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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 28 de abril de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: CASA GRANDE



Sinopse: Sob o ponto de vista de um garoto de 17 anos, Jean, interpretado por Thales Cavalcanti, a trama faz uma radiografia de uma família da alta sociedade carioca que, com o desemprego de Hugo, vivido por Marcello Novaes, entra em falência. No entanto, o casal Hugo e Sônia (Suzana Pires) insiste em viver de aparências e omite até dos filhos a real situação econômica familiar.

Em sua estreia como diretor, Fellipe Barbosa filmou no bairro  onde cresceu, na escola em que estudou  e utilizou no elenco pessoas que conhecem de perto a realidade que Casa Grande apresenta. Como o título evidencia, a produção apresenta semelhanças com o romance Casa Grande e Senzala, do sociólogo Gylberto Freire. Para além da intertextualidade, o filme revela suas camadas à medida que, sob a ótica do garoto Jean, vamos estudando as contradições daquela família que já não encontra mais seu lugar em uma sociedade atravessada por profundas transformações de ordens diversas.
A abertura do filme é sintomática e funciona como prólogo. Com a câmera parada tendo como foco central a imensa mansão toda iluminada, Hugo sai da jacuzzi de sua piscina e se dirige ao quarto do casal. No trajeto, vai apagando todas as luzes da casa, numa referência ao declínio financeiro da família. Ao amanhecer, os empregados chegam para trabalhar, Hugo acorda Jean pra ir para a escola e em seguida todos estão reunidos na farta mesa do café da manhã. Tudo parece normal na vida desta família abastada, que vive no badalado bairro da Barra da Tijuca. No entanto, aos poucos o público percebe que o provedor está desempregado, a dona da casa precisa dar aulas de francês e vender bugigangas às amigas para manter o padrão.
Tudo em vão: as dívidas começam a aparecer e o casal resolve demitir Severino (Gentil Cordeiro) o motorista. Mas eles não contam a verdade aos filhos e Jean, achando que o motorista está de férias, passa a ir de ônibus para a escola. O que poderia ser desagradável torna-se atraente: é na volta para casa, no ônibus, que ele conhece Luiza (Bruna Amaya), uma menina que estuda em escola pública e mora num bairro modesto, o contraponto de sua realidade. O namoro entre eles é inevitável.
Até então vivendo numa redoma mantida pelos pais superprotetores, Jean aos poucos vai se inteirando da realidade (as dívidas do pai, as diferenças de classes sociais) e se colocando na vida. Com cenas que ilustram as contradições sociais do Brasil, Casa grande nasce de um momento de transformação na sociedade brasileira, sobretudo em relação à distribuição de renda. Exibido pela primeira vez em 2014, um ano após os protestos de 2013, o filme agora entra em cartaz nos cinemas em mais um momento marcado por manifestações no país.
A ideia de "crise" está presente na tela, mas é o público que vai concluir quem são os atingidos. As qualidades desse filme vão muito além de seu nome. Seu maior trunfo é a forma como a história é contada. Talvez porque o diretor e roteirista Felippe Barbosa tenha se inspirado em sua própria vida para conduzir seu primeiro longa de ficção.
Ele não tenta revolucionar a linguagem cinematográfica, pelo contrário: de forma simples e eficaz, os diálogos vão fluindo de forma tão natural que não há como não se envolver.



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Cine Dica: DOCUMENTÁRIO CUBA LIBRE EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Cine Dica: Dia dos trabalhadores no CineBancários

No dia 1º de maio, Dia Nacional dos Trabalhadores, na sessão das 15h, o CineBancários homenageia a todas as categorias de trabalhadores e trabalhadoras e promove uma sessão gratuita do filme belga “Dois Dias, Uma Noite”, de Jean -Pierre e Luc Dardenne. O filme conta uma história dramática sobre a solidariedade da classe operária num mundo cada vez mais consumido pela ganância empresarial. Com Marion Cotillard, Fabrizio Rongione, Catherine Salée.

SINOPSE:
Sandra (Marion Cotillard) perde seu emprego pois outros trabalhadores da fábrica preferiram receber um bônus ao invés de mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de reconquistá-lo. Ela e o marido (Fabrizio Rongione) têm uma tarefa complicada para o final de semana: eles devem visitar os colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal possa manter o seu emprego.


FESTIVAIS E PRÊMIOS:
* Seleção Oficial do Festival de Cannes e indicado ao Palma de Ouro;
* Vencedor do Grand Prix no International Cinephile Society Awards;
* Vencedor do Prêmio do Festival de Cinema de Sidney;
* Indicado ao Melhor Filme Internacional no Festival de Cinema de Munique;
* Indicado ao Melhor Filme Europeu pelo Voto Popular no European Film Awards;
* Marion Cotilard indicada ao Oscar de Melhor Atriz

FICHA TÉCNICA:
Dois Dias, Uma Noite
País: Bélgica / Itália / França
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 95 minutos
Direção: Jean Pierre Dardenne e Luc Dardenne
Produção: Luc Dardenne, Denis Freyd e Jean Pierre Dardenne
Roteiro: Luc Dardenne e Jean Pierre Dardenne
Cinematografia: Alain Marcoen
Edição: Marie-Hélène Dozo
Estúdio: Les Films du Fleuve Elenco: Marion Cotillard, Fabrizio Rongione, Olivier Gourmet, Pili Groyne, Simon Caudry, Catherine Salée e Batiste Sornin

Cine Dica: FAROESTE DE SAMUEL FULLER NA SESSÃO AURORA

No sábado, 02 de maio, às 18h30, a Sessão Aurora exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) o faroeste Dragões da Violência (1957, 79 minutos), de Samuel Fuller, um dos mais importantes nomes da virada moderna em Hollywood. Parte do ciclo Histórias do Cinema Americano, a sessão tem projeção digital e entrada franca. Após o filme, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo, fanzine de crítica de cinema de Porto Alegre.

SINOPSE: Jessica Drummond (Barbara Stanwyck) é uma fazendeira de pulso firme que comanda uma equipe de quarenta homens. Ela vive tirando o irmão de encrencas. Quando Griff Bonnell (Barry Sullivan) chega à pequena cidade, Jessica experimenta um sentimento novo e seu irmão acaba sendo preso.
Realizado em Cinemascope em preto e branco, Dragões da Violência foi lançado em uma década de contínuas rupturas no faroeste americano, quando realizadores como Anthony Mann, Robert Aldrich e Nicholas Ray, reviam algumas das premissas mais sólidas do gênero, como os conceitos de justiça, de moral e do bem, além das hierarquias clássicas entre personagens masculinos e femininos. Samuel Fuller, que havia iniciado sua trajetória no cinema justamente com um faroeste singular, Eu Matei Jesse James (1949), dedicado à figura do traidor, compõe em Dragões da Violência uma tragédia familiar e amorosa com uma sofisticação estética absoluta, repleta de rigor e elegância na decupagem (que inclusive antecipa o faroeste italiano) e nos longos travellings que acompanham os personagens. Como disse o célebre crítico português João Bénard da Costa: Dragões da Violência é um filme construído em torno do envelhecimento: envelhecimento dos protagonistas, envelhecimento do gênero.
Produzido por Fuller dentro da 20th Century-Fox, Dragões da Violência teve algumas passagens amenizadas em relação ao texto original escrito pelo próprio diretor. Acostumado com a liberdade das películas policiais de classe B ou até mesmo com realizações independentes, o diretor precisou abrir algumas concessões a Darryl F. Zanuck para finalizar sua obra, que no projeto original teria Marilyn Monroe no papel principal. Ainda assim, o filme figura como uma das obras-primas do realizador e um capítulo obrigatório da transição do faroeste nos anos 1950. 

Sessão Aurora
02/05 - 18h30
Dragões da Violência
(Forty Guns, Estados Unidos, 1957, 79 minutos)
Direção: Samuel Fuller
Elenco: Barbara Stanwyck (Jessica Drummond), Barry Sullivan (Griff Bonnell), Dean Jagger (xerife Ned Logan), John Ericson (Brockie Drummond), Gene Barry (Wes Bonnell), Robert Dix (Chico Bonnell)
Exibição em DVD com legendas em português.


Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133
www.salapfgastal.blogspot.com

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Cine Dica: Em Cartaz: VINGADORES: A ERA DE ULTRON



Sinopse: Tentanto proteger o planeta de ameaças como as vistas no primeiro Os Vingadores, Tony Stark busca construir um sistema de inteligência artifical que cuidaria da paz mundial. O projeto acaba dando errado e gera o nascimento do Ultron (voz de James Spader). Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) terão que se unir para mais uma vez salvar o dia.
 
Nada melhor do que rever velhos conhecidos e descobrir que eles ainda têm muito a nos oferecer e nos surpreender. O grande charme dos filmes da Marvel está justamente ao fato que eles possuem inúmeros heróis poderosos, porém humanos, e como todo ser humano que se preze, possuem suas falhas, mas delas vem os seus aprendizados e amadurecimentos perante aos obstáculos. Vingadores: A Era de Ultron eleva o grupo de heróis ao um novo patamar, aonde os lados mais humanos e frágeis dos personagens conquistam o cinéfilo rapidamente.
Mas estamos falando de um dos filmes de aventura mais esperados da temporada, sendo que o público alvo espera no mínimo incríveis cenas de ação e é exatamente isso que acontece. Nem o filme começa e já vemos a equipe unida contra a Hidra, após descobrirem que eles possuem o cetro do Loki. A sequência de ação é ininterrupta, sendo que mal podemos piscar os olhos que algo importante já acontece. O diretor Joss Whedon meio que se arriscou em dar uma de Michael Bay (da franquia Transformers) nesse momento, mas felizmente isso não acontece, ou quase.
Após recuperarem o cetro, Tony (Robert Downey Jr) sofre de uma rápida ilusão criada pela Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), aonde ele tem uma terrível visão de que seus esforços em proteger a terra terem sido em vão. Devido a isso, ele une a gema encontrada no cetro, mais a tecnologia alienígena e cria então uma inteligência artificial, capaz de proteger a humanidade. Claro que tudo dá errado e a inteligência cria vida, gerando o megalomaníaco vilão Ultron (James Spader).
Percebe-se que nesse primeiro ato há certa pressa em apresentar os principais elementos que irão formar a trama, mas que felizmente isso não é prejudicial, mesmo com inúmeros personagens presentes (com participação rápida de Falcão e Maquina de Combate). Os Vingadores então encaram um novo desafio, devido aos erros cometidos por um dos seus integrantes, mas dos erros vem os acertos e o grupo precisa ignorar as diferenças e partir para a luta. No primeiro confronto, infelizmente todos os heróis encaram os seus maiores temores durante o combate contra Ultron, gerando então momentos angustiantes, onde cada um enfrentará os seus demônios interiores.
É nesse momento em que o filme entra num território bem mais sombrio, onde até mesmo temos um rápido vislumbre do passado ainda meio que nebuloso de Natacha (Scarlett Johansson). Banner (Mark Ruffalo) se descontrola novamente e libera um Hulk fora de si. Para a felicidade dos nerds de carteirinha, finalmente isso gera o confronto entre o gigante esmeralda e o Homem de Ferro que, usa finalmente uma super armadura, sendo que foi unicamente criada se caso Banner perdesse o controle do Hulk.
Após uma derrota vergonhosa, o grupo se acolhe num refugio, onde é revelado um lado até então desconhecido do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Alias, é preciso dar os parabéns para os roteiristas terem dado mais espaço ao personagem, já que o Arqueiro é o mais próximo de nós que assiste. Sem poderes, apenas com artes marciais e arcos e flechas, o personagem é o que mais se sente perdido em meio a seres que quase são Deuses, mas acaba sendo justamente ele que dá uma melhorada no ego de cada um dos seus colegas, principalmente na Feiticeira Escarlate que, percebe os erros que cometeu, mas nunca é tarde em buscar uma redenção.
Falando da Feiticeira, tanto ela como o seu irmão Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) são bem introduzidos na trama. Porém, esse último não foi bem desenvolvido e compará-lo com a sua versão vista em X-Mem: Dias de Futuro Esquecido somente piora a sua situação. Felizmente Elizabeth Olsen contorna essa situação, nos brindando com uma boa interpretação e fazendo a gente desejar saber qual será a próxima evolução de sua personagem.
Mas dos heróis novos introduzidos, ninguém imaginava que um personagem que apareceria somente no início do ato final da trama fosse roubar a cena. Da união da tecnologia alienígena com a inteligência artificial Jarvis (voz de Paul Bettany) surge finalmente o Visão: herói clássico das HQ, que aqui, visualmente é bastante fiel a sua fonte original e o ator Bettany consegue de uma forma fantástica passar tanto a lógica que o personagem preza, como também a sua doçura quase humana que ele transmite, tanto vinda dos seus olhos expressivos como também na sua fala  mansa.
Com tantos atrativos no longa (como a relação amorosa e dramática entre Natasha e Banner como exemplo), por pouco Ultron não acaba sendo um vilão meramente secundário, mas isso somente não acontece graças a interpretação convincente de James Spader. Embora em meio a efeitos visuais que encobrem sua face, Spader constrói um Ultron digno de nota, sendo que suas ações contra a humanidade, não só são convincentes, como também são carregadas de um humor negro certeiro. Atenção para a piada em que ele solta com relação a Noé, sendo que não tem como não rir.
Voltando ao ato final, adianto que ele nos guarda inúmeras emoções, despedidas, perdas e verdadeiras lições de moral. Curiosamente é bom ver como o cineasta Joss Whedon e os roteiristas sempre se preocuparam em mostrar na tela qual é a verdadeira missão de todo herói que se preze que, não é somente derrotar o vilão, mas também salvar vidas. A todo o momento, não importa o quanto a ação é vertiginosa, sempre vemos Capitão América, Homem de Ferro, Thor  e companhia salvando inúmeras vidas em meio ao caos, sendo que é algo precioso de se ver, mas que infelizmente algumas adaptações de HQ de super heróis se esquecem de mostrarem isso hoje em dia. 
Com um final redondinho, mas que deixa inúmeras pontas soltas, para elas serem finalizadas nas próximas aventuras cinematográficas, Vingadores: Era de Ultron é um filme para toda a família, com inúmeras boas cenas de ação, mas nunca se esquecendo do lado humano dos personagens, pois sem isso não teria como nós meros mortais nos identificarmos com Deuses vindos do céu e da terra.  

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

Cine Especial: Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70: FINAL

Começa hoje o curso Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70,criado pelo Cine Um e ministrado por César Almeida. Para finalizar minhas postagens especiais sobre esse subgênero, posto abaixo mais cinco títulos indispensáveis e uma entrevista com o ministrante que ocorreu na Estação Cultura (TVE) no dia 20/04/15.    

 FOXY BROWN (1974)

Sinopse: A voluptuosa Foxy Brown infiltra-se como prostituta num bordel da alta classe gerido pela máfia, para tentar descobrir a identidade do assassino do seu namorado, morto quando se encontrava a investigar o dito bordel

Devido ao imenso sucesso de Coffy (1973), isso fez com que a carreira de Pam Grier se estabilizasse e se tornasse uma das mais promissoras atrizes dentro do subgênero blaxploitation. Sua personagem Foxy Brown veio somente mais para fortalecer essa sua imagem de mulher sedutora, mas ao mesmo tempo forte e que não se intimida  perante  os obstáculos.   Não me surpreenda então que, anos mais tarde, o cineasta  Quentin Tarantino a tenha convido para ser a protagonista em Jackie Browm (1997),filme alias que presta uma bela homenagem a esse período. 
Curiosamente Foxy Brown é um dos raros clássicos de blaxploitation que foram realizados por um cineasta branco (Jack Hill).


SUPER FLY (1972)

Sinpse:“Super Fly aka Priest”, é um traficante de cocaína que se apercebe que no seu mundo apenas existem duas saídas: a cadeia, ou a morte. A menos que surja uma terceira via… Um último golpe, que o liberte do “game”.
Dono de uma das mais representativas bandas sonoras na história do cinema, assinada por Curtis Mayfield (autor de muitas trilhas que fizeram parte da onda blaxploitation). Este foi também o filme com maior influencia  da cultura Hip hop dos nossos dias. Das roupas  coloridas, aos carros bem ao estilo daquele período. Também do ponto em que retrata o cotidiano daquele tempo, este foi um filme que previu comportamentos das pessoas, incluindo o estouro da cocaína nas ruas como a droga do momento e fez com que estourasse uma verdadeira guerra entre gangsters e a policia (corrupta digas se de passagem).

O Chefão de Nova York (1973)

Sinopse: Tommy Gibbs é um jovem do ghetto que cresceu a pulso nas ruas do Harlem, sonhando tornar-se um dia no “Padrinho de Harlem”. Revoltado contra sociedade racista em seu redor, ele traça um plano, e dá início a uma luta sanguinária entre gangs com o intuito de chegar ao poder a todo custo.
Na época do seu lançamento o filme foi apelidado do “Poderoso chefão Negro’, mas visto atualmente, O Chefão de Nova York guarda mais elementos vistos em Scarface de Brian de Palma, muito embora esse ultimo tenha sido lançado depois nos anos 80. Ambos em comum, existe a sede de vingança que move o protagonista e o conduz para caminhos dos quais pode o levar ao grande poder, mas também a sua queda. Tecnicamente perfeita, é uma das obras mais celebradas pela critica na época do subgênero Blaxploitation, onde sempre é citado na lista dos melhores desse período.
Ao interpretar o personagem principal,  Fred Williamson teve uma consagração imediata, já que ele dá um show em cena e se transformando na verdadeira alma do filme. Astro do período, eu somente fui conhecer Williamson anos mais tarde no filme Um Drinque no Inferno de Robert Rodriguez.  


A Mafia não Perdoa (1972)

Sinopse: Quando 3 ladrões de pequena monta do Harlem roubam de forma surpreendente 300 mil dólares a Mafia Italiana. Torna-se claro para eles que acabaram de assinar as suas sentenças de morte, sendo apenas uma questão de quem os encontrara primeiro, a mafia, ou os dois detectives de métodos pouco ortodoxos (protagonizados por Anthony Quinn e Yaphet Kotto).
Poderosa produção produzida e estrelada por Anthony Quinn (Duelo de Titas). Na verdade esta é uma obra que extravasa o género blaxploitation, e que se .assume como um dos melhores filmes de crime e que não deve para outros do gênero como o Poderoso Chefão. Uma palavra, uma verdadeira obra-prima que merece ser redescoberta pelo público atual. 
Curiosamente há  fragmentos de Tarantino. Esse é o filme onde Tarantino tirou a Música de Abertura de "Jack Brown", música está, que é interpretada por Bobby Womack e é o Titulo do Filme em questão "Across 110th Street".



Truck Turner (1974)
 
Sinopse: Truck Turner é um ex-jogador de futebol profissional que se torna caçador de recompensas, juntamente com seu parceiro Harry.


Trailer de ação policial que, visto hoje, todos irão reparar que a sua trilha sonora inicial fez parte das inúmeras trilhas inseridas no filme Kill Bill de Tarantino. O papel principal foi interpretado por Isaac Hayes, famoso pela música de Shaft. Vendo-o ele atuar como anti-herói da trama, não é toa que ele por pouco não foi o próprio Shaft na época.


 Entrevista com César Almeida

Leia também: partes 1, 2, 3 e 4.


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