel Moreira, filho de imigrantes e que mora em Portugal. Certo dia ele decide viajar para Cabo Verde, onde existe a possibilidade de seu pai ainda estar vivo e morar por lá. Em nova terra ele começa a sua jornada, mas descobrindo outros atrativos que antes era para ele desconhecidos.
Embora exista uma linha narrativa com começo, meio e fim, o filme não se envereda para o convencional, mas sim sendo uma trama em que o cinéfilo se torna o observador e acompanha o protagonista como se estivesse ao seu lado como um todo. Os cineastas Joao Miller Guerra e Filipa Reis usam poucos recursos visuais, mas usufruindo da luz do natural do ambiente e revelando o lado belo dos cenários, tanto de Portugal, como posteriormente em Cabo Verde. Outro fator determinante para a qualidade do filme é de não testemunharmos os respectivos atores em cena atuando, mas sim sendo eles mesmos.
Portanto, o que vemos é o próprio Miguel Moreira, cuja sua atuação não se difere muito da realidade, assim como a sua própria história. Miguel não conheceu realmente o seu pai na vida real e isso serviu de ponta pé inicial para o desenvolvimento da trama e criar, então, a jornada do homem comum em busca de respostas do seu passado. A busca serve como mera desculpa, já que os lugares em que ele testemunha, assim como as pessoas que ele conhece, acabam sendo até mais interessantes do que a sua principal meta.
Bom exemplo disso é quando ele conhece as habitantes do Cabo Verde, a cultura do local que, aliás, não é muito diferente da nossa. A simplicidade de lá, moldada com o cenário da própria natureza, é outro grande atrativo e que enche os nossos olhos. Mas o grande atrativo do filme fica por conta quando ele conhece uma senhora de idade, mas que tem mais a lhe oferecer do que se pode imaginar.
Sem papas na língua, a velha senhora convida Miguel em passar um tempo em sua casa, não só para trabalhar, como também aprender certos costumes. É aí que o filme nos rende momentos até mesmo de puro humor, mas isso graças à língua afiada da velha senhora que surpreende até mesmo o próprio protagonista: a cena em que ela pergunta a ele se já experimentou a tal “caixinha” é disparado o momento mais hilário da trama.
No ato final, o filme faz uma reflexão sobre a jornada, não somente do protagonista, como também com relação a nossa própria jornada em vida. Os últimos passos do protagonista na trama me fizeram lembra, por exemplo, o conceito de “A Jornada do Herói” Joseph Campbell, já que a busca do protagonista pelo seu pai talvez seja a melhor forma para ele se conhecer diante dele mesmo. Os minutos finais são poderosos, já que não somente deixa em aberto sobre o destino de Miguel, como também nos faz se perguntar sobre as inúmeras vidas que são jogadas na tela e das quais cada uma tem a sua própria história. 
Djon África é a jornada pela procura do pai, mas se revelando uma busca que nos soa familiar e que todos nós em vida devemos trilhar.



Em Cartaz: Cinebancários: Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário: 17h.   



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