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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Cine Dica: Lançamento do curta-metragem Os Meninos Perdidos na Sala P.F. Gastal


Neste sábado, 7 de dezembro, às 19h, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove o lançamento do curta-metragem Os Meninos Perdidos, dirigido por Giordano Gio. A entrada é franca.

Os Meninos Perdidos é uma nostálgica aventura sobre o limiar da infância e da adolescência, e também uma homenagem aos filmes e histórias que povoam o imaginário infantil do espectador. Torin e seus amigos decidem partir em uma caça ao tesouro antes que estejam velhos demais para esse tipo de coisa. Em meio a todos os conflitos dessa fase de transição, eles encontram um abrigo - uma hipnótica volta à infância que se mostra mais perigosa do que parecia ser.
 
Direção e roteiro: Giordano Gio
Produção: Cris Aldreyn
Montagem: Felipe Iesbick
Assistência de Direção: Fernando Menna Barreto
Direção de Fotografia: Eduarda Nedel
Direção de Arte: Daniel Miragem
Finalização de Som: Tiago Koetz Ruppenthal
Trilha Musical: Guilhermo Gil

No Elenco, Matheus Butzke Piccoli, Carolyne Cabral, Gusta Jardim, Ricardo Seffner, Isadora Krug, Rodolfo Ruscheinsky

classificação etária: livre

duração: 25 minutos


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: CIRCULO DE FOGO

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: TATUAGEM


Sinopse: ‎Recife 1978. Com a ditadura militar ainda atuante mas mostrando sinais de esgotamento um grupo de artistas provoca a moral estabelecida com seus espetáculos de cabaré ensaiando a resistência política a partir do deboche. Fininha um soldado de 18 anos do interior de Pernambuco se apaixona por Clécio dono de uma trupe anarquista.
  
Hilton Lacerda saiu consagrado nos festivais de Gramado e Rio com o seu filme Tatuagem, obra que se tornou rapidamente uma das mais elogiadas do ano, cujo seus criadores  não se importam nenhum pouco em incomodar um publico mais conservador e hipócrita. Mas é para isso que veio Tatuagem: cutucar, incomodar e trazer um frescor de maior ousadia que por vezes faz falta no nosso cinema atual. Antigamente (anos 70 e 80) sexo e outros temas pesados eram bem mais vistos, e olha que estamos falando de um período que ainda existia a Ditadura que ditava as regras da cultura.
Esse clima mais sujo e ousado de antigamente começou a renascer a partir de obras como Amarelo Manga, Febre do Rato e Baixio das Bestas, que embora sejam dirigidos pelo genial Claudio Assis, as tramas foram roteirizadas por Hilton Lacerda, que agora estréia com estilo neste filme que deu o que falar no festival de cinema gaúcho. Embora lembre alguns elementos vistos nos filmes citados (principalmente Febre de Rato), Lacerda optou por criar um clima mais romântico, mas não menos sensual e em meio a ditadura do final dos anos 70. Tatuagem acompanha um grupo de artistas itinerantes que se apresenta de maneira ousada, sendo boa parte deles travestidos e formados por gays, cujo líder do grupo denominado Chão de Estrelas é Clécio, vivido por Irandhir Santos. Em meio àquele mundo estranho para os olhos da grande maioria, surge um jovem soldado que se torna á menina dos olhos de Clécio, Fininha, vivido por Jesuíta Barbosa.
Não é preciso ser gênio para saber que ambos irão se apaixonar, mas que acabaram vivendo um conflito, com o fato de que Fininha possa ser ou não um espião infiltrado no grupo de artistas. Curiosamente, Clécio tem um filho com uma mulher e ambos continuam sendo amigos, além do primogênito gostar de assistir os shows que rolam a noite. Sinceramente, não me lembro de cenas tão ousadas de sexo entre homossexuais do nosso cinema, desde Madame Satã e também lembra bastante as primeiras obras de Pedro Almodóvar como A Lei do Desejo.         
Acima de tudo, o filme bate na tecla sobre questões liberdade, direito de ir e vir e expressar a opinião dos personagens através da arte da interpretação. Talvez a passagem que melhor represente essas caracteriza, é no momento da cena Polka do Cu que faz parte da peça deles. Chocante, engraçada e corajosa, diga-se de passagem.
Fora isso, o filme é recheado de boa musica que embala os momentos românticos da trama: em “Volta”, cantada por Johnny Hooker; a versão de Esse Cara, de Caetano Veloso, cantada por Irandhir; A Noite de Meu Bem, de Dolores Duran, tocada na primeira dança do casal de protagonistas, entre outras canções selecionadas e/ou compostas por DJ Dolores.
Como não poderia ser diferente, Irandhir Santos rouba o filme como um todo e coloca muito bem no seu bolso. Interprete de imenso talento, Santos, havia chamado atenção em Tropa de Elite 2, se consagrado em Febre do Rato e mais recentemente interpretando um misterioso vigilante no já clássico O Som ao Redor.
Apesar de ser um filme fora do convencional, Tatuagem é uma produção que merece ser vista por todos, pois embora seja um retrato de um grupo de pessoas perante aos últimos anos da sombra da Ditadura, não há como não comparar com a situação de algumas partes de nossa política conservadora atual, que possui uma mentalidade atrasada e muito falsamente correta. 

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Cine Dica: CLOSE ? Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual começa nesta terça, dia 3


A quarta edição do festival apresenta um panorama da produção cinematográfica com foco na Diversidade Sexual, com destaque nas produções nacionais e na temática da Memória O CLOSE ? Festival Nacional de Cinema da Diversidade Sexual acontece do 03 a 08 de dezembro, em exibições no Cinebancários e no Museu dos Direitos Humanos do Mercosul. O evento é uma co-realização da Avante Filmes, SOMOS ? Comunicação, Saúde e Sexualidade e Museu dos Direitos Humanos do Mercosul.
Ano após ano, o festival tem crescido e se modificado. Embora tenha sua temática focada na diversidade sexual, a qualidade de sua programação tem se direcionado cada vez mais pelo valor artístico das obras, característica norteadora do evento. Da mesma forma, o público do CLOSE vem crescendo em significativas proporções, fidelizando mais frequentadores e envolvendo-se cada vez mais com a cidade.
No último ano, a produção cinematográfica brasileira que aborda temáticas LGBTs ou queer art apresentou um crescimento surpreendente, promovendo o lançamento de um grande número de títulos de qualidade, com uma diversidade temática e de gêneros que floreiam a massa fílmica atual.
Por esta razão, na programação do CLOSE 2013, o destaque é o cinema nacional apresentando títulos como os longas Doce Amianto, de Guto Parente e Uirá dos Reis e Pinta, de Jorge Alencar.
Outro destaque são as produções ligadas à memória e à valorização de figuras, espaços e lugares representativos para a cultura LGBT, em produções ficcionais como Joshua Tree, 1951 ? A Portrait of James Dean, de Matthew Mishory, sobre a vida de James Dean e documentais como e os filmes
De Volta à Pauliceia Desvairada de São Paulo em HI-FI, de Lufe Steffen, sobre a cena LGBT paulista nas décadas de 60 a 80, e na atualidade.
A programação ainda conta com a Mostra Competitiva, apresentando 10 filmes brasileiros de curta-metragem, selecionados pelo curador Marcus Mello, concorrendo a premiações em 11 categorias. A sessão de abertura acontece no dia 03 de dezembro, terça-feira, às 19h, no Cinebancários, com a exibição do longa gaúcho Sobre Sete Ondas Verdes e Espumantes, de Bruno Polidoro e Cacá Nazário, sobre a vida e obra do escritor Caio Fernando Abreu.
Todas as atividades são gratuitas, com distribuição de senhas meia hora antes do inicio de cada sessão.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.


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LUTO: Paul Walker: 1973 - 2013


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cine Dica: Em Cartaz: A RELIGIOSA


Sinopse: No século XVII, a jovem Suzanne (Pauline Étienne) sonha em ter uma vida livre, mas seus pais têm outros planos para ela: colocá-la em um convento. Embora resista aos planos, Suzanne é forçada a seguir a preparação para a vida religiosa, entre madres superiores tirânicas, e outras carinhosas em excesso... Aos poucos, a jovem começa a preparar seu plano de fuga.
  
Alguns filmes que retratam os lados mais podres da Igreja Católica de antigamente (e atual), deve ter passado bem longe do Vaticano, pois arrumariam grandes dores de cabeça para ambos os lados. A batata quente dessa vez é A Religiosa, que possui diversas cenas incomodas, sobre os maus tratos que algumas freiras que tentavam desistir de sua vocação no século 17 sofriam, morando em cubículos, tendo de sofrer torturas físicas e psicológicas. E, além disso, o filme não se intimida em mostrar certos comportamentos dessas mulheres isoladas, que acaba contradizendo tudo o que uma mente conservadora acredita cegamente. É um filme que nos mexe, mas também não exagera, pois a intenção não é somente chocar, mas sim fazer uma reflexão na medida certa. Produção com uma fotografia das mais belas, com riqueza de detalhes do dia á dia do monastério, este filme nos revela uma impecável reconstituição daquele período, tendo ao fundo uma trilha sonora que se casa muito bem com cenas chaves. Destaque também pelos belos figurinos, onde eles se destacam nas cenas ritualísticas da igreja.
É obvio que o principal foco da trama é mostrar como as regras, de uma das principais religiões do mundo podem afetar de maneira diversificada cada uma das personagens, e a atriz Pauline Etienne consegue passar uma interpretação comovente como a bela e sofrida Suzanne. A atriz Isabelle Huppert é um destaque interessante, como a Madre Superiora que se apaixona e assedia a jovem Suzanne, mas que no final das contas compreendemos os seus sentimentos, de uma mulher presa internamente e sem poder liberar o que realmente sente. Um verdadeiro contraste de Louise Bourgoin, que faz uma madre que possui um punho de ferro tão terrível, que nos faz pensar como uma mulher pode querer ser freira e conviver o dia a dia ao lado dela.
Na 1ª. Versão do filme A Religiosa do diretor Jacques Rivette (1966), foi muito comentado e até censurado em certos países pelo tema forte que envolve o sistema religioso católico, autoritário e severo naquele século. Resumindo, é um filme muito bem arquitetado ao representar os rituais da Igreja Católica, que ao mesmo tempo fascina e nos intriga a discussões inesgotáveis. As religiões devem levar ao caminho da comemoração e não para dor e tão pouco a prisão. Generosidade, compreensão, amor ao próximo devem ser pontuais na crença religiosa. E o que vemos no filme é justamente ao contrario,  um lado tenebroso do catolicismo, em séculos anteriores onde a opressão eram permitidos em nome da Fé Cristã.


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Cine Dica: HOMENAGEM A VÉRA CLOUZOT NA SALA P.F. GASTAL


Esposa e musa de Henri-Georges Clouzot, um dos grandes nomes do cinema clássico francês, a brasileira Véra Clouzot completaria cem anos em 2013. Entre os dias 3 e 12 de dezembro, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar), em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français, homenageia a atriz e exibe O Salário do Medo e As Diabólicas, além de A Verdade, filme que conta com sua contribuição no roteiro. O ciclo ainda apresenta uma cópia em 35mm de Ciúme – O Inferno do Amor Possessivo, de Claude Chabrol, adaptação do roteiro de Inferno, célebre filme inacabado de Clouzot de 1964.
Vera Gibson Amado, filha de Gilberto Amado com Alice do Rego Barros Gibson, nasceu em 1913 no Rio de Janeiro. Em 1941 conheceu o ator francês Léo Lapara, membro da companhia de teatro de Louis Jouvet que excursionava no país durante a Segunda Guerra. Vera casou-se com o ator, participando da turnê da companhia na América do Sul que durou quase quatro anos. Após a Segunda Guerra Mundial, Vera se estabeleceu em Paris. Louis Jouvet assumiu a direção do Teatro Athenée, enquanto ela continuou a fazer pequenos papéis. Em 1947, quando Lapara desempenhava um papel no filme Crime em Paris, Vera conheceu o cineasta Henri-Georges Clouzot. No ano seguinte, os dois já estavam casados, iniciando uma parceria amorosa e profissional que rendeu alguns clássicos do cinema francês.       
Em maio de 1950, Clouzot e Vera vieram ao Brasil. O cineasta francês pretendia fazer um filme em um ano, mas acabou realizando uma reportagem para a Paris Match sobre o candomblé, As possuídas da Bahia, publicada em maio de 1951 como uma parte exclusiva de um livro que Clouzot lançaria posteriormente. Vera Clouzot atuou nos filmes O Salário do Medo (1953), com Yves Montand e As Diabólicas (1955), com Simone Signoret, e o raro Os Espiões (1957). Morreu aos 46 anos, em 1960, vítima de um ataque cardíaco. Ainda colaborou no roteiro de A Verdade (1960), filme de Clouzot protagonizado por Brigitte Bardot.


Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.

  
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