Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Cine Dica: O Estranho Caso de Angélica estreia na Sala P. F. Gastal



FILME DE MANOEL DE OLIVEIRA ENTRA EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL 


Um dos filmes mais elogiados dos últimos tempos, O Estranho Caso de Angélica, do cineasta português Manoel de Oliveira, entra em cartaz na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) a partir desta terça, 01 de abril, com exibições em 35mm. O documentário Revelando Sebastião Salgado, de Betse de Paula, também permanece na programação.

Na Portugal da década de 1950, o fotógrafo Isaac (Ricardo Trêpa) vai à região do Douro para documentar antigos métodos de trabalho nas vinhas. Hospedado numa pequena pensão, ele é acordado subitamente à noite para fotografar o corpo de Angélica (Pilar López de Ayala), uma linda moça que acabara de falecer. Quando realizou O Estranho Caso de Angélica, Manoel de Oliveira já havia passado dos 100 anos – hoje, aos 105, continua produzindo e promete um novo filme para 2014.

Especialmente depois dos anos 2000 – o olhar oliveiriano em relação à morte se torna cada vez mais particular, com a companhia costumeira de um senso de humor desconcertante. Ao colocar a imagem como horizonte poético de sua obra, Oliveira acentua em O Estranho Caso de Angélica o lirismo de obras-primas anteriores sobre o tema como Vou Para Casa (2001) e O Espelho Mágico (2005)

Segundo o crítico Filipe Furtado, em crítica publicada na revista Cinética, “há toda uma afirmação de fé cinematográfica contida neste seu salto romântico no escuro. Afirmação esta que se bifurca ao longo do filme de múltiplas maneiras, seja na forma com que as excentricidades particulares de cada coadjuvante (a empregada, o mendigo, os habitantes da pensão) ajudam a constituir este mundo próprio, seja na forma como os sonhos e pesadelos de Isaac remetam ao mesmo tempo a Cocteau e Méliès”.


O Estranho Caso de Angélica
Direção: Manoel de Oliveira
(Portugal/Espanha/França/Brasil, 97 minutos, 2010)
Elenco: Pilar López de Ayala, Filipe Vargas, Carmen Santos, Ricardo Trêpa


GRADE DE HORÁRIOS
1 a 6 de abril de 2014

1 de abril (terça-feira)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica

2 de abril (quarta-feira)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica

3 de abril (quinta-feira)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica

4 de abril (sexta-feira)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica
21:00 - Lançamento do curta Frágil + Coquetel

5 de abril (sábado)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica

6 de abril (domingo)

15:00 – O Estranho Caso de Angélica
17:00 – Revelando Sebastião Salgado
19:00 – O Estranho Caso de Angélica



Me sigam no Facebook, twitter e Google+

terça-feira, 1 de abril de 2014

Cine Dica: UM ESTRANHO NO LAGO




Sinopse: Em pleno verão, um lago é usado como praia nudista por vários homens homossexuais. Eles sentem-se à vontade no local e usam o bosque ao lado do lago para ter relações sexuais. Um dos frequentadores mais assíduos é Franck (Pierre Deladonchamps), que um dia faz amizade com Henri (Patrick d'Assumção), um homem solitário que vai ao lago em busca de paz, sem ter qualquer interesse em outros homens. Com o desenrolar dos dias e as conversas constantes, eles se tornam amigos. Só que Franck se apaixona por Michel (Christophe Paou), um novato no lago, sem saber que ele é uma pessoa perigosa.

 

Colocado como o melhor filme de 2013 pela revista Cahiers du Cinema, Um Estranho no Lago é um  filme que retrata as relações e os riscos que elas podem trazer para a pessoa. Na trama, Franck (Pierre Deladonchamps) é um jovem que vai todo dia num lago rodeado por um bosque, aonde homens vão para se relacionar sem compromisso com outros homens. Enquanto curtia a água do lago, Franck da de encontro com um homem solitário, Henri (Patrick d'Assunçao) numa  parte do lago e vai conversar, se tornando apenas amigos e conhece também Michel (Christophe Paou), um homem com atitudes ambíguas por qual Franck se apaixona e inicia uma relação, mal sabendo o que está prestes a se meter.

Utilizando a câmera como uma espécie de olhos que observam o tempo todo, o diretor Alain Guiraudie, mesmo que lide com uma história onde atos terminam com as suas consequências, opta por um olhar que contempla, seja sobre o cenário nu e cru do bosque e do lago, seja pela nudez do homem e as cenas de sexo de Franck com outros homens trazem natural e cru que ao olhar do espectador, pode incomodar inúmeros, mas deixa em pratos limpos que o homem pode sim encontrar prazer no corpo de outro homem e para um público que ainda tenha certos tabus não admitidos em sua cabeça, pode ser difícil, mas é de se reconhecer tamanha coragem, seja do diretor ou dos atores.

Se na questão imagética, o filme trás um certo olhar poético, onde se foca nos corpos se encontrando e se ofegando no puro prazer do corpo e também, um suspense que dispensa uma trilha musical, porque não depende e é se preciso entender gravidade de uma cena ou seu lado dramático, pois o olhar do diretor tem uma mão mais pesada do lado  mais natural e nem tanto teatral, e o que sobra é a excelente captação de som, que atenua toda a natureza por qual os personagens vivem em volta, a narrativa é sutil, tem ótimo diálogos) e constrói a história de modo que as coisas ficam cada vez mais perigosa ao longo dos minutos que passa.

Contando com atores talentosos, que senão são homossexuais, já que o teor de muitas cenas de relação sexual é explicita, não poupando o espectador até mesmo de uma cena em que possui sexo oral ou o sêmen disparando, demonstra então uma coragem que se encontra apenas naqueles comprometidos e que amam realmente a 7ª arte.


Me sigam no Facebook, twitter e Google+

Cine Dica: Sessão comentada do filme EM BUSCA DE IARA

Estreia, dia 27 de março, o documentário EM BUSCA DE IARA no CineBancários

   - Terça-feira, 1º de abril, às 19h30: Sessão especial com a presença do diretor, Flavio Frederico e o Professor Oneide Bobsin, membro da Comissão Estadual da Verdade
Mediação: Milton Ribeiro (Sul 21)
ENTRADA FRANCA

  - Em cartaz de 27 de março a 9 de abril - Com cobrança de ingresso: inteira: R$ 6,00 (público geral); meias: R$ 3,00 (para idosos, estudantes, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados)


Estreia no CineBancários, dia 27 de março, Em Busca de Iara, documentário de Flavio Frederico que resgata a vida de Iara Iavelberg. Jovem estudante de família judia, Iara deixou para trás uma confortável vida familiar para engajar-se na resistência armada à ditadura militar. Vivendo na clandestinidade, conhece o ex-capitão Carlos Lamarca, com quem vive uma intensa paixão até o assassinato de ambos, em 1971. Com cuidadosa pesquisa de documentos, imagens de arquivo e entrevistas, o filme reconstrói, a partir de uma investigação pessoal da sobrinha de Iara, Mariana Pamplona, a vida da guerrilheira e desmonta a versão oficial do regime, que atribui sua morte a um suicídio.
No dia 1º de abril, data que marca os 50 anos do golpe militar de 1964, o CineBancários, em parceria com a Comissão Estadual da Verdade e a Kinoscópio, convidam para a sessão especial de EM BUSCA DE IARA. Estarão presentes o diretor do filme, Flávio Frederico, e o Professor Oneide Bobsin, membro da Comissão Estadual da Verdade, para um bate-papo com o público após a exibição. Milton Ribeiro, jornalista e editor do Sul 21, fará a mediação. A entrada é franca.
2003. Após uma longa e cansativa disputa judicial, a família de Iara Iavelberg consegue o direito de exumar o corpo da guerrilheira para provar que sua morte, ocorrida em 20 de agosto de 1971, não decorreu de um suicídio conforme forjado pela ditadura militar, mas sim de um assassinato cometido pelos orgãos de repressão.
Iara nasceu em São Paulo em 1944 numa família judia. Ingressou no curso de Psicologia da USP em 1963, quando este ainda estava incorporado à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras na rua Maria Antônia, centro de agitação política. Cativou os amigos e companheiros de militância com sua inteligência, formação política, carisma e simpatia. “O sorriso dela não era de charminho nem convencional ou de estereótipo. Ela sorria inteira, alma e corpo. Havia uma alegria nela da qual o sorriso era a expressão”, lembra o filósofo João Quartim de Moraes.
Teve atuação destacada no movimento estudantil, presidindo a AUEPE (Associação Universitária dos Estudantes de Psicologia), o centrinho, atual Centro Acadêmico Iara Iavelberg da USP. Militou inicialmente na POLOP (Organização Revolucionária Marxista – Política Operária), migrando posteriormente para a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) e MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). É quando conhece Carlos Lamarca, o capitão que desertou do Exército para ingressar na resistência armada à ditadura. Surge uma intensa paixão que duraria até o assassinato brutal de ambos, mas permaneceria na memória por meio dos diários de Lamarca.
Tomando como ponto de partida a investigação de Mariana Pamplona para recuperar o passado da tia, o documentário Em Busca de Iara reconstrói a vida da guerrilheira em todas as suas facetas. Apoiando-se numa cuidadosa e extensa pesquisa de documentos e imagens, além de entrevistas com os protagonistas da vida de Iara e do Brasil na virada da década de 60, o filme desmonta a versão oficial do suicídio e dá sua contribuição para que revisitemos nosso passado, desmascarando as atrocidades cometidas no período da ditadura militar (1964-1985).
EM BUSCA DE IARA, de Flavio Frederico. Argumento e Roteiro de Mariana Pamplona. Brasil, documentário, 91 minutos. Produtora: Kinoscópio Cinematográfica.

GRADE DE HORÁRIOS

27 de março (quinta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

28 de março (sexta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

29 de março (sábado)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

30 de março (domingo)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

1 de abril (terça-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h30 - Sessão comentada de
Em busca de Iara, com o diretor,
Flavio Frederico, e o membro da
Comissão Estadual da Verdade,
Oneide Bobsin. ENTRAFA FRANCA.
Retirada de senhas: 19h

2 de abril (quarta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

3 de março (quinta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

4 de março (sexta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

5 de março (sábado)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

6 de março (domingo)
15h - Em busca de Iara
17h - Em busca de Iara
19h - Em busca de Iara

8 de março (terça-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz
19h - Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz

9 de março (quarta-feira)
15h - Em busca de Iara
17h - Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz
19h - Mostra Ói Nóis Aqui Traveiz