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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Cine Dica: Projeto Raros exibe curtas de Curtis Harrington Cinema x

VANGUARDA E HORROR DE CURTIS HARRINGTON NO PROJETO RAROS
Na sexta-feira, 30 de setembro, às 20h15, o Projeto Raros da Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) apresenta uma seleção de curtas-metragens de Curtis Harrington, um dos nomes mais singulares da história do cinema de horror. Após a exibição, há debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e Paulo Blob. Com projeção digital e legendas em português traduzidas pelo pesquisador Carlos Primati, a sessão tem entrada franca.
O Projeto Raros introduz a Semana Curtis Harrington, que apresenta a partir do dia 4 de outubro uma programação de filmes em homenagem ao diretor, que completaria 90 anos neste mês. Em breve informações completas do ciclo.

CURTAS-METRAGENS DE CURTIS HARRINGTON

A trajetória cinematográfica de Curtis Harrington começa já na adolescência, na década de 1940, quando o garoto de quinze anos realiza em 1942 o curta amador The Fall of the House of Usher, baseado no clássico de Edgar Allan Poe.
Pouco depois, iniciava a amizade com grandes nomes da vanguarda da costa oeste americana, como Maya Deren e Kenneth Anger (em 1949 fez a direção de fotografia de Puce Moment, marco do cinema experimental), e de mestres do cinema clássico hollywoodiano, como James Whale e Joseph von Sternberg. Realizados nesse período, os curtas Fragment of Seeking, Picnic e On the Edge revelam as influências ao mesmo tempo em que introduzem o universo completamente pessoal que seria explorado com mais densidade por Curtis Harrington nos longas-metragens dos anos 1960 e 1970.
A sessão ainda apresenta The Assignation, filme dos anos 1950, rodado em Veneza, considerado perdido por muito tempo; The Wormwood Star, um estudo sobre a obra da pintora e ocultista Marjorie Cameron, The Four Elements, um ensaio poético produzido para o governo norte-americano; e Usher, o último filme de Harrington, um remake do curta de estreia, protagonizado por integrantes da Igreja de Satã.

SINOPSES

The Fall of the House of Usher (1942, 5 minutos)
Adaptação do conto de Edgar Allan Poe feito por Harrington aos quinze anos, quando estava na escola.
 
Fragment of Seeking (1946, 16 minutos)
Harrington interpreta um jovem homem que procura desesperadamente uma companhia feminina. Ele acaba descobrindo sua sexualidade através de uma exploração surreal. Realizado um ano antes de Fireworks de Kenneth Anger, com similaridades na abordagem do conteúdo homoerótico.

Picnic (1948, 22 minutos)
O comentário satírico da vida da classe-média americana ganha uma continuidade onírica onde o protagonista possui um objeto de desejo ilusório.

On the Edge (1949, 6 minutos)
Nessa frágil mas assustadora fantasia poética, em uma paisagem industrial sombria, Harrington elenca sua mãe e seu pai nos papéis principais.

The Assignation (1953, 8 minutos)
Considerado perdido por muito tempo, esse foi o primeiro filme colorido de Harrington. Foi rodado em Veneza assim como  Fragment of Seeking, acompanha uma figura mascarada pelos canais labirínticos da cidade, concluindo num clímax espetacular.  

The Wormwood Star (1955, 10 minutos)
Um estudo fílmico sobre o trabalho da famosa pintora, oculista e entusiasta de Aleister Crowley, Marjorie Cameron.

The Four Elements (1966, 13 minutos)
Documentário poético e vanguardista feito para a Agência de Informação do Governo dos Estados Unidos.  

Usher (2002, 38 minutos)
O último filme de Harrington é um remake de um curta que ele fez no colégio, baseado na clássica história de Edgar Allan Poe. Aqui ele novamente expressa seu interesse no oculto, ao colocar no filme membros conhecidos da Igreja de Satã, Nikolas and Zeena Schreck.
 
PROJETO RAROS
30-09 – 20h15
Curtas-metragens de Curtis Harrington
The Fall of the House of Usher, Fragment of Seeking, Picnic, On the Edge, The Assignation, The Wormwood Star, The Four Elements, Usher
  
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: SETE HOMENS E UM DESTINO



Sinopse: O povoado de um vilarejo mexicano está em pavor desde que um bando liderado pelo temido Calvera chegou na região. Alguns moradores decidem buscar ajuda e contarão com o apoio de sete valentes pistoleiros, liderado por Sam Chisolm (Denzel Washington), que chegam para pôr fim a onda de terror.

Embora muito se reclame hoje em dia das refilmagens de um determinado clássico, é bom sempre lembrar que não é de hoje dos filmes possuírem a sua segunda ou terceira versão. Bem-Hur de 1959, por exemplo, já era a terceira versão do conto, sendo que hoje em dia é a versão mais lembrada, mesmo com a recente e dispensável nova versão vista há pouco tempo nos cinemas. Porém, percebo que as refilmagens atuais tentam pelo menos respeitar a fonte original através de uma releitura e essa nova versão do clássico Sete Homens e um Destino segue muito bem essa minha teoria. 
Dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento e O Protetor), a trama todos já conhecem: cidade é atacada e explorada por criminosos gananciosos. Numa forma para contornar esse problema, os habitantes recorrem ajuda a sete pistoleiros, sendo que cada um tem o seu motivo por se envolver nessa missão. Pistoleiros e habitantes tem então uma jornada de preparo antes do dia D com a chegada dos criminosos.
Até aqui, se percebe que a trama é basicamente a mesma, mas a releitura imposta aqui é tão forte, que dá a sensação de que estamos diante de uma história original. Os criminosos, por exemplo, são comandados pelo ganancioso Bartholomew Bogue (Peter Sarsgaard, ótimo) que deseja a todo custo àquelas terras, mesmo correndo o risco de ter que matar todos da cidade. Uma clara referencia que se faz a corrida pelo petróleo ou pela aceleração das novas imobiliárias pelo mundo que dão o sangue para adquirir novas terras nos dias de hoje.
Com o problema instaurado, cabe a única protagonista feminina da trama Emma Cullen (Haley Bennett) arregaçar as mangas e procurar ajuda. A partir daí, se tem apresentação de cada um dos sete pistoleiros que aceitam a missão e que, gradualmente, vamos conhecendo as suas motivações e personalidades distintas. Em momento algum sentimos que a apresentação de cada um seja uma copia do original, sendo elas, por vezes, genuínas se comparado as suas fontes.
Do elenco que forma os sete pistoleiros, se destaca logicamente Denzel Washington, que irá liderar essa trupe. Contudo, cabe cada um ser o responsável para dar o tom certo ao filme: Chris Pratt (Guardiões da Galáxia) representa os toques de humor, Ethan Hawke (Dia de Treinamento) e Vincent D'Onofrio (da série Demolidor) carregam os seus conflitos interiores, enquanto Byung-Hun Lee (G.I.Joe: Retaliação) e Martin Sensmeier, não só são a representação da diversidade raramente vista nesse tipo de filme, como também são protagonistas de boas cenas de ação. Infelizmente o mexicano, interpretado por Manuel Garcia-Rulfo é o único personagem dos sete que é menos explorado, mas dá conta  do recado.
Embora seja novo dentro desse gênero, Antoine Fuqua não se intimidou na sua criação e nem pelo fato de ser uma refilmagem de um clássico. No decorrer do filme, a sua direção caminha com elegância e não se apressando na apresentação das cenas de ação. Quando elas acontecem, Fuqua injeta um grau de verossimilhança e criando um verdadeiro baile de som e imagem, alinhado com uma bela fotografia, montagem e trilha sonora, que, aliás, remete ao clássico de 1960.
É claro que os fãs do original já conhecem de cor e salteado como essa trama irá terminar. No decorrer do filme o roteiro já nos dá até mesmo dicas sobre os inevitáveis destinos da maioria dos personagens. Porém, é impressionante que mesmo quando isso ocorre, a trama nos brinda com momentos que nos pega desprevenidos e fazendo com que a teoria da releitura dita no início desse texto se fortaleça ainda mais.
Mesmo que continue havendo protestos contra refilmagens, Sete Homens e um Destino veio para provar que nunca é demais revisitar velhos clássicos com uma nova vestimenta e que ao mesmo tempo consiga nos surpreender com uma releitura convidativa.


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Cine Dica: Mostra "Era Vargas" no CineBancários



O CineBancários exibirá, em caráter inédito no circuito exibidor gaúcho, os quatro documentários de Eduardo Escorel que compõem a série “A Era Vargas”, realizados entre 1990 e 2016. Eles abordam o período desde a tomada do poder por Getúlio Vargas, em 1930, até a sua deposição em 1945.
A mostra, cujo destaque é o filme 1937-1945: Imagens do Estado Novo, exibido recentemente no 21º Festival Internacional de Documentários - É Tudo Verdade / It’s all true, contará também com um debate, do qual participarão o realizador dos filmes, Eduardo Escorel, e a Profa. Dra. Carla S. Rodeghero, do PPG-História da UFRGS. O encontro oportunizará a reflexão sobre as relações entre cinema e história, consideradas a partir da experiência de produção de documentários com imagens de arquivo, e terá mediação da historiadora Dra. Alice D. Trusz. O evento é uma realização do GT História Cultural Anpuh-RS e conta com o apoio do Programa de Educação Patrimonial UFRGS-APERS e do CineBancários.
 
Os filmes serão exibidos entre 28 de setembro e 02 de outubro nas sessões das 15h e 17h. O debate será realizado no sábado, 01 de outubro, às 17h, com entrada franca. 
MOSTRA “A ERA VARGAS” – DOCUMENTÁRIOS DE EDUARDO ESCOREL 
Integram a série sobre a Era Vargas os filmes 1930 – Tempo de revolução (1990), 32 – A guerra civil (1993), 35 – O assalto ao poder (2002) e 1937-1945: Imagens do Estado Novo (2016). Marcados pelo compromisso de divulgar fatos importantes de períodos menos conhecidos da história brasileira de maneira clara e didática, mas sempre com o rigor histórico necessário, os documentários tiveram origem em um projeto idealizado pelo produtor Claudio Kahns e pelo cientista político André Singer. Os dois primeiros filmes foram realizados para exibição em televisão aberta, na TV Manchete, tendo sido produzidos em curto espaço de tempo e em formato adequado ao seu canal de veiculação. Já o terceiro episódio da série, sobre 1935, teve sua produção estendida por quase uma década, em parte, segundo Escorel, à sua temática, sobre a qual havia desinteresse e consequente dificuldade de captação de recursos.
São traços comuns aos três primeiros filmes o emprego de documentos de distintas tipologias, prevalecendo fotografias, filmes e o recurso à imprensa da época, além de depoimentos de testemunhas e considerações analíticas de especialistas. Já o quarto filme da série, 1937-1945: Imagens do Estado Novo, inteiramente construído a partir de imagens de arquivo, rompe com a lógica seguida pelo realizador nos filmes anteriores. Tendo sua estrutura criada a partir do diário de Getúlio Vargas e das correspondências trocadas entre ele, seus ministros, parentes e o povo, a partir do que é construído um texto em off narrado na própria voz de Escorel, a obra se afasta do documentário clássico e se aproxima de uma forma ensaística, abrindo espaço para a reflexão sobre o próprio processo de produção das imagens. Pois Escorel, que também faz a leitura do diário e das cartas, assume a tarefa de provocar o olhar do espectador e conduzi-lo a questionar as imagens que assiste. Considerando as suas diferentes origens, destinações e usos, ele evita o seu uso ilustrativo para priorizar um exame atento ao seu potencial cognitivo, estimulando a percepção crítica sobre as imagens oficiais do regime e as demandas que motivaram a sua produção. Essa postura de problematização também é estendida à apropriação das imagens de arquivo pelo cineasta, procedimento que é evidenciado também pela montagem, que estabelece diálogos entre as imagens oficiais dos cinejornais e aquelas dos filmes amadores domésticos. Nesse processo, reconhece-se, ainda, a importância daqueles que produziram e preservaram as imagens levantadas pela produção dos documentários, muitas das quais inéditas, permitindo que hoje existam imagens do e sobre o passado e que elas possam ser retomadas para novos usos, entre os quais a produção de documentários sobre a história política brasileira e a história da produção e usos das imagens a partir de demandas políticas.
OS FILMES
1930 – Tempo de revolução (1990)
Neste filme é abordado o movimento de 1930, por meio do qual Getúlio Vargas ascendeu ao governo do país, procurando compreender o processo de substituição das oligarquias no poder central a partir da remissão a outras insurgências que marcaram a década de 1920, como o movimento tenentista, e que dão conta da instabilidade política das primeiras décadas do regime republicano brasileiro.
32 - A guerra civil (1993)
Para os paulistas, no início da década de 1930, o Governo Provisório de Getúlio Vargas se transformou numa ditadura. Contra ela, os paulistas deflagraram uma guerra civil, que se estendeu por três meses e teve apoio maciço da população. Contudo, foi derrotada, resultando grande número de mortos e feridos. O documentário trata desses eventos e questiona a noção ainda hoje dominante de que a guerra tinha propósitos separatistas.
35 - O assalto ao poder (2002)
O ano de 1935 estava chegando ao fim quando três levantes militares, em três diferentes capitais brasileiras, tentaram derrubar o governo de Getúlio Vargas. Liderada por membros do Partido Comunista do Brasil, a insurreição deflagrada em Natal, Recife e no Rio de Janeiro, foi um fracasso militar e político. Em poucos dias o movimento foi inteiramente dominado. O governo de Getúlio foi implacável com os insurretos, prendendo-os e torturando-os. O filme examina tais questões a partir de diferentes fontes e imagens inéditas, encontradas também em arquivos europeus e norte-americanos, trazendo ainda depoimentos de vários participantes do levante e intervenções de historiadores, cientistas políticos e jornalistas especialistas no tema.
1937 – 1945: Imagens do Estado Novo (2016)
O documentário mobiliza cinejornais, fotografias, propagandas, cartas, filmes domésticos e de ficção, canções e trechos do diário de Getúlio Vargas para, através da comparação e análise desses registros heterogêneos, produzidos para fins diversos, da propaganda política à celebração familiar, explorar as diversas camadas da trama política do regime expondo suas fontes de inspiração externas, sua forma de funcionamento e contradições. Segundo Escorel, trata-se menos de “um documentário sobre o Estado Novo, e sim um filme sobre as imagens a respeito do Estado Novo”, que discute os sentidos da produção e apropriação de imagens de arquivo para a produção de filmes e de conhecimento sobre o passado. Neste caso, buscando reavaliar a herança do período ditatorial do Estado Novo e sua importância para a compreensão da ditadura civil-militar de 1964.
EDUARDO ESCOREL
Cientista Político, cineasta e documentarista paulista, Eduardo Escorel teve destacada atuação como diretor, produtor executivo, roteirista e montador de diversas obras fundamentais na história do cinema brasileiro. Em 1964, trabalhou pela primeira vez como assistente de direção e montador no filme O padre e a moça, de Joaquim Pedro de Andrade. Tem início então a sua participação na produção de uma extensa filmografia, da qual cabe destacar a sua contribuição como montador nos filmes: Terra em transe (1967), de Glauber Rocha, Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade, Eles não usam black-tie (1981), de Leon Hirszmann, Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho, e Santiago (2007), de João Moreira Salles. Para além da montagem, Eduardo Escorel desenvolveu uma sólida carreira como diretor de ficções e documentários. Betânia bem de perto (1966) foi o primeiro documentário que dirigiu, em parceria com Júlio Bressane. A partir dos anos 1990, passou a dedicar-se à série de documentários sobre a história do Brasil republicano, construídos a partir da apropriação de imagens de arquivo. Segundo Eduardo Morettin, “trabalhando com os ‘vestígios do passado’, Escorel toca em questões seminais para pensar não somente o fazer cinema, mas o fazer histórico.” Atualmente, além de diretor e montador, Eduardo Escorel também atua como crítico de cinema no blog da revista Piauí e como coordenador da Pós-Graduação em Cinema Documentário da Fundação Getulio Vargas.

FICHAS TÉCNICAS
1930 – Tempo de revolução
1990 / Brasil / Documentário / 49 minutos
Direção: Eduardo Escorel
Assistente de direção: Izabel Jaguaribe
Argumento: Antonio Pedro Tota
Roteiro: Sérgio Augusto
Texto: Sérgio Augusto e Eduardo Escorel
Narração: Edwin Luisi
Música: Sérgio Saraceni
Edição: João Henrique Jardim
Projeto: André Singer e Claudio Kahns
Produtora: CineFilmes Ltda.
Produção executiva: Augusto Casé
Fotografia: José Guerra, Flávio Zangrandi e Reynaldo Zangrandi
Consultoria histórica: Regina Luz
Participações (especialistas): Boris Fausto, Antonio Cândido, Edgard De Decca, Paulo Sérgio Pinheiro
Participações (depoimentos): Luiz Carlos Prestes, Barbosa Lima Sobrinho
Apoio: Secretaria do Estado da Cultura – Governo de São Paulo
32 – A guerra civil 
1993 / Brasil / Documentário / 49 minutos
Direção: Eduardo Escorel
Argumento: Paulo Sérgio Pinheiro e Tulio Khan
Roteiro: Sérgio Augusto
Texto: Sérgio Augusto e Eduardo Escorel
Narração: Edwin Luisi
Música: Hermelino Neder
Edição: Aritanã Dantas
Fotografia: Adrian Cooper
Projeto: André Singer e Claudio Kahns
Produção: Claudio Kahns
Produtor associado: Studio B
Participações (especialistas): Boris Fausto, Aspásia Camargo, Hernani Donato, Paulo Sérgio Pinheiro, Vavy Pacheco Borges, José Murilo de Carvalho, Antonio Cândido, Edgard De Decca
Participações (depoimentos): Paulo Duarte
Patrocínio: PubliFolha, Banespa
Apoio: Secretaria do Estado da Cultura, Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, Secretaria do Estado da Educação – Governo de São Paulo.
35 – O assalto ao poder 
2002 / Brasil / Documentário / 98 minutos
Direção: Eduardo Escorel
Fotografia: José Tadeu Ribeiro
Montagem: Pedro Bronz
Assistente de montagem: Nina Galanternick
Edição on-line: Flávio Nunes
Edição de som e mixagem: Ricardo Cutz
Narrador: Paulo Betti
Roteiro e narração: Sérgio Augusto e Eduardo Escorel
Argumento: Paulo Sérgio Pinheiro e Tulio Khan
Projeto: André Singer e Claudio Kahns
Produtor: Claudio Kahns
Produção: Tatu Filmes, Brasil 1500 e CineFilmes
Co-produção: STV Rede Sesc-Senac de Televisão
Música: Hermelino Neder e Newton Carneiro
Participações (especialistas): José Murilo de Carvalho, Paulo Sérgio Pinheiro, William Waak, Boris Fausto, Marly Vianna, Paulo Cavalcanti, Fernando Morais, Homero de Oliveira Costa.
Participações (depoimentos): Luis Carlos Prestes, Apolônio de Carvalho, Manuel Batista Cavalcanti, Poty Ferreira, Paulo Cavalcanti, José Gutman, Francisco Leivas Otero, Sócrates Gonçalves da Silva, Octavio Brandão
Patrocínio: Grupo Santander Banespa, Lorenzetti, DrogaRaia, Lei do Audiovisual - MINC
Apoio: VideoFilmes, Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Recife, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura de Natal, Governo do Rio Grande do Norte, RBS Vídeo, Studio B, VASP.
Apoio Institucional: Prefeitura Municipal de São Paulo
1937-1945: Imagens do Estado Novo 
2016 / Brasil / Documentário / 227 minutos (3h78min)
Parte 1 – 11 minutos (1h51min)
Parte 2 – 114 minutos (1h54min)
Direção: Eduardo Escorel
Produção: Cláudio Kahns
Argumento: Dulce Pandolfi (nova)
Roteiro: Flávia Castro e Eduardo Escorel
Narração: Eduardo Escorel
Pesquisa de imagem: Antonio Venâncio
Pesquisa de documentos escritos: Letícia Carvalho
Música: Hermelino Neder (idem anterior) e Newton Carneiro (idem anterior)
Montagem: Pedro Bronz (idem anterior) e Eduardo Escorel
Edição de som e mixagem: João Jabace (novo)
Pré-montagem: Jordana Berg e Thaís Blank
Gravação da narração: Denilson Campos
Pós-produção: Afinal Filmes e Tatu Filmes
Apoio: UNIVESP, FINEP, FSA, Ancine. Governo Federal BR
Produtores associados: Tatu Filmes e CineFilmes
Produtora: Brasil 1500 

GRADE DE HORÁRIOS
28 de setembro (quarta-feira)
15h - MOSTRA ERA VARGAS: 1930 - "Tempo de Revolução (1990)" e "32 - A Guerra Civil (1993)" [entrada franca]
17h - MOSTRA ERA VARGAS: 35 - O Assalto ao Poder (2002)[entrada franca]
19h - Aquarius

29 de setembro (quinta-feira)
15h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 1 [entrada franca]
17h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 2 [entrada franca]
19h - Aquarius

30 de setembro (sexta-feira)
15h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 1 [entrada franca]
17h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 2 [entrada franca]
19h - Aquarius

1º de outubro (sábado)
15h - MOSTRA ERA VARGAS: 35 - O Assalto ao Poder (2002) [entrada franca]
17h - Debate com Eduardo Escorel e Carla S. Rodeghero. Mediação: Alice D. Trusz [entrada franca]
19h - Aquarius

2 de outubro (domingo)
15h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 1 [entrada franca]
17h - MOSTRA ERA VARGAS: 1937 - 45: Imagens do Estado Novo - Parte 2 [entrada franca]
19h - Aquarius

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: BRUXA DE BLAIR



Sinopse: Um grupo de estudantes de Milwaukee, durante uma viagem para acampar em uma das florestas da região, decide penetrar ainda mais no coração das árvores do que o previsto e acaba descobrindo que a floresta esconde seres perigosos.

A Bruxa de Blair de 1999 pegou todo mundo desprevenido, pois ele foi promovido como se realmente fosse um documentário real e que os eventos vistos na tela realmente aconteceram. Naquele ano a internet ainda engatinhava, ao ponto de não haver muitas informações sobre o que era realmente a obra. A possibilidade de tudo ser verídico somente aumentou com o lançamento de um documentário de uma hora de duração que foi exibido uma semana antes na TV americana e que fez do filme parecer ainda mais autêntico.
Após a estréia, foi desvendado aos poucos que tudo não passou de pura propaganda orquestrada pelos criadores, mas que foi o suficiente para o filme se tornar um grande sucesso de bilheteria daquele ano e se transformar aos poucos em objeto de culto. Não demorou muito para que o filme ganhasse uma continuação (Bruxa de Blair 2: O Livro das Sombras), mas que todos atualmente se esqueceram devido a sua ruindade. Passados quase vinte anos após o lançamento do cultuado filme, eis que chega Bruxa de Blair que, além de ser uma continuação, o filme é uma espécie de releitura do filme original, respeitando os fãs e nos brindando com alguns momentos que realmente nos prende na cadeira. 
Dirigido pelo cineasta Adam Wingard, o filme já começa com uma cena de dentro da horripilante cabana vista no filme de 1999, mas dando a entender que ela foi gravada recentemente. James (James Allen McCune), ao ver o vídeo pela internet, decide então adentrar na floresta, já que ele é irmão da desaparecida Heather e que acredita que ela ainda possa estar viva após todos esses anos. Com um grupo de amigos mais equipamento de filmagem sofisticado, todos adentram a floresta que foi palco daqueles eventos misteriosos.
Não é preciso ser gênio em adivinhar que a idéia deles entrarem naquela floresta é uma péssima idéia e que, gradualmente, coisas estranhas começam acontecer naquele lugar. Tudo o que aconteceu no filme original acontece aqui novamente, mas diferente do que foi visto em 1999, aqui as situações são vistas numa escala maior e tornando tudo mais assustador. Porém, não é pelo fato da tecnologia de hoje tornar tudo mais crível que é obrigatoriamente tornar tudo mais explicito, pois não espere a aparição da bruxa, sendo que ela surge de uma forma quase que não dê para identificar o que ela é exatamente.
Tudo isso para tornar o clima de mistério ainda mais saboroso para ser degustado, mas que ao mesmo tempo, jogando uma luz de possibilidades sobre o que realmente acontece naquele lugar. Com jogos de luzes, sombras e movimentos de câmera bem arquitetados, a trama levanta inúmeras teorias, desde viagem do tempo, congelamento do tempo, alienígenas e possessão demoníaca. Nada disso ofende os fãs do cultuado filme, mas sim respeitando e fazendo com que a imaginação trabalhe nos minutos que acontecem esses fenômenos inexplicáveis.
A produção somente peca pelo fato de boa parte dos integrantes do grupo se tornar desinteressante e fazendo com que não nos importemos muito com eles quando cada um tem o seu destino selado. A trama acaba por então se concentrando mais nas duas figuras que são James e sua amiga Lisa (Callie Hernandez), sendo que essa última acaba se tornando, mesmo que involuntariamente, a protagonista de momentos de pura angustia principalmente no terceiro ato final da trama. O final, aliás, retorna justamente na casa vista ao final do filme original, mas ao invés de repetir o que já foi visto, a casa acaba se revelando muito mais assustadora do que nunca e fazendo com que até mesmo a própria famigerada floresta se tornasse um lugar até mais seguro do que aquele local.
Com pouco mais de uma hora e meia, Bruxa de Blair é um filme sequência digno de nota, cuja sua releitura do clássico acaba tornando a sessão muito mais assustadora e prazerosa. 



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