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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Cine Especial: VILÕES DO CINEMA: NOSSOS MALVADOS FAVORITOS: Parte 4


Nos dias 27 e 28 de Junho, eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, participando do curso Vilões do Cinema: Nossos Malvados Favoritos, criado pelo Cine Um e ministrado pela  Mestra e Doutoranda em Comunicação Social Janaina Gamba. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei relembrando os maiores vilões do cinema que nós adoramos odiar.
Enfermeira-chefe Ratched

Se for um prisioneiro, não dê uma de louco para não trabalhar, pois você pode sofrer o diabo nas mãos de sua enfermeira chefe. Em Estranho do Ninho, Patrick McMurphy (Jack Nicholson) sofre pelas mãos de ferro da Enfermeira Chefe Ratched (Louise Fletcher) quando tenta desafiar as suas normas rígidas. Porém, irá descobrir da pior maneira possível que trabalhar no presídio seria um verdadeiro paraíso.



Alex Forrest
 Antes de pular a cerca, cuidado para ver se sua infidelidade não se transformar num inferno. Em Atração Fatal, Dan Gallagher (Michael Douglas) sente na pele isso, após ter apenas algumas horas de diversão com Alex Forrest (Glenn Close). Alex começa a perseguir incontrolavelmente Dan, ao ponto de fazer certos terrorismos explícitos. Atenção para cena aonde a mulher de Dan (Anne Archer) descobre o que esta cozinhando na panela ao chegar em casa.


Annie

Se for famoso, cuidado com os seus fãs, pois às vezes o seu fã numero 1 pode ser um psicopata. Em Louca Obsessão, o famoso escritor Paul Sheldon (James Caan) sente isso na pele, ao sofrer um acidente de carro, mas ser socorrido pela sua fama Annie (Kathy Bates). Porém, Annie é obcecada pelos personagens que Paul escreve e decidi então força-lo a escrever as tramas da sua maneira, senão, sofrerá consequências.

Atenção para a cena do martelo, onde a gente sente dor só de ver. 


Selina Kyle (Mulher Gato)


Mulher Gato é mais um exemplo de anti-heroína do que propriamente vilã, mas devo dizer que acho-a completamente fascinante. Selina Kyle, mais que perturbada, não mede o que faz para ver concretizados os seus planos diabólicos, e se formos a ver, tem uma grande vantagem sobre Batman.


Catherine Tramell


Quando for investigar um crime, não vá transar com a sua principal suspeita. Em Instinto Selvagem, o policial Nick Curran (Michael Douglas) fica fortemente atraído por Catherine Tramell (Sharon Stone), a principal suspeita de um assassinato. Apesar de ter consciência dos riscos que corre, Curran se expõe cada vez mais, mesmo quando novas mortes ocorrem. Sharon Stone nos brinda com o seu melhor papel da carreira, aonde sua personagem usa inteligência e sedução como suas principais armas.

Mais informações e inscrições para o curso vocês encontram clicando aqui.


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (25/06/15)



Minions

 

Sinopse: Seres amarelos unicelulares e milenares os minions têm uma missão: servir os maiores vilões. Em depressão desde a morte de seu antigo mestre eles tentam encontrar um novo chefe. Três voluntários vão até uma convenção de vilões e lá se encantam com Scarlet Overkill que ambiciona ser a primeira mulher a dominar o mundo.



Jauja

Sinopse: Pai e filha viajam para Dinamarca para um paraíso chamado Jauja. Quando ela foge, ele parte em uma violenta busca para encontrá-la.



Vilanova Artigas: O Arquiteto e a Luz 

 

Sinopse: João Batista Vilanova Artigas nasceu em Curitiba e fez fama em São Paulo, onde foi reconhecido como um dos maiores arquitetos brasileiros do século XX. O documentário apresenta sua trajetória por meio de lembranças de familiares, amigos, alunos, imagens de arquivo e visitas a algumas de suas mais importantes obras.


Rainha e País


Sinopse: No período da Segunda Guerra Mundial Bill Rohan (Caleb Landry Jones) tem dezoito anos e um futuro pela frente. Seu sonho é se alistar no exército para lutar na guerra.




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quarta-feira, 24 de junho de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Sangue Azul



Sinopse: O ator Daniel de Oliveira interpreta um nativo de Noronha que retorna para o arquipélago junto com o Circo Netuno, onde trabalha como homem-bala. Sangue azul mostra como a chegada dos artistas circenses altera o cotidiano dos ilhéus e mexe sobretudo com os desejos reprimidos.


A obra passa uma sensação sensorial tentadora que, tem deixado o cinéfilo surpreendido, com participações e premiações nos festivais de Berlim, Rio de Janeiro e Paulínia. As primeiras cenas do longa nos pegam desprevenidos, pois elas são  em preto e branco. Essa escolha se equipara aos protagonistas e paisagens que formam a trama como um todo.
Claro que seria previsível se aprofundar ao colorido da natureza já no princípio, mas o cineasta Lírio Ferreira (Baile Perfumado) opta por um caminho que dá de encontro com a originalidade e que leva aquele que assiste a movimentar o seu olhar para as cenas em movimentos e que ditam as regras da trama.  As cores somente irão pintar em cena depois que a lona do circo é armada e o espetáculo se tem início. A partir daí, com cenas impactantes, fisgadas pelo diretor de fotografia Mauro Pinheiro, Sangue azul torna um cenário perfeito ainda mais belo e honra o fato de ser o primeiro longa de ficção totalmente rodado em Noronha. 
Além da arte em movimento, representada no circo, afoxé, ciranda, frevo, na verborragia (representados pelos personagens interpretados por Paulo César Pereio e Ruy Guerra) e na própria 7ª arte, o amor e a luxuria (representada com altas doses de sexo) são as peças que se misturam nesse redemoinho marítimo. O romantismo sem freio é favorecido na história de amor entre o personagem de Daniel e a irmã dele, vivida pela atriz Carol Abras. O livre arbítrio sexual, em suas inúmeras camadas e interpretações, nascem entre os dois e ao mesmo tempo nos outros personagens que circulam em volta deles. Algumas cenas de sexo surgem sem aviso prévio, mas não por estarem simplesmente ali, mas sim para favorecer e reforçar o lado sedutor que o filme procura passar para aqueles que assistem.
Como um todo, Sangue Azul é belamente tentador em sua forma e cor. 



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Cine Dica: WOODSTOCK ARGENTINO NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 26 de junho, às 20h, acontece uma edição do Projeto Raros com o filme Hasta que se ponga el sol, de Aníbal Uset, documentário lançado em 1973 sobre a terceira edição do Festival BA Rock. O evento aconteceu no campo de futebol do Argentinos Juniors e reuniu os artistas mais importantes da época, como Pescado Rabioso, Color Humano, Sui Generis, Pappo’s Blues e Billy Bond. Após a sessão, acontece um debate sobre o rock argentino com o músico Juann Acosta, a periodista e astróloga Jessica Dachs e o músico e produtor Daniel Villaverde. Com projeção em DVD, a sessão tem entrada franca.
O diretor Aníbal Uset já trabalhava há algum tempo a ideia de um filme sobre a geração setentista do rock argentino. Com dois longas no currículo, incluindo a inusitada comédia de ficção-científica Ché OVNI (1968), sobre uma história de amor interplanetária entre um cantor de tango e uma jovem sedutora, Uset esperou a terceira edição do importante Festival BA Rock, em 1972, para reunir alguns dos principais músicos do país em cima do palco. Hasta que se ponga el sol segue a tradição dos documentários sobre os grandes festivais de rock realizados nos anos 1960, como Monterey Pop Festival, de D. A. Pennebaker, e Woodstock - 3 Dias de Paz, Amor e Música, de Michael Wadleigh, misturando cenas filmadas no palco, algumas gravações em estúdio e passagens cômicas envolvendo as bandas e o público.
Estão presentes no filme o lendário Pescado Rabioso, de Luis Alberto Spinetta, o maior nome do rock argentino, que apresenta canções de seu primeiro disco, Desatormentándonos, e o power trio Pappo's Blues, liderada pelo guitarrista Pappo, nome de peso do instrumento no país. Além de registrar performances memoráveis de medalhões, o filme foi responsável por impulsionar a carreira do Sui Generis, dos então novatos Charly Garcia e Nito Mestre, que apresentam pela primeira vez a clássica Canción para mi muerte.
Hasta que se ponga el sol estreou na Argentina em fevereiro de 1973 com uma pequena campanha publicitária nos jornais: “el mejor programa para la juventud. Con los mejores conjuntos del momento. En color y apta para todo público”. Rapidamente tornou-se um filme de culto e um precioso documento histórico.

PROJETO RAROS
26/06 – 20h
HASTA QUE SE PONGA EL SOL
(Argentina, 1973, 70 minutos)
Direção: Aníba Uset
Com: Pescado Rabioso, Sui Generis, Color Humano, Pappo’s Blues, Billy Bond, Gabriela.
Exibição em DVD sem legendas
Entrada franca

 Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

terça-feira, 23 de junho de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: Divertida Mente


Sinopse: Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade que deve enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem deixar a sua cidade natal no centro dos Estados Unidos para viver em São Francisco. Dentro do cérebro de Riley convivem várias emoções diferentes como a Alegria o Medo a Raiva a Repulsa e a Tristeza. Embora esses grupos sejam normalmente organizados a chegada de Riley a uma nova escola faz com que todas as emoções se misturem.


Você está triste, mas se contem para não chorar. Porém, um ente querido seu se aproxima e lhe pede para colocar para fora a dor que está sentindo. Quando você faz isso não se sente melhor?
Todo o ser humano que se preze com certeza já passou por essa situação que, embora incomode, ela é essencial perante aos obstáculos e o amadurecimento durante o percurso da vida. As pessoas não mudam, mas o mundo em nossa volta sim e a cada momento surge novos desafios para termos que encará-los de frente, mas jamais desprezar o que está realmente sentindo durante esse percurso. No mais novo filme da Pixar, Divertida Mente nos ensina a jamais travar os nossos sentimentos, pois são através deles que nos fazem ser realmente humanos.
Dirigido por Pete Docte (Up: Altas Aventuras) acompanhamos o dia a dia de Alegria o Medo a Raiva a Repulsa e a Tristeza, cujo trabalho desse grupo colorido é administrar da melhor maneira possível os sentimentos da menina Riley durante a sua vida. Porém, algo dá errado, e Alegria e tristeza acabam saindo da sala de controle e gerando então conflitos internos na menina, dos quais Medo, Raiva e Repulsa não conseguem administrar.
Sim, a trama toda se passa no subconsciente da menina, sendo que os personagens e o universo criado ali pelos produtores são tudo de uma forma abstrata, mas de uma forma tão viva e inovadora que a gente se deleita com tudo que aparece na tela. Mas embora inovador, é de se tirar o chapéu para os roteiristas Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley que, ao fazer com que aquele universo que se passa na cabeça da menina soe familiar, faz então com que a gente remetesse a nossa infância. Afinal, quem aqui durante a infância, não imaginou alguma vez que a nossa mente fosse administrada mais ou menos de forma parecida vista na tela? Pelo menos em algum momento da minha infância eu imaginava que as nossas mentes eram administradas daquela maneira e tornando então essa sessão muito mais nostálgica!
Cada parte daquele universo tem um significado, desde memórias guardadas, medos escondidos, a forma como o sonho é criado (no momento mais hilário do filme) e o fundo do esquecimento, onde infelizmente algumas lembranças são esquecidas. Nessa jornada para voltar à sala de controle, Alegria e Tristeza não somente conhecem mais aquele lugar aonde vivem como também aprendem cada vez mais o real papel de cada uma que precisa exercer na vida de Riley. Alegria não esconde o seu amor que sente pela menina (num momento extremamente tocante), mas precisará compreender que a dor, por vezes, é necessária e faz com que os momentos de felicidade se tornem ainda mais especiais quando eles acontecem.
A partir daí, a união de Alegria e Tristeza que, antes aparentava rivalidade, se torna essencial para que Riley possa encarar as mudanças que estão acontecendo em sua vida. A felicidade é boa, mas ela não faz nenhum sentindo sem os momentos ruins. É aí que o estúdio ousa de uma forma bonita, já que isso nada mais é do que uma critica (indireta) à indústria de antidepressivos e remédios do tipo, que tentam retrair as emoções para que a vida seja mais “controlável”. Cair em lagrimas, como o filme tão bem mostra, às vezes é necessário.
Aplaudido em pé no ultimo festival de Cannes, Divertida Mente é desde já um dos filmes mais criativos e originais dos últimos anos do estúdio. Fazendo com que a gente não somente respeite os bons momentos de nossas vidas, como também as nossas próprias tristezas, que dão lugar a momentos melhores ainda.

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