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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD:





O Rei do Show

Sinopse: P. T. Barnum, um showman que tem uma tendência natural de enganar seu público, decide montar um circo na esperança de ficar famoso. Durante sua saga há ainda uma importante questão pendente em sua vida, uma paixão cega pela cantora Jenny Lind.

Levei algum tempo para assistir a essa super produção musical mas finalmente pude conferi-la nesse final de semana. No embalo do sucesso de La La Land era inevitável que surgisse novas produções desse gênero que já teve sua fase de ouro. Rei do Show segue uma tendência de grande espetáculo, mesmo quando a trama não apresente nada de novo, mas sim um show de luzes e som em grande estilo.
É claro que muitos irão reclamar devido à visão romanceada sobre P.T Barnum, um dos primeiros artistas a produzir um circo em que a grande atração era pessoas especiais das quais eram excluídas pela sociedade conservadora da época. Mas em tempos de hoje em que o conservadorismo anda se alastrando em todos os territórios, sejam eles políticos ou religiosos, é necessário haver cada vez mais filmes que deem esperanças para pessoas que sofrem devido o preconceito. Com um Hugh Jackman inspiradíssimo como protagonista, além de números musicais que nos emociona, O Rei do Show usa as velhas fórmulas de sucesso do cinema de antigamente e nos convida para ver o outro lado daqueles que tem muito a oferecer, mas esperam uma oportunidade para compartilhar.



O Jovem Karl Marx
 Leia a minha crítica já publicada clicando aqui.




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Cine Dica: Ciclo de Cinedebate 50 anos do Maio de 68




A partir de hoje, e durante as três segundas-feiras seguintes (4, 11 e 18 de junho), sempre às 19h, o SindBancários (rua General Câmara 424) promove um ciclo de cinema sobre os 50 anos das revoltas de Maio de 1968. Em parceria com Departamento de História da UFRGS, através do Luppa (Laboratório de Estudos sobre os Usos Políticos do Passado) e com o apoio da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e do Institut Français, serão exibidos no Cine Bancários quatro filmes que abordam o tema, seguidos de debates abertos a plateia



Programação:

* 28/05: “Maio de 68: uma estranha primavera – Parte 1”

(França, 2018) Dir: Dominique Beaux

Debatedores: Erick Kayser & Péricles Gomide (Historiadores)

* 04/06: “Maio de 68: uma estranha primavera – Parte 2”

(França, 2018) Dir: Dominique Beaux

Debatedores: Erick Kayser & Péricles Gomide (Historiadores)

* 11/06: “Loucuras de uma primavera” (França, 1990). Dir: Louis Malle

Debatedor: Nilo Piana de Castro (Historiador)

* 18/06: “Utopia e barbárie” – (Brasil, 2005). Dir.: Silvio Tendler.

Debatedor: Raul Pont (ex-prefeito de POA e lider estudantíl em 1968)



Certificados:

Serão confeccionados certificados de horas de atividades complementares, custeados pelos próprios participantes, emitidos pela UFRGS.



Inscrições

Os que comparecerem hoje poderão fazer as suas inscrições no próprio local.



As sessões serão gratuitas.

Promoção e apoio:

SindBancários de Porto Alegre e Região

Luppa (Laboratório de Estudos sobre os Usos Políticos do Passado)/Departamento de História da UFRGS

Cinemateca da Embaixada da França no Brasil

Institut Français
 

NOTA: Em virtude da greve dos caminhoneiros a primeira sessão que seria para hoje (28/05/18) será transferida para segunda que vem. Espero que todos estejam lá.  

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Han Solo: Uma História Star Wars



Sinopse: Após uma série de ousadas aventuras, o jovem Han Solo encontra seu futuro copiloto, Chewbacca, e o notório jogador Lando Calrissian.



Se por um lado é fácil assistir as trilogias de Star Wars no cinema, por outro, acompanhar o universo expandido de cabo a rabo é uma missão praticamente impossível. Basta, por exemplo, observar que há um número cada vez maior de HQ, livros e vídeo games vistos no mercado e isso sem contar as séries animadas e de futuros projetos para TV que estão em andamento. Contudo, o projeto da Disney em criar filmes recentes derivados da franquia original, nos convida para assistir histórias fechadas e se tornando bem vindas até mesmo para aqueles que nunca assistiram nada até hoje da franquia. 
Rogue One, por exemplo, foi um filme bem executado e sendo bem aceito pelo público. Ao focar em eventos que se localizam pouco antes dos vistos no clássico Uma Nova Esperança de 1977, o público teve a oportunidade de testemunhar uma trama que vai muito além de mestres Jedis e dos significados da força. Han Solo: Uma História Star Wars segue essa mesma cartilha, mas usando um personagem clássico da franquia original e que, embora com as suas inúmeras falhas, é um filme até certo ponto divertido e convidativo para os leigos.
Dirigido sob encomenda pelo cineasta Ron Howard (Uma Mente Brilhante), aventura se passa anos antes de Uma Nova Esperança, onde vemos o jovem Han Solo (Alden Ehrenreich) iniciar os seus primeiros passos como contrabandista da galáxia. Além de conhecer o seu futuro copiloto Chewbacca, Han conhece outros contrabandistas como Tobias (Woody Harrelson) e Lando (Donald Glover), sendo ele dono da millenium Falcon na época. Com o intuito de reencontrar a sua namorada Kira (Emilia Clarke), Han embarca em inúmeras aventuras, tanto para reencontrá-la, como também para obter algum lucro ao lado dela.
Se Rogue One funcionava com uma história independente, mesmo ela trazendo alguns elementos da primeira e segunda trilogia, Han Solo tem a missão ingrata de trazer de volta o anti-herói para as telas que tanto os fãs amam e fazendo da obra algo muito dependente da trilogia original. Porém, assim como Rogue One, a trama até que funciona de uma forma fluida, mesmo quando ela possua situações que nos lembrem demais os espetáculos visuais dos filmes originais. Quando eu pensava num filme estrelado por  Han Solo, por exemplo, eu sempre imaginava algo bem mais próximo de um faroeste se passando no espaço e desprendendo um pouco das questões que vão desde ao império e a resistência.
Mas se esse detalhe me incomodou, por outro lado, foi uma surpresa em ver o bom desempenho de Alden Ehrenreich em cena. Embora Harrison Ford ainda seja o interprete definitivo de Han Solo, Ehrenreich até que se sai bem, não só interpretando, como também imitando os trejeitos e os cacoetes que o ator havia inventado para o personagem na época. Se alguns dirão que isso é falta de inspiração, por outro lado, é uma prova que o ator tem uma total consciência do vespeiro que havia se metido e não queria desapontar os fãs de imediato.
Mas se por um lado Woody Harrelson se sai bem como uma espécie de mentor para o futuro contrabandista, por outro lado, Donald Glover não consegue se sobressair ao dar vida ao jovem Lando e estando somente em cena para mostrar como ele e Solo se conheceram e como esse último adquiriu a millenium Falcon. Porém, Emilia Clarke se sobressai como interesse amoroso do protagonista, pois além de se revelar como mais uma mulher forte dentro da franquia, a interprete também consegue nos passar certo ar de ambiguidade em sua personagem e fazendo com que nunca tenhamos certeza de suas reais intenções. Isso acaba até mesmo gerando sementes para a construção do caráter de Solo, já que no início do filme original ele somente tinha interesse por lucro e nunca abraçar uma causa que existe em seu mundo em volta.
Porém, quando desejamos mais do filme, ele acaba se encaminhando por veredas que teimam em se interligar aos filmes originais. Isso faz com que não tenhamos a construção por completo da imagem de Han Solo que nós conhecemos. Ao invés disso, principalmente no ato final da trama, os realizadores se preocuparam não somente em terminar o filme logo de uma vez, como deixar algumas pontas soltas para uma possível sequência e isso se potencializa com a aparição surpresa de um personagem até então esquecido da franquia. 
Em meio a tropeços e acertos, Han Solo: Uma História Star Wars é uma aventura despretensiosa e da qual os fãs precisam levar ela somente na esportiva.