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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Cine Especial: A Arte de Contar Histórias: Extra





Assim como no recente curso sobre Charles Chaplin, eu decidi nesse último final de semana revisitar também o curso A Arte de Contar Histórias, criado pelo Cine Um e ministrado pelo diretor e roteirista Alexandre Derlam. Na primeira vez que eu havia participado da atividade foi no ano passado e em quatro aulas. Embora nessa segunda visita o curso tenha sido reduzido em dois dias, é curioso como Alexandre tornou tudo muito mais dinâmico e aprofundando ainda mais sobre as obras que ele mesmo havia criado.
Dessas obras, o grande destaque ficou por conta do seu curta Rito Sumário, vencedor de dois prêmios no festival de Gramado em 2015, cuja sua atmosfera 'noir contemporânea" me conquistou desde o primeiro momento em que eu assisti. Isso se deve principalmente pelo fato do curta nos apresentar um olhar diferente sobre Porto Alegre em seus segundos iniciais, onde as cenas filmadas nas ruas da cidade nos revelam uma realidade que, ou a gente desconhece, ou que não queremos conhecer. Curiosamente, conheci a trama somente na primeira versão do curso, onde Alexandre nos brindou com o roteiro de sua obra e fez com que a gente lesse antes de apreciá-la.
Nunca me esqueço quando eu li o roteiro pela primeira vez, pois assim como num livro, a gente começa imaginar as situações de acordo como esta escrito nas folhas. Ao presenciar a obra filmada, reparei que algumas passagens do roteiro não haviam sido levadas para tela, mas algumas não só foram fieis como também me fizeram me dar conta que eu imaginava elas de uma forma completamente diferente. Isso muito se deve, não somente ao lado criativo Alexandre e de sua equipe que moldaram o filme, como também do pequeno elenco que levou a sério em cada cena filmada e nos dando a entender que improvisaram inúmeras situações apresentadas na tela.
Drive 
Além disso, Alexandre nos deu um imenso prazer ao fazer uma analise minuciosa de alguns títulos cinematográficos, que foi desde a Rocky á Juno e cujo lado autoral de determinados cineastas fazem com que essas obras se tornassem indispensáveis para os cinéfilos. Bom exemplo do qual foi analisado durante atividade foi o filme Drive do cineasta Nicolas Winding Refn. Estrelado por Ryan Gosling (Blade Runner 2049), os primeiros minutos do filme podem ser até mesmo interpretados como curta metragem, onde é apresentado o protagonista, mostrando rapidamente sobre o que ele faz e terminando a sequência de uma forma redonda e que nos fisga para acompanharmos o restante da obra.
O curso não foi somente elaborado para incentivar determinadas pessoas a se tornarem futuros cineastas, como também faz a gente ter um olhar mais minucioso sobre o perfeccionismo na realização de determinados filmes e sobre o que fazem deles se tornarem até mesmo grandes clássicos futuramente. Enfim, um curso da qual aproveitei muito bem e tenho mais do que agradecer a Alexandre Derlam pela sua criatividade e empenho durante atividade.  
E que venham mais cursos do Cine Um.
  
Veja os especiais que eu havia feito sobre atividade no ano passado clicando aqui e aqui.
Saiba mais sobre os cursos do Cine Um clicando aqui. 



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Cine Dica: Oficina de Roteiro de Cinema

.** VAGAS LIMITADAS ** 


Apresentação

Oficina de Roteiro de Cinema (Turma 16) é uma atividade focada na criação e na redação do roteiro audiovisual, desde a ideia inicial, passando por seus diversos tratamentos, até a conclusão de um roteiro acabado para curta-metragem. Na Oficina serão estudados os princípios técnicos do trabalho de um roteirista. O desafio é: como escrever sem cair nas fórmulas pré-fabricadas?


O objetivo da Oficina de Roteiro de Cinema é oferecer aos participantes as ferramentas técnicas que deverão ser aliadas à criatividade para o desenvolvimento da escrita audiovisual. A proposta é que os participantes desenvolvam individualmente, até o final da Oficina, um roteiro completo para um curta-metragem, passando por todas as etapas de sua concepção.


A Oficina

A Oficina de Roteiro de Cinema (Turma 16), ministrada pelo roteirista e escritor Marcelo Cortez, desenvolverá aulas teóricas e práticas de redação de roteiro para seriado, curta e longa-metragem. Serão 7 aulas presenciais semanais ao longo das quais cada aluno desenvolverá um roteiro de curta-metragem, com supervisão individual do professor. As aulas serão ministradas no Centro Cultural CEEE Érico Verissimo (Porto Alegre), aos sábados pela manhã.



Público Alvo
A Oficina é aberta a todos os interessados. Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional para participar desta atividade.


Conteúdo das aulas

Introdução ao roteiro / Logline / Sinopse / Argumento / Escaleta / Estrutura / Personagens /
Conflito / Descrição / Diálogos / Cenas


Metodologia

Aulas expositivas, leitura de roteiros, análises de filmes, estudo de textos de apoio, exercícios focados, acompanhamento individual no desenvolvimento do roteiro e indicações bibliográficas.


Cronograma das aulas

(Sábados – das 10h às 12h30)
Encontro 1: 14 / Abril
Folga: 21 / Abril
Encontro 2: 28 / Abril
Encontro 3: 05 / Maio
Encontro 4: 12 / Maio
Encontro 5: 19 / Maio
Encontro 6: 26 / Maio
Folga: 02 / Junho
Encontro 7: 09 / Junho


 Ministrante: Marcelo Cortez

Formado em Letras pela UFRGS, estudou roteiro audiovisual na Vancouver Film School. Atualmente, trabalha como tradutor de jogos de videogame, escritor de ficção e roteirista para televisão, cinema e videogame.



Oficina de Roteiro de Cinema - Turma 16
de Marcelo Cortez

Início: 14 de Abril (sábado)

Horário: 10h às 12h30

Duração: 7 encontros semanais presenciais (17,5 horas / aula)

Local: Centro Cultural CEEE Erico Verissimo

Investimento
- Cartão de Crédito: R$ 460,00 (parcelado em 3x)
- À Vista (Depósito bancário / transferência): R$ 420,00
* Valor promocional para as primeiras 5 inscrições: R$ 400,00
(válido apenas para pagamento por depósito bancário / transferência)

Formas de pagamento
Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material
Certificado de participação e Apostila


Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714

Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: TRAMA FANTASMA

Sinopse: Nos anos 1950, Reynolds Woodcock é um renomado e confiante estilista que trabalha ao lado da irmã, Cyril, para vestir grandes nomes da realeza e da elite britânica. Sua inspiração surge através das mulheres que, constantemente, entram e saem de sua vida. Mas tudo muda quando ele conhece a forte e inteligente Alma, que vira sua musa e amante.

Os personagens do cineasta Paul Thomas Anderson são pessoas em busca da perfeição, mas que caem na realidade ao se darem conta que não são extamente indestrutíveis. Se em Boogie Nights há o desejo vindo dos seus protagonista por uma elaboração perfeita dentro de um gênero desprezado como os filmes pornôs, em Sangue Negro vemos um homem que se tornou poderoso graças ao petróleo, mas tendo um alto custo a pagar consigo mesmo. Em Trama Fantasma, o cineasta dá então ao seu protagonista uma segunda chance no seu limiar, mas que não deixa ainda de ser peculiar.
Estamos nos anos 50, onde Reynolds Woodcock (Daniel Day-Lewis) é um renomado estilista e do qual é requisitado por todas as famílias do alto escalão, incluindo a da elite Britânica. Seus interesses pelas mulheres são unicamente para elas servirem de modelo para suas obras, como no caso de Alma (Vicky Krieps, do recente O Jovem Karl Marx). Contudo, Alma talvez tenha algo que Woodcock jamais imaginaria que um dia desejaria, mas se dando conta disso em meio a dores e jogos psicológicos.
Assim como os outros personagens de sua filmografia, Paul Thomas Anderson novamente nos brinda com um protagonista que mais parece uma entidade da qual é impenetrável e meio que difícil de compreendê-la num primeiro momento. Porém, a partir do momento em que as cortinas vão se desvencilhando, conhecemos então uma faceta frágil  de Reynolds e da qual ele a mantinha para se alto proteger e jamais deixar a sua defesa cair. Daniel Day-Lewis novamente dá um show de interpretação e cada cena dele nos faz lamentar ainda mais o fato que esse pode ser o seu último desempenho da carreira dentro do cinema.
Embora envolvido no mundo da moda, o seu personagem não esconde uma aura machista, prepotente, perfeccionista ao extremo e insensível perante as mulheres em sua volta. Cabe então a presença de mulheres fortes para lhe puxar as suas rédeas e fazer ele se dar conta de que um gênio não significa ser infalível. Se a presença de sua assistente Cyrill (Lesley Manville, de Malévola) talvez venha a ser como uma espécie de sucessão de sua mãe, Alma venha ser então uma peça do tabuleiro que faltava para ele, mesmo que num primeiro momento não se dar conta disso.
Reynolds tem pleno conhecimento de que, devido as suas ações, faz com que as pessoas se afastem dele, mas ao invés de se fortalecer, talvez no seu intimo ele procure alguém que o faça-lhe parar. Alma talvez venha a ser essa pessoa, pois demonstra desejo e amor pelo protagonista, mas não escondendo certa ambição por esse universo tão rico da moda. Embora com uma atuação contida, Vicky Krieps surpreende ao não se intimidar pela presença de Daniel Day Lewis em cena e criando para a sua personagem, tanto um ar paixão, como também de antagonismo e até mesmo ameaça.
Se tem então um filme um filme cujo os interpretes dominam a cena de cabo a rabo e tornando então os ingredientes principais para moldar o filme como um todo. Pode-se dizer que esse é o filme mais contido de Paul Thomas Anderson, pois em seus filmes anteriores se percebia um perfeccionismo maior e um desejo de incluir a sua forma de filmar. Porém, o seu olhar na forma de filmar ainda sentimos, seja nos momentos em que ele cria o seu habitual plano sequência do qual segue os seus personagens, ou quando sua câmera consegue extrair todo os conflitos internos que a dupla central sente na cena-chave que se encontra nos minutos finais  da obra.
Trama Fantasma é o filme mais elegante, porém, o mais contido da filmografia de Paul Thomas Anderson, mas não significa que seja menos do que genial. 


sábado, 24 de fevereiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Paulistas

Sinopse:Paulistas e Soledade são duas regiões rurais localizadas no sul de Goiás. No começo da década de noventa o êxodo rural foi intensificado com a expansão da monocultura agrícola e a exploração dos recursos hídricos. Desde 2014, não existem mais jovens morando na região. Estamos em julho, mês de férias. Época em que os filhos visitam a casa dos pais.

O maior patrimônio é aquele vindo da própria terra, mas que as vezes o homem extrapola o seu desejo pelo consumo desenfreado para assim obedecer um capitalismo insaciável. Em meio a esse processo acaba sobrando para pessoas que, antes donas de grandes terras, sendo então aos poucos jogadas em um canto da história e tendo que manter somente com o que  resta. Paulistas é uma analise sobre as consequências desses eventos e deixando em aberto sobre o futuro daqueles que ainda se manteram como que tinham.
Dirigido por Daniel Nolasco (Febre da Madeira),o filme é Inspirado na história do próprio diretor. O filme conta a história das transformações de uma região por meio do olhar e da relação de três irmãos: Samuel, Vinícius e Rafael. Os três se mudaram para a região urbana de Catalão e deixaram para trás a cidade onde nasceram, retornando apenas para passar férias.
Através desses três personagens, observamos uma mistura entre a tradição e a modernidade, onde a tecnologia existe no local a até certo ponto, mas é a partir dos velhos recursos é o que faz do local ainda estar vivo. O filme desvenda que, durante a década 70, isso não era sempre assim, pois a região rural do sul de Goiás era formada por um conjunto de pequenas fazendas, todas com poucos hectares de terra e com agricultura de subsistência. Todos os moradores da região de Paulistas eram de uma mesma família, mas isso, infelizmente, começou a mudar  anos 80, com a chegada da monocultura da soja no Estado e com a compra dessas fazendas pelos latifundiários.
Começou aí o êxodo da população rural para as cidades e transformando a região em um país de população urbana. É aí então que  Daniel Nolasco decidiu se aventurar nessa região que lhe é tão familiar, focando ao máximo essas pessoas, mas sem se intrometer em seu dia a dia. Embora seja um documentário, percebemos que raramente os protagonistas falam com a câmera, pois ficam agindo naturalmente e tão pouco escondendo as suas próprias realidades.
Em tempos em que existe a tendência do movimento “ficção/documentário”, do qual domina o cinema independente brasileiro atual como um todo, aqui isso vai muito mais além, pois não há trilha, efeitos ou algo do gênero, mas sim um cinema verdade e do qual escancara uma realidade crua e intima vinda daqueles habitantes. Querendo ou não, testemunhamos eles sobrevivendo, seja com que eles têm, ou fazendo aliança com as grandes indústrias como a Cargill alimentos por exemplo.
Mas o que torna o filme especial é a forma como o cineasta cria em forma de mosaico de cenas reveladoras, onde através das imagens da tv, por exemplo, testemunhamos momentos sobre a mudança do local. Curiosamente, constatamos que a imprensa tem um papel fundamental em informar sobre o que estava acontecendo por lá, mas escondendo a reais mudanças que viriam acontecer. Não deixa portanto de ser uma pequena crítica contra a imprensa atual que se encontra parcial sobre os inúmeros fatos que ocorrem em nossa politica e a cena final de uma tv, da qual havia levado tiro gradualmente ao longo do filme, sintetiza muito bem isso.
Paulistas é documentário sobre uma realidade que dificilmente certas emissoras de tv mostram, pois tentam somente vender um real colorido e plasticamente falso. 

Nota: O filme está em cartaz na Cinebancários. R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário 17horas. 


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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Cine Dica: Nova sessão de Etéia, a Extraterrestre

Nova data para a sessão de Etéia, a Extraterrestre em sua aventura no Rio, adiada na última semana por causa da tempestade que deixou quase toda região central de Porto Alegre sem luz. 
Na sexta-feira, 23 de fevereiro, às 20h30, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma edição especial do Projeto Raros com Etéia, a Extraterrestre em sua aventura no Rio (1983, 96 minutos), filme dirigido por Roberto Mauro e protagonizado pela mítica Zezé Macedo, em cópia restaurada em 35mm. Com apoio da Cinemateca do MAM – RJ, a sessão tem entrada franca e encerra a programação da mostra A Vingança dos Filmes B – Parte VII.
Depois de sua aventura na terra, o ET retornou ao seu planeta de origem. Mas sua namorada, Etéia (Zezé Macedo), segue procurando seu amor desaparecido através da galáxia. Ela perde o controle de sua nave espacial e acaba perdida no Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, na esperança de encontrar o seu bem amado, acaba envolvida em várias escaramuças. A comédia brasileira foi lançada apenas um ano após a estreia de E.T. – O Extraterrestre de Steven Spielberg.

Projeto Raros Especial
Etéia, a Extraterrestre em sua aventura no Rio
23 de fevereiro – 20h30
Mostra A Vingança dos Filmes B - Parte VII
Brasil /1983/ 96 minutos
Direção: Roberto Mauro
Com: Zezé Macedo, Wilson Grey, Celia Cruz